domingo - 01/06/2025 - 19:38h
Luto

Ex-juíza do Trabalho morre em São Paulo neste domingo

Maria Suzete Monte de Hollanda Diógenes estava em São Paulo (Foto: Reprodução)

Maria Suzete Monte de Hollanda Diógenes estava em São Paulo (Foto: Reprodução)

A juíza do Trabalho aposentada e advogada Maria Suzete Monte de Hollanda Diógenes, 62, faleceu neste domingo (01) em São Paulo-SP. Estava em visita a uma filha, quando veio a óbito.

Informações sobre velório e sepultamento ainda não foram divulgadas. O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT21) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do RN, emitiram Nota de Pesar. Veja abaixo:

TRT21

O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT21) lamenta profundamente a partida da juíza do Trabalho aposentada Maria Suzete Monte de Hollanda Diógenes, aos 62 anos, ocorrida em São Paulo.

Maria Suzete construiu uma carreira dedicada ao serviço público e à área jurídica. Serviu como juíza titular do Trabalho nas comarcas de Assú e Ceará-Mirim e dedicou-se à magistratura por 30 anos na Justiça do Trabalho do Rio Grande do Norte. Também advogada, retornou aos quadros da OAB-RN após a aposentadoria.

Maria Suzete Monte de Hollanda Diógenes era irmã dos servidores do TRT-RN Dirceu Victor Monte de Hollanda, atual secretário de Planejamento e Gestão Estratégica, e de Sonja Magaly Monte de Holanda Oliveira, do setor de Precatórios. A magistrada deixa  esposo Gutemberg Rego Diógenes, filhos João Victor, Dirceu e Marina e netos.

O velório e sepultamento serão confirmados após o traslado do corpo para Natal.

O TRT-RN, em nome do desembargador Eduardo Serrano da Rocha e de todos os magistrados (as) e servidores (as), se solidariza com familiares e amigos da juíza Maria Suzete.

OAB

A OAB/RN lamenta profundamente a irreparável perda e se solidariza com todos os familiares e amigos, desejando que encontrem conforto na fé, na união e nas memórias afetivas que Maria Suzete deixa. Que o legado de sua trajetória inspire e permaneça vivo no coração de todos que tiveram o privilégio de conhece-la e conviver com ela.

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Categoria(s): Gerais / Justiça/Direito/Ministério Público
domingo - 01/06/2025 - 17:50h
Preocupação

Economista Elviro Rebouças tem “piora no quadro” de saúde

Família anunciou transferência do paciente para outro centro médico maior Foto: cedida ao BCS)

Família anunciou transferência do paciente para outro centro médico maior Foto: cedida ao BCS)

“Houve piora no quadro, com alguns broncoespasmos que prejudicam a recuperação dele. Em função disso, a família resolveu levá-lo para um centro maior (Fortaleza-CE).”

O relato acima foi recebido pelo Blog Carlos Santos à tarde deste domingo (01), de fonte ligada à família do economista e ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró (CDL) Elviro do Carmo Rebouças. Há preocupação considerável e temor de regressão nos avanços que vinha obtendo nos últimos dias.

Rebouças estava internado no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró, desde o dia 25 de abril. Com sério problema respiratório e infeccioso decorrente da H1N1, ele foi logo intubado. Só no último dia 23 de maio, quase um mês após ser hospitalizado, o paciente foi extubado. Mas passou a usar máscara não invasiva denominada de Bipap, além de seguir acamado, com escassa mobilidade – como ficar sentado.

Ocorreram avanços diversos, porém nova instabilidade deixou médicos e familiares sobressaltados.

Fique sabendo

O que é Broncoespasmos – são contrações espasmódicas dos músculos lisos que revestem os brônquios, causando estreitamento das vias aéreas e dificuldade para respirar, como em quadros asmáticos e de enfisema.

O que é Bipap – Bilevel Positive Airway Pressure (BIPAP) é um tipo de ventilação não invasiva que ajuda a respirar, fornecendo ar pressurizado através de uma máscara no rosto.

O que é H1N1  – É um subtipo do vírus influenza A, responsável por causar uma infecção respiratória muito delicada. Crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas (como asma, diabetes, doenças cardíacas ou imunodeficiência) estão mais suscetíveis a complicações.

Veja nos links a seguir, notícias que publicamos mostrando passa a passo as dificuldades enfrentadas por Elviro Rebouas – AQUI, AQUI, AQUI, AQUI, AQUI, AQUI e AQUI.

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Categoria(s): Gerais
  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
domingo - 01/06/2025 - 15:26h

Mais perto de você – Notas de amor e cura

Por Carlos Oliveira

Capa do livro na versão em inglês (Reprodução do BCS)

Capa do livro na versão em inglês (Reprodução do BCS)

Como você volta para si mesmo quando a vida te afastou tanto?

“Mais Perto de Você” (veja vídeo AQUI) começou como uma coleção de notas escritas nos momentos silenciosos entre o coração partido, a ansiedade e a cura — uma forma de dar sentido ao caos interior e encontrar palavras para emoções que pareciam impossíveis de nomear.

Através de prompts reflexivos, verdades suaves e lembretes poéticos, ele explora o que significa amolecer, deixar ir e escolher a si mesmo, vez após vez.

Estas páginas não oferecem respostas prontas. Elas oferecem companhia, um convite para desacelerar, respirar fundo e se reconectar com a parte de você que sempre foi suficiente.

Se você está atravessando a dor da perda, buscando paz ou simplesmente desejando se sentir inteiro, este livro é para você.

* Texto da contracapa do livro bilíngue (Português e Inglês) “Mais Perto De Você – Notas de Amor e Cura”, de Carlos Oliveira (Carlos dos Santos Oliveira Júnior). O autor desnuda-se, mergulha em suas fraquezas, decepções e derrotas para descobrir que no fundo do poço “o único caminho que resta é para cima. É para lá que ele resolver ir.

É preciso subir, mesmo que despedaçado, para ser de novo inteiro, ainda que incompleto.

Carlos Oliveira é consultor global de eventos, palestrante, escritor e gestor de projetos sustentáveis (veja AQUI)

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Categoria(s): Crônica
domingo - 01/06/2025 - 10:10h

Tive medo

Por Honório de Medeiros

Foto em Natal, do autor da crônica

Foto em Natal, do autor da crônica

Nessa rua, da qual somente se percebe um vislumbre, durante o dia raros sãos os pedestres e mais ainda aqueles carros ansiosos, a passarem velozes, em sua busca frenética e atormentada.

Suas poucas casas, inclusive as comerciais, têm grades. Os vizinhos, poucos – ainda os há – não se conhecem, me disse o vigilante que a percorre durante a noite portando um apito, e, na cintura, um cassetete de madeira, para amedrontar os incautos.

Nunca vi crianças correrem em suas calçadas, gritando uma com as outras, brincando despreocupadas, vigiadas por pais amorosos a conversarem serenos, como ocorria na minha meninice.

Entretanto, outro dia vi uma criança grande dormindo no chão. Quis confortá-lo, mas tive medo.

