• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 05/05/2024 - 12:38h

A mudança do cenário

Por Marcelo Alves

Vista panorâmica de Londres (Foto: Web)

Vista panorâmica de Londres (Foto: Web)

Pela época da Páscoa, estive em Londres com a minha família. A ideia era levar o pequeno João para conhecer a cidade onde o pai, há mais de uma década, havia morado e estudado quando do seu doutorado. Foi cansativo, é verdade, mas valeu a pena. A alma de João – a “imaginação” talvez seja a palavra justa – não é pequena.

É verdade que eu já havia estado em Londres outras vezes desde que terminei o doutorado. Mas, desta vez, achei as coisas bem diferentes. Vi muitos moradores de rua, algo de chamar mesmo a atenção. E achei tudo muito caro. Caríssimo, posso dizer, para nós brasileiros, com uma libra valendo quase sete reais. Amigos que moram por lá nos disseram que a inflação dos últimos anos foi terrível. Para se ter uma ideia, achamos Paris, para onde fomos em seguida, até “barata”. E já desistimos dos planos de estudar inglês, ano vindouro, na capital do Reino Unido.

Mas minha epifania sobre a mudança no “cenário” londrino veio mesmo quando vi um cartaz anunciando a peça “Long Day’s Journey into Night” (“Longa jornada noite adentro”, entre nós), obra-prima do americano Eugene O’Neill (1888-1953). Para quem não sabe, “Long Day’s Journey into Night” foi escrita em 1941. Mas, autobiográfica, O’Neill deixou instruções para que só fosse publicada 25 anos após a sua morte e, mesmo assim, nunca fosse levada aos palcos.

Suas instruções, ainda bem, não foram seguidas à risca. A peça teve a sua première em Estocolmo, Suécia, em fevereiro de 1956 (e em sueco, curiosamente). No mesmo ano, estreou na Broadway. Deu a O’Neill o prêmio Pulitzer de 1957.

Lembro-me bem que, morando então em Londres, fui assistir a “Long Day’s Journey into Night” no Apollo Theatre, em Shaftesbury Avenue, bem pertinho de Piccadilly Circus. A opinião dos críticos ingleses era unânime: David Suchet e Laurie Mettcalf davam um show na refinada produção da obra de O’Neill. Some a isso o fato de que eu era fã de David Suchet – na verdade, sou –, pela sua interpretação de Hercule Poirot, no seriado “Agatha Christie’s Poirot” da rede de televisão ITV.

Mas, desta vez, a peça, com Brian Cox interpretando a personagem principal James Tyrone, estava em Cartaz no Wyndham’s Theatre, localizado em Charing Cross Road, rua famosa por outrora abrigar as inúmeras livrarias especializadas e de segunda mão da metrópole londrina.

Não sei se foi a mudança dos teatros e dos atores principais (embora tanto David Suchet como Brian Cox sejam craques do métier), não sei se foi a lembrança do tom genialmente desesperançoso de “Long Day’s Journey into Night” – um jogo de culpas, mas, sobretudo, de dissimulações; esconde-se a tuberculose; esconde-se a dependência à morfina; brinca-se com a bebida, apesar do alcoolismo na família; uma das últimas cenas, em que o pai conta ao filho enfermo, ambos dominados pela “emoção” do álcool, as desventuras de sua infância miserável e sua ascensão na vida, é mais que tocante; e a peça prende a nossa atenção até a cena final, quando a família termina reunida em torno da mãe, que, tomada pela morfina, parece um fantasma –, mas, não mais do que de repente, vi que até a Charing Cross Road que eu conheci, nos meus primeiros anos de Londres, ainda como a “rua das livrarias”, havia também mudado de cenário.

Uma mudança, sob o meu ponto de vista de amante dos livros, para muito pior. Muitas livrarias já se foram; as que ficaram, pelejam. Uma decadência que parece atingir os comércios de livros físicos por todo o mundo, mas que, sob o impacto da recordação do desenlace de “Long Day’s Journey into Night”, senti de uma maneira muito intensa, como se defronte à velhice e à doença de um ente querido, cuja dor e, sobretudo, o destino, nem mesmo a morfina resolve.

