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segunda-feira - 02/12/2013 - 07:13h
Folha de São Paulo

Prefeita é cassada pela décima vez em um ano

Por Danilo Sá (Folha de São Paulo)

Como uma espécie de “Highlander” da política, a prefeita de Mossoró (RN), Cláudia Regina (DEM), teve o mandato cassado dez vezes pela Justiça Eleitoral somente neste ano, mas vem se mantendo no cargo.

A última decisão contra a prefeita apontou prática de caixa dois na campanha de 2012. A exemplo do que ocorre nos demais processos, ela recorre da decisão –sem deixar o posto.
As outras cassações se deram por abuso de poder econômico e político.

As acusações incluem o uso de servidores da prefeitura na campanha e o suposto benefício obtido com as 85 visitas a Mossoró da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) durante o período eleitoral, feitas em avião do governo.

Cláudia Regina e seu vice, Wellington de Carvalho (PMDB), chegaram a ser afastados dos cargos por três vezes, mas conseguiram recuperar os respectivos mandatos por meio de liminares (decisões provisórias).

Hoje, respondem a sete ações no Tribunal Regional Eleitoral do RN.

O Ministério Público já deu parecer sobre todas as ações que estão no TRE. “Em apenas um dos casos a Procuradoria foi contra a cassação”, disse o procurador regional eleitoral, Paulo Duarte.

A maior parte das acusações contra a prefeita partiu da coligação que enfrentou Cláudia Regina em 2012, que reúne siglas como PSB e PT.

Mossoró é a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. Localizada a 277 km de Natal, é também base de vários líderes políticos do Estado –como a própria governadora, Rosalba, que administrou a cidade por três mandatos.

Outro lado

Segundo o advogado de Cláudia Regina, Sanderson Mafra, várias ações contra ela partem de acusações semelhantes; por isso, tantas condenações. Mafra diz que a prefeita é inocente de todas elas.

Sobre o uso do avião pela governadora, disse que Rosalba Ciarlini cumpriu agenda oficial. Com relação à participação de servidores na campanha da prefeita, afirmou que todos estavam de folga quando participaram de atividades eleitorais.

Veja matéria no site da Folha AQUI.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. RC 50 diz:

    PENA,CADEIA E JUSTIÇA NO BRASIL.

    1/12/2013 13:14
    Por Mauro Santayana – de São Paulo
    No Brasil (não se tem como saber exatamente, já que não existe controle automático e unificado), aproximadamente 40% dos 540.000 presos estão cumprindo “pena” sem ter passado por julgamento, e, logo, sem autorização judicial. Em alguns estados eles são maioria. No Piauí, por exemplo, correspondem a quase 70% da população prisional.
    Há, também, cidades, que estão, ou estiveram, até recentemente, sob o controle de policiais bandidos.
    Este é o caso de Rio Real, na Bahia – onde virtualmente toda a guarnição da PM responde a inquéritos por homicídio ou tortura e está sendo acusada de formação de quadrilha – por um juiz que teve de retirar a família do local.
    E de Maués, no Amazonas, em que um grupo de policiais civis se entregou esta semana, após meses de fuga – no quadro de uma operação com o significativo nome de Gestapo – à justiça, acusado de assassinato, extorsão e tortura.
    Nos últimos meses, em cena talvez inspirada em Carandirú, filme que caracteriza, junto com Tropa de Elite, a mais forte imagem da justiça brasileira no exterior, dezenas de presos foram colocados, nus, sentados no pátio de um presídio no Espírito Santo, e sofreram queimaduras graves pela exposição ao sol. E em outro estabelecimento prisional da região Sudeste, um detento teve que ser transferido, ilegalmente, para outra cadeia, por um prazo de dez meses, para que se “curasse” do espancamento sofrido por parte de autoridades da prisão.

    Assim é o Brasil.

