• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 31/10/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Às vezes a vida bate na sua cabeça com um tijolo. Não perca a fé.”

Steve Jobs

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segunda-feira - 31/10/2022 - 23:40h
Natal

Bolsonaristas lutam contra “comunismo” e pedem intervenção militar

Um grupo de manifestantes que segue o presidente Jair Bolsonaro (PL) fechou a Avenida Hermes da Fonseca, em Natal, em protesto pelo resultado das eleições de domingo (31).

O fato foi registrado à noite desta segunda-feira (31), levando horas para que ocorresse a desobstrução negociada.

Com palavras de ordem contra o adversário eleito, Lula (PT), com buzinaço, vestidos de verde-amarelo e entoando o hino nacional, eles defendiam a intervenção militar como remédio contra o “comunismo”.

Os apoiadores posicionaram-se em frente ao Batalhão do Exército (16 RI).

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segunda-feira - 31/10/2022 - 22:26h
Lei e ordem

Ministro determina desobstrução de rodovias

Caminhoneiros bolsonaristas ocuparam trechos de rodovias em protesto contra a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição de domingo (30).

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), intimou autoridades, como o ministro da Justiça, Anderson Torres, a punir eventuais omissões.

Quer a lei e a ordem prevalecendo.

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segunda-feira - 31/10/2022 - 18:10h
Cenário Político

Vamos falar sobre vitória de Lula e seus desdobramentos

Do Blog Carol Ribeiro

Carlos Santos, comentarista político e editor do Canal BCS (Blog Carlos Santos), é o convidado do Cenário Político desta segunda-feira (31), na TV Cabo Mossoró (TCM Telecom), Canal 10.

Vonúvio Praxedes e Carol Ribeiro apresentam programa com nossa participação (Foto: Arquivo/11-05-2022)

Vonúvio Praxedes e Carol Ribeiro apresentam programa com nossa participação (Foto: Arquivo/11-05-2022)

Começa às 19h25.

Ele analisa o resultado das Eleições Gerais e comenta o que pode vir pela frente a partir do contexto que se forma no país.

A entrevista desta segunda-feira pode ser acompanhada pelo tcmnoticia.com.br ou pelo Canal 10 da TCM.

O programa é apresentado pelos jornalistas Carol Ribeiro e Vonúvio Praxedes.

Participe!

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segunda-feira - 31/10/2022 - 00:20h
Presidente do Brasil

Apuração é concluída; Lula tem mais de 60 milhões de votos

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Com apuração sendo concluída à meia-noite e 18 minutos desta segunda-feira (31), o Brasil viveu e participou das eleições presidenciais mais acirradas de todos os tempos.

Venceu o candidato Lula (PT) com um recorde de votação: 60.345.999 (50,90%).

O segundo colocado, atual presidente Jair Bolsonaro (PL), atingiu 58.206.354 (49,10%).

Maioria de Lula foi de apenas 1,80% de votos válidos. Ou seja, somou 2.139.645 a mais do que seu contendo.

Imediatamente após conhecido o resultado, diversos chefes de governo e representantes de entidades internacionais manifestaram reconhecimento do resultado das urnas e aplauso ao eleito, como os presidentes dos EUA e França, respectivamente Joe Biden e Emmanuel Macron.

Já o derrotado nas urnas, silenciou. Não emitiu qualquer manifestação pública, mesmo que através de algum porta-voz.

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domingo - 30/10/2022 - 23:59h

Pensando bem…

“Não passe pela vida, cresça pela vida.”

Eric Butterworth

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domingo - 30/10/2022 - 23:34h
Discurso

Hora de nos refazermos

“Não governarei para quem votou em mim. Governarei para todos”.

Primeiro discurso de Lula (PT) como presidente eleito, é o norte.

Que não seja apenas retórica.

Precisamos juntar cacos de uma guerra de secessão que nos distanciou de amigos, família e nos apequenou.

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domingo - 30/10/2022 - 22:28h
Simone Tebet

Um nome especial para Lula

Um nome fora do arco de aliados próximos, de Lula (PT), projeta-se como uma carta à manga do futuro presidente, para importantes cartadas.

Tebet é nome para uma terceira via na sucessão presidencial (Foto: Adriano Machado/Reuters)

Tebet era nome para uma terceira via na sucessão presidencial (Foto: Adriano Machado/Reuters)

Seu papel nesse segundo turno e, mesmo no primeiro, foi de enorme importância ao processo democrático.

Cresceu, cresceu muito.

Falo sobre Simone Tebet (MDB), que foi candidata presidencial e apoiadora efetiva de Lula no segundo turno.

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domingo - 30/10/2022 - 21:12h
Política

O caminho de sempre do “Centrão”

O Centrão muda de mão.