Natal, algum dia de 2024.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura de Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
domingo - 01/06/2025 - 09:56h

Vida e arte em Nuremberg

Por Marcelo Alves

Foto com alguns dos principais criminosos nazistas (Reprodução da Web)

Foto com alguns dos principais criminosos nazistas (Reprodução da Web)

Por estes dias, enviei um artigo para a revista da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte – ALEJURN analisando, de uma forma mais extensa do que é possível num espaço de jornal, o filme “Julgamento em Nuremberg” (“Judgment at Nuremberg”), de 1961.

Um clássico dos “filmes de tribunal”, do ponto de vista cinematográfico, “Julgamento em Nuremberg” é simplesmente uma película fantástica. Sob a direção de Stanley Kramer, é protagonizado por gente do top de Spencer Tracy, Burt Lancaster, Marlene Dietrich, Judy Garland, Montgomery Clift, Richard Widmark, Maximilian Schell, Werner Klemperer e William Shatner, entre outros. Em 1962, ele foi indicado a onze estatuetas do Oscar, entre elas as de melhor filme, melhor direção, melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor direção de arte, melhor ator (duas vezes) e por aí vai.

Levou dois prêmios, melhor ator (Maximilian Schell) e melhor roteiro adaptado (para Abby Mann), aos quais se somaram alguns globos de ouro. Ao mesmo tempo “film d’acteurs” e “film à thése”, “Julgamento em Nuremberg” dramatiza um acontecimento verídico – na verdade, uma parte dele, e mesmo assim com muita liberdade, já que estamos falando de ficção –, o “julgamento dos juízes” pós-2ª Guerra Mundial, em que, embora não fossem eles as maiores autoridades do sistema de justiça nazista (estas estavam já falecidas), nove membros do Ministério da Justiça do Reich e sete membros de tribunais do povo e de tribunais especiais foram acusados de abusar dos seus poderes de promotores e juízes para cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade, fomentando e autorizando a perseguição racial e horrendas práticas de eugenia, entre outras coisas, levando à prisão e à morte inúmeros inocentes.

O julgamento durou de 5 de março a 4 de dezembro de 1947. Dez dos acusados foram condenados, quatro absolvidos e dois acabaram não julgados.

E foi com a repercussão do envio do artigo que mais uma vez observei algo curioso na relação arte e vida, ficção e fato. Embora o “julgamento dos juízes” não tenha sido nem de longe o mais importante dos julgamentos então acontecidos na cidade de Nuremberg, ele é hoje, pela força de Hollywood, um dos mais badalados. A versão supera os fatos; a arte, muitas vezes, a vida.

De fato, os “julgamentos de Nuremberg”, decorrentes dos horrores acontecidos na 2ª Guerra Mundial, começaram em 20 de novembro de 1945 e terminaram em 13 de abril de 1949. O principal julgamento, o primeiro deles, teve fim em 1º de outubro de 1946 e concentrou-se na suposta cúpula do regime nazista. Vinte e quatro líderes foram indiciados/denunciados, vinte e um réus acabaram sendo ali julgados, gente como Hermman Goering, Ruldof Hess, Joaquim von Ribbentrop, Alfred Rosenberg, Albert Speer e Franz von Papen, que dispensam apresentações, e até militares como Erich Raeder, Wilhelm Keitel, Alfred Jodl e Karl Dönitz.

A ideia, deveras louvável em termos civilizatórios, era de que, com esses julgamentos, os nazistas seriam severamente punidos, mas de uma maneira digna, o que serviria de exemplo para a posteridade. Como lembra Paul Roland (em “The Nuremberg Trials: the Nazis and their Crimes against Humanity”, Arcturus Publishing, 2010), “os julgamentos não fizeram do mundo um lugar mais seguro, nem eles erradicaram a injustiça, a perseguição religiosa e racial, a escravidão, a tortura e o genocídio. Entretanto, os julgamentos de Nuremberg estabeleceram um precedente no sentido da punição dos responsáveis por crimes que a comunidade internacional considera intoleráveis – onde e por quem quer que eles tenham sido cometidos. Depois de Nuremberg, nenhum chefe de Estado pode alegar estar acima do direito e indivíduos não podem mais evadir-se de suas responsabilidades escondendo-se atrás da impessoalidade da administração à qual serviram. A limpeza étnica, a guerra selvagem e os responsáveis por esses males/crimes são agora puníveis sob o direito internacional. Nós agora temos claros códigos de conduta onde uma vez havia incerteza e ambiguidade. Militares não podem mais alegar que foram forçados a cometer crimes sob coação, nem podem se fiar na [antes tão comum] tese de que foram simplesmente obrigados a cumprir ordens superiores”.

Embora tenha sido apenas no primeiro julgamento que as quatro grandes potências aliadas (EUA, Reino Unido, França e União Soviética) estiveram oficialmente representadas com seus respectivos julgadores, subsequentemente, a partir de 9 de dezembro de 1946, foram levados a cabo, pelos americanos, mais doze julgamentos de criminosos de guerra nazistas de suposta menor relevância. E o nosso real e dramatizado “julgamento dos juízes” foi, anote-se, apenas um deles.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 01/06/2025 - 09:42h

Lampião, o rifle e o sobrenome que salvou a Vila de Boa Esperança

Por César Amorim

Arte ilustrativa produzida com recursos de Inteligência Artificial

Arte ilustrativa produzida com recursos de Inteligência Artificial

Durante o Cariri Cangaço realizado na cidade de Antônio Martins/RN no último dia 24 de maio, um episódio até então pouco conhecido da história do cangaço veio à tona. Revelou não apenas um artefato raro, mas também os bastidores de um pacto improvável em meio ao terror instaurado pelo bando de Lampião em sua passagem pela Vila de Boa Esperança – hoje cidade de Antônio Martins.

Em apresentação conduzida pelo historiador Luan Alendes, foi exibido ao público um rifle que, segundo documentos e relatos orais compilados em sua pesquisa, que deu origem a um livro, foi entregue pelo próprio Lampião a um casal de moradores da antiga Vila de Boa Esperança. O objeto pertencia à Rosina Novaes e Augusto Nunes de Aquino, protagonistas de um momento singular durante a invasão da vila pelo bando cangaceiro, na tarde de 11 de junho de 1927.

O episódio se desenrolou quando Sabino, um dos homens de confiança de Lampião, liderava o saque à residência do casal. Em meio ao tumulto e à tensão da cena, Rosina foi ameaçada de sequestro. Porém, ao reagir, a mulher revelou sua origem sertaneja: Ela era natural do Pajeú pernambucano e tinha laços de sangue com Emiliano Novaes, de Floresta do Navio, hoje apenas Floresta, em Pernambuco.

A menção ao nome “Novaes” causou imediata comoção no grupo. Sabino recuou e chamou Lampião, que, ao chegar, pediu provas do parentesco, o que de pronto foi apresentado através de correspondências e fotografias dos primos. Assim, Lampião reconheceu em Rosina uma parente de Emiliano Novaes, figura conhecida por ser coiteiro e amigo pessoal do Rei do Cangaço. A identificação alterou radicalmente os rumos da ação: Lampião suspendeu o saque em Boa Esperança e ordenou a retirada de seus homens.

