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segunda-feira - 26/06/2023 - 23:52h

Pensando bem…

“Descemos a um ponto tal que a reafirmação do óbvio é o primeiro dever dos homens inteligentes.”

George Orwell

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segunda-feira - 26/06/2023 - 20:44h
Natal

TRT-RN realiza grande leilão nesta terça-feira (27)

Leilão terá diversos bens para arremate (Fotomontagem do TRT)

Leilão terá diversos bens para arremate (Fotomontagem do TRT)

O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª (TRT-RN) realizará um grande leilão na terça-feira (27), às 8h, no Hotel Quality Suites Natal, localizado na Avenida Engenheiro Roberto Freire, 4848, Ponta Negra, em Natal.

O leilão será realizado de forma híbrida: presencial, no Hotel Quality, e online, pelo site www.fidelisleiloes.com.br. Os bens, colocados à venda para o pagamento de dívidas trabalhistas, estão divididos em 53 lotes, com imóveis, veículos, eletrodomésticos, tijolos, britas, entre outros.

Entre os itens de maior valor, destacam-se as instalações de um hotel, com 262m 2, Avenida Presidente Café Filho, 886, Petrópolis, em Natal. O imóvel está avaliado em R$ 3 milhões, com lance mínimo de R$ 1,5 milhão.

Outro bem é um terreno com 10.000 m²,  destinado a uma praça, localizado na Rua Prefeito Sandoval Cavalcante de Albuquerque, Candelária, em Natal. Está avaliado em R$ 2 milhões, com lance mínimo de R$ 1 milhão.

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segunda-feira - 26/06/2023 - 18:50h
Sindicalismo

Greve geral é cancelada por falta de apoio e perda de objeto

Assembleia foi esvaziada e terminou com uma compensação (Foto: BCS)

Assembleia foi esvaziada e terminou com uma compensação (Foto: BCS)

Teve final previsível e antecipado até por nossa página ainda semana passada (veja AQUI), a assembleia geral unificada promovida à manhã desta segunda-feira (26), no Teatro Lauro Monte Filho, por quatro sindicatos. A greve geral que deveria ocorrer hoje foi cancelada por absoluta falta de apoio dos servidores municipais, de Mossoró, além da perda do objeto (razão) para o movimento.

No dia 19 passado, quatro entidades sindicais anteciparam que haveria a greve geral: Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), Sindicato dos Servidores da Saúde de Mossoró (SINDSSAM), Sindicato de Guardas Municipais do Estado do Rio Grande do Norte (SINDGUARDAS/RN) e Sindicato dos Agentes de Transito e Transportes Públicos de Mossoró (SINDATRAN).

O motivo principal para a greve era pressão para retirada pelo Executivo do Projeto de Lei Complementar 17/23, que tratava de mudanças no Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município de Mossoró e das Fundações Públicas Municipais. O projeto foi aprovado, virou lei e até mesmo a oposição que liderou essa mobilização, votou em emendas que consolidaram a matéria (veja AQUI).

Caminhada

A compensação do sindicalismo, para não terminar a assembleia de hoje sem algo ‘concreto’, acabou sendo a decisão de fazer um ato unificado na próxima sexta-feira (30), com caminhada pelo Centro da cidade.

Já o pessoal da enfermagem endossou parada de dois dias, 29 e 30 de junho, como parte de um movimento nacional e não específico de Mossoró, pelo Piso Nacional da categoria.

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segunda-feira - 26/06/2023 - 18:14h
Saúde

Cirurgia cardíaca do ex-deputado Laíre Rosado “foi um sucesso”

Laíre Rosado em foto recente com sua mulher, a ex-deputada federal Sandra Rosado (Redes sociais)

Laíre Rosado em foto recente com sua mulher, a ex-deputada federal Sandra Rosado (Redes sociais)

“Foi um sucesso. Os médicos implantaram duas pontes de safena e duas coronarianas.” Eis um resumo da cirurgia a que foi submetido o médico e ex-deputado estadual e ex-federal Laíre Rosado, 77, no Hospital Wilson Rosado (HWR), em Mossoró.

O procedimento começou às 13 horas e foi concluído por volta de 16h desta segunda-feira (26).

Informações foram colhidas por nossa página com professor/jornalista/advogado Cid Augusto, filho de Laíre Rosado.

A equipe cirúrgica foi comandada pelo médico Hernani Paiva. A expectativa é de que o paciente fique na UTI por mais uns dois dias. Depois disso, se tudo continuar bem, será acomodado em um apartamento por mais uns quatro dias, até voltar para casa.

Laíre Rosado está internado na UTI do Hospital Wilson Rosado desde a sexta-feira (23).  Por opção sua, com anuência familiar, decidiu por cirurgia em Mossoró.

Ele teve um enfarto em dezembro. Até desconfiou que havia sofrido, mas fez exames e nada apareceu. Há alguns dias, fez novo exame em Natal que acusou a ocorrência de dezembro. Semana passada, com o cateterismo, verificou-se que havia um comprometimento grave, com necessidade de cirurgia imediata. Já ficou na UTI.

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
segunda-feira - 26/06/2023 - 17:06h
Natal

Mobilização sindical defende pauta da Saúde no Estado e municípios

Ato público, protesto, maniestação, movimento público, greve, paralisaçãoA saúde do RN vai parar! Nesta terça-feira (27), os trabalhadores ligados ao Estado e dos municípios estarão unidos em uma assembleia geral da saúde, às 9h, em frente à Praça dos Três Poderes, na Cidade Alta, em Natal/RN. A assembleia unificada faz parte do calendário de atividades aprovado no município de Natal e também do Dia de Paralisação de 24h da Saúde do Estado, decidida na última assembleia da categoria.

A grande atividade também vai contar com caravanas formadas por servidores da saúde do interior do RN, mobilização desencadeada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (SINDSAÚDE/RN).

A assembleia geral da saúde tem como objetivo discutir ações e lutas pela garantia do Piso Nacional da Enfermagem em todo o estado e nos municípios do RN. Além disso, na ocasião também serão discutidas as pautas específicas da saúde estadual que são pontos de reivindicação na Mesa de Negociação SUS.

No caso dos servidores estaduais, haverá debate e deliberação com indicativo de greve para os profissionais da enfermagem do estado.

Já o município de Natal também discutirá a pauta específica que está em negociação com a gestão desde a suspensão da greve dos servidores em maio deste ano.

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segunda-feira - 26/06/2023 - 16:40h
Gestores Municipais

TCE realizará outra etapa de Encontros Regionais

Encontros_Polo_Mossoró_SITEO Tribunal de Contas do Estado (TCE), por meio da Escola de Contas Professor Severino Lopes de Oliveira, leva para Mossoró, nos dias 12 e 13 de julho, o terceiro polo dos Encontros Regionais com Gestores Públicos Municipais, desta vez atendendo 30 municípios da região Oeste.