Antes de chegarmos à madrugada de segunda-feira (31), já teremos sinalizadores dessa alteração.

Ninguém larga a mão de ninguém (no novo governo, claro).

Correto. Rei morto, rei posto.

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domingo - 30/10/2022 - 21:02h
Futuro

Nada de revanchismo

Certas denominações religiosas e organizações de Estado, não de governo, vão precisar ser repensadas.

Assumiram comportamento abjeto em campanha.

Mas, agora, nada de revanchismo, ódio ou qualquer outro sentimento insalubre.

O país precisa de ação e vozes de reconciliação, de antemão.

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domingo - 30/10/2022 - 20:50h
Eleições 2022

Lula está eleito presidente da República Federativa do Brasil

Com 98,91% dos votos apurados, o ex-presidente Lula (PT) está eleito para mais um mandato presidencial. Será o terceiro. Venceu o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

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domingo - 30/10/2022 - 18:19h
Tempo real

Veja quadro de apuração no RN e no país em nosso Twitter

Topo do Twitter do Canal BCS - Blog Carlos SantosAcompanhe através de nossa plataforma no Twitter, como está a apuração em todo o país, incluindo disputas nos estados e contagem também no RN e municípios.

Paralelamente, estamos postando análises e comentários.

Clique AQUI.

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domingo - 30/10/2022 - 17:02h
Eleição

Meu voto

Meu voto para este domingo (30) foi definido e depositado na urna:

Vou de Lula (PT).

E fico na torcida que ele eleito, ou não, possamos ensarilhar armas e retomarmos o diálogo, estreitarmos laços, construirmos pontes.

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domingo - 30/10/2022 - 15:30h
Eleições 2022

Acompanhe apuração do segundo turno em tempo real

boletim de urba, eleições, urna eletrônica, eleições 2022, apuração devotosAcompanhe a apuração dos votos neste segundo turno.

Como no primeiro turno, oferecemos links para acesso direto do webleitor às informações.

Os dados atualizados a cada 30 segundos se referem tanto à disputa presidencial, como em relação aos embates eleitorais em 12 estados com segundo turno – Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

Do Poder 360 – Clique AQUI.

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domingo - 30/10/2022 - 14:44h

O bom conselho

Por Marcelo Alves

Logo depois que saí da UFRN, ainda na primeira metade dos anos 1990, fui trabalhar fora de Natal. No interior do Rio Grande do Norte e, seguidamente, em outras províncias do nosso país. E fui estudar ainda mais longe, para além das nossas fronteiras, no outro lado do Atlântico. Viajei muito, acredito. Acho que até demais, disse certa vez, menos arrependido de que cansado.

E se tive essa oportunidade de estudar fora, de morar no exterior, isso se deu pelo incentivo, pelo apoio mesmo, de algumas instituições. Tirando o Ministério Público Federal, minha casa há 25 anos, que até hoje nada me negou, talvez o maior apoio que eu tenha recebido – certamente um dos primeiros – me tenha sido dado pelo Conselho Britânico (o British Council, no original).

Ilustração de Olivia Holden

Ilustração de Olivia Holden

Segundo consta, o British Council foi fundado, em 1934, como British Committee for Relations with Other Countries. Seu objetivo, trabalhando em conjunto com diferentes organizações internacionais e locais (governos, instituições de ensino e por aí vai), por meio de variados programas, é oportunizar, a milhões de pessoas no mundo, saberes sobre “a cultura e a criatividade britânicas”. Guardadas as especificidades (e elas são muitas), o British Council pode ser inserido num grupo de organismos de países europeus que visam divulgar suas respectivas culturas (línguas, em especial) mundo afora.

Refiro-me ao Instituto Goethe alemão, ao Instituto Cervantes espanhol, ao Instituto Camões português, à Sociedade Dante Alighieri italiana e, claro, à querida Aliança Francesa. Eles são como uma “mão longa” do país. Tem um quê de colonialismo nisso, admito. Mas o British Council busca mesmo promover o acesso à educação de qualidade. Tem foco na internacionalização do ensino superior. E isso é tudo de bom. Eu asseguro!

Eu mesmo fui premiado pelo British Council com duas bolsas de estudo na Inglaterra. A primeira delas, recebi para participar de um seminário e de um período de pesquisa em tradicional universidade desse país. O ano era 1999, e estive por cerca de duas semanas em Durham, cuja Universidade do mesmo nome, de reconhecida fama, é a terceira mais antiga da Inglaterra, só ficando atrás de Oxford e Cambridge.

Posteriormente, no ano de 2002, uma outra oportunidade de estudos em universidades da Inglaterra me foi dada. Dessa feita, primeiro na Universidade de Oxford, junto ao Corpus Christi College; em seguida, junto à Universidade de Northumbria, na cidade de Newcastle upon Tyne. Essa segunda visita de estudos, mais longa e proveitosa, durou, ao todo, cerca de dois meses. Foi super!