Como gesto simbólico e estratégico, afirmou o que foi feito está feito, mas não se bole mais em nada aqui”. E presenteou o casal com um rifle pessoal, arma que agora ressurge como prova silenciosa de um pacto de respeito entre o bando e a família poupada, que salvou a vila de um banho de sangue.

Boa Esperança foi, até aquele momento, um dos pontos mais duramente atingidos pela ofensiva de Lampião rumo a Mossoró, alvo principal da campanha cangaceira naquele ano. Casas saqueadas, moradores aterrorizados, e um vilarejo à mercê de um exército de sertanejos armados, até que a memória familiar e os vínculos invisíveis do sertão mudaram tudo.

O rifle, até então mantido em sigilo por um colecionador, é agora apresentado como símbolo de um Brasil profundo, onde honra e sangue se entrelaçam em narrativas que resistem ao tempo.

Uma história que ultrapassa o folclore, eleva o patamar de Antônio Martins sobre o tema, para nos lembrar que, mesmo em meio à brutalidade do Cangaço, havia espaço para pactos de honra e respeito.

Vila de Boa Esperança, um ambiente que foi poupado de banho de sangue (Reprodução)

Vila de Boa Esperança, um ambiente que foi poupado de banho de sangue (Reprodução)

Boa Esperança foi duramente atacada, mas escapou de um destino ainda pior por conta de um sobrenome. A história, agora resgatada, está registrada no livro “Lampião em Boa Esperança”, de autoria de Luan Alendes.

O episódio do rifle de Lampião é apenas um entre tantos frutos colhidos graças ao esforço coletivo de valorização da nossa memória nordestina. O Cariri Cangaço, mais do que um evento de pesquisa histórica, tem se afirmado como espaço vivo de identidade e pertencimento. Sua passagem por Antônio Martins, Martins, Patu e Lucrécia plantou sementes duradouras no solo cultural do oeste potiguar, reacendendo vozes, resgatando personagens e revelando narrativas que, por décadas, dormiram nos silêncios do sertão.

É preciso reconhecer: iniciativas como essa não apenas preservam o passado, mas dignificam o presente e iluminam o futuro de nossa cultura. Aplausos!

César Amorim é advogado

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Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
domingo - 01/06/2025 - 09:28h

Guardar

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

De vez em quando eu leio, ou melhor, releio o poema Guardar (veja AQUI e em vídeo mais abaixo), de Antonio Cícero, e fico impressionado com a sensibilidade dos versos e a leveza das palavras.

O que é guardar na visão do poeta?

Guardar é observar, olhar, cuidar. Quando guardamos alguma coisa em um cofre perde-se a coisa à vista. Em seu poema, ele fala sobre o ato de preservar o que é importante, de encontrar sentido na permanência da coisa.

E nós? O que verdadeiramente guardamos? Guardamos os momentos a dois? Desfrutamos do amor, nem que seja por um instante? Guardamos a companhia das pessoas que nos fazem bem? Fazemos a vida valer a pena?

Pense. Pensemos.

Toda vez que eu leio sobre alguém que tira a sua própria vida, sobretudo se for jovem, bate-me uma profunda tristeza. Fico a remoer o quão àquela pessoa sofreu, mergulhada nos problemas d`alma. E Antonio Cícero, autor do poema que ora se desnuda, tirou a sua própria vida. Porém, quem somos nós para julgar essas pessoas?

Assim, guardar a nossa vida é iluminá-la, e por ela ser iluminado, procurando sentido para os nossos afazeres, fazendo o cotidiano ficar interessante, vivo, pulsante, apesar das dificuldades que todos nós carregamos sobre os ombros.

Quando escrevemos, escolhemos cada palavra como se fosse uma flecha que quer atingir o alvo, o coração e o sentimento das pessoas que nos leem.

Por isso, como diz Cícero, quando publicamos um texto ou declamamos um poema, queremos vigiá-lo, guardá-lo, com enorme carinho e devoção.

Como diz o poeta:

“Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro, do que pássaros sem voo”.

Não é lindo o voo de um pássaro?

*Antônio Cícero – (1945-1924) foi poeta, crítico literário, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
domingo - 01/06/2025 - 09:02h

Medo de viajar

Por Bruno Ernesto

Caixa d´água no campus da Ufersa em Mossoró Foto: Bruno Ernesto)

Caixa d´água no campus da Ufersa em Mossoró Foto: Bruno Ernesto)

Eram os Deuses astronautas?

Todos nós, indistintamente – sim -, ao menos uma vez na vida, já se perguntou se, de fato, estamos sós no universo.

Muito além de uma questão filosófica, ou mesmo de cosmovisão, no fundo, tem quem não acredite, mas não duvida.

A bem da verdade, certamente você pode ter alguma simpatia por astrologia. Talvez seja a gênese da dúvida.

Embora a pergunta aparentemente conduza a uma resposta científica, talvez a dúvida seja o seu maior segredo.

Quando surgem boatos de avistamentos de fenômenos e objetos inexplicáveis, parece que essa dúvida reacende como um rastilho de pólvora.

Com o avança da inteligência artificial na manipulação e criação de imagens, ficou praticamente impossível frear qualquer tipo argumento sobre a veracidade ou não desses fenômenos.

Melhor, portanto, seria deixar que a imaginação siga o seu curso natural, especialmente na ficção científica, quer seja na literatura ou no cinema. Estamos todos cansados da realidade. Aliás, para quê tanta realidade?

Desde que me entendo por gente, avisto uma caixa d´água localizada no campus da Ufersa, erguida praticamente em frente ao antigo clube Scream, local onde os professores da antiga Esam frequentavam todos os finais de semana e, com os amigos e familiares, tinham num momento de lazer na Mossoró das décadas de 1980 e 1990.

Contava os dias da semana para poder ir tomar banho de piscina, mas também aguardava esse dia para poder olhar novamente aquela enorme caixa d ´água, num formato de disco voador, posta numa única coluna de concreto e a pintura caiada já toda desbotada, dando-lhe um aspecto ainda mais sinistro quando saíamos no final do dia, e mais pavoroso ainda, à noite.

No auge dos meus oito ou dez anos, aquela imagem não me apavorava. Pelo contrário, ficava impressionado, ainda mais quando vivíamos a febre do filme ET, de Steven Spielberg.

Naquele tempo, aquela caixa d´água de formato incomum, ficava praticamente solta ali, no meio do nada, e meio que surgia como que sobrevoando todo aquele matagal da Ufersa, como se em busca de abduzir quem ali passasse.

Nesses quarenta anos, a pintura está exatamente como na minha infância.do mesmo jeito e, embora hoje a minha mente tenha um pouco mais de lógica – apenas para parte do dia -, sempre quando passo por ela tenho aquela mesma impressão de outrora. Especialmente à noite.

Zé Ramalho, não está de um todo errado ao dizer que muita gente vai “Rebuscando a consciência com medo de viajar. Até o meio da cabeça do cometa. Girando na carrapeta no jogo de improvisar. Entrecortando, eu sigo dentro a linha reta Eu tenho a palavra certa pra doutor não reclamar. Não reclamar!”

A bem da verdade, melhor não duvidar.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
domingo - 01/06/2025 - 08:28h

O Efeito Casulo – Dia 1

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

“Sabemos o que somos, mas ignoramos

o que podemos nos tornar.”