É verdade que alguns comércios de livros de Charing Cross Road, três ou quatro, ainda resistem. E é verdade que a famosa Cecil Court, rua de pedestres ligando de Charing Cross à St. Martin’s Lane, em direção à Covent Garden, ainda está ativa, com suas pequenas livrarias independentes, muitas especializadas em livros colecionáveis, primeiras ou raras edições, mapas e gravuras antigas, artigos de numismática e por aí vai. Talvez sejam até mais antiquários do que livrarias.

Ainda vale a pena passear por lá xeretando as vitrines. Nossa alma, quanto aos livros, nunca deve ser pequena.

Mas esse é o cenário para uma próxima – e espero não tão saudosa – crônica.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 05/05/2024 - 11:02h

Antes das redes sociais

Por Odemirton Filho

Ilustração Web

Ilustração Web

Lá pelo ano de 2005, portanto há quase vinte anos, a forma pela qual tínhamos notícias dos fatos era diferente. Já existia a internet, é certo. As notícias circulavam instantaneamente em sites e blogs de conteúdos diversos. Este Blog, por exemplo, deu as caras em 03 de maio de 2007; porém, à época, ainda não vivíamos com os olhos grudados nas telas dos computadores e smartphones.

Entretanto, a partir de 2007 com o Facebook no Brasil, e o Instagram e WhatsApp entre 2009/2010, a forma como nos relacionarmos com outras pessoas passou a ser diferente. Amigos que há tempos não víamos, ficaram próximos. Se antes eram com as fofocas nas calçadas e nas reuniões de famílias que sabíamos sobre a vida alheia, agora, não.

QUASE TODO MUNDO EXPÕE SUA VIDA nas redes sociais; tão nem aí. Agora, sabemos onde as pessoas estão. Se estão num barzinho tomando umas; se estão numa festa, viajando pelo Brasil ou pela Europa. Sabemos até o que estão comendo. Servidos?

É claro que não direi que o mundo era melhor antes das redes sociais e da internet, pois a violência, as mazelas sociais e as dificuldades já existiam. A vida sempre foi difícil, e sempre será. Falo é sobre as relações interpessoais. Mas, cá pra nós e a torcida do Mengão, mentiras, fofocas, inveja, ostentação, sempre fizeram parte de nossas vidas. As redes sociais apenas deram visibilidade, com rapidez.

Ah, agora as notícias falsas levam o epíteto de fakes news. Todavia, as notícias falsas e o jornalismo parcial sempre existiram. A diferença é que antes da internet e das redes sociais os fatos e fakes demoravam um pouco mais para se tornarem conhecidos. Político acusando o adversário de meter a mão nos cofres públicos? Não é novidade.

E político que gosta de aparecer na mídia? Ora, ora, sempre existiu. Há exemplos aqui e alhures, de ontem e de hoje. Contudo, não podemos dizer que a internet e as redes sociais não legaram coisas boas. Temos o conhecimento à disposição, basta pesquisar no Google. Por outro lado, infelizmente, há o submundo da Deep web.

Pois é, existia vida antes das redes sociais. Mas, agora, cabe-nos utilizá-las da melhor forma, filtrando o que há de bom. Principalmente, sem esquecer que o mundo real é melhor do que o virtual.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 05/05/2024 - 10:30h

A indignidade da vida e a apologia da morte

Por Marcos Araújo

Ilustração IA/Web

Ilustração IA/Web

Dinamogênese é uma expressão que os doutos utilizam para falar sobre a dinâmica da evolução dos seres humanos ao longo da história, especialmente na formação dos seus direitos (sociais, econômicos, culturais, humanos etc.). A partir do processo de consolidação de determinados valores morais e éticos que emergem na sociedade, criamos normas e instituições que se tornam eixos fundamentais no respeito à paz, à convivência e à dignidade humana.

A partir dos acontecimentos que vêm se sucedendo neste primeiro quartel do Século XXI, sociólogos e estudiosos do mundo inteiro têm afirmado que está em curso um processo involutivo civilizatório, comprovado pela degradação daquilo que é a busca maior das sociedades: a dignidade e o respeito à pessoa humana.

