Vamos às contas:
O prefeito Francisco José Júnior (PSD) chegou a dizer que houve frustração de receita da ordem de R$ 100 milhões no exercício de 2015.
Em outubro-2015, garantiu que economizaria R$ 4,5 milhões por mês com o pacote de medidas denominado de Plano Municipal de Enfrentamento à Crise Econômica.
Mas admitiu que o déficit mensal da Municipalidade (veja AQUI) estaria em 8.543.727,06. Ou seja, ainda ficaria um rombo mensal em torno de R$ 4 milhões.
Agora, no novo pacote, o terceiro entre outubro e janeiro deste ano (o quarto em dez meses), a estimativa é de economizar cerca de 154 mil/mês (veja AQUI).
Com um ‘rombo’ mensal da ordem de R$ 4 milhões, enxugar R$ 154 mil, por mês, só dá uma certeza: tudo continuará como dantes, numa sangria que não tem como ser estancada com paliativos, mantendo numa ‘zona de conforto’ os números de recursos para propaganda, além de aluguel de imóveis e veículos, entre outros.
Está claro que o prefeito continua utilizando discurso incompatível com atos, não atacando de frente o problema. Se esses números do contabilista – por formação acadêmica – “Silveira” estiverem corretos, até o final do seu Governo, em dezembro de 2016, a Prefeitura terá mais de R$ 54 milhões de déficit, fora o que já estaria contabilizado até aqui.
O próximo prefeito (a) que se prepare para o pior.
Mossoró, aguente.
Veja AQUI, matéria especial que postamos no domingo, dissecando essa desavença do Governo Francisco José Júnior com os números, como deveria ser esse novo pacote e histórico de decisões recentes.
Boa noite amigos, amigas.
Para nós que somos servidores públicos municipais, também a sociedade como um todo aguardava com expectativa, o pacote de contenções de gastos anunciado pelo prefeito, para ajustar mais uma vez a maquina pública. O terceiro em menos de um ano, e diante do anunciado pelo secretário Gutemberg Dias, o que chamou a atenção foi a redução do número de secretarias reduzindo de 19 para 11.
Outro dado importante foi o valor anunciado que esta reforma pode influenciar nas finanças dizimadas do município pela atual gestão. Algo em torno de 1 milhão e 700 mil reais anos. Um valor insignificante diante do que é o orçamento municipal. E dividindo este valor em 12 meses é que vamos perceber que pouco mudará, que quase nada mudará.
O secretário fez questão de frisar por várias vezes que o mais importante do pacote é tornar mais ágil a máquina pública. Só não fez dizer que demitindo meia dúzia de cargos comissionados e alguns secretários adjuntos pouco ajudará para resolver os problemas de finanças do município. A solução hoje para a gestão colocar em dia todo um débito acumulado durante o ano de 2015, é a liberação dos repasses adiantados dos royats do petróleo. ” O próximo gestor que comece a planejar Mossoró pelos próximos quatro anos, porque não vai poder revender os tão badalados Royats”.
Outro dado importante que o secretário achou como desculpa para justificar a má administração referindo-se ao caos na saúde foi culpar o mais fragilizado, aquele que é diretor de UBS ao dizer que em muitos casos a simples falta de gases era a falta de informação por parte do diretor que não fazia o pedido, e que agora com um novo modelo administrativo, muito mais dinâmico, e mais centralizado, as ações iam fluir com mais rapidez e fatos dessa natureza não ia mais acontecer. Desconhecimento?
A gestão tem anunciado que a UPA do BH, é única com ortopedistas 24 horas no nordeste, e diz que este é um exemplo que a nossa gestão prioriza a saúde. Isso o secretário sabe: Ele só não sabe que o RAIO X está quebrado a mais de quatro meses, e sem RAIO X o atendimento do ortopedista fica complicado. Ele só não sabe que na UBS vizinha a UPA o dentista esta semana não atendeu uma criança de quatro anos com dor de dente porque não tinha luva.
Não vou ficar aqui informando tudo que se passa na saúde do município, não vale a pena porque não vão nem tomar conhecimento, e quando tomar ninguém sabe porque não é do interesse da gestão. Também não vou criticar o pacote, até porque nem foi colocado em prática.
Mais uma vez acho insuficiente as medidas anunciadas, e os 150 mil reais por més em média que serão economizados Não resolve nada. Não vai colocar RAIO na UPA, Não vai colocar ortopedistas 24 horas na UPA como tem anunciado a gestão, Não vai abastecer de medicamentos as UBS, Não vai fazer com que os médicos do PSF cumpra a jornada de trabalho, e Não vai promover a valorização dos profissionais da saúde que tem o salário mais defasado de todos os servidores municipais.
Vejo como positivo a redução do número de secretarias, mais de nada adiantará, se o trem da alegria continuar a todo vapor, apesar que a estação ferroviária agora virou estação das artes.
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