(William Shakespeare)

Hoje pela manhã, antes das nove, eu já estava diante do médico. Entregou-me um tipo de envelope de papel grosso e luminoso com duas folhas contendo o resultado dos últimos exames. Nossa conversa foi direta. Mal tive tempo de assimilar aquela informação devastadora. Sendo franco, a ficha ainda não caiu. Vai demorar um bocado. Apesar de tudo, como veem, começo a escrever.

Pediu que eu me sentasse. Ele se mexia em sua cadeira giratória revestida com um material parecido com couro. Sentei-me. Presumi que a informação que me daria não era boa. Doutor Epitácio Coelho, com a mansuetude de sempre, não fez rodeios. Pareceu-me que não foi (decerto não) a primeira vez que comunicou a um paciente que o fim chegou. Não franziu a testa, não titubeou, não gaguejou. Disse tudo olhando bem dentro dos meus olhos. Perguntei, com voz trêmula, quanto tempo ele achava que ainda me resta. “Uns seis ou sete meses”, respondeu.

O tumor, segundo ele, já se alastrou para outros órgãos, inclusive para os ossos. A sensação que tive nessa hora foi de que a minha alma saiu do meu corpo. O sangue me fugiu. Devo ter ficado tão branco quanto o jaleco do doutor Epitácio. “Não adianta operar. Seria inútil, Fernando. O seu pâncreas está comprometido em quase oitenta por cento”, observou.

Fiz outra pergunta ao oncologista. Indaguei se estava levando em conta a quimioterapia. “Sim. Sem ela, que a essa altura não nos deixa muita opção, talvez você não dure seis meses”, avaliou com absoluta impassibilidade. “Sinto muito”, disse por último, desta vez erguendo as grossas sobrancelhas. Cruzou os dedos alvos e peludos. Estava ali um homem pouco mais velho que eu, alto, magro e com vasta careca. Diante das circunstâncias, falei que não vou me submeter à quimioterapia. Ele balançou a cabeça num gesto de reprovação. Tornou a frisar que assim o meu tempo de vida diminuirá possivelmente em quarenta ou cinquenta dias. Respirei fundo.

— Ok. Mas não vou esperar o fim.

— O que pretende dizer com isso.

— É que vou me antecipar, doutor.

Não falei mais uma palavra. Saí do consultório e me sentei em um banco de jardim na área à direita da clínica, perto de onde eu havia trancado a bicicleta. Fiquei naquele banco de madeira e alvenaria durante uma meia hora. Tempo o bastante para que eu fumasse dois cigarros compulsivamente. Um sentimento de revolta se apoderou de mim. Pensei logo nos nove ou dez livros inéditos que tenho neste computador. Também estão salvos no e-mail. Preciso compartilhar a senha com alguém para que tenha acesso aos arquivos. Aposto na improvável possibilidade de que um mecenas se interesse em publicar minhas obras depois que me for. É o que posso fazer. Deixarei aos amigos mais próximos a incumbência de publicar meus livros.

Não fui para a loja, destranquei a bicicleta, que havia prendido em uma parte de madeira de outro banco, e vim direto para casa. Pensei em telefonar para alguém. A primeira pessoa que veio à minha mente foi Evandro Gurgel. Peguei o telefone, localizei o nome dele, mas apaguei o celular e o larguei em cima da escrivaninha. Nosso relacionamento acabou em novembro de 2023. Semana passada tive notícias de que está com outro homem. Isso mexeu comigo. Ainda me sinto ligado a ele de alguma maneira. Relação tóxica. Evandro Gurgel só queria o meu pouco dinheiro para comprar maconha. Águas passadas.

Agora preciso me fixar na escrita desta autobiografia desesperada. Amanhã irei à loja pedir demissão para obter os valores rescisórios. Terei que falar sobre o câncer. Torço que o patrão seja camarada, que encerre o vínculo empregatício como se a decisão partisse dele. Assim terei direito a alguns benefícios. O próximo passo é procurar a previdência social e requerer um auxílio-doença.

Talvez esta narrativa, que planejo publicar no blogue, tome rumos inesperados e alcance um público muito maior. Quem sabe, por meios que ignoro, isto ultrapasse as fronteiras do estado e até desta nação. Portugal seria ótimo. Não sei por quais destinos o vento conduzirá estas páginas de pessimismo e amargor. Isto está longe de ser um projeto, uma publicação do gênero autoajuda. Não tenho ideia, portanto, do rumo que isto tomará. O mais provável, sendo racional, é que se perca no esquecimento. A exemplo de outros planos que vi sumirem pelo ralo de minha vida.

Vim à luz e vivo em Mossoró, segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, neste Brasil de tanta politicagem, roubalheiras e gente sofrida. Depois de diversas reflexões e considerações, decidi que vou me suicidar no momento oportuno. Por enquanto, não. Antes, além de outros objetivos, pretendo escrever este livro. Se nunca for publicado, sequer de forma póstuma, não interessa. Muita coisa deixou de ter importância para mim. Melhor dizendo, nada mais me importa. A literatura é a única âncora que me prende a este mundo caótico e mesquinho. Estou cansado, de saco cheio. Cansei de rastejar, de me contentar com migalhas. Nasci e cresci na miséria, passei fome como um cachorro abandonado, mas aos poucos, de um jeito medíocre, sobrevivi à poderosa máquina de moer miseráveis que continua em plena atividade.

Sei que contestarão e vão dizer que devo agradecer a Deus por “tudo” que tenho. Por exemplo, por estar vivo e com saúde. Que saúde?! Porra nenhuma! Ninguém está sabendo de nada. Dirão também que devo me sentir privilegiado porque tenho alguns amigos bacanas, pessoas que de fato me têm consideração e me querem bem. Não nego que isso é verdade. Porém, por diversas razões, já estou farto. Farto da vida. Faço uma rápida análise e vejo que nos últimos tempos me expus demais, e sem necessidade alguma. Dei palpite em temas que não devia.

Esqueci de me apresentar. Para quem não sabe, meu nome é João Fernando Soares Barros. Como literato, no entanto, eu me assino Fernando Barros. Nunca publiquei um livro. Quem sabe, por mais improvável que pareça, este seja o primeiro. Torço, sem querer abusar, que façam uma boa edição. Estou com cinquenta e dois anos, completados no último dia 27 de fevereiro.

Sou o unigênito de Pedro Soares dos Reis e de Amélia Soares Barros, ambos cearenses de Itapipoca. Tenho um metro setenta e dois e peso pouco mais de oitenta quilos. Minha pele é branca, os olhos e cabelos são castanhos claros. A maior parte do meu cabelo já é grisalha. Trabalho atualmente de vendedor em uma loja de peças de motocicleta na Avenida Presidente Dutra. Concluí somente o ensino médio. Ainda tentei duas vezes ingressar no curso de agronomia, contudo fui reprovado. Contentei-me a vida toda com subempregos no comércio.

Analfabeto, meu pai morreu há quase sessenta anos. Tinha só vinte e cinco. Carroceiro, foi atropelado por um caminhão juntamente com sua carroça. Ele e o burro morreram na hora. Minha mãe, lavadeira de roupas e empregada doméstica, findou-se com trinta e sete. Vítima de um infarto fulminante na casa dos patrões, um casal de dentistas que ouvi dizer que hoje mora no Alphaville.