    Um país que decreta que a tortura é crime inafiançável, e que, ao mesmo tempo, estabelece a jurisprudência de que em casos de alegada tortura por parte da polícia: “Cabe ao réu o ônus de demonstrar que a confissão perante a autoridade policial foi obtida por meio ilícito, porque a presunção há de ser em favor da autoridade pública, policial ou judiciária, que age no estrito cumprimento do dever legal” (RT-740/641).
    Por isso, não é de se estranhar, que o que seria visto, em qualquer país do mundo, como um conjunto normal de direitos, esteja sendo encarado em nosso país, pela mídia e parte do Ministério Público – como está ocorrendo com os presos da Ação Penal 470 – como inaceitável privilégio.
    O tratamento digno para o pai, a mulher, o filho, a filha, que visita um parente preso – aqui a família é tratada quase como se tivesse participado do crime – deveria ser visto como regra, e não como exceção.
    Assim como um banho decente, oportunidade de trabalho, acesso a medicamentos, acompanhamento jurídico, – normais em outras nações – que estão sendo classificados como odiosos benefícios, quando não o são.
    O papel do Ministério Público, das Promotorias do Direito do Cidadão, das Defensorias e das Varas de Execução Penal, deve ser o da institucionalização do direito e não da ausência dele – como está ocorrendo no Brasil.
    Se formos incorporar como padrão as mazelas existentes no nosso sistema policial, jurídico e prisional, passaremos a exigir que todo suspeito fique anos preso sem direito a julgamento; que a tortura seja institucionalizada como método de investigação; que se recorra à execução como política de segurança pública; que cada cela seja ocupada por um número de detentos, no mínimo, três a quatro vezes, superior, ao previsto quando de sua construção; que seja abolida a assistência médica nas prisões e anulada a responsabilidade do Estado pela vida de quem está sob sua custódia.
    Antes de se preocupar com os “privilégios” que apontam em um pequeno grupo de pessoas, que, convenientemente, se encontram sob os holofotes da nação, as autoridades deveriam trabalhar, diuturnamente, para garantir o cumprimento do que prevê a Lei e a Constituição.
    Um país que não assegura o direito de visita, de julgamento, de incolumidade física, de um metro quadrado sequer para que o sujeito – já condenado – possa cumprir sua pena, sentado ou em pé, de dia, e com as pernas esticadas, durante noite, sem ter que se preocupar em ser espancado, estuprado, assassinado – ou morrer de septicemia se tiver um abcesso – não tem condições de dar lições a ninguém.
    O conceito de isonomia, quando ligado às ideias de justiça e de cidadania, se refere a igualar as pessoas por cima – no seu direito inalienável a condições mínimas de dignidade e de vida – e não por baixo, pelas regras não escritas da verdadeira Lei do Cão que impera, ainda, infelizmente, na maior parte do nosso sistema prisional.
    Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Caro RC 50
      Você foi muito feliz ao transcrever esta matéria deste brilhante jornalista.
      Aproveito para dar o meu testemunho.
      Nas pequenas cidades do Ceará os prefeitos através do pagamento de uma “AJUDA ALIMENTAÇÃO”, na realidade uma propina DESCARADA, transformam o pequeno destacamento policial, chefiado por um sargento ou um cabo, em CAPANGAS.
      Mandam prender e soltar,
      E o juiz?
      E o promotor?
      Juiz e promotor nestas pequenas cidades só de oito em oito dias, isto quando o dia da visita do judiciário não cai num feriado.
      Sem juiz e sem promotor, com os vereadores recebendo mensalinho, os prefeitinhos pintam e bordam.
      Imagine como vivem estas populações, cerca de 70% totalmente analfabeta, sob o tacão das botas destes prefeitos, quase todos respondendo a processo por corrupção, processos que nunca são concluídos.
      A corrupção acontece de forma tão desenfreada que eu no ano de 2009 perguntei ao Secretário de Saúde de Martinópole, claro que um filho do prefeito, se ele não tinha medo daquela roubalheira toda chegar ao conhecimento do Governador do Estado e dar um bolo dos diabos.
      Ele riu e disse que o Governador só está preocupados com os votos que eles dão nas eleições.
      Agora em 2012, depois que perdeu as eleições, o pai deste sujeito, já ex-prefeito, recebeu a visita da Pol[ícia Federal que para ele fez uma alvorada festiva, levando computadores e tudo o mais que a PF sempre leva. No que resultou esta visita, não sei.
      Acredito que vai resultar em alguma coisa, afinal a PF é uma instituição séria e jamais invadiu pela manhã, com ordem judicial, a casa de um cidadão honesto.
      Está no momento do Brasil começar a conhecer o Brasil.
      É preciso que munciípios novos só sejam criados após todos os já existentes contarem com delegados de carreira, juizes e promotores.
      Eu defendo a reversão, que nada mais é do que voltar à condição de distrito municípios com menos de 20 mil habitantes e que não possuam geração de renda suficiente para manter funcionando os serviços públicos básicos.
      Mas isto os deputados e senadores não querem.
      Afinal, como disse o filho do ex-prefeito Francisco Fontennele, o tal do Junior, eles só estão preocupados com os votos…
      O nosanima é que pouco a pouco o Brasil começa a mudar.
      E a mudar para melhor.
      ////
      AGORA É QUE SE DANOU TUDO.
      Além do BESILATO DE ANLODIPINO, também está faltando METFORMINA e HIDROFLUX.
      AAS ainda tem.
      Por enquanto.
      Por que a Presidenta Dilma Roussef não manda os recursos para a compra de medicamentos?
      Por que o PT de Mossoró não comunica isto à direção nacional do partido?
      Hoje estive na UBS CHICO PORTO e estes remédios citados estão em falta.
      O BESILATO DE ANLODIPINO falta há muito tempo.
      Até quando esta esculhambação vai continuar?
      Até quando velhinhos continuarão morrendo por falta de medicamentos para controle da pressão e da diabetes?
      Petistas de Mossoró, encaminhem este e-mail a quem possa interessar.
      A maior prejudicada nisto tudo é a Presidenta Dilma.