Um retrato criminológico da nossa região na semana passada, infelizmente, é uma prova cabal de que há uma visível razão no pensar científico da involução. Em Assú, um assassinato brutal de uma psicóloga apenas para obtenção de uma informação privada; em Fortaleza, a crueldade de uma decapitação dentro de um hospital; em Recife, um porteiro do hospital morto apenas porque o assassino queria chegar logo em casa…No aspecto nacional, uma cobrança de uma dívida, fez uma mãe e dois filhos (um deles formado em Medicina) se arvorarem de justiceiros e invadir uma residência e matar dois idosos. Fico no exemplo brasileiro para não me reportar ao plano internacional, onde povos belicamente desenvolvidos, travam batalhas irracionais como se ignóbeis mentais fossem.

Os sinais que a sociedade planetária lança são preocupantes. Estamos meio a uma crise fundamental, entrando em uma era de barbárie, onde os direitos essenciais se desvanecem (inclusive o de se alimentar). Hoje, milhões de pessoas estão privadas de água potável e de alimento, sem qualquer gritaria da comunidade internacional.

O planeta agoniza com muitas crises simultâneas. Os problemas são comuns às nações, como: o conflito entre as religiões; a ameaça das democracias; o crescimento assustador dos movimentos conservadores e ultranacionalistas; a indiferença e o isolacionismo dos países pobres; as guerras civis e aquelas travadas entre países confinantes… Seres humanos que não reconhecem os outros como humanos.

Estamos no meio de uma emergência humanitária. Contam-se os mortos aos milhares, ou aos milhões? Quem pode calcular as vidas perdidas na guerra entre Israel e a Palestina? Quantos outros milhares morrem diariamente nas águas do Mediterrâneo, tentando chegar à Europa, ou nas trilhas da América Latina para os Estados Unidos? E os conflitos no Haiti, e as vidas perdidas nos países da África subsaariana?

NO ANTIGO TESTAMENTO, a valorização da pessoa humana pode ser percebida na crença de que o homem seria o ápice da criação divina, na medida em que fora criado à imagem e semelhança de Deus. No Novo Testamento, o próprio Cristo ensina que o maior dos mandamentos é amar o próximo como a si mesmo. Pensar que o outro também é fruto da criação de Deus e que isso nos torna fraternalmente irmãos, foi um equalizador social por séculos. Não mais.

Escutamos todos os dias esta reprodução bíblica nas pregações televisivas e nos discursos apologéticos de líderes religiosos, que inexplicavelmente mantêm-se inertes e silentes aos crimes coletivos cometidos pelos governantes e agentes capitalistas da dominação econômica.

A fraternidade universal nos adverte que a vida em comum é uma construção que depende de nós, uma realidade originaria e ideal a alcançar. A desobediência ao direito natural de viver e conviver em paz compromete o que é mais emblemático na existência humana: a dignidade. Não pode ser considerada digna uma vida que se baseia na cultura da morte. Todos os dias descemos um degrau no patamar do mínimo civilizatório.

Viramos expectadores do crime, rezando a Deus para que não sejamos expostos a um dos seus dantescos cenários. Tenho minhas dúvidas se ainda conseguiremos a formação de uma consciência moral coletiva acerca da retomada da evolução da humanidade.

Resta-nos a esperança. E a contribuição individual que musicou Ivan Lins: 

“Depende de nós

Quem já foi ou ainda é criança

Que acredita ou tem esperança

Quem faz tudo pra um mundo melhor

(…)

Depende de nós

Se esse mundo ainda tem jeito

Apesar do que o homem tem feito

Se a vida sobreviverá”

Marcos Araújo advogado e professor da Universidade do Estado do RN (UERN)

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Categoria(s): Crônica
domingo - 05/05/2024 - 09:54h

E quando morrer?

Por François Silvestremorrer-linha-no-monitor-600x400

Ao nascer, nem lembro quando,

se chorei, nasci.

 

Infância de grotas,

chãs, pé de serra,

frutas, sacristias, chuva e seca,

se brinquei,

sorri.

 

Adolescência,

remanso das dúvidas,

morrem as certezas, velório das crenças,

era a passagem,

saí.