É tarde. São duas e catorze. A tosse voltou. Tomarei o xarope que o doutor Epitácio Coelho me prescreveu. Por onde andará Evandro Gurgel? A julgar pelo horário, talvez já tenha dado e comido a bunda do cara com quem vive e fumado sua maconha. Que se fodam o maconheiro Evandro e o macho dele.

Vou me fechar. Não sairei de casa, não irei a eventos culturais como costumava fazer. Anteontem, por sinal, faltei ao lançamento do segundo livro de poemas de Júlio Rosado. Nesse caso, que fique registrado, foi apenas por esquecimento. Minha memória está prejudicada há um bom tempo. De fato, no entanto, eu não iria. Meu plano era enviar um motobói para adquirir um exemplar de “Alternâncias”, obra decerto de boa qualidade. Sairei, destaco, tão só para cuidar do que for estritamente necessário. Depois desse diagnóstico, a minha fobia social disparou. Espero que o poeta Júlio Rosado possa me desculpar pela ausência em sua noite de autógrafos.

Tenho menos de seis meses para concluir esta narrativa. Será escrita assim, à moda de um diário. Tentarei registrar algumas banalidades de minha vida. Penso no que seria e não encontro nada de muito relevante. De qualquer jeito, como o tempo é curto, talvez eu consiga publicar no blogue todo domingo, um capítulo de cada vez. Também é possível, a depender do câncer, que não vá muito longe. Além disso, preciso pensar em um meio indolor de abreviar minha própria existência.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Conto/Romance
sábado - 31/05/2025 - 23:50h

Pensando bem…

“Quando a morte o encontrar eu espero que lhe encontre vivo.”

Provérbio Africano

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Categoria(s): Pensando bem...
  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
sábado - 31/05/2025 - 18:30h
Junho

Programação de Jair Bolsonaro no Rio Grande do Norte é divulgada

Bolsonaro e Mandetta não se afinam há tempos e ruptura formal é questão de tempo (Foto: Web)

Bolsonaro receberá títulos de cidadania, visitará hospitais e vai ao MCJ  (Foto: Web/Arquivo)

Por Vonúvio Praxedes do Diário Político

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) voltará ao Rio Grande do Norte entre os dias 12, 13 e 14 de junho.

Veja abaixo a programação que vai cumprir entre São Gonçalo do Amarante e Mossoró, nesses três dias:

Dia 12/06

11h – Chegada no Aeroporto de São Gonçalo do Amarante

12h – Almoço com digital influencers

14h30 – Entrega de títulos de cidadania natalense e norte-rio-grandense
Local: Câmara Municipal

16h – Engorda de Ponta Negra
Local: Próximo ao Morro do Careca

Dia 13/06

7h – Visita ao Hospital Rio Grande

9h30 – Tangará

10h30 – Santa Cruz: Visita ao Hospital Municipal e ao Santuário de Santa Rita de Cássia

13h – Acari: Visita a Cidade da Moda

15h – Jucurutu: Barragem de Oiticica

19h – Mossoró Cidade Junina

Dia 14/06

7h – Visita ao Anel Viário e entrega de título de Cidadão Mossoroense

8h – Seminário Rota 22

Local – Garbos Hotel

14h30 – Aeroporto de São Gonçalo do Amarante

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Categoria(s): Política
sábado - 31/05/2025 - 17:28h
Perda

Morre o ex-deputado estadual e federal Cipriano Correia

Cipriano era médico de largo conceito e foi deputado estadual (Foto: reprodução)

Cipriano era médico de largo conceito e foi deputado estadual (Foto: reprodução)

Do Tribuna do Norte

A política do Rio Grande do Norte perdeu o ex-deputado e ex-deputado federal Cipriano Correia, 79. Médico ortopedista por formação, foi deputado estadual de 1987 a 1995 e deputado federal de 1991 a 1995, nas duas últimas eleições municipais disputou, sem êxito, as prefeituras de Lagoa Nova e Santana do Matos, onde nasceu em 10 de outubro de 1945.

Era cunhado do falecido ex-governador e ex-senador Geraldo Melo (in memoriam), viúvo de sua irmã Ângela. É irmão do falecido deputado estadual Neto Correia, que também foi prefeito de Santana do Matos.

Cipriano Correia foi um dos fundadores do Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Rio Grande do Norte (ITORN), referência na área médica no estado.

Cipriano Correia faleceu no sábado (31) em decorrência de complicações de saúde nos últimos meses.

O velório acontece neste sábado (31) no cemitério Morada da Paz, em Emaús (Parnamirim), onde também será realizado o sepultamento, às 19h.

Ao longo da carreira, destacou-se pela defesa do homem do campo e pelo desenvolvimento regional, com forte presença política no interior do estado, especialmente na região do Seridó.

Mesmo após o fim dos mandatos parlamentares, manteve-se envolvido na vida pública e chegou a disputar a prefeitura de Santana do Matos nas eleições municipais, não tendo conseguido ser eleito prefeito.

Nota do BCS – Conheci Cipriano Correia em minha atividade profissional, na cobertura política nos anos 90. Cordial, articulado, dedicado no que fazia. Que descanse em paz.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
sábado - 31/05/2025 - 11:32h
Professores da UFRN

Após 34 anos, TRT homologa o mais longo processo trabalhista do RN

Conciliação beneficia 1.928 professores de universidade (Foto: TRT/RN)

Conciliação beneficia 1.928 professores de universidade (Foto: TRT/RN)

No último dia da Semana Nacional da Execução Trabalhista, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Natal (CEJUSC Natal) colocou em pauta de negociação a ação dos precatórios entre o Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do RN (ADURN-SINDICATO) e a Procuradoria-Geral da União (PGU), que tramitava há 34 anos. Isso mesmo: 34 anos.

A ação dos professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) pedia a correção salarial decorrente dos Planos Bresser e Verão para 1.928 pessoas.

A audiência de conciliação contou com presença das partes, do reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, de advogados, professores e  familiares, e foi presidida pela coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução (NUPEMEC) e vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RN), desembargadora Isaura Maria Barbalho Simonetti.

“Celeridade”

“Presenciamos a homologação desse acordo entre Sindicato e a Procuradoria Federal, que resgata um processo de mais de 30 anos quando muitas pessoas já nem acreditavam que ia sair. Isso mostra a força da celebração de acordos, que está no DNA do tribunal. Agora, a Universidade vai dar todo apoio necessário para que o resultado de hoje seja efetivado na maior celeridade possível”, disse o reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo.

Essa era a ação mais antiga em tramitação na Justiça do Trabalho do Rio Grande do Norte e cada uma das pessoas beneficiadas poderá optar ou não pela adesão ao acordo.

Nota do BCS – Justiça que tarda não é justiça. Um processo que se arrasta por 34 anos, deixando pelo caminho dezenas e dezenas de beneficiados que não tiveram chance de usufruir de seus direitos, mostra bem como essa engrenagem legal é falha. Celeridade mesmo apenas para uma casta que está no topo do poder.