Lembremos, repetindo as palavras do próprio British Council, que “estudar no exterior é o sonho de muita gente e, para alcançar essa realização acadêmica, é necessário muito planejamento. A questão financeira é uma das primeiras a ser pensada – afinal de contas, os custos de moradia em um país com moeda valorizada e as taxas cobradas pelas instituições podem acabar pesando no bolso”. E aqui eu agradeço, penhoradamente, a ajuda financeira do bom Conselho.

Ademais, foi a partir dessas duas bolsas de estudo, dessas duas oportunidades, que conheci uma das minhas paixões (no direito, que fique claro). Que entronizei a lição de René David, em “Os grandes sistemas do direito contemporâneo” (Martins Fontes, 1993), sobre o direito comparado. Essa disciplina/método “é útil nas investigações históricas ou filosóficas referentes ao direito; é útil para conhecer melhor e aperfeiçoar o nosso direito nacional; é, finalmente, útil para compreender os povos estrangeiros e estabelecer um melhor regime para as relações da vida internacional”.

É claro que, com o tempo, o contato com a literatura inglesa especializada – falo da literatura jurídica –, tanto com os clássicos como com autores mais recentes, progressivamente se estreitou. Veio o PhD (doutorado) em Direito, que iniciei no ano de 2008, recebendo o título respectivo em 2013, no King’s College London – KCL. E aqui já devo agradecer a bolsa de estudos que me foi dada pela própria Universidade. Sou um homem sempre grato.

Na verdade, o British Council, sem saber ou mesmo imaginar, acabou me dando, com o tempo, muito mais do que apoio financeiro. Deu-me mil oportunidades. De incrementar os meus conhecimentos jurídicos. De aperfeiçoar o meu domínio da língua inglesa. Estadas maravilhosas nas “provincianas” Oxford e Cambridge e na cosmopolita Londres (“Quem está cansado de Londres, está cansado da vida”, já dizia o Dr. Johnson). E muitas amizades.

Gente como William Shakespeare, Charles Dickens, Arthur Conan Doyle, Agatha Christie e por aí vai. Suas muitas personagens incluídas nesse círculo, claro. Aliás, são por essas amizades/relações, que pretendo manter pelo resto da minha vida, que eu sou mais grato ao bom Conselho. Maravilha!

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 30/10/2022 - 14:26h

Maranhão – Capítulo XII

Por Inácio Augusto de Almeida 

O domingo amanhecera radiante. Maurílio passara em frente ao Grêmio 1⁰ de Janeiro, mas não entrara. Lá dentro estavam os carteadores. A turma do bilhar nunca comparecia pela manhã. E como o Grêmio aos domingos só funcionava até o meio-dia, o médico resolveu ir papear nos abrigos da João Lisboa, como sempre fazia quando não ia ao Olho d’Água, a exemplo de metade da população de São Luís. cerveja-e-corrida

Nas manchetes dos jornais espalhados pela calçada de forma ordenada, leu que Jânio Quadros prometia varrer a corrupção do país. Riu, discretamente, intimamente, riu. A dúvida era se ria de Jânio ou de si mesmo. Mas tinha certeza de que alguém estava pensando que alguém era ingênuo.

Enquanto atravessava a rua, olhou que, nos relógios da coluna, os ponteiros marcavam dez horas em ponto. Nas escadas da Igreja, algumas pessoas papeavam.

– Maurílio, Maurílio!

Era Conversinha com aquele seu jeitinho insinuante e agradável. Sentiu que não escaparia de algumas cervejas.

– Viu as manchetes, Conversinha?

– A do O INDEPENDENTE eu fiz.

– E você acredita que ele consiga?

– Há, há, há.

– Tá rindo de que?

– Da sua pergunta, há, há, há.

– Você é mesmo um gozador.

– Eu? Ou você é que tá querendo zombetear.

– Vai uma cerveja?

– Claro, claro.

A garapeira do velho Guará estava fechada. Ele nunca a abria aos domingos. Quem gostava disto era o Pelado, pois assim podia ir dar o seu mergulho nas águas quentes da Ponta d’Areia. Durante toda a semana Pelado era o incansável servidor de caldo de cana e pão semolina. Mas aos domingos, ninguém o afastava da praia.

– Veio tomar cerveja, Maurílio, ou tá querendo caldo de cana? Você não para de olhar a garapeira.

– Sabe, Conversinha, eu às vezes ainda me surpreendo com a solidariedade que existe entre os pobres. Você sabe que o Pelado, o Pelado do Guará.

Fez uma pausa. Engoliu um pouco de cerveja, como se quisesse recompor-se.

– Vai, continua. Eu sei quem é o Pelado. Todos em São Luís conhecem-no.