As inscrições estão abertas neste link: //www.tce.rn.gov.br/EscolaContas/Inscricoes#gsc.tab=0

O encontro será realizado no auditório da seccional da OAB em Mossoró, das 8h30 às 12h e das 14h às 17h30. O objetivo é orientar e prevenir falhas ou irregularidades que possam comprometer a administração municipal nos aspectos legais da aplicação dos recursos públicos, contribuindo assim para a maior efetividade do controle externo. O evento é realizado em parceria com a Federação dos Municípios do RN (FEMURN) e Federação das Câmaras Municipais (FECAM/RN).

Será o terceiro encontro itinerante este ano, momento em que o Tribunal de Contas oportuniza uma imersão em temas significativos para a administração pública e o exercício do controle externo. Direcionado a prefeitos, presidentes de câmaras, assessores e servidores, sendo disponibilizadas três vagas para a Prefeitura e três para a Câmara Municipal.

Municípios

No Oeste, o evento vai contemplar os municípios de Açu, Afonso Bezerra, Angicos, Alto do Rodrigues, Apodi, Areia Branca, Baraúnas, Campo Grande, Caraúbas, Carnaubais, Felipe Guerra, Fernando Pedroza, Guamaré, Gov. Dix-Sept Rosado, Grossos, Ipanguaçu, Itajá, Janduís, Macau, Messias Targino, Mossoró, Paraú, Patu, Pendências, Porto do Mangue, Serra do Mel, São Rafael, Tibau, Triunfo Potiguar e Upanema.

A série de encontros regionais foi iniciada no pólo da Grande Natal, em seguida foi realizado no Alto Oeste, com sede no município de Martins. O último será sediado em Caicó, dias 16 e 17 de agosto, reunindo municípios do Seridó.

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
segunda-feira - 26/06/2023 - 16:00h
Oeste do RN

Morre ex-prefeito de dois municípios em cinco mandatos

Abel administrou Almino Afonso e Rafael Godeiro (Foto: reprodução)

Abel administrou Almino Afonso e Rafael Godeiro (Foto: reprodução)

Do Fatos do RN

Morreu na tarde desta segunda-feira (26), o médico Abel Belarmino de Amorim Filho, popularmente conhecido como Dr. Abel Filho, ex-prefeito das cidades de Almino Afonso e Rafael Godeiro, no Oeste Potiguar. Ele faleceu em Natal, e lutava contra um câncer há mais de dois anos. Faria 62 anos no dia 20 de julho.

Abel Filho ocupou o cargo de prefeito por 05 mandatos. Em 1988 foi eleito na cidade de Almino Afonso, para o período 1989 a 1992.

Já em 1996, foi eleito prefeito de Rafael Godeiro, sendo reeleito no ano 2000. Voltou em 2008, vencendo novamente em 2012.

Família tradicional

Dr. Abel fazia parte de uma família com tradição política na região, pois seus pais Abel Belarlmino (in memoriam) e Geralcina Carlos também foram prefeitos de Almino Afonso. Além disso, ele era irmão dos ex-prefeitos Dr. Bernardo Amorim (hoje deputado estadual) e Waldênio Amorim; e também tio do vereador Lawrence Amorim (presidente da Câmara Municipal de Mossoró).

Atualmente, a prefeita da cidade de Rafael Godeiro é a sua esposa, Clevilândia Samara de Vasconcelos Belarmino, popularmente conhecida como “Keké de Dr. Abel Filho”, que se elegeu em 2020.

Nota do BCS – Nossa solidariedade à família e amigos de Dr. Abel Filho. Que descanse em paz.

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segunda-feira - 26/06/2023 - 15:38h
Missa

Diocese comemora os 50 anos de sacerdócio de Dom Mariano Manzana

Dom Mariano passou 17 anos na Paróquia de Umarizal (Foto: Arquivo da Diocese)

Dom Mariano passou 17 anos na Paróquia de Umarizal (Foto: Arquivo da Diocese)

A Diocese de Mossoró comemora nesta segunda-feira, 26, no novo horário da  “missa semanal”, das 17h30, na Catedral de Santa Luzia, os 50 anos de vida sacerdotal de Dom Mariano Manzana. A data do aniversário sacerdotal faz memória a sua ordenação presbiteral, no dia 23 de junho de 1973, na Catedral de Trento, na Itália.

“O aniversário de ordenação é uma celebração da vida, pois o sacerdote não é apenas o homem da liturgia, mas aquele que faz da sua vida um culto litúrgico, identificando-se com a realidade da cruz, que é doação, amor e entrega aos irmãos e à Igreja, fazendo da sua vida um sacramento intenso e fecundo”, lembra a Diocese.

Trajetória

O programa “A Luz da Diocese de Mossoró”, que vai ao ar na data de hoje pela TCM-Telecom, resume um pouc dessa caminhada sacerdotal. Trata da sua entrada no seminário aos 12 anos, convivência com Padre Walter Collini, que também celebrou neste mês 50 anos de sacerdócio, a vinda para o Brasil de navio, uma viagem de 10 dias no mar, a importante passagem pela Paróquia de Umarizal, onde ficou  17 anos, além do esforço para conhecer a cultura e os hábitos brasileiros.

Dom Mariano completa 50 anos de padre com uma agenda lotada de atividades nas diversas paróquias da Diocese  e ao mesmo tempo aguarda uma resposta do Papa Francisco à sua Carta de Renúncia enviada no ano passado no dia do seu aniversário, 13 de outubro, quando completou 75 anos de vida.

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segunda-feira - 26/06/2023 - 07:04h
Em casa

Carlos e Rosalba estão de volta ao Cantópolis

Lote, terreno, casa, setor imobiliário, minha casa minha vidaO casal Carlos Augusto Rosado-Rosalba Ciarlini (PP) voltou a se abrigar no casarão do Sítio Cantópolis, propriedade da família à margem esquerda do rio Mossoró, Centro da Cidade.

Há anos estavam longe do lugar, usado apenas para reuniões políticas.

Saíram de apartamento no Condomínio Varandas do Nascente, apartamento 801 B, rua Dalton Cunha, no Abolição I, onde fizeram endereço em Mossoró por alguns meses.

O vai-e-volta continua entre Mossoró e a casa à beira-mar de Tibau, a 42 km de Mossoró.

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segunda-feira - 26/06/2023 - 06:14h
Agosto

Martins sediará o 1º Festival de Café do RN

1º Festival de Café do RN em Martins - Agosto de 2023Nos dias 26 e 27 de agosto em Martins-RN, no Mirante e Pousada Canto do Jacu, um aroma a mais à natureza deve fazer parte desse lugar paradisíaco. Será realizado o 1º Festival de Café do RN.