 

Maturidade,

o toque da ida,

o fazer ou desfazer,

ansiedade ou prazer,

em todas as estações, de cada idade,

Verão, praias cheias de gente vazia,

Inverno, neve de algodão, nas barbas do Nicolau,

tudo suavemente falso,

Outono, frutas nas bancas das calçadas,

Primavera, flores de plástico nos vasos das janelas.

 

Vida? Foi isso,

depois de nascer parti.

 

E quando morrer?

Morri.

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Categoria(s): Poesia
  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
domingo - 05/05/2024 - 09:14h

Autorretrato

Por Marcos Ferreira

Foto do autor aos quatro anos de idade (Reprodução)

Foto do autor aos quatro anos de idade (Reprodução)

Tudo está na mesa, tudo às claras, meu irmão. Só não vê quem não quer. Todas as cartas estão na mesa da desigualdade social. A vida está posta e a gente sabe que a vida não é moleza, não. Nesse jogo da existência, do sobreviver cotidianamente, o pão não é um artigo fácil. São muitas voltas no corpo, muito jogo de cintura. Pergunte aos desvalidos deste país se estou mentindo. Não estou.

Ah, como somos felizes! Ainda assim nem sempre somos gratos; há vezes em que esquecemos disso. É até corriqueiro. Somos avarentos, somíticos. Porque, como se diz, a medida do ter nunca enche, sempre queremos algo mais. Nunca (salvo exceções) estamos satisfeitos com o que já temos. No final das contas, meu irmão, para a maior parte das pessoas que constituem esta pátria por demais injusta, a vida é um osso. É muito sofrer, muito suor, lágrimas, choro, ranger de dentes.

Quantos não estão por aí tiritando de frio, desabrigados, acossados pela fome, perseguidos pelo desemprego, sem onde cair mortos? Já eu, graças a Deus, estou muito bem, obrigado. Como se os outros, os miseráveis, não fossem merecedores da mão protetora desse mesmo Deus que ora me propicia bem-estar e amparo. Não compreendo esse Deus, porém todos gritam que Deus sabe o que faz.

Penso agora nessa desinteligência, nesse desígnio que deixa uma gigantesca parcela da população ao deus-dará. No frigir dos ovos, pois, parece que Deus não vê isso. É tão triste, meu irmão. Olho à minha volta e aqui me encontro e me sinto privilegiado, agraciado com um teto, comida, meus remédios e um pouco de dinheiro para acudir as despesas, pagar consultas médicas. Minha geladeira, meu irmão, é velha, mas representa um luxo na minha também modesta opinião.

Além de comida, água, luz, uma rede de dormir e alguns poucos móveis, usufruo de segurança. Considerando a penúria, a invisibilidade escancarada nos semáforos, os cartazes com pedidos de socorro, os brasileiros desamparados que suplicam pela caridade de pessoas que podem ajudar e não ajudam, afirmo que atualmente minha vida é um paraíso. Conto até com um serviço de internet.

Desapareceu a casa de taipa, de pau a pique. A chuva pode vir com vontade, pois aquele teto estiolado agora é outro que não me causa transtornos. O fogão a lenha escafedeu-se. Sumiram a tisna das paredes da cozinha e o rendilhado de picumãs. O café da manhã já não é diáfano com o pão da véspera, que a gente comprava pela metade do preço em uma padaria da Avenida Alberto Maranhão.

A farinha com açúcar no almoço ou jantar deu lugar a coisas melhores. Após longos anos, Deus disse: “Vão embora da vida dessa criatura, senhora Fome e senhora Miséria!” Então elas obedeceram e picaram a mula.

Deus precisa repetir essas mesmas palavras em todos os lares onde a Miséria e a Fome continuam como inquilinas, meu irmão. Tenho certeza de que não sou o único merecedor da intercessão do Altíssimo. É inevitável, quando pego no prato de comida e na colher, esquecer desses que agora mendigam nos semáforos, lançando contra os abastados as flechas dos seus olhares famintos, carentes.

Sou um sobrevivente, meu irmão. E hoje, após aqueles tempos bicudos, estou certo de que o correto é a gente contar nossa história com veracidade. Deus me disse ainda que eu não fizesse muitos planos, que esse negócio de diploma de nível superior não era (até agora não) para mim. Em troca, para meu ressarcimento, o Todo-Poderoso me deu o consolo de escrever por homologação divina. Isto não dá camisa a ninguém, como se costuma dizer, mas me abriu algumas portas.

