Do Agora RN
O prefeito de Parnamirim Maurício Marques (PDT) entregou nesta quinta-feira (14) a representantes do Banco do Brasil os documentos que vão dar viabilidade a um empréstimo de R$ 55 milhões solicitado pela Prefeitura e aprovado em sessão extraordinária na semana passada pela Câmara de Vereadores do município.
O empréstimo foi classificado como “eleitoreiro” pela oposição do município, uma vez que as obras serão executadas no ano da eleição municipal para prefeito.
De acordo com o documento apresentado pelo Executivo e aprovado pelos vereadores, o montante de R$ 55 milhões será destinado da seguinte forma: R$ 13 milhões de contrapartida para o saneamento; R$ 14 milhões para pavimentação do anel viário; R$ 4 milhões para pavimentação asfáltica dos bairros Cohabinal e Boa Esperança; R$ 16 milhões para drenagem e pavimentação dos bairros Portal do Jiqui, Rosa dos Ventos, Nova Esperança, Santa Tereza, Santa Júlia e Cidade Verde; R$ 3 milhões para pavimentação asfáltica de Pium, Cotovelo e Pirangi; e R$ 5 milhões para urbanização da orla de Pium, Cotovelo e Pirangi.
Na última sexta-feira (08), em entrevista ao Agora RN o deputado estadual Carlos Augusto Mais (PT do B) criticou a destinação dos recursos que, segundo ele, aparentam ter fins eleitoreiros. ““Às portas das eleições se aprovar um empréstimo desse tipo. Os recursos vão em sua maioria para a secretaria do candidato do prefeito, mas isso não vai melhorar a imagem dele”, afirmou o deputado Carlos Augusto”, que também é pré-candidato a prefeito de Parnamirim.
Eleitoreiro
A polêmica levantada por Carlos Augusto em torno da destinação dos recursos “para a secretaria do candidato do prefeito” se dá pelo fato de o secretário de Obras Públicas da cidade, Naur Ferreira (PSB), ser o pré-candidato apoiado por Maurício Marques nas eleições de 2016.
O vereador Gildásio Figueiredo (PSDB), pré-candidato a prefeito, embora tenha votado na Câmara a favor do empréstimo também o classificou como eleitoreiro e criticou o prefeito Maurício Marques.
“Não tenho duvida que é eleitoreiro, porque o prefeito teve quatro anos para solicitar esse empréstimo, poderia ter mandado essa mensagem no começo do ano para ser analisada com cuidado maior, poderia ter mandado para a Câmara as informações sobre os juros que vão ser pagos, sobre a capacidade de endividamento, se não iria comprometer o município, tudo deveria ter sido encaminhado, mas a Prefeitura não mandou”, disse o vereador.
Pau dos ferros andou consultando o TCE para contrair empréstimos sem aprovação da câmara de vereadores. Esquisito, né, em ano eleitoral…
Deveria ser proibido por lei qualquer tipo de empréstimo no ano de eleiçao até o certame.
Cadê quem vive falando da antecipação dos royalties de Mossoró?