Com este conhecem-no do Conversinha, numa conversa de beira de balcão regada a cerveja numa manhã de domingo, Maurílio trocou o ar sério, quase sorumbático, por um meio riso.

– Pois bem. O Pelado, um homem pobre, inculto, é capaz de atos fraternos, de atos solidários, coisa que muita gente que vive papando hóstias, pessoas ditas cultas, não são capazes de fazer.

– Maurílio, limpar hostiários não significa estar com Deus. E estes tipos a que você se referiu como ditos cultos, na realidade são cultos. Muito cultos. Só que sensibilidade, amor ao próximo, bondade, não são coisas que se aprende lendo. Franz Kafka, Niccoló Machiavelli, Michel de Montaigne ou Bernardo de Almeida, todos eles colocaram em suas obras a importância da solidariedade, da fraternidade, do amor. Mas isto não depende de quem escreve. Estes sentimentos são inerentes aos puros, aos de bom coração. Não, não se adquire estes valores através da cultura. Eles brotam de dentro, do fundo do coração.

Maurílio olhava para Conversinha de maneira respeitosa. Sabia das traquinagens que o jornalista fazia, dos “traços” que dava em alguns poderosos e vaidosos. Mas sabia também da bondade existente na alma daquele homem de menos de metro e meio de altura.

Você tem razão, Conversinha. Enquanto o Pelado arrisca o emprego, a sobrevivência, para dar dois pães a quem só tem ficha pra um, por saber que ali está a primeira e talvez a única refeição de pobres meninos de rua, tipos ricos e cultos negam uma moeda a pedintes famintos.

– Maurílio, o domingo está bonito, a cerveja bem gelada e já vai para quase dois mil anos que Cristo foi pregado numa cruz. A injustiça social vem desde que começou o mundo. Eu já estou é para fundar o PIS.

– PIS, Conversinha?

– Sim, Maurílio. O Partido da Injustiça Social. Uma coisa que já existe há tanto tempo, que todo mundo diz combater e que continua existindo, só pode ser uma coisa muito forte, forte e boa para quem a pratica. E já tenho palavras de ordem. Veja: pela exploração do homem pelo homem. Pela desigualdade social. Por aumento nas taxas de juros. Pela criança fora da escola. Por uma anistia ampla e irrestrita a todos os deslizes do colarinho branco.

– Deslizes, Conversinha?

– Deslizes, sim, Maurílio. Pobre é que comete crime. A turma do colarinho branco fica só no deslize. Deixe-me continuar, ou você não quer saber o restante do programa do nosso partido?

Esforçando-se para controlar o riso, Maurílio conseguiu dizer:

– Nosso, não. O seu partido.

– Meu ou nosso, vamos em frente. Por igrejas alternativas mais fortes e em maior quantidade. Pela manutenção dos privilégios e criação de novas seitas. Pela acentuação da divisão de classes. E como ponto inegociável do nosso programa: a defesa do direito adquirido! Neste não admitimos que ninguém toque. Ninguém!

– Maurílio ria a não mais poder. Chegava mesmo a curvar o corpo. Os seus olhos ficaram cheios de lágrimas, talvez de tanto rir ou, quem sabe, de constatar que tudo aquilo que o Conversinha falava acontecia realmente todos os dias e ninguém se tocava. Olhou para o Conversinha com uma enorme simpatia. Taí a razão de gostar daquele jornalista falante. E quando pensava em dizer alguma coisa, sentiu uma mão pousar no seu ombro.

– Na cervejinha, hein, Doutor. Vai ver o Conversinha já lhe fez dar boas risadas.

– Ainda não, Lopes. Hoje ele está mais para o trágico do que para o cômico.

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Leia tambémMaranhão – Capítulo I;

Leia tambémMaranhão – Capítulo II;

Leia tambémMaranhão – Capítulo III;

Leia tambémMaranhão – Capítulo IV;

Leia tambémMaranhão – Capítulo V;

Leia tambémMaranhão – Capitulo VI;

Leia tambémMaranhão – Capítulo VII;

Leia também: Maranhão – Capítulo VIII;

Leia tambémMaranhão – Capítulo IX;

Leia tambémMaranhão – Capítulo X;

Leia também: Maranhão – Capítulo XI.

Inácio Augusto de Almeida – Boêmio/Sonhador

(Continua no próximo domingo)

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Categoria(s): Conto/Romance
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domingo - 30/10/2022 - 09:48h

A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 20

Exilado em Vila Negra

Por Marcos Ferreira

Buscando o máximo de privacidade, Jaime pediu a Luciano que dispensasse (ao menos por enquanto) os dois serviçais que cuidavam do imóvel: o jardineiro e a faxineira. Luciano, embora jovem, era um advogado bem-sucedido e de posses. Então ordenou aos auxiliares que não viessem trabalhar por um tempo, contudo lhes assegurou que os seus proventos continuariam sendo depositados em suas contas bancárias.