A realização é da Sião Cafés Especiais. Estandes e espaços patrocinados já podem ser sondados pelo e-mail siao.cafesespeciais@gmail.com.

Também por fones/whatsapp seguintes:  84-98140-1772 (Alexandre Santos), 84-99650-4356 (Veruska), 84-99418-7707 (Alexandre Dantas) e 12-3618-1776 (Rômulo).

O festival tem apoio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (FECOMÉRCIO/RN), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE/RN), Associação Turística do Polo Serrano do Alto Oeste Potiguar (ASERRA) e Sindicato dos Guias Turísticos do RN (SINGTUR), Serviço Social do Comércio (SESC) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), além do Pro Turismo.

O evento ainda tem como missão, apadrinhar o projeto Social Filadélfia Sementes do Amor, com o Patrocínio dos Hotéis : Costa Atlântico, Serrano e Pousada Canto do Jacu

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  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
segunda-feira - 26/06/2023 - 05:42h
MCJ 2023

Cidade Junina é marcada por segurança sem nenhum registro grave

Apesar dos vários polos e multidões, evento foi de tranquilidade (Foto: Wilson Moreno)

Apesar dos vários polos e multidões, evento foi de tranquilidade (Foto: Wilson Moreno)

O relatório divulgado neste domingo (25) pela Polícia Militar do Rio Grande do Norte confirma que o forte investimento da Prefeitura de Mossoró, na segurança do “Mossoró Cidade Junina” (MCJ) 2023, foi fundamental para garantir a paz e tranquilidade do “São João mais cultural do mundo”. Em 22 dias de festa, nenhuma ocorrência de natureza grave foi registrada.

Na 26ª edição do MCJ, a Prefeitura de Mossoró ampliou o esquema de segurança para a festa. A Central de Videomonitoramento, montada pelo município dentro do evento, proporcionou agilidade e eficiência no atendimento à população. Mais de 70 câmeras, incluindo o sistema de reconhecimento facial, foram utilizadas para acompanhar, em tempo real, de forma simultânea, todos os polos do evento. Foi o maior monitoramento e integração das forças de segurança da história do “Mossoró Cidade Junina”.

O MCJ 2023 foi iniciado no dia 3 de junho, com o tradicional “Pingo da Mei Dia”. A festa alcançou recorde de público, reunindo mais de 210 mil pessoas no Corredor Cultural (de acordo com dados técnicos das secretarias de Infraestrutura e Comunicação). A abertura dos festejos juninos contou com mais de mil agentes de segurança. Apenas ocorrências simples foram registradas.

Forças de segurança do estado e do município contribuíram para o sucesso do “Mossoró Cidade Junina” 2023. Participaram ativamente da festa a Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, agentes municipais de trânsito, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, 2ª Companhia Independente de Policiamento Rodoviário e a 3ª Companhia do Batalhão de Policiamento Ambiental.

As noites de shows no Polo Estação das Artes, maior do “Mossoró Cidade Junina”, foram marcadas por grandes atrações e também pela tranquilidade. Diariamente, o grande efetivo, com mais de 700 agentes mobilizados, garantiram a segurança da festa. Em 9 dias de funcionamento, apenas 51 ocorrências de natureza simples foram registradas, uma média de 5 registros por dia.

De acordo com os dados estatísticos da Polícia Militar não foram registradas ocorrências nos polos Arraiá do Povo, Poeta Antônio Francisco, Cidadela, Chuva de Bala e Igreja São João. No encerramento das festividades com o “Boca da Noite”, ocorrido neste sábado (24), com a presença de mais um multidão expressiva, apenas sete ocorrências simples foram registradas. A principal atração foi a cantora Cláudia Leite.

“Uma festa grandiosa que já podemos dizer que foi marcada pela segurança. Poucas ocorrências registradas, nenhuma com natureza grave. Uma festa incrível, numerosa, segura, onde a população curtiu o São João de forma tranquila. Trabalhamos intensamente, todos os dias, de maneira integrada, garantindo assim um Mossoró Cidade Junina seguro”, avaliou o Coronel Walmary Costa, coordenador do Centro de Comando e Controle Operacional da Segurança do Mossoró Cidade Junina.

"Boca da Noite" fechou ciclo festivo da mesma forma que começou: muita gente, tranquilidade e alegria (Foto: João Batista/PMM)

“Boca da Noite” fechou ciclo festivo da mesma forma que começou: muita gente, tranquilidade e alegria (Foto: João Batista/PMM)

O São João de Mossoró contou com mais de 400 atrações em diversos polos, sendo eles: Estação das Artes, Arraiá do Povo, Cidadela, São João,  Poeta Antônio Francisco, Circo do Forró, além do espetáculo musical “Chuva de Bala no País de Mossoró”, que resgata a história de resistência do povo mossoroense à invasão do Bando de Lampião ocorrido há quase um século.

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segunda-feira - 26/06/2023 - 05:26h
Movimento

Em dia de ‘greve geral’, sindicatos decidem se fazem ou não paralisação

Greve geral foi decidida dia 19, para hoje, mas acabou sendo esvaziada (Foto: redes sociais/Arquivo)

Greve geral foi decidida dia 19, para hoje, mas acabou sendo esvaziada (Foto: redes sociais/Arquivo)

Quatro sindicatos de servidores municipais de Mossoró realizam conjuntamente, nessa segunda-feira (26), uma assembleia geral. Será no Teatro Municipal Lauro Monte Filho, às 8h30. Avaliam se a greve geral decidida dia 19 passado (veja AQUI), para começar nesta data, deve ser mesmo deflagrada ou não.

Após a aprovação do Projeto de Lei Complementar 17/23, do Executivo Municipal, na terça-feira (20), inclusive com emendas endossadas pela oposição, a greve geral virou motivo de reflexão. Precisa ser repensada, pois seu objeto principal seria a retirada desse projeto por completo da pauta da Câmara Municipal. A matéria está aprovada e sancionada.

Conteúdo trata do Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município de Mossoró e das Fundações Públicas Municipais.

Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), Sindicato dos Servidores da Saúde de Mossoró (SINDSSAM), Sindicato de Guardas Municipais do Estado do Rio Grande do Norte (SINDGUARDAS/RN) e Sindicato dos Agentes de Transito e Transportes Públicos de Mossoró (SINDATRAN) realizam a assembleia geral.

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Categoria(s): Gerais
  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
segunda-feira - 26/06/2023 - 04:38h
2024

O PT com juízo tem um rumo na sucessão municipal

cabeça, doutrinamento, cérebro, diálogo, informaçãoUma ala do PT de Baraúna delira, acreditando que tem musculatura para uma candidatura própria à prefeitura em 2024.

Outra, majoritária e, com juízo, pensa diferente.

O apoio à prefeita Divanize Oliveira (PSD), nome à reeleição, é mais sensato.

