Ai vou eu de novo ao passado. Mas preciso, para contextualizar o cerne da abordagem desta postagem.
Quando comecei a atuar no jornalismo, há mais de 30 anos, dar notícia de pagamento de folha de servidores do Estado era matéria importante. Dava manchete.
Depois de alguns anos, passou a ser importante e interessante, devido os atrasos na gestão do governador Geraldo Melo (PMDB).
Hoje, é uma notícia importante, interessante e imprescindível – porque parece pulverizado o calote em estados e municípios e o Governo Federal inventa suas pedaladas para não fazer igual papelão.
De Natal a Bodó; de Itajá a São Miguel; do luxuoso restaurante Camarões Potiguar na capital, à lanchonete de Severino, no Santa Delmira em Mossoró, o salário em dia tem efeito fantástico.
É dever, é verdade, mas muitos não estão conseguindo cumpri-lo.
O grande feito do governador Robinson Faria em seu primeiro ano é este e merece aplausos. Se está ruim, poderia estar pior.
Em qualquer pesquisa a gente identifica que Robinson ainda tem bom crédito e tolerância na população. Se não mantiver esse compromisso no próximo ano, terá o mesmo destino da antecessora Rosalba Ciarlini (PP). Ela não conseguiu fazer o importante, o interessante e o imprescindível a partir do final de 2013, só regularizando folha no encerramento de sua administração.
Tolerância
O governador anunciou reforma fiscal, antecipou que o estado receberá mesmo o Hub da Latam em São Gonçalo do Amarante, prometeu restruturação administrativa, grandes cortes no custo da máquina pública e a retomada de investimentos em 2016. Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas e se o salário atrasar…?
Nem mesmo uma derrota eleitoral em municípios estratégicos no pleito de 2016, como Natal e Mossoró, poderá causar maior prejuízo a Robinson e ao Governo, do que repetir Rosalba e se igualar a Geraldo Melo nos atrasos de pagamento ao servidor.
Se hoje há crédito e tolerância para Robinson, o que Rosalba perdeu logo a partir do final do primeiro ano de Governo, é porque tem dinheiro – mesmo minguado – sugado em parte do Fundo Previdenciário.
Os efeitos do que é importante, interessante e imprescindível podem determinar uma eleição, uma administração e uma biografia em si. Micarla de Sousa (ex-prefeita do Natal) e Rosalba que o digam.
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Salário em dia representa mais vendas por parte do comércio,melhora em muito a lotação de bares e restaurantes,melhora para o taxista,O dinheiro circula beneficiando todos os setores da economia,sabemos das dificuldades que passa o Rio grande do Norte,mais o governador tem se empenhado para resolvelos ,nesse ponto merece o nosso reconhecimento o empenho do governador para manter em dia o pagamento do estado.Portanto vamos torcer que o governador resolva os problemas do Rn independente de cores partidárias.
Realmente o pagamento em dia da folha do funcionalismo público foi o ponto alto nesse primeiro ano de governo Robinson. Agora, uma bomba pode explodir a qualquer momento. Essa bomba tem nome: Fundo Previdenciário. Afinal é daí que o governo está tirando dinheiro pra pagar mensalmente a folha. O Fundo Previdenciário precisa ter seu dinheiro em caixa recomposto. Dinheiro que vem sendo tirado com enorme volume pra fazer pagamento do servidores há exatos um ano. Não creio que o governo Robinson irá encara essa delicada situação de frente. Deveria. Tem que fazer. O Fundo daqui a pouco será um imenso problema. Sua erosão será inevitável. Basta saber em quanto tempo.
Não vai tardar o governo preparar o cerimonial com todas as pompas, anunciar o pagamento e, logo em seguida, uma grande queima de fogos comemorando o feito. Uma banda de forro não pode faltar.
Tá tudo errado, tá tudo quebrado.
FICA DILMA.
Também considero ponto positivo o pagamento dos servidores em dia; porém não posso esquecer o fato do HRTM não dispor de um respirador. Está utilizando o da UPA do BH emprestado. Será que o diretor do HRTM cobrou do governador em visita a Mossoró um simples respirador, ou só aplaudiu.