O causídico alegou que Jaime era um amigo e escritor recluso e que necessitava ficar sozinho para finalizar um romance em que vinha trabalhando há cerca de três meses. Os auxiliares se entreolharam e balançaram a cabeça de modo afirmativo.Imagem exilado em Vila Negra

Após o jardineiro e a doméstica irem embora, Luciano meteu a mão no bolso da calça, retirou um maço de notas de cem reais preso em uma dessas borrachinhas elásticas e entregou a soma em dinheiro a Jaime. Este, visivelmente constrangido, relutou em aceitar aquela quantia, porém Luciano o convenceu do contrário dizendo que ele não poderia ficar ali sem uma grana para se manter e postar seus originais nos Correios de Vila Negra. “Deixe de cerimônia, meu caro”, disse o advogado.

Luciano continuou com um pequeno sorriso:

— Ok, Jaime. Vamos entrar. Quero lhe mostrar o apartamento. — Falou Luciano com a mão apoiada no ombro do escritor. — É no décimo nono piso, com vista panorâmica para a cidade. Imagino que vai gostar. Aqui estará seguro. Sobretudo agora que você mandou os comparsas de Rato Branco para os quintos. A menos que ele contrate outros pistoleiros, penso que talvez você não precise usar esse colete desconfortável o tempo todo nem ficar ininterruptamente com sua arma na cintura. Tente relaxar, querido. Isso vai ser bom para a sua paz de espírito. O pior já passou. Ninguém imagina que você está aqui. Os caras morreram, não restaram testemunhas.

— Acontece, Luciano, que eu me preocupo com Laura. Receio que Rato Branco mande alguém ir atrás dela, talvez para obrigá-la a revelar onde estou. Laura não merece que nada disso respingue sobre ela. Nem o Reginaldo Marinho e muito menos você. Veja só: o seu carro está com buracos de bala em diversos locais. A Polícia Rodoviária pode abordá-lo para saber o que aconteceu. Outro detalhe é que você não pode mais voltar para Mondrongo com essa pistola. Se você for parado no posto rodoviário, e fizeram uma inspeção, é muito provável que encontrem a arma.

— Tudo bem, homem. Ao menos por agora a arma ficará com você. Quanto aos tiros que perfuraram meu carro, se porventura me pararem na Polícia Rodoviária Federal, direi que fui vítima de uma tentativa de assalto na noite anterior e que consegui fugir da ação dos bandidos. Fato este que é parcialmente verdadeiro. A seguir apresentarei a minha carteira da OAB e suponho que não terei problemas para prosseguir no meu percurso. Já você, logo que for possível, faça a postagem dos seus originais. Existe uma agência dos Correios a duas quadras daqui, na Major Moisés Resende. Basta você seguir na rua do posto de gasolina e virar à direita. É quase na esquina.

Luciano apontou para o outro lado da rua e disse:

— Veja! Há um restaurantezinho naquele imóvel azul com um toldo e uma placa na calçada. Vendem comida boa por um preço razoável.

Quando entraram, Jaime ficou impressionado com todo aquele requinte. Tudo limpo e harmonioso. Apartamento com três quartos, sala e cozinha amplas, varanda com excelente vista para boa parte da cidade, além de uma mobília de primeira qualidade.

Também avistou, dispostos numa estrutura de alvenaria e vidro, cerca de mil livros muito bem organizados e sem nenhum indício de poeira. Jaime então recordou-se dos míseros quinhentos volumes que vendeu ao sebista Antoniel Silva.

— Fique à vontade, meu caro — confortou-o Luciano. — Infelizmente, por força do trabalho, tenho que voltar imediatamente para Mondrongo. Como defensor público, hoje tenho que comparecer a uma audiência inadiável. Aqui, como percebe, o sossego é tão grande que às vezes até incomoda ou nos entedia. Os dois apartamentos vizinhos estão vazios, disponíveis para aluguel. Portanto, o silêncio é absoluto. Se porventura surgir algum problema, você tem o meu telefone e pode ligar a qualquer hora. Você não está sozinho nesse momento complicado de sua vida. Estamos juntos, Jaime. Quem sabe após essa poeira toda baixar possamos pensar em nós dois.

— Por enquanto, Luciano, ainda estou zonzo.

— E não é para menos… Você está abalado.

— Sou grato demais por tudo que você tem feito por mim. Até mesmo colocar a sua própria vida em risco para me ajudar. Então, quando as coisas estiverem mais tranquilas, prometo que pensarei em nosso relacionamento bruscamente interrompido. Eu só lhe advirto que não posso deixar Laura por conta disso.

