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quinta-feira - 03/05/2012 - 03:48h
Cadê os supersalários?

Rosalba combate ‘suposto professor’, mas marajá é ignorado

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) anunciou em meio à reunião dessa quarta-feira (2) com segmentos da Universidade do Estado do RN (UERN) e alguns de seus auxiliares (veja postagem mais abaixo), um pacote de medidas que será adotado em breve. É um elenco de ações para filtrar a folha de pessoal do Estado, expurgando anomalias.

Entre elas, Rosalba adiantou a consolidação dos resultados das auditorias realizadas na folha de pagamento do Estado. “Com a auditoria realizada na folha descobrimos supostos professores na ativa com 102 anos de idade, aposentados recebendo férias e mortos ainda recebendo salário. Essas e outras aberrações estão gerando um desfalque de mais de R$ 1 milhão ao mês para os cofres do estado”, disse.

Agovernadora Rosalba Ciarlini acrescentou ainda que “localizamos 1.700 professores que não estavam cumprindo devidamente suas funções. Mesmo após uma medida de corte de salário para os faltosos, cerca de 600 professores não se apresentaram. O próximo passo agora será um processo de demissão desses servidores que não se apresentaram para trabalhar”, avisou.

“Queremos que esse dinheiro vá para o servidor que se dedica ao seu trabalho”, anunciou a governadora.

Nota do Blog – Perfeito, governadora.

Mas claro que fica faltando um pequeno detalhe nessa varredura: a patuleia quer saber o nome, lotação, endereço e valor empalmado por detentores de supersalários.

Ano passado foi feito um alarde, apontando que o Estado tinha um elenco de marajás. Lembra?

Veja esse preâmbulo de uma reportagem da época (7 de julho de 2011), que até agora não deu resultado, mas que prometia uma revelação em 60 dias:

“(…) É no âmbito do Instituto de Previdência dos Servidores do Rio Grande do Norte (IPE), da Secretaria de Estado da Tributação (SET) e também da Polícia Militar o maior número de contracheques com salários acima do teto constitucional permitido para o serviço público, que atualmente é de R$ 27,7 mil (remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal).”

E continua: “A informação é resultado de auditoria que está em andamento na folha do governo do Estado e que deve ser concluída nos próximos 60 dias. Informações preliminares das quais teve acesso à TRIBUNA DO NORTE dão conta de remunerações (valor bruto) que chegam a R$ 62.916,39, como é o caso de um auditor fiscal aposentado desde 1980, cujo salário é o mais alto do estado.”

Veja a matéria na INTEGRA Aqui.

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Categoria(s): Administração Pública / Política

Comentários

  1. Antonio Pedro da Costa diz:

    Caro Jornalista,
    Quantas vezes esse filme já não foi reprisado! Governantes que entram, prometem uma varredura e limpeza geral na folha do Estado, apontando: supersalários, servidores fantasmas, desvio de função, professores que não frequentam às salas de aula por décadas e outras coisas cabeludas.
    Basta segmentos dos servidores públicos começarem a se mobilizar em busca de melhorias das condições de trabalho, incluindo aí os salários, o Governo contra ataca, parece que, querendo assim desmoralizar a organização dos barnabés insatisfeitos ou procurando desviar o foco da moblização, como se fossem os servidores que trabalham, por sinal esses são maioria, os responsáveis por tantos desmandos.
    Como se quem prestasse serviço com responsabilidade, diariamente, tivesse que responder pelos arrumados de cada governo.
    Porém quando a mobilização esfria, bota-se uma pedra em cima do assunto, e nada é apurado, ninguém é punido e aqueles que são apontados como beneficiários das falcatruas continuam gozando das mesmas benesses. Quem já ouviu falar de algum desses falsos servidores, punido, demitido a bem do serviço público, ou pelo menos com o salário mensal suspenso? Logo, conclui-se que, ou o governo mente ou comete crime de conhecer e acobertar outro crime com o desvio do erário em benefício de servidores fantasmas, corruptos ou de outra qualquer modalidade criminosa. Pois o mesmo governo que trás a público informações tão contundentes do desvio de conduta de seus servidores, tinha a obrigação de posteriormente informar o que foi feito para corrigir os erros apontados e punir os autores dos desmandos.
    Fato é, que, ao que parece, cada governante que entra trás um grupo de apaninguados que vem se somar aos encostados dos governos anteriores, para sugar nas tetas da vaquinha, sem ter outra função a não ser bajular, fuxicar contra os adversários, perseguir quem trabalha. E recebendo gordos proventos, por tão relevantes préstimos!
    A Governadora se encontra a partir de então com a responsabilidade de mostrar claramente à opinião pública, quais são os servidores que estão na condição por ela denunciada e qual a punição aplicada a cada um deles. Se assim não proceder, melhor que tivesse permanecido calada.

    ANTONIO PEDRO DA COSTA.

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