Josué de Castro, em seu clássico Geografia da Fome, diz: “Metade da humanidade não come; e a outra não dorme, com medo da que não come”. Quem dera que fosse só a metade sem comida. O número é muito maior, infelizmente. Josué de Castro (o qual o deputado federal Guilherme Boulos parafraseou) também disse que a fome no Brasil não é um problema social, e um projeto político.

Entendo dessas coisas, meu irmão. Tenho conhecimento de causa nesses assuntos de vazio estomacal. No correr daqueles anos de 1970 e 1980, sobretudo, éramos uma prole de onze filhos para um sapateiro e uma dona de casa analfabeta colocar comida na barriga. Ah, meu irmão! Não diga que é coitadismo ou pobrismo que agora salta das pontas dos dedos deste tecelão de palavras. Não diga.

Imagine isso: um menininho cabeçudo e com cara de choro, extraído do útero da miséria, agora exposto num retrato em preto e branco carcomido pelo tempo. Quem diria que ele (um zero à esquerda no tocante aos algarismos) se tornaria um homem de letras. Não é muita coisa, eu sei, contudo não deixa de ser uma simbólica façanha. Porque você, meu irmão, ficou comigo até o final destas linhas.

Imagino que isso seja um indicativo de que este autorretrato, feito de reminiscências que não se apagam na minha cabeça, tocou o seu coração e enterneceu a sua alma. Dito isto, meu irmão, é sempre possível a gente tirar um tantinho do quanto nós temos e oferecer, ao menos, um pão da véspera àquelas pessoas que talvez só tenham em suas casas nada além de café ralo e farinha com açúcar.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Política
domingo - 05/05/2024 - 08:32h
Histórias de Mossoró

Doutor Lavoisier e monsenhor Huberto, uma amizade para sempre

Por Carlos Santos

Doutor Lavoisier e Monsenhor Américo: amigos (Fotomontagem do BCS)

Doutor Lavoisier e Monsenhor Américo: amigos (Fotomontagem do BCS)

Médico, casado com dona Isaura Treizième Rosado Maia, irmã de políticos como Dix-huit Rosado, Vingt Rosado e Dix-sept Rosado, doutor Lavoisier Maia dominicalmente recebia em sua casa a visita do monsenhor Huberto Bruening. Ele não faltava nem se atrasava nunca.

Depois de oficiar missa na Catedral de Santa Luzia, em Mossoró, o espigado pároco da matriz mossoroense saía ziguezagueando pelas ruas do Centro, pisando seu calçamento irregular, até à porta de Lavoisier-Treizième.

O ritual era o mesmo: um farto almoço e conversa a engolir também o tempo. A prosa só era arrefecida com a vontade de um e do outro de aproveitar a sesta. E lá ia monsenhor Huberto Bruening de volta à casa paroquial, quase jiboiando.

A amizade dos dois era supostamente incomum, em face de uma diferença abissal que os separava no campo da espiritualidade e compreensão do papel do homem na sociedade: Maia era ateu convicto, talvez até por forte influência da corrente filosófica do positivismo; Bruening, um ortodoxo católico, apostólico, romano, apegado ao Espírito Santo Paráclito. Devoto de Santa Luzia, que se diga.

Ambos, contudo, muito cultos. E amigos extremados. Nunca se soube de nenhum arranca-rabo entre eles.

O bom debate às vezes deixava Treizième Rosado confusa, pois duelavam arrimados em suas convicções, num nível intelectual muito elevado. Maia usava a ciência para fundamentar de forma concreta o seu ponto de vista, e Bruening recorria aos primados bíblicos e teológicos para retrucá-lo, numa catequese sem fim.

No fundo, existia uma aprendizagem respeitosa e recíproca. Um bom exemplo de tolerância aos pensamentos e opiniões diferentes. Eles produziam uma dialética complementar, que só fortaleceu a amizade, a eternizando.