— Entendo. E não lhe pediria uma coisa dessas. O que me importa é que a nossa ligação sobreviva e perdure. Laura nem ninguém precisam saber de nada. Isso é uma coisa apenas nossa. Pois eu pressinto que é algo especial.

Jaime deu alguns passos pelo apartamento, foi até a varanda, fixou os cotovelos no parapeito devidamente guarnecido por uma tela de proteção, e depois se deteve por algum tempo diante da estante de livros. Cogitou sacar algum da prateleira, todavia desistiu de fazê-lo, pois imaginou que a verve de outro autor pudesse interferir negativamente em sua concepção sobre A Cidade que Nunca leu um Livro.

Súbito, então, num ímpeto de gratidão ou de desejo, Jaime avançou sobre Luciano e o beijou na boca por uns breves segundos. Depois, com a cabeça baixa e as mãos nos ombros do advogado, murmurou que também sentia algo de especial por Luciano e que ainda não sabia direito como lidar com tal sentimento. Sobretudo porque tinha plena certeza de que era apaixonado por Laura como nunca fora por nenhuma outra mulher.

— Eu lhe compreendo — falou Luciano colando a testa na de Jaime. — E lhe repito que você não tem que deixar Laura para ficar comigo. Eu só não desejo que você coloque um ponto final em nosso relacionamento por se sentir pressionado por alguém ou por sua própria consciência. Sou perdidamente apaixonado por você, Jaime Peçanha. Amo tudo que é seu: seu cheiro, sua voz, tudo, tudo.

— Bom, agora você precisa ir — falou Jaime. — E tome cuidado na estrada. Vou tomar um banho, descansar um pouco e ainda na manhã de hoje irei àquela agência dos Correios que você me indicou para postar os meus originais. Como eu já disse, vou enviá-los para o Rio e São Paulo. Qual é mesmo o nome da rua da agência postal? Lembro-me tão somente de que é após o posto de gasolina, entrando à direita. O resto eu já esqueci. Às vezes consigo me lembrar de coisas bem distantes no tempo e não gravo informações mais recentes. Como esse nome da rua que você falou.

— É a Major Moisés Resende. Um carioca filho da puta e alcaguete da ditadura homenageado em Vila Negra não sei por que diabos.

— Deixe comigo, Luciano. Não vou esquecer.

E os dois se despediram com outro beijinho.

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Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Prólogo;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Capítulo 2;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo  3;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 4;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 5

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 6;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 7;

Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 8;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 9;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 10;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 11;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 12;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 13;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 14;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 15;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 16;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 17;

Leia tambémA cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 18;

Leia também: A cidade que nunca leu um livro – Romance – Capítulo 19.

Marcos Ferreira é escritor

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domingo - 30/10/2022 - 07:22h

De volta à infância e à adolescência; saudades de um amigo

Por Odemirton Filho 

Fim de tarde. Eu voltava às pressas da escola. Ficava agoniado para chegar logo em casa e assistir aos desenhos animados. No caminho, via as andorinhas sobrevoando a velha Igreja de São Vicente, onde as balas do bando do cangaceiro Lampião e da trincheira em defesa da cidade de Mossoró troaram.

Esperava o jantar; comia apressadamente. Depois, ia brincar com os amigos da vizinhança. As brincadeiras eram, normalmente, passear com a minha bicicleta BMX azul e jogar futebol com a bola dente de leite.

Márcio Iuri Albuquerque Dias (Foto: redes sociais)

Márcio Iuri Albuquerque Dias (Foto: redes sociais)

Às vezes, as brincadeiras eram na casa de um amigo, com carrinhos e bonecos. Colecionávamos maços de cigarros. Uma noite, vimos luzes de cores variadas no céu. Brilhavam intensamente. Um disco voador ou o fim do mundo? Era menino correndo pra todos os lados.

Esperava, ansioso, a vinda de um parque de diversão. A roda-gigante, pra variar, estava com as cadeiras enferrujadas. Em dezembro, participava dos festejos de Santa Luzia; e ganhava uma roupa, novinha, novinha.

De vez em quando, ia com os meus pais almoçar na churrascaria O Laçador para comer uma maionese de lamber os beiços. Aos domingos, assistia aos vesperais no Cine Pax e tomava sorvete no Juarez. Ao lado de meu pai, ia saborear salada de frutas com sorvete no Café Mossoró.

Quando somos crianças queremos que o tempo passe depressa. A maturidade, porém, apresenta-nos a fatura da vida; entre elas, a dor da perda e da saudade.

Pois é. No último dia 22 perdi um querido amigo: Márcio Iuri Albuquerque Dias, filho do “Nego” Rubens e Genoveva (Vevinha).

No patamar da Igreja de São Vicente passeávamos com as nossas bicicletas; jogávamos bola. Íamos brincar no casarão do doutor Leodécio Néo.