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domingo - 25/06/2023 - 23:52h

Pensando bem…

“Você não pode dar a alguém uma injeção de criatividade. Você tem que criar um ambiente para a curiosidade e um caminho para encorajar pessoas e ter o melhor delas.”

Ken Robinson

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domingo - 25/06/2023 - 17:48h
Série B

ABC sofre mais uma derrota e se fixa na lanterna

O Campeonato Brasileiro da Série B 2023 segue como calvário para o ABC de Natal. O time natalense perdeu, de virada, para o Mirassol-SP, neste domingo (25), pela manhã.

O Leão do interior paulista venceu o lanterna ABC por 3 a 2, pela 13ª rodada da Série B, no estádio José Maria de Campos Maia, o Maião.

Felipe Garcia abriu o placar para o ABC, mas Kauan, Chico Kim e Danielzinho viraram o jogo. A partir de expulsão do atacante Fernandinho aos 24 minutos do segundo tempo, o ABC ganhou fôlego e reduziu a desvantagem, novamente com Felipe Garcia.

O Mirassol é quinto colocado na tabela de classificação com 25 pontos, enquanto o ABC é o último com 6 pontos.

Na 14ª rodada, Mirassol e ABC entram em campo já na próxima quarta-feira. Às 19h, o Alvinegro recebe o Atlético-GO no estádio Frasqueirão.

Às 21h30, o Leão visita o Guarani no estádio Brinco de Ouro, em Campinas.

Com informações do GE RN.

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domingo - 25/06/2023 - 12:32h
Conversando com... Glauber Gentil

Maior franqueado do país fala sobre sustentabilidade e negócios

Por Wellington Ramalho (O Estado de São Paulo)

CEO do Grupo Gentil, Glauber diz: "Você tem que se adaptar."

CEO do Grupo Gentil, Glauber diz: “Você tem que se adaptar”

Está no Nordeste uma das principais referências do País no setor de franquias. Surgido na década de 1980 em Natal (RN), o Grupo Gentil é considerado um campeão entre os franqueados no Brasil. São mais de 120 de pontos de venda das marcas do Grupo Boticário em quatro Estados do Nordeste: Rio Grande do Norte, Maranhão, Ceará e Paraíba.

“No mercado, de fato, não existe outra estrutura franqueada da dimensão da nossa. Isso também se dá muito pela grandeza e relevância do Grupo Boticário enquanto franqueador”, afirma Glauber Gentil, CEO do grupo.

Precursor da família nos negócios, Antonio Gentil, pai de Glauber, abriu a primeira loja vinculada ao Boticário em 1982. A parceria se ampliou no fim do século passado e deu um salto neste, quando o Grupo Gentil passou a operar lojas e outros pontos de venda em Estados próximos.

O grupo cresceu tanto que criou outros braços além da operação de franquias: um de investimentos, inclusive em outras franquias, e um no ramo imobiliário. São 910 funcionários e uma gestão profissionalizada, apesar da preservação de características familiares.

Escolhido para suceder o pai no comando do grupo, Glauber Gentil tem como sócias as irmãs Glênia e Glícia. A estrutura dos negócios também conta com os netos do fundador e com profissionais do mercado em posições importantes.

Glauber tem 45 anos e é formado em administração de empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Em entrevista ao Estadão, ele conta como o ambiente familiar o levou para o setor de franquias, como o grupo cresceu, comenta os desafios que esse crescimento apresentou e como a sustentabilidade ambiental e os preceitos do Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG) podem ser incorporados aos negócios.

Como iniciou a trajetória nas franquias abertas pelo pai?

A família é contagiada por aquele ambiente de necessidade de quem está começando uma jornada empreendedora e entra nos negócios por gravidade. O Boticário é uma marca presenteável nas datas comemorativas.
Então eu passava as férias e as datas comemorativas no negócio.

Entrei por esse caminho e estou vivendo mais de perto o franchising há 25 anos. Você sempre entra na parte mais operacional e em contato com o consumidor, que é uma boa escola.

Eu e minhas irmãs começamos nas funções de atendimento e de estoque. Até que as unidades foram tomando corpo e foi se abrindo uma janela de necessidade de estruturação. Tive uma experiência nos Estados Unidos e na volta comecei uma trilha em funções mais táticas, passando por setores como o financeiro e o administrativo.

Da primeira loja até os 120 pontos de venda atuais, quando aconteceu o grande salto?

Nós operávamos apenas em Natal. Esse negócio já tinha saído de uma loja para 12 unidades. Aí recebemos o desafio de operar a segunda capital do Nordeste, que foi São Luís do Maranhão, em 2006.

As minhas irmãs se deslocaram para São Luís, e eu permaneci em Natal. Isso trouxe os primeiros desafios sobre a necessidade de profissionalizar a gestão. Esse é um momento icônico na nossa jornada porque a gente conseguiu entregar performance em dois mercados importantes, distantes, distintos.

Isso trouxe um reconhecimento dentro da franqueadora para que ganhássemos a confiança de seguir nessa rota da expansão e do crescimento. Na sequência, vieram dois mercados médios importantes no Nordeste, que são Mossoró (RN) e Campina Grande (PB), e regiões mais interioranas do Maranhão, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

A maior conquista é a confiança obtida ao longo do tempo para estarmos há tantos anos juntos. Essa é uma conquista muito valorosa: saber que posso confiar na franqueadora e que a franqueadora confia na gente.

Que desafios esse crescimento trouxe?

O grande desafio é estar preparado para acompanhar o ritmo das mudanças que são imperativas dentro da estratégia do Grupo Boticário. Seja na implementação de um novo modelo de negócio, seja no redirecionamento de uma estratégia, seja na velocidade com que a gente precisa colocar em prática o pensamento da franqueadora.

O grande desafio disso tudo é estar preparado para dar tração a esse organismo que se movimenta de forma muito veloz, dinâmica e com alta capacidade de adaptação. O Boticário vem desfrutando de um crescimento exponencial porque é um provocador contínuo de mudanças.

Do nosso lado, tiveram esses temas internos da chegada da governança, da sucessão, desse crescimento exponencial. Tudo isso foi trazendo pontos de atenção e de melhoria para o negócio e para a operação.

É possível inovar quando você é um franqueado?

É possível inovar desde que de forma alinhada com a franqueadora. A gente é muito contente nessa relação (com o Boticário) por ter espaço aberto para a inovação. A gente tem a sorte e a felicidade de estar dentro de um ecossistema que estimula esse ambiente.

Feliz (também) a franqueadora que consegue ter uma escuta ativa e está aberta a testar pilotos porque respeita a sensibilidade do franqueado que está na ponta. No nosso caso, (é ótimo) ser reconhecido e, às vezes, apontar uma tendência, e a franqueadora abraçar isso e depois multiplicar isso pela rede.