Quem me contou um pouco dessa amizade entre Lavoisier e Huberto foi o empresário Marcelo Rosado, neto materno do casal anfitrião. Lavoisier Maia, natural de Catolé do Rocha-PB, falecido em 1971, aos 75 anos, enquanto dona Treizième, mossoroense, despediu-se no dia 10 de abril de 1999 aos 92 anos.

O religioso de São Ludgero-SC foi a óbito em 29 de agosto de 1995.

Leia também: Monsenhor Huberto Bruening – vida doada a Mossoró

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica / Gerais
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domingo - 05/05/2024 - 06:38h
'Micropolítica'

Assessor de senador tem missão importante no interior

Bruno é atual presidente (Foto: redes sociais)

Bruno presidiu Uvern e é assessor destacado em equipe de Rogério Marinho (Foto: redes sociais)

Ex-vereador em Severiano Melo e ex-presidente da União dos Vereadores do RN (UVERN), Bruno Melo (PL) não tem planos para candidatura eletiva este ano.

Nem em Severiano Melo nem em Mossoró, onde reside.

Sua missão é percorrer esse sertão de meu Deus, no cumprimento de tarefas partidárias em nome do senador e presidente estadual do Partido Liberal (PL), Rogério Marinho.

Experiência e capilaridade expandida na época da Uvern, não lhe faltam.

Ele conhece o que denomino de ‘personagens da micropolítica.’

Pé na estrada, Bruno.

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Categoria(s): Política
domingo - 05/05/2024 - 06:02h
Odisseia sertaneja

O canto da sereia e Ulisses no semiárido mossoroense

Pintura "Ulisses e as Sereias" de Herbert James Draper - 1909 (Reprodução)

Pintura “Ulisses e as Sereias” de Herbert James Draper – 1909 (Reprodução)

Conselho ao pé do ouvido, que o presidente estadual do PSDB e da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, passou a um neoaliado mossoroense que há meses ouve o canto da sereia do bolsonarismo, na voz quase inaudível, em sussurros e inconfundível, do senador Rogério Marinho (PL):

– Tenha cuidado. Ele só está pensando nos próprios interesses.

E emendou: “Em 2022, Rogério queria que eu fosse o candidato a governador dele, só para ter um palanque…”

Pelo visto, nosso Ulisses do semiárido não entendeu ainda ou não leu a Odisseia de Homero, em especial no seu Capítulo XII.

Alguém vai precisar desenhar, Ezequielzinho.

Quem começa?

Você ou eu, presidente?

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domingo - 05/05/2024 - 05:24h
Turrões

Fácil entender o porquê de Álvaro e Carlos não se afinarem

Não sou teimoso, teimosia, turrão,Um experiente interlocutor político, sabedor das coisas de Natal a Mossoró, tem diagnóstico para o não entendimento entre o prefeito natalense Álvaro Dias (Republicanos) e o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD):

– Os dois são muito parecidos, muito turrões. Já brigaram antes, não se afinaram agora e com certeza iam brigar novamente.

“Conheço os dois de perto”, completou, também com cara de poucos amigos em conversa com o BCS.

Faz sentido.

A escolha de Álvaro Dias à sua sucessão, em Natal, recaiu sobre o deputado federal Paulinho Freire (UB) – veja AQUI.

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Categoria(s): Política
domingo - 05/05/2024 - 04:44h
Umari

Mais uma sangria no terceiro maior reservatório do RN

Localizada em Upanema, Oeste do RN, a Barragem Senador Jessé Pinto Freire, ou Barragem de Umari, voltou a sangrar neste sábado (04). É o segundo ano consecutivo de transbordamento.

Ano passado, 2023, aconteceu dia 9 de abril. Umari tinha sangrado antes em 2009.

É a terceira vez que a barragem sangra desde sua conclusão, em 2002. Segundo o Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (IGARN), a capacidade total do reservatório é de 292.813.650 m³ de água.

Esse reservatório fica atrás apenas da Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves no Vale do Açu e Barragem Santa Cruz do Apodi, em armazenagem.

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sábado - 04/05/2024 - 11:28h
Eleições 2024

“Tucanos” ficam fora de chapas em Natal e Mossoró

PSDB - Tucano, logomarcaApesar de ter-se expandido enormemente no RN, o PSDB do presidente da Assembleia Legislativa do RN, Ezequiel Ferreira, não deverá ter nome em chapa majoritária nos maiores colégios eleitorais potiguares: Natal e Mossoró.