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Categoria(s): Gerais / Justiça/Direito/Ministério Público
sábado - 31/05/2025 - 11:00h
14ª Edição

Festival de Inverno de Serra de São Bento é lançado

Festival de Inverno é evento já consolidado (Foto: Show na versão do ano passado)

Festival de Inverno é evento já consolidado (Foto: Show na versão do ano passado)

A cidade de Serra de São Bento, famoso destino turístico na Região Agreste do Rio Grande do Norte, celebrou na noite desta sexta-feira (30), na icônica Pedra do Sapo, o lançamento oficial do 14º Festival de Inverno de Serra de São Bento. O evento, que já se consolidou como um dos maiores do calendário cultural potiguar, acontecerá nos dias 01, 02 e 03 de agosto de 2025.

A noite de lançamento foi marcada por um ambiente festivo e acolhedor, contando com a presença de autoridades, imprensa, agentes de viagens, empresários locais e lideranças políticas, que prestigiaram o anúncio em meio a uma agradável programação musical e um delicioso cardápio, que reflete a hospitalidade da região.

O presidente da da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (FECOMÉRCIO/RN), Marcelo Queiroz, prestigiou o lançamento e recebeu uma homenagem como forma de agradecimento pelo apoio dado ao município. Ao lado do líder político e ex-prefeito Chico de Erasmo e do secretário de Turismo, Diel Figueiredo, o presidente da Fecomércio discursou.

A cerimônia de lançamento revelou parte da aguardada programação musical, que trará para os palcos da serra um elenco de peso, com artistas que prometem embalar o público em uma experiência inesquecível. Confira as atrações já confirmadas:

Robelly Ramos

Tanda Macedo

Ferro na Boneca

Waldonys

Flávio José

Em breve novas atrações de peso serão confirmadas. O Festival de Inverno de Serra de São Bento é conhecido por sua atmosfera aconchegante e por oferecer uma programação diversificada, que combina grandes shows com a valorização da cultura local, gastronomia e o clima ameno da serra. A expectativa é de que a 14ª edição atraia um grande número de visitantes, movimentando o turismo e a economia da região.

Mais informações sobre a programação completa serão divulgadas em breve pelo @festivaldeinvernoserra

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Categoria(s): Economia / Gerais
  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
sábado - 31/05/2025 - 10:22h
Administração pública

Prefeitos de Assú e Apodi buscam parceria com gestão de Mossoró

Prefeito e vice receberam comitivas em reuniões nessa semana (Fotos : Célio Duarte)

Prefeito e vice receberam comitivas de Apodi e Assú em reuniões nessa semana (Fotos : Célio Duarte)

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UB), recebeu esta semana o prefeito de Apodi, Sabino Neto (MDB), e o prefeito de Assú, Lula Soares (Republicanos). Segundo o prefeito, a iniciativa dos dois prefeitos visa fortalecimento de parceria institucional com os municípios da região.

‘’Com imensa satisfação recebemos os prefeitos de Apodi e Assú aqui no Palácio da Resistência, são grandes municípios, com enorme importância para a nossa economia e desenvolvimento’’, disse.

Ao lado do vice-prefeito Marcos Medeiros (PSD), Bezerra convidou os gestores de Apodi e Assú para prestigiarem o Mossoró Cidade Junina, que começa dia 7 de junho, com o Pingo da Meia Dia.

Comitivas

O prefeito de Apodi estava acompanhado do vice-prefeito Ivanildo Lima, chefe de gabinete Juniano Morais, secretário de Planejamento Guilherme Carvalho, e secretário de Comunicação Júlio Victor.

O prefeito de Assú participou do encontro ao lado da chefe de Gabinete Alana Soares, da responsável por Cerimonial e Eventos) Delkisia Alves, e do tenente coronel da PM Henrique.

Sabino Neto está no primeiro mandato, mesma experiência vivida por Lula Soares. Já Allyson Bezerra foi reeleito ano passado.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 30/05/2025 - 18:34h
Urgente

Hemocentro de Mossoró tem estoque de sangue em nível crítico

Banner de divulgação

Banner de divulgação

O Hemocentro Regional de Mossoró faz um apelo urgente à população para que doe sangue e ajude a salvar vidas.

“Nossos estoques estão em situação crítica, para os tipos sanguíneos negativos, comprometendo o atendimento a pacientes que necessitam de transfusões com urgência”, alerta.

Acidentes, cirurgias, tratamentos contra o câncer e diversas doenças dependem diretamente de doações de sangue para que vidas sejam salvas. Sua doação faz toda a diferença!

Hemocentro Regional de Mossoró fica na Rua Projetada s/n, vizinho ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).

Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 7h às 18h. Sábados, das 7h às 17h.

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Categoria(s): Saúde
  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
sexta-feira - 30/05/2025 - 11:16h
Abril

Rio Grande do Norte abre mais de 2,9 mil novos postos de trabalho

Foram 22.089 admissões e 19.162 desligamentos em abril (Foto ilustrativa da Secom da Presidência da República)

Foram 22.089 admissões e 19.162 desligamentos em abril (Foto ilustrativa da Secom da Presidência da República)

O Rio Grande do Norte fechou o mês com 2.927 novos postos formais, resultado de 22.089 admissões e 19.162 desligamentos, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quarta-feira (28/5) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

No acumulado do ano, entre janeiro e abril de 2025, Rio Grande do Norte tem saldo de 3.395 mil novos empregos formais. Nos últimos 12 meses, o estado abriu 31.671 novos postos de trabalho com carteira assinada.

Em abril, o desempenho positivo foi registrado em quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas avaliados no Rio Grande do Norte. O destaque foi o setor de serviços, que terminou o mês com um saldo de 2.638 vagas. Na sequência aparecem construção (459), comércio (230) e indústria (223). O setor de agropecuária foi o único que apresentou desempenho negativo no estado, com -623 vagas.

As novas vagas com carteira assinada geradas em abril no estado foram ocupadas, em sua maioria, por pessoas do sexo feminino (2.054). Pessoas com ensino médio completo foram as principais atendidas (2.893) com as vagas no estado. Jovens entre 18 e 24 anos são o grupo com maior saldo de vagas no estado: 1.616.

Municípios

A capital, Natal, foi o município potiguar com melhor saldo em abril, com 2.220 novos postos. A cidade tem hoje um estoque de 237,3 mil empregos formais. Na sequência aparecem Parnamirim (282), Mossoró (197), São Gonçalo do Amarante (101) e Goianinha (94).

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Categoria(s): Economia / Gerais
sexta-feira - 30/05/2025 - 11:02h
Reeleição na Aduern

“Os docentes decidiram pelo acolhimento e pelo cuidado”

Garrido vê que docentes ratificaram mudança de rumo e mentalidade na Aduern (Foto: Site William Robson)

Garrido vê que docentes ratificaram mudança de rumo e mentalidade na Aduern (Foto: Site William Robson)

Por William Robson (Site William Robson)

O professor Jefferson Garrido e a professora Magda Fabiana Amaral foram reeleitos (veja detalhes AQUI) nesta quarta-feira (28) para continuarem a gestão da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do RN (ADUERN). Ele disputava o cargo contra o professor Gutemberg Dias. Venceu com 429 votos, enquanto Gutemberg Dias obteve 253.