O Boticário, a cada novo projeto de loja, tem a sensibilidade de convidar franqueados para trazerem contribuições ao processo. É uma avenida de mão dupla. Hoje a inovação está muito mais centrada na percepção do cliente e de como é que a gente deve inovar para ele e por ele.

Tenho o hábito de frequentar o campo, de ir para as operações para sentir que tipo de demanda está vindo do campo, para que a gente possa inovar a partir dessa demanda, para que a gente possa chegar nos fóruns adequados e dizer “o consumidor está demandando isso, o consumidor está pedindo aquilo”.

O que se deve fazer nas franquias para se adequar aos preceitos da sustentabilidade ambiental e de ESG?

Primeiro é entender que essa é uma pauta que não pode ser negligenciada. Você tem os agentes econômicos demandando isso e já tem o consumidor também demandando. Tem o tema da diversidade, tem o tema da inclusão, tem vários outros movimentos. Alguns demandam investimento, outros apenas reposicionamento e revisão de modelos.

Tenho de ter a sensibilidade e ao mesmo tempo a racionalidade de olhar para a estrutura financeira do negócio e saber onde vou alocar o capital necessário para investir nessa pauta. Não tem como não abraçar esse movimento. Você tem de se adaptar ao modelo.

Está na sua capacidade de acreditar em fazer essa movimentação. É pensar de forma combinada, entre franqueadora e franqueado, como é que juntos podem fazer isso acontecer. Tem uma série de agendas que podem ser tracionadas conjuntamente.

E como o pequeno empreendedor de franquias deve encarar demandas como a da sustentabilidade?

A gente tem que decifrar essa pauta, sobretudo para quem está começando a tratar com ela, com agendas mais simples. Tem muita coerência quando você trabalha no seu time a separação do lixo, quando começa a colocar o tema de energia na mesa.

A grande mensagem é desmistificar o ESG com essa sigla que quando a gente desdobra parece algo inalcançável. Do mesmo jeito que governança corporativa pode ser traduzida como “o combinado não sai caro”, o ESG pode ter uma conotação de iniciativas e atitudes simples.

Você pode buscar apoiar alguma instituição que já trabalha o tema e contribuir de forma indireta. Você pode ter hábitos de organização, economia e reciclagem, atos simples que às vezes começam em casa, derivam para o ambiente da empresa e você vai contribuindo de acordo com o tamanho que você tiver.

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domingo - 25/06/2023 - 11:24h
Série Acervo

Manuelito, o fotógrafo número 1

O fotógrafo cearense que tornou Mossoró seu principal foco e uma paixão à toda vida

Por William Robson

Manuelito deixou acervo com mais de 40 mil fotos (Reprodução)

Manuelito deixou acervo com mais de 40 mil fotos (Reprodução)

Num texto escrito em 17 de agosto de 1975, o jornalista Emery Costa se referia aos cinquenta anos de profissão do fotógrafo Manuelito: “Ele conseguiu, em quase meio século de vida profissional como artista da fotografia, sintetizar num slogan o atestado maior de sua fama com um atelier dos mais bem montados no interior nordestino”. Emery escreveu no mesmo dia em que Manuelito Pereira dos Santos Magalhães Benigno completava 65 anos de vida

Significando muito para a história de Mossoró, registrando os principais acontecimentos da cidade, Manuelito era um fotógrafo marcante e com força para influenciar. Prestes a se completarem 18 anos da sua morte, amanhã, o profissional é sempre lembrado.

O material de Manuelito é quilométrico. Pelo menos 40 mil fografias foram doadas ao Museu Municipal Lauro da Escóssia pela filha Maria Manolita Pereira Maia, isso sem contar com os milhares de negativos e equipamentos utilizados pelo artista. A particulandade de Manuelito era o tratamento que dava as fotografias.

Desenvolveu um aparelho que iluminava o negativo, a ponto de ele poder fazer o retoque nas fotos e também dava cores a elas quando era dictado “Considero Manuelito como o maior fotógrafo em preto e branco que o Estado já teve”, diz Elias Júnior, da Color Filme.

Pavilhão Vitória ficava na Praça Rodolfo Fernandes, sendo ponto de encontro durante muitos anos (Fotomontagem BCS)

Pavilhão Vitória ficava na Praça Rodolfo Fernandes (Fotomontagem BCS)

O museu se preocupou em oferecer um espaço somente para mostrar um pouco de Manuelito. Afora suas máquinas fotográficas e inúmeras lentes, ainda há livros do acervo pessoal que costumava ler. “Ele gostava muito de ler romance e tinha vários livros”, relembra a filha Maria Manolita. Não apenas de ler, mas de escrever também. Pouco tempo antes de morrer, Manuelito preparava sua autobiografia.

“Nós não somos fotógrafos, porque Manuelito fazia a foto e nós não conseguimos”, declara o fotógrafo Cézar Alves, da GAZETA, referindo-se à técnica que tinha em registrar as imagens em vidros, que serviriam de negativo. “Ele usava um pó de potássio que entrava em funcionamento, quando o flash explodia como um tocha”.

Em duas folhas datilografadas, o fotógrafo – considerado o n°1 de Mossoró – falava de seu nascimento em Fortaleza (CE), de sua iniciação na profissão em 1930, de sua chegada a Mossoró (veja texto nesta edição), além de fazer uma análise das técnicas fotográficas “Fazer um comparativo da arte fotográfica de 1930 a 1977 seria uma longa explanação”, dizia ele, no texto intitulado “Quase Meio Seculo Fotografando”, de 1977. “Contudo, vale ressaltar a diferença das técnicas e recursos durante essas quatro décadas. Acompanhei de perto essa evolução”.

Mossoró fazia parte da vida de Manuelito

“Fotografel a vida e a morte. Alegrias e tristezas”. Manuelito pôde afirmar que viveu as várias metamorfoses da cidade, bem como de sua profissão. O fotógrafo tinha um objetivo em mente: fotografar para deixar marcado na história a vida de Mossoró no passado.

Inauguração da primeira ponte no Centro da cidade (Reprodução)

Inauguração da primeira ponte no Centro da cidade (Reprodução)

O material de Manuelito, que está no Museu Municipal Lauro da Escóssia, registra fatos politicos importantes e passagens pela cidade de presidentes da República, como Juscelino Kubtischek, Getúlio Vargas, João Goulart, entre outros.

“Cliquei também ministros de Estado, governadores, prefeitos, politicos em geral, misses e diversas personalidades do mundo artistico e cultural”, disse em sua autobiografia.

Fotografar Mossoró era muito mais que um compromisso com a cidade, mas consigo mesmo. Para Manuelito, o arquivo que conseguiu montar não tem preço, porque fazia parte de sua vida. “Ele adorava Mossoró e não trocava por cidade nenhuma”, afirma a filha do fotográfo, Maria Manolita.

