Precisamos com urgência fazer uma releitura dos grandes clássicos da Ciência Política. Ou jogarmos tudo fora e começarmos do zero, outro ponto de partida, depois de mais de 2.500 anos de estudos sobre o tema.
Rousseau, Montesquieu, Schopenhauer, Bobbio, Aristóteles, Marx, Maquiavel, Platão, Gramsci, Hobbes, Locke etc. estão ultrapassados, se formos seguir a moderna política do pindorama nacional.
Ao criar o PSD, o prefeito paulistano Gilberto Kassab afirmou que o partido não seria de direita, centro ou esquerda. Deixou os revolucionários franceses boquiabertos, remexendo-se em túmulos com ou sem cabeça pós-guilhotina.
Paulo Maluf (PP) decretou o fim da direita e da esquerda. Segundo ele, os conceitos que firmaram o pensamento universal sobre essas ideologias políticas estão ultrapassados.
Lula, como não sabe e nunca soube o que é uma coisa nem outra, concorda com Maluf e com Kassab. Para ele, o que vale é a “política de resultados”, vencer a qualquer preço e a governabilidade de qualquer forma, com qualquer aliado.
Enfim, temos aí a política à brasileira.
Caro Carlos.
Concordo em número, gênero e grau.
Neste país onde a politicalha impera, não existem mais partidos ou ideologias, aliás, a única que sobreviveu foi a ideologia de manter o poder a qualquer preço para poder pilhar sempre mais.
Grande abraço.
Conchavos fisiológicos
Falta bem pouco para a política pegar fogo, o que dependendo da região ou situação pode ser entendido de forma literal. Por enquanto, são apenas suposições e fechamentos de alianças. É o tempo dos conchavos fisiológicos que regem os jogos do poder em nosso país.
As polêmicas já são muitas, explodem na mídia e são “debatidas” nas redes sociais. A mais alarmante versa sobre a aliança entre o PT de Lula e o PP de Paulo Maluf na disputa pela prefeitura de São Paulo-SP. Isso revoltou boa parte dos militantes petistas e fez Luiza Erundina (PSB) declinar do posto de vice na chapa.
Então, em meio ao regozijo dos centro-direitistas e esquerdistas do PSOL, uma notícia, no mínimo, azeda para este último: PSOL, PSDB e DEM juntos em Resende-RJ.
Em União dos Palmares-AL, testemunhamos o pré-candidato a prefeito Jaiminho Vergeti (PP) elogiar publicamente, através das inexoráveis ondas do rádio, seu potencial adversário, Manoel Gomes de Barros (PSDB). Tudo ainda está em meio à surdina, aguardemos as próximas cenas e a trilha sonora.
Surpreso? Um pouco, por ser neófito nesses assuntos, porém nem tanto em nenhum dos casos citados. Depois de um tempo essas coisas acabam se tornando corriqueiras. Por isso a militância é tão urgente.
A reforma política tão esperada não veio, verticalização é algo que não “cola” na atual conjuntura e as forças da tradição e do capital se impõem implacavelmente na luta pelos seus desígnios enquanto o eleitor, principal elo dessa corrente, com raras exceções, desperta de seu berço esplêndido.
Tais grupos hegemônicos procuram sempre atrair mão-de-obra para a sua seara: “Venha para o lado negro da força”. Ou estão sempre assumindo a “paternidade” de outrem para encurralá-los: “Eu sou seu pai” (traduzindo: “Eu dei emprego a/o você/seu parente”). O objetivo é sempre o mesmo: explorar para conquistar o poder. Dividir e enfraquecer os rivais. Confundir e enganar o povo.
E AÍ,ELEITOR,VAI CONTINUAR LAVRANDO A SEARA SEM TER PARTE NA COLHEITA?
O objetivo numero um do ex presidente Lula no momento é cremar o DEM e o PSDB para futuramente reinar sozinho/absoluto e por tempo indeterminado. Espelha-se e é aconselhado pelos amigos e ditadores, Hugo Chaves, Fidel Castro e Mahmoud Ahmadinejad.
Perdoai as almas brasileiras inocentes, ó Senhor. Elas ainda não sabem dizer o que fazem aqui na terra. Nem mesmo o por quê de aqui estarem. Estão cegos, surdos, mudos, gostam de apanhar e serem roubados todo santo dia.
Olhai por eles e perdoai-os! Eles não sabem o que fazem.
Perfeito e muito feliz em suas colocações, sobretudo quando cita o PSD, partido sem identidade e oportunista.
Caro amigo Carlos Santos
Lamentável o atual estágio da política brasileira. Na Universidade estudamos todos esses autores e aprendemos com clareza que a Política, na mais pura acepção da palavra, é a mais nobre atividade do ser humano, porque ela define sobre a saúde ou a doença da população; sobre a educação ou a ignorância do povo (percebamos o desastre aqui no RN neste campo); sobre a paz ou a guerra; enfim sobre a vida ou a morte dos súditos. Óbvio que para uma missão dessa envergadura o povo deve democraticamente encontrar os melhores e mais bem preparados indivíduos que esta sociedade produziu. Infelizmente, no Brasil ocorre tudo ao contrário, razão pela qual seu texto está absolutamente perfeito e os grandes autores se vivos fossem só teriam uma opção: Recorrer a Freud para ver se ele explicaria essa barafunda da politicagem brasileira em todas as aldeias desse imenso país.
Caros, vejo com naturalidade as mutações da política partidária, esse “corporativismo” que exigimos dos partidos não passa de conservadorismo nosso. Na política, seja ela partidária ou apartidária, o que se pode vê é sua capacidade de adaptação conforme as marés da sociedade e dos seus líderes…o nosso país ainda precisará juntar as duas partes do azougue para só assim se consolidar como uma sociedade madura na política … se for legal é possível, mesmo que a imoralidade das contradições se desnude, mas é na contradição que surgem novas formas de fazer política, novos líderes e novas conjunturas… nem a sociedade nem a política são estáticas!
até logo…