Na capital, o híbrido partido tucano não se interessou em apresentar o vice na chapa de Natália Bonavides (PT), que terá um emedebista como vice – veja AQUI.

Nem prosperou no grupo do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), que já escolheu o deputado federal Paulinho Freire (UB) à sua sucessão, com a secretária de Planejamento, Joanna Guerra (Republicanos), a vice – veja AQUI.

Já o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD) costura outra opção para estar ao seu lado.

Mossoró

Em Mossoró, o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim (PSDB), passou vários meses sendo cortejado pelo PT para ser candidato à prefeitura, mesmo tendo apoiado e votado no então presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022, à reeleição. Não se encorajou com as propostas.

Lawrence Amorim já foi e segue sendo sondado desde o ano passado pelo presidente do PL no RN, senador Rogério Marinho, para romper com o prefeito Allyson Bezerra (UB). Ideia seria fazê-lo candidato a vice do próprio governante ou nome à prefeitura, como referência de oposição bolsonarista em Mossoró.

Como ele demorou a se decidir, inclusive se filiando ao PSDB, Marinho içou o ex-vereador Genivan Vale à pré-candidatura dia 26 de março – veja AQUI. Mas, a vaga na cabeça de chapa continua à disposição de Amorim e do PSDB.

Basta dizer “sim”, seguindo sua ambição pessoal, num encaixe com os planos políticos do senador para 2026.

Atualmente, o PSDB tem mais de 50 pré-candidatos a prefeito no RN e algumas dezenas citados como vice.

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sexta-feira - 03/05/2024 - 23:54h

Pensando bem…

“Voltar quase sempre é partir para um outro lugar.”

Paulinho da Viola

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sexta-feira - 03/05/2024 - 22:48h
Temporais

RN enviará socorro ao RS que enfrenta “situação de guerra”

Enchentes assolam todo o estado do RS (Foto: Diego Vara)

Enchentes assolam todo o estado do RS (Foto: Diego Vara)

A governadora Fátima Bezerra (PT) conversou agora à noite com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Segundo ela, “para saber mais sobre a situação e passando informações sobre a colaboração dos estados do Nordeste.”

Presidente do Consórcio Nordeste, ente interestadual nordestino, Fátima adiantou que todos os nove estados estão enviando bombeiros e equipamentos para socorro às vítimas de enchentes e temporais no RS.

O RN, especificamente, enviará seis bombeiros militares especialistas em operações com embarcações, duas picapes e duas embarcações completas.

Leite afirmou à imprensa que o fenômeno “é o maior desastre do estado” e que o RS vive “situação de guerra”, já com registro de 32 mortos (veja AQUI).

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sexta-feira - 03/05/2024 - 21:38h
Acusações

Vereadora afirma que prefeito comete “ilicitudes” e “irregularidades”

Marleide Cunha afirma que Allyson Bezerra é autor de corrupção 03-05-2024A vereadora e pré-candidata à reeleição, Marleide Cunha (PT), em postagem nesta sexta-feira (3), afirma que o prefeito Allyson Bezerra (UB) cometeu “ilicitudes” e “irregularidades.”

Enigmática, avisa ainda que rol de denúncias “é só o começo.”

Sua manifestação foi em endereço próprio na rede social “X”, ex-Twitter.

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sexta-feira - 03/05/2024 - 20:22h
Vacinação

“Dia D” nesse sábado é contra Influenza, HPV e febre amarela

Trabalho é orientado pelo Ministério da Saúde (Foto: Wilson Moreno)

Trabalho é orientado pelo Ministério da Saúde (Foto: Wilson Moreno)

A Prefeitura de Mossoró realizará mais um Dia D em prol da vacinação da população, no sábado (4). As equipes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) irão ofertar imunizantes contra Influenza, HPV e febre amarela.

Os locais de vacinação abertos ao público serão: Unidade Básica de Saúde Dr. Chico Costa (Santo Antônio) e Unidade Básica de Saúde Maria Soares da Costa (Alto de São Manoel), das 8h às 16h. Haverá ainda vacinas no Partage Shopping, das 10h às 18h.