Considerando o seu trabalho como um Muscu da Imagem, Manuelito tinha o propósito de manter viva a história mossoroense. Che-gou a se dispor para qualquer um que mostrasse interesse em realizar uma pesquisa sobre a cidade nos últimos 40 anos. “Esta obra de grande valor estará sempre à mostra daqueles que desejarem conhecer”, dizia o profissional, que também desenhava e coloria as fotografias com tintas especiais importadas.

Fotógrafo veio de Fortaleza a pedido dos Escóssia

Quando Manuelito chegou a Mossoró, em 4 de outubro de 1933, a cidade não dispunha de fotógrafo. Para ser um fotógrafo não era como hoje, tão simples. “Antigamente eram poucos fotógrafos porque o equipamento não era de acesso fácil”, conta a filha Maria Manolita. Manuelito veio de Fortaleza a pedido da família Escóssia.

Antigo Hospital da Caridade de Mossoró, depois Hospital Duarte Filho (Reprodução)

Antigo Hospital da Caridade de Mossoró, depois Hospital Duarte Filho (Reprodução)

Manuelito já era profissional da fotografia havia três anos. Sua competência era incontestável bem como sua preocupação em dar tons artísticos a seu trabalho. Por isso, rapidamente conseguiu instalar seu próprio negócio na Praça Vigário Antônio Joaquim e ser reconhecido como o fotógrafo número 1 de  Mossoró.

O estúdio foi arrendado no finalzinho dos anos 70 e vendido poucos anos depois. O comprador foi Elias Júnior, hoje proprietário da Color Filme. Ao ser arrendado, Manuelito  ficou vivendo de sua aposentadoria e fotografava por puro prazer. “Fotografia é uma coisa que me empolga e faz a gente gostar e se apaixonar pelo que ela pode dar e ensinar”, acreditava.

Um infarto fulminante no dia 10 de agosto de 1980 dava fim à trajetória de Manuelito. Seu legado nunca foi esquecido, bem como o seu talento. Fotos históricas, que marcaram a cidade, estão em exposição permanente no Museu Municipal Lauro da Escóssia.

*Reportagem especial publicada no jornal Gazeta do Oeste em 9 de agosto de 1998, assinada pelo jornalista William Robson, que agora em blog com seu nome reproduz matérias diferenciadas que fez ao longo de décadas de profissão. Essa série tem o nome de “Acervo” (veja AQUI).

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domingo - 25/06/2023 - 10:48h

Das pessoas de bem

Por Marcelo Alveso-ultimo-baluarte-do-falso-moralismo-por-aldo-fornazieri-hipocrisia-1280x720

O conto/novela “Bola de Sebo” (“Boule de Suif”, 1880), do francês Guy de Maupassant (1850-1893), é considerado uma verdadeira obra-prima. Para alguns, o melhor conto já escrito. Está entre os melhores, seguramente. E o seu autor é, na companhia de Edgar Allan Poe (1809-1849), Anton Tchekhov (1860-1904), O. Henry (1862-1910) e Jorge Luis Borges (1899-1986), para citar os mais badalados, um dos maiores contistas de todos os tempos.

“Bola de Sebo” foi originalmente publicado em 1880, como parte da coleção “Les Soirées de Médan”, uma publicação de estilo literário naturalista, versando especialmente sobre a Guerra Franco-Prussiana de 1870-1871. A trama se passa no ano de 1870. Em resumo, um pequeno grupo – formado de pequenos e grandes burgueses, de nobres, de religiosos etc. – decide abandonar a cidade de Rouen, recém-ocupada pelo exército prussiano. Mas em meio à turma de “virtuosos” está Bola de Sebo, a prostituta de bom coração Elisabeth Rousset.

O grupo, como um todo, é um microcosmo da sociedade francesa da época. Na penosa viagem, em princípio, Bola de Sebo é esnobada, para não dizer humilhada, pelos “representantes da virtude”. Mas todos têm fome, sendo que apenas Bola de Sebo trouxe alimento, que ela compartilha com os demais passageiros. Eles aceitam, para depois novamente rejeitar a benfeitora. A caravana é detida pelo exército inimigo. Um dos oficiais prussianos apaixona-se por Bola de Sebo.

Os virtuosos passam a implorar a Bola de Sebo para que durma com o oficial apaixonado. Após a inicial recusa de Bola de Sebo, ela é convencida pelos companheiros de viagem a ceder às investidas do oficial. Bola de Sebo é uma heroína, e a caravana é liberada.

Mas tão logo eles continuam a viagem, os “representantes da virtude”, que haviam implorado a ajuda da boa prostituta, voltam a ignorar e humilhar Bola de Sebo – até mesmo comem novas provisões, recém-adquiridas, sem de volta compartilhar com a outrora benfeitora –, que soluça lágrimas de desespero.

“Bola de Sebo”, por seus próprios méritos, ganhou o mundo. Inspirou parcialmente, segundo reconhece o seu diretor, John Ford (1894-1973), o faroeste “No Tempo das Diligências” (“Stagecoach”, 1939), obra-prima do cinema. E é ainda hoje cantada entre nós na composição “Geni e o Zepelim”, do nosso Chico Buarque (1944-). Da Geni, acredito, todos vão se lembrar.

O conto/novela denuncia a ingratidão e a hipocrisia do ser humano. Mas, dia desses, encontrei uma definição quase perfeita, que corta a nossa própria carne, para “Bola de Sebo”. Consta de bela página do livro “A biblioteca e seus habitantes” (Achiamé/Fundação José Augusto, 1982), do mais que nosso Américo de Oliveira Costa (1910-1996): “De Boule de Suif, aliás, se assinalará que são ‘mil e quinhentas linhas sobre a canalhice das pessoas de bem’”.

Sempre desconfiei dos homens (e das mulheres, por que não?) que se dizem “de bem”. Muitas vezes arrotam virtudes que não possuem ou não praticam. Exigem dos outros padrões de comportamento, quando eles mesmos, às escondidas, não os adotam ou os extrapolam. E, se admitem a prática de alguns “pecados”, são os seus pecados, que eles acham naturais ou, ao menos, veniais; já os pecados dos outros são imperdoáveis, capitais. Se fôssemos falar aqui da hipocrisia direta ou indireta quanto ao comportamento sexual das “pessoas de bem”, “mil e quinhentas linhas” não seriam suficientes, a não ser para alguém com o talento de síntese de um Guy de Maupassant.

Todos nós cometemos pecados, mas esses moralistas…

Na verdade, o que temos é uma multidão de falsos moralistas. E aqui solto uma outra frase cortante, que até hoje não sei se é de H. L. Mencken (1880-1956), do nosso Millôr Fernandes (1923-2012) ou minha mesmo: “a única diferença entre um moralista e um falso moralista é que o primeiro ainda não foi desmascarado”. As tais “pessoas de bem” são capazes de escrever – e deveras – milhares de linhas, até de páginas, de própria e pura canalhice.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 25/06/2023 - 09:44h

Escritores – Gustavo Sobral

Por Honório de Medeiros

Sobral, um jovem com obra vasta e múltipla (Foto: Web)

Sobral, um jovem com obra vasta e múltipla (Foto: Web)

Gustavo Sobral é surpreendente.