O professor Jefferson concedeu uma rápida entrevista ao site WILLIAM ROBSON em que fala dos novos desafios à frente da instituição e das prioridades da categoria.

Como você vê este resultado e sua recondução à presidência da Aduern?

A categoria docente da UERN já conhece duas formas de fazer movimento sindical na ADUERN. Um modelo que se revezou em todas as gestões durante 43 anos e a nosso modelo que foi, além das pautas de luta, prioriza o acolhimento, o cuidado, as práticas esportivas, a integração social e a inclusão. A categoria decidiu por nosso modelo.

Qual o maior desafio agora?

A pauta será a luta pela repactuação da autonomia financeira e os avanços da campanha salarial: novos auxílios, calendário da pecúnia, edital para o concurso de professor titular, questões relativas aos pedidos de progressão entre outras de valorização da atividade docente.

Quais são as prioridades para os docentes da Uern e que a Aduern pretende encampar?

Além desses tópicos relativos à campanha salarial, vamos ampliar nossas parceiras com estabelecimentos que ofereçam produtos ou serviços aos nossos sócios, implantaremos o ADUERN VIDA SAUDÁVEL nos campi e criaremos o ADUERN CULTURA, continuaremos com a Assessoria Jurídica na Estrada, visitando os campi, e pretendemos instalar Subsedes nos cinco campi. Nossa próxima diretoria terá um membro de cada campus da nossa UERN.

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Categoria(s): Gerais
  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
sexta-feira - 30/05/2025 - 10:42h
Mal-estar político

Congresso pressiona governo e mostra estresse contra aumento do IOF

Haddad disse que não existe alternativa ao aumento do IOF (Foto: Web)

Haddad disse que não existe alternativa ao aumento do IOF (Foto: Web)

Do Canal Meio e outras fontes

O embate entre o Congresso e o Ministério da Fazenda em torno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) subiu de tom nesta quinta-feira (29), após uma reunião entre o titular da pasta, Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Em entrevista coletiva, Motta afirmou que o presidente Lula precisa entrar nas discussões e apresentar alternativas ao aumento do imposto para não forçar a Câmara a suspender a decisão tomada pelo Executivo na última semana.

O presidente da Câmara disse ainda que deu um prazo de dez dias para que o governo apresente justificativas sobre a necessidade de elevar o IOF. De acordo com ele, também ficou acordado que nesse mesmo prazo o Executivo apresentará um plano concreto para reduzir os gastos públicos. (CNN Brasil)

Governo não abre mão

Haddad informou a Motta e a Alcolumbre que não existem alternativas viáveis ao aumento do IOF no curto prazo. No encontro, o ministro da Fazenda afirmou que não trabalha com a hipótese de revogar a medida e que, sem ela, o funcionamento da máquina pública ficaria em situação delicada. Haddad disse ainda que as alternativas exigidas pelo Congresso só poderiam ser apresentadas a partir de 2026. (UOL)

O encontro com os líderes do Parlamento aconteceu na casa do presidente do Senado, já no final da noite de quarta-feira. O clima da reunião, que durou duas horas, foi tenso, e Haddad pediu bom senso aos parlamentares. Motta e Alcolumbre disseram ao ministro que a decisão de aumentar o IOF caiu muito mal no Congresso e que o clima entre os parlamentares era de revogar, por decreto legislativo, o aumento do imposto. (Globo)

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Categoria(s): Economia / Política
sexta-feira - 30/05/2025 - 10:06h
Documentário

“Criaturas da Mente” abre o Festival Goiamum Audiovisual 2025

Cartaz do documentário

Cartaz do documentário

Depois do sucesso no número de inscritos e a confirmação da data de realização, o Festival Goiamum Audiovisual 2025, que acontece de 07 a 12 de julho, na UFRN, em Natal, anuncia a grande atração do dia de abertura da sua 11ª edição: o documentário “Criaturas da Mente”, do diretor pernambucano Marcelo Gomes.

O filme, que será exibido pela primeira vez na capital potiguar, tem como personagem principal o neurocientista brasileiro Sidarta Ribeiro. O documentário será exibido dia 07 de julho, às 19h, no auditório da Reitoria da UFRN, com entrada gratuita.

O longa-metragem acompanha a jornada do neurocientista brasileiro Sidarta Ribeiro para melhor entender o universo dos sonhos e do inconsciente a partir da relação do conhecimento científico e dos saberes ancestrais de povos originários e de culturas afrodescendentes, transcendendo o tradicional eurocentrismo da academia.

Com imagens imersivas, que incluem trechos da própria filmografia de Marcelo Gomes, e depoimentos instigantes, “Criaturas da Mente” apresenta um universo onde ciência e espiritualidade se complementam, desafiando visões reducionistas e convidando o espectador a repensar sua relação com o inconsciente.

“Esse documentário é o resultado de um diálogo entre cinema e ciência, justamente duas áreas que foram muito atacadas durante o governo anterior. Em um momento em que o cinema brasileiro é assistido por milhões de pessoas, eu estou aqui para dizer que o cinema brasileiro resistiu e está mais vivo que nunca”, declara Marcelo Gomes.

“Criaturas da Mente” é uma produção de João Moreira Salles e Maria Carlota Bruno, da VideoFilmes, realizada em coprodução com Globo Filmes e GloboNews, em associação com a Carnaval Filmes. A distribuição é da Bretz Filmes.

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Categoria(s): Cultura / Gerais
  • Art&C - PMM - Junho de 2025 - 03-06-2025
sexta-feira - 30/05/2025 - 09:38h
Problema sério

Síndromes respiratórias lotam saúde pública e privada

Vacinação ocorre em todas as unidades de saúde (Foto: Arquivo)

Vacinação ocorre em todas as unidades de saúde (Foto: Arquivo)

Síndromes respiratórias estão lotando Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Unidades de Pronto-Atendimento (UPA’s) de Mossoró. Mas, o problema não chega apenas à ampla estrutura de atendimento municipal.

Em hospitais privados ocorre formação de mais equipes, abertura de novos espaços para cuidados com pacientes e mesmo assim há registros de filas e grande quantidade de pessoas em busca de tratamento.

O fenômeno não é localizado em Mossoró. Noutros municípios e estados nordestinos há demanda crescente e registro de muitos óbitos.

No Maranhão, por exemplo, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou o processo de montagem de um Hospital de Campanha (veja AQUI) para acolher casos leves de síndromes gripais no estacionamento do Multicenter Sebrae, no bairro Cohafuma, em São Luís. Já houve registro de 89 óbitos.

A providência remete ao período de caos provocado pela Covid-19.

Vacinação

Vale destacar, que a vacinação em Mossoró contra a Influenza continua nas Unidades Básicas de Saúde, de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h.

Nota do Blog – Passei por certa angústia com virose e ainda duelo contra suas consequências.

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Categoria(s): Saúde
sexta-feira - 30/05/2025 - 08:24h
ALRN

Audiência discute alternativas que fortaleçam turismo na região oeste

Luiz Eduardo (centro da mesa) propôs a audiência pública (Foto: Eduardo Maia)

Luiz Eduardo (centro da mesa) propôs a audiência pública (Foto: Eduardo Maia)

O reconhecimento do potencial turístico de Mossoró e municípios do Oeste e as alternativas para que a atividade gere ainda mais emprego e renda. Foi sob este prisma que a Assembleia Legislativa do RN (ALRN) realizou audiência pública em Mossoró nesta quinta-feira (29). O debate foi uma iniciativa do deputado Luiz Eduardo (SDD), cujo mandato tem como principal bandeira o turismo potiguar.