Depois, na adolescência, passávamos a tarde do sábado lavando e polindo o Chevette vermelho do seu pai, para que pudéssemos sair à noite. Juntamente com amigos, comprávamos um litro de Rum Montilla e Coca-Cola. Eram porres “de virar a perna”. Coisas da juventude.

Vez ou outra íamos às vaquejadas das cidades vizinhas, voltávamos de madrugada, escondidos de nossos pais. Curtíamos as festas no Imperial, no Realce, no clube do Banco do Nordeste. Na praia de Tibau, “Tibauzim de açúcar”, eram as festas no Creda e no Álibi. Dirigíamos os nossos buggys de Areias Alvas até o “arrombado”. íamos a Canoa Quebrada; brincamos os carnavais de Aracati.

Já adultos, mantivemos a nossa amizade, apesar de cada um seguir a sua vida. “Quase quarenta anos de amizade”, dizia. Ele era pura alegria; não existia tempo ruim. Sempre tinha uma brincadeira pra dizer, gostava de “tirar onda”, mas sabia escolher a palavra certa, no momento certo. Ao seu lado, conversando sobre a vida, eu sorri, eu chorei.

Dias antes de partir, foi ao Rio de Janeiro assistir ao jogo do Mengão, no Maracanã. Realizou um sonho. “Mengão do meu coração, vai começar a festa”, cantava. Estava feliz. A vida é um instante. Por isso, devemos vivê-la. Ele viveu do jeito que gostava, pois o que conta é a vida em nossos anos.

Márcio Iuri se foi. Levou um pedaço da minha infância e adolescência, deixando uma saudade danada no peito de seus familiares e inúmeros amigos.

Quando eu estiver tomando umas, lá pra tantas lembrarei de nossa amizade, levantarei o copo em direção ao céu e direi, com os olhos cheios d`água, uma de suas “tiradas”:

“Eu nem ia beber hoje”.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça.

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 30/10/2022 - 06:36h
Mossoró

Transporte coletivo gratuito assegura circulação de eleitores

Neste domingo (30), a Prefeitura de Mossoró garante o transporte público gratuito à população. Os bairros serão beneficiados com linhas de ônibus a partir das 7h da manhã. Os itinerários especiais contemplarão os principais colégios eleitorais, ainda sendo possível o deslocamento para outros bairros, através da integração gratuita.

Transporte está disponibilizado até o período da noite (Foto: Allan Phablo)

Transporte está disponibilizado até o período da noite (Foto: Allan Phablo)

O Departamento de Transportes da Secretaria Municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito (SESDEM), em conjunto com a empresa Cidade do Sol, concessionária do transporte público de Mossoró, adequaram as rotas para melhor eficiência do serviço.

No tocante aos horários dos itinerários, os usuários poderão acompanhar em tempo real através do aplicativo “Cittamobi”. Com o aplicativo, será possível verificar, por meio de georreferenciamento do mapa interativo, a localização exata do ônibus, além da previsão de chegada aos terminais ou pontos nos bairros, proporcionando melhor experiência do serviço.

Titular da Sesdem, Cledinilson Morais explica que o Município assegura gratuidade da passagem a toda a população mossoroense com recursos próprios. O secretário ressalta que as rotas foram ajustadas com objetivo de deixar o itinerário mais rápido e eficiente.

Após o fim do processo eleitoral, os ônibus farão o último retorno aos bairros às 18h, com partida dos terminais no Centro.

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Categoria(s): Administração Pública / Eleições 2022
domingo - 30/10/2022 - 05:22h

Salve o Brasil!!!

Por Ney Lopes

Hoje, 30 de outubro de 2022, o dia das eleições gerais mais importantes da história do  Brasil.

São séculos de escolhas populares no país, desde 1532, com disputas, conquistas de direitos, momentos de autoritarismo e gritos por liberdade.

Eleitores em fila de votação (Foto ilustrativa)

Eleitores em fila de votação (Foto ilustrativa)

A principal reflexão do eleitor ao votar hoje deverá o dever de preservar as liberdades e o sistema democrático.

A economia preocupa e é importante.

Porém, antes dela há que existir a certeza política de um regime, que não “flerte” com nenhuma forma de autoritarismo, de concentração de poder, de desrespeito aos poderes constitucionais.

Sem liberdade, regulada por lei, não há livre iniciativa estável, nem economia de mercado eficiente.

A forma de preservar esses valores é “votar com responsabilidade”.

O Brasil evoluiu para chegar ao estágio atual de concessão do direito do voto.

O direito de votar já foi considerado fator de superioridade e instrumento do controle exercido pelos poderosos.

Os critérios eram nobreza, renda, gênero e alfabetizado.