Enquanto escritor, e ainda bastante jovem, em pouco tempo deixou relevante marca, em áreas distintas, na escrita norte-rio-grandense.

Ensaísta, é o autor de Rodolfo Garcia; Autores Locais; Oswaldo Lamartine, a Biografia de uma Obra; Berilo Wanderley, o Cronista da Cidade. 

Historiador, lançou Governo do Rio Grande do Norte (1935-2018), em parceria com Honório de Medeiros e André F. P. Furtado e participação de vários escritores potiguares; História da Cidade do Natal; Memórias do Jornalismo no Rio Grande do Norte; As Memórias Alheias; Augusto Severo Neto, Obras Inéditas; e Arquitetura Moderna Potiguar. 

Cronista, legou-nos Cenas Natalenses; Cinco Cronistas da Cidade (publicação, preparação dos originais, seleção, organização e posfácio); e Petrópolis. Na literatura infantil, escreveu e publicou, dentre vários outros, Luísa e a Flor em um Convite para o Chá; Naty e a Natureza; Eva e Bóris.

A par de tudo isso, editou, ilustrou, prefaciou, pesquisou e reuniu acervos históricos e literários quase desaparecidos, muito importantes. Para tanto, viajou, pesquisou e estudou. Recuperou, assim, do limbo, escritores e personagens da história submersos no pó do tempo. E, ainda, organizou revistas, catálogos e textos de ciclos de palestras.

Alguns dos livros exclusivamente seus são obras de referência, sempre consultados, como Oswaldo Lamartine, a Biografia de uma Obra; Rodolfo Garcia; e Memórias do Jornalismo no Rio Grande do Norte. Há diversos, claro.

Um outro, o Governo do Rio Grande do Norte (1935-2018), nele participou, também, com sua apresentação:

Em 1939, o historiador Luís da Câmara Cascudo apareceu com “Governo do Rio Grande do Norte”, reunindo a história e a trajetória dos governantes que andaram por aqui de 1597 até 1935. O tempo foi passando e ficou uma lacuna a ser preenchida com os que vieram depois.

Foi esta a deixa que levou André Felipe Pignataro, Gustavo Sobral e Honório de Medeiros, em 2018, a reunir uma plêiade de pesquisadores e escritores, dentre eles, historiadores, juristas, jornalistas, professores, e continuar até os dias de hoje.

O resultado vem a público em e-book, apresentando a trajetória dos governantes do Rio Grande do Norte de 1935 a 2018. O livro traz, a princípio, uma listagem organizada por ordem cronológica, contemplando cada um dos governos, a que se segue os perfis dos 25 governos que administraram o Estado neste período.

Autores: Adilson Gurgel de Castro; André Felipe Pignataro; Carlos Roberto de Miranda Gomes; David de Medeiros Leite; François Silvestre; Honório de Medeiros; Gustavo Sobral; Isaura Rosado; José Antônio Spinelli; Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira; Maria do Nascimento Bezerra; Ramon Ribeiro; Ricardo Sobral; Roberto Homem de Siqueira; Saul Estevam Fernandes; Sérgio Trindade; Tarcísio Gurgel; Thiago Freire Costa de Melo; Vicente Serejo; Walclei de Araújo Azevedo.

Como se percebe, um conjunto respeitável de escritores potiguares participou do livro.

Dono de um estilo peculiar, Sobral está em sua plenitude no Oswaldo Lamartine, um livro para quem gosta de ler, correr os olhos por um texto muito bem escrito, cuja forma é uma obra de arte e o conteúdo, muito relevante.

Logo no início do livro, dizendo a respeito da opção temática do seu biografado, observa que para a escrita do livro,

Oswaldo Lamartine de Faria tratou de pesquisar, erigir e revelar, série de estudos cujos olhos estão voltados para, dentre os sertões que há, o Seridó, cravado no Rio Grande do Norte por fazendas de gado e algodão, serras e açudes. Oswaldo tratou de construí-lo por mais de cinquenta anos, entalhando-o em suas pesquisas publicadas em jornais, revistas, plaquetes e livros. Proposta que o filia a tradição brasileira dos que se debruçaram sobre o tema1. A opção de Oswaldo se volta para explorar caça, criação de abelhas, construção de açudes, ferros, aspectos do criatório.

Em “Nota de Rodapé”, acrescenta:

Do primeiro romance temático escrito por José Alencar aos sertões de Euclides da Cunha, José Américo de Almeida, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Guimarães Rosa, Ariano Suassuna e tantos outros. Na literatura do Rio Grande do Norte, abarca o contista Afonso Bezerra, o poeta Othoniel Menezes e o romancista José Bezerra Gomes. A opção de Oswaldo filia-se a uma tradição de estudos sertanejos no Rio Grande do Norte aos escritos de Manoel Dantas, Eloy de Souza, Felipe Guerra, Juvenal Lamartine e José Augusto Bezerra de Medeiros, todos eles em que o embate é não ficcional, e sim revelado nas suas riquezas e agruras, denunciado como fez Euclides da Cunha. 12 Oswaldo assim se firma no papel de etnógrafo e pesquisador do que ele chamaria depois de “o sertão de nunca-mais”.

Outro exemplo notável é a qualidade do Memórias do Jornalismo no Rio Grande do Norte, assim como do pequeno ensaio Rodolfo Garcia, sem desdouro dos demais.

Não menos interessante, muito antes pelo contrário, é sua larga contribuição na literatura infantil, que vai além dos títulos citados neste texto.

Tudo isso, sem que se mencionasse, com detalhes, sua contribuição intelectual não somente em jornais, mas também em revistas como a “Galo” assim como as da Academia Norte-rio-grandense de Letras, e a do Instituto Histórico do Rio Grande do Norte, dentre várias.

Não por outra razão, aos poucos, mas com consistência de sua parte e respeito dos que o leem, seja como escritor, jornalista, historiador, ou editor, sem esquecer a qualidade dos desenhos de sua autoria com os quais ilustra seus textos, Gustavo Sobral firma seu nome dentre aqueles cuja produção intelectual, no Rio Grande do Norte, adquire significativa relevância.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Crônica / Cultura
domingo - 25/06/2023 - 07:24h

Sobre o marco temporal

Por Odemirton Filho 

Movimento dos povos originários (Foto: Uol)

Movimento dos povos originários (Foto: Uol)

Nos últimos tempos o debate sobre as terras dos povos originários tem ganhado destaque nas discussões jurídicas. O Supremo Tribunal Federal (STF), guardião da Carta Maior, debruça-se sobre a temática, com o objetivo de encontrar uma solução para o caso. Na verdade, não é uma discussão simples, pois envolvem questões culturais, sociais e econômicas.