A audiência foi realizada na Câmara Municipal, com presença de legisladores de Mossoró, representantes do governo, município, Infraero, empresários e sociedade civil organizada. Na abertura do evento, Luiz Eduardo destacou os atrativos da região e apresentou um vídeo com um balanço das ações do seu mandato direcionadas para incentivo à atividade que mais gera emprego e renda no Rio Grande do Norte.

O deputado também citou emenda que destinou como relator do orçamento geral (OGE) que está em execução. “Pude fazer emenda de relator de R$ 3 milhões que aumentou em 50% o orçamento da Emproturn e isso está possibilitando o crescimento do turismo em nosso Estado”, disse. Ao final da audiência o deputado sugeriu a realização de uma grande feira gastronômica na região, com a presença de grandes chefs de renome nacional e se comprometeu a contribuir com o evento. “Mossoró pode realizar este grande evento e virar a capital da gastronomia”, encerrou.

O presidente da Câmara de Mossoró, vereador Genilson Alves, agradeceu a iniciativa do debate e afirmou que todo o povo ganha com o fomento do turismo na região, mas alertou sobre a necessidade de mais investimentos em estradas. “Em Felipe Guerra temos, por exemplo, as lindas cachoeiras. Temos outros atrativos na região, mas infelizmente precisamos de estradas com acesso a esses pontos atrativos. Sem estradas não tem desenvolvimento e aqui estamos à disposição para discutirmos temas tão relevantes e encontrar soluções, levando esperança para o nosso povo”, disse.

Presidente da Frente Parlamentar do Turismo na câmara municipal, o vereador Caio Freire afirmou que o potencial da cidade vai muito além dos festejos juninos. “Mossoró tem equipamentos sociais importantes como o Memorial da Resistência, praças, igrejas e casarões históricos com manifestações culturais que precisam ser valorizadas. Nos destacamos nacionalmente com o Mossoró Cidade Junina, que coloca Mossoró no mapa nacional do turismo de eventos. Na Frente do Turismo temos metas a atingir para que haja ainda mais valorização do nosso turismo”, disse.

Empresário do setor, Alexandre Dantas, que também preside a Proturismo, citou a pujança de eventos em Mossoró e argumentou a necessidade da criação de um Centro de Convenções no município. “Temos cerca de 60 eventos anuais. No segundo semestre são mais de 40, precisamos de um centro de convenções que contemple Mossoró e municípios do oeste, que realmente faça jus aos eventos de qualidade que temos”, afirmou.

Aeroporto e estradas

Seu depoimento foi endossado pelo presidente da Associação Comercial e Empresarial dos municípios do oeste, Marcelo Bernardo, que ressaltou ainda a necessidade de interiorização do turismo, defendendo também melhor infraestrutura. “O turismo é uma locomotiva que puxa 55 vagões da economia. Temos que avançar não somente com propostas para o turismo, mas para toda a cadeia produtiva. A interiorização do turismo só ocorrerá de fato quando Mossoró assumir esse papel de capital do Oeste, com um aeroporto estruturado e estradas em boas condições”, afirmou.

O jornalista José Maria Pinheiro, que preside a Associação de Jornalistas e Comunicadores de Turismo do RN, citou a ampliação de leitos, melhoria nas estradas e planejamento como fatores que podem contribuir para impulsionar a atividade turística. “No momento, por exemplo, Mossoró não tem leitos nos hotéis e os festejos ainda nem começaram”, lembrou.

O empresário Michelson Frota citou dados financeiros que ilustram o potencial do turismo de eventos. “Estamos entre duas capitais, Natal e Fortaleza, o que já mostra uma posição favorável para atrair turistas. Mas vou citar dados do IBGE de 2021, que revelam que em Mossoró e entorno foram movimentados cerca de R$ 402 milhões, gerados 950 empregos diretos e 4,5 mil empregos somente no período pós pandemia, onde o turismo abriu mais de mil vagas aqui na cidade”, disse.

Michelson deu outros exemplos: “Em Assu, em 2024, foram movimentados cerca de R$ 100 milhões e no principal evento aberto do RN, o Mossoró Cidade Junina, se compararmos 2017 e 2024, a renda média familiar variou consideravelmente, passando de R$ 1.400 para R$ 3.500 por ambulante e o gasto médio individual passou de R$ 107 para R$ 324”, disse. Michaelson defendeu três pilares: “Estamos bem, mas para evoluirmos precisamos de um planejamento de um calendário integral regional para não dar conflito com outras cidades, infraestrutura e capacitação profissional”, afirmou.

Representando a Infraero, o gerente do aeroporto de Mossoró, Roger Lara, citou investimentos da ordem de mais de R$ 50 milhões que estão sendo feitos. “Em fevereiro de 2024 iniciamos um dos investimentos mais importantes para o aeroporto, que foi o recapeamento da pista”, disse. Roger citou que recentemente uma ordem de serviço foi assinada para reforma e ampliação do terminal de passageiros, investimos na pista de pouso e decolagem, construção da pista de acesso, modernização do sistema de luz e aquisição de vários equipamentos.

“Temos extrema certeza de que Mossoró decolará ainda mais em breve. Temos outros projetos em fase de estudos, como a construção de um estacionamento digno, a melhoria do acesso, das cercas de proteção e estudos internos para viabilizar a construção de hangares e até mesmo de uma sessão de combate à incêndio. Estamos trabalhando muito e acreditamos na pujança econômica da cidade e de todo o oeste potiguar”, citou.

Encerrando os depoimentos da mesa de convidados, o secretário de Turismo de Mossoró, Pedro Fernandes, lembrou avanços da atual gestão. “O prefeito Alyson Bezerra, com sua determinação, vem mudando a história da cidade e hoje sua gestão vem espelhando outras em todo o País. No turismo e cultura vem sendo feito um belíssimo trabalho que amplia o que já era grandioso”, como nossos eventos que estão ainda maiores”, afirmou. O gestor citou que Mossoró vive uma excelente expectativa com a Expofruit, que contará com uma comitiva da China e a perspectiva de bons negócios.

Vários debatedores mostraram que investimentos precisam ir além da Grande Natal (Foto: Eduardo Maia)

Vários debatedores mostraram que investimentos precisam ir além da Grande Natal (Foto: Eduardo Maia)

Gerente regional do Sebrae, Paulo Miranda afirmou que a audiência era uma excelente oportunidade para se encontrar alternativas para o segmento.

“Toda oportunidade que a gente tiver para incentivar essa cadeia produtiva é bem-vinda”, disse. Secretário de Turismo de Felipe Guerra, Adailton Alves afirmou que a interiorização é o que pode contribuir com esta atividade em cidades que mesmo com potencial turístico, são menores e longe da capital. “Os investimentos em turismo têm que ir além da Reta Tabajara”, disse.

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Categoria(s): Política
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