A Constituição de 1988 ampliou o direito ao voto e a participação popular.

A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular.

Restauraram-se os direitos políticos, consolidando o indicativo do estágio democrático da nação.

A Constituição de 1988 estabeleceu a inviolabilidade de direitos e liberdades básicas, garantindo a igualdade de gêneros e direitos sociais, como educação, saúde e trabalhos a todos os cidadãos.

Além disso, a Carta criminaliza o racismo e proíbe totalmente a tortura.

O processo eleitoral brasileiro é tido como um dos mais universais do mundo.

O dever constitucional do voto garante que todos os cidadãos compareçam às urnas a cada pleito, independentemente de classe social, raça, sexo ou grau de instrução.

O voto não é apenas um direito estabelecido pela Lei Maior.

É na verdade, instrumento de manifestação do povo, livre, decorrente de convicções e expectativas sobre o futuro do país.

A urna eletrônica, com 25 anos de implantada, é uma criação cem por cento brasileira e aplaudida pelo mundo, despertando interesse de países que buscam eleições livres da interferência humana.

Observe-se, por oportuno, que no começo dos anos 1930, já se falava no emprego de “máquinas de votar” para registrar, sem a intervenção humana, a vontade popular na democracia brasileira.

Isso ocorria pelo fato de que nos tempos da colônia as eleições no Brasil sempre ocorreram sob constante suspeita de fraudes e manipulações.

Atualmente, segundo o Instituto Internacional para a Democracia e a Assistência Eleitoral (IDEA Internacional), sediado em Estocolmo, na Suécia, pelo menos 46 países já utilizam sistemas eletrônicos criado no Brasil para captação e apuração de votos.

A eleição geral de hoje é, portanto, motivo de orgulho para os brasileiros.

Ela significa a plenitude da democracia e o somatório de forças vivas da nação, visando alcançar um processo eleitoral livre e idôneo.

Vamos às urnas!

Salve o Brasil!

Ney Lopes é advogado, jornalista e ex-deputado federal

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Categoria(s): Artigo / Eleições 2022 / Política
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domingo - 30/10/2022 - 04:10h
Eleições 2022

Uso de celular em cabine eleitoral está proibido

Bom lembrar que estão proibidos o porte de armas nas seções eleitorais e o uso de celular na cabine de votação. A desobediência ao que está normatizado pode gerar complicações aos infratores.Celular - wi-fi

Os eleitores devem entregar aos mesários: celular, máquina fotográfica, filmadora, tablet e qualquer outro equipamento de radiocomunicação. Caso se recusem a entregar, ele ficará proibido de votar.

Os mesários podem acionar a polícia para “adoção de providências necessárias”.

Quem entrar com os aparelhos na cabine de votação pode ser enquadrado no artigo 312 do Código Eleitoral, que define pena de até 2 anos de prisão para quem violar ou tentar violar o sigilo do voto.

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Categoria(s): Eleições 2022 / Justiça/Direito/Ministério Público / Política
domingo - 30/10/2022 - 03:00h
Eleições 2022

Saiba como justificar ausência de votação nesse segundo turno

O eleitor ausente do seu domicílio eleitoral no dia e horário da eleição (das 8 às 17 horas) poderá apresentar justificativa para o primeiro, o segundo ou ambos os turnos, por meio de uma dessas opções: 

O e-Título é uma das modalidades para a justificativa eleitoral do primeiro e segundo turnos (Foto ilustrativa)

O e-Título é uma das modalidades para a justificativa eleitoral do primeiro e segundo turnos (Foto ilustrativa)

Não é necessário anexar documentos que comprovem o motivo da ausência quando a justificativa for apresentada no dia da eleição.   

O acesso ao aplicativo e-Título  está disponível somente para quem está com o título eleitoral regular ou suspenso.

Pós-eleições

Caso não apresente a justificativa no dia da votação, a eleitora ou o eleitor poderá justificar sua ausência em até 60 (sessenta) dias após cada turno da votação por uma dessas opções:

Em qualquer desses meios, a documentação que comprove o motivo da ausência à eleição deverá ser anexada ao requerimento para análise da autoridade judiciária da zona eleitoral responsável pelo título. Caso a justificativa seja aceita, haverá o registro no histórico do título eleitoral. Se a justificativa for indeferida, a pessoa precisará quitar o débito. 

O acesso ao aplicativo e-Título  está disponível somente para quem está com o título eleitoral regular ou suspenso.

Para o pleito de 2022, os prazos para a apresentação da justificativa são:

– até 1º de dezembro de 2022 (ausência no primeiro turno – 2.10.2022);

– até 9 de janeiro de 2023 (ausência no segundo turno – 30.10.2022, se houver).

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Categoria(s): Eleições 2022 / Justiça/Direito/Ministério Público / Política
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