Desse modo, suscita-se a tese jurídica chamada de marco temporal, a qual pretende modificar a forma da demarcação de terras ocupadas pelos indígenas.  De acordo com a tese, somente os grupos indígenas que ocupassem as terras no momento da promulgação da Constituição Republicana de 1988, cinco de outubro, teriam direito de reivindicar a posse das terras.

Conforme o Art. 231 da Constituição Federal são reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

Sobre o mencionado Artigo, ensina o professor José Afonso da Silva: “O tradicionalmente refere-se, não a uma circunstância temporal, mas ao modo tradicional de os índios ocuparem e utilizarem a terra, e ao modo tradicional de produção, enfim, ao modo tradicional de como eles se relacionam com a terra, já que há comunidades mais estáveis, outra menos estáveis (…).

Pois bem. O caso sob julgamento perante a Corte Maior, diz respeito à reintegração de posse, requerida pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), de uma área localizada em parte da Reserva Biológica do Sassafrás (SC), declarada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) como de tradicional ocupação indígena.

Em setembro de 2021, o relator da ação, ministro Edson Fachin, asseverou que o direito à terra pelas comunidades indígenas deve prevalecer, ainda que elas não estivessem no local na data de promulgação da Constituição. Em sentido contrário, o ministro Nunes Marques entendeu que essa data deve prevalecer.

O julgamento do Recurso Extraordinário n. 1017365 foi suspenso, em razão de um pedido de vista do ministro André Mendonça. Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que “é uma questão que vem afetando a paz social por séculos sem que haja, até hoje, um bom e efetivo modelo a ser seguido”. Há de se levar em conta a segurança jurídica, sem dúvida.

É inegável que existem sensíveis interesses sociais e econômicos em questão. De um lado, os povos originários, de outro, há aqueles produtores rurais que adquiriram as terras de boa-fé, produzindo e gerando riqueza. Segundo Moraes, nesse caso, comprovando-se que os proprietários adquiriram legalmente as terras, a União deveria indenizá-los.

Entretanto, no julgamento do marco temporal não pode esquecer que os povos originários já ocupavam o território brasileiro antes, muito antes, da promulgação da Constituição. Delimitar uma data, seria, como dizem alguns, apagar a história dos silvícolas que aqui já viviam. Por outro lado, sempre há grupo de pessoas, de lado a lado, utilizando-se de má-fé. É fato.

Portanto, o julgamento do marco temporal é uma questão que envolve valores culturais e sociais, além de impactos econômicos, devendo o Supremo Tribunal Federal julgar o caso com razoabilidade, compatibilizando os relevantes interesses em disputa, preservando-se direitos históricos, sem esquecer o desenvolvimento do país.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 25/06/2023 - 05:54h

Vida Fugaz

Por Marcos FerreiraVida fugaz

Antes, ao ir contar o cabelo, eu achava ruim quando, aqui e acolá, caía um fiozinho branco sobre o pano. Hoje, trinta anos depois, fico contente se, vez por outra, um fio preto despenca sobre o tecido. A barba negra e macia de outrora virou uma moita branca, espinhenta, hirsuta. Ah, como é perverso o tempo! Contra tudo atenta. Até contra o mármore dos campos-santos, o aço e o ferro. Imaginem contra nós, seres provisórios, passageiros, presas fáceis dos calendários e relógios. Ainda há quem diga que faz certas coisas apenas para passar o tempo. Tolice. Nós é que passamos, enquanto ele segue íntegro, irredutível, indomável, sem que lhe possamos pôr um freio.

Quando jovens, afoitos, cheios de pressa e desperdício, tínhamos a mais completa certeza de que todo o mundo e os relógios giravam a nosso favor. Torcíamos pela chegada disso e daquilo, contávamos as horas, dias, meses e anos, por exemplo, para atingirmos a maioridade e adquirirmos uma cédula eleitoral, uma carteira de habilitação. Ora! Quanta ingenuidade! Não fazíamos ideia do terreno movediço em que estávamos pisando, da areia fininha a se filtrar na cintura da ampulheta.

Alguns de nós já nos metamorfoseamos. De belas, rútilas e doces uvas nos transformamos em ameixas secas, engelhadas, azedas. Perdemos (não todos) a doçura e, em determinados casos, até a ternura. Como é perverso o tempo, senhoras e senhores! A juventude, permitam-me a metáfora, é uma distraída gazela cruzando águas fervilhando de crocodilos. Nunca a coitadinha alcançará a outra margem.

Assim também somos nós, gazelas bípedes, vulneráveis, sujeitas à abocanhada fatal e ao giro da morte a qualquer instante. Poucos realizam essa travessia ilesos, sem nenhuma cicatriz na carne ou na alma. Felizes os que conseguem envelhecer dignamente.

Toda sorte de limitações é destinada aos sobreviventes. Algumas, em grau menor; outras, em grau maior. A longevidade é um luxo e uma bênção. Ainda assim há cobranças inegociáveis: quando não caem, os cabelos embranquecem; as pernas ficam bambas; os joelhos emperram; a vista se torna curta; a audição diminui. Até a voz, num e noutro indivíduo, fica rouquenha, nasalada. Ninguém pode contar vantagem diante do tempo. Mais cedo ou mais tarde ele nos pega. Não perdoa.

Cadê o pulmão de atleta, a musculatura rígida, a libido infalível? Nenhuma sombra ou vestígio. Porque tudo é passageiro, fugaz, transitório. Refugiamo-nos nas recordações, no acervo afetivo. Ao menos aqueles que dispõem de boas memórias para reprisar. Então praticamos mil e uma ações para nos sentirmos produtivos.

Engendramos filhos, criamos netos, deitamo-nos tarde, levantamos cedo. Porque de repente descobrimos que já passamos pela cinturinha da ampulheta e que a areia que nos resta é bem pouca. Buscamos atrasar o relógio, ludibriar o calendário. Mas o tempo não tem nada de bobo. Nós é que somos tolos ao achar que damos as cartas.

Isso, no entanto, não é uma descoberta. É fato revelho e notório. Temos mais passado que futuro. Aí começa a corrida em busca da imortalidade de nossa biografia. Fulano decide escrever um livro, sicrano pinta uns quadros, beltrano compõe uma música. É um deus nos acuda. Porque estamos morrendo. Mais cedo ou mais tarde.

Todavia a perpetuidade da alma é um alento. No fim das contas compreendemos que só o amor nos torna imortais, nos eterniza. Amar é viver além da morte.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
sábado - 24/06/2023 - 23:56h

Pensando bem…

“Só é útil o conhecimento que nos torna melhores.”

Sócrates

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