  2. Inácio Augusto de Almeida diz:

    EM MARTINÓPOLE É ASSIM.
    “PREFEITURA DE MARTINÓPOLE ADIANTA SALÁRIO DE SERVIDORES PARA AQUECER COMÉRCIO
    Os salários referentes ao mês de novembro dos servidores públicos da administração municipal de Martinópole estarão disponíveis a partir de hoje quinta-feira (28). O compromisso de pagar os salários sempre em dia foi assumido pelo prefeito James Bél desde o início do mandato, em 1º de janeiro. Normalmente, os salários dos servidores são pagoS até o 5º dia útil do mês seguinte ao mês trabalhado.
    ////
    Sabem porque em Martinópole-CE os salários dos servidores não atrasam?
    Sabem porque o prefeito não vive se queixando de falta de dinheiro?
    Porque lá o Prefeito não queima dinheiro com festas, doações, eventos chifrins, assessorias disponíveis, não compra mil latas de azeite de oliva a preços absurdos, não gasta com propaganda, não faz viagens desnecessárias, não emprega milhares de comissionados, etc.
    Enquanto que aqui o choro por mais dinheiro é eterno.
    Uma lástima que Mossoró esteja perdendo para Martinópole em termos administrativos.
    EM MARTINÓPOLE O MATERIAL DIDÁTICO FOI ENTREGUE.
    A MERENDA ESCOLAR É DE QUALIDADE.
    O UNIFORME ESCOLAR FOI ENTREGUE.
    LÁ NÃO FALTAM REMEÉDIOS.
    AQUI…
    ////
    O MATERIAL DIDÁTICO NÃO FOI DISTRIBUÍDO EM MOSSORÓ.
    A MERENDA ESCOLAR É CUSCUZ COM OVO FRITO SEM CAFÉ.
    O UNIFORME ESCOLAR NÃO FOI DISTRIBUÍDO EM MOSSORÓ.
    FALTAM BESILATO DE ANLODIPINO. METFORMINA E HIDROFLUX NA UBS CHICO PORTO.
    AAS TEM.
    POR ENQUANTO.
    O IPTU VAI AUMENTAR EM 2014

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