A vacina contra a Influenza é ofertada para a população acima dos seis meses de idade. A ampliação na faixa etária se deu nesta semana devido a uma recomendação do Ministério da Saúde.

A proteção contra HPV é voltada para o público de 9 a 19 anos de idade. Já a vacina contra febre amarela, direcionada para as pessoas de nove meses a 59 anos de idade.

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sexta-feira - 03/05/2024 - 19:50h
Governo do RN

TRT convoca credores para acordo direto em precatórios

Ilustração em IA

Ilustração em IA

A Coordenadoria de Precatórios do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT/RN) publicou, nesta sexta-feira (3), no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT), Edital de convocação para acordo direto em precatórios. O foco é, especialmente, nos credores originários e sucessores habilitados nos autos dos precatórios requisitórios expedidos pelo TRT-RN contra o ente devedor ‘Estado do Rio Grande do Norte (Administração Direta e Indireta)’.

Em caso de interesse, os credores devem formular requerimentos, no prazo de 30 dias úteis,  junto à Coordenadoria de Precatórios e Requisitórios do TRT-RN, e apresentar petição diretamente nos autos dos precatórios autuados e migrados para o ambiente do PJe de 2º grau, na classe processual “Precatório”.

Segundo o Edital, a manifestação de interesse, por si só, não garante à parte credora o direito de receber o seu crédito, não gerando qualquer direito subjetivo ao pagamento, pois constitui mera expectativa, bem como à disponibilidade de recursos existentes na conta especial para acordos.

Ainda, de acordo com o documento, o credor inscrito e não contemplado permanecerá em sua posição original na lista de ordem cronológica do Ente Devedor ou na lista da prioridade eventualmente deferida.

Acordo

Além disso, “o percentual de deságio para o acordo é de 40% incidente sobre o valor atualizado do crédito, considerando o valor individual por credor de precatório”, informa o Edital.

A publicação do Edital de convocação para acordo direto em precatórios é um dos resultados do Acordo de Cooperação Técnica firmado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região e Governo do Estado do Rio Grande do Norte, realizado em abril, para a regulamentação dos acordos diretos em precatórios.

Atualmente, existem 1.500 pessoas inscritas na lista de credores do Estado, dentre credores preferenciais (portadores de doença grave, idosos e pessoas com deficiência) e credores não preferenciais (que aguardam na lista da ordem cronológica) à espera de pagamento de precatórios trabalhistas que, juntos, totalizam uma dívida aproximada de R$ 231 milhões.

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público
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sexta-feira - 03/05/2024 - 15:42h
Luto

Morre Lucinha Gurgel, ex-diretora da 105 FM

Lucinha faleceu nesta sexta-feira (Foto: reprodução)

Lucinha faleceu nesta sexta-feira (Foto: reprodução)

Faleceu à tarde desta sexta-feira (3), em Mossoró, Lúcia de Fátima Gurgel de Oliveira, “Lucinha Gurgel”, 67.

Ela enfrentava um câncer.

Lucinha foi diretora financeira da 105 FM Santa Clara, de Mossoró, também com atuação no Colégio Diocesano Santa Luzia (CDSL) por muitos anos.

Velório a partir das 19h, no Centro de Velório Infinity, à Avenida João da Escóssia, 23, bairro 12 Anos.

Sepultamento no Cemitério São Sebastião, Centro de Mossoró, no sábado (4), em horário ainda a ser definido.

Descanse em paz.

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Categoria(s): Comunicação / Gerais
sexta-feira - 03/05/2024 - 14:28h
Política do RN

Nome petista pode ser vice em chapa governista

Dedé Luz já concorreu à Prefeitura de Ceará-mirim (Foto: reprodução)

Dedé Luz já concorreu à Prefeitura de Ceará-mirim (Foto: reprodução)

Por Paulo Tarcísio Cavalcanti

O nome do petista Dedé Luz cresce junto ao grupo do prefeito de Ceará-Mirim, Júlio César Câmara (PSD), para compor a chapa majoritária que ele está articulando.

No PT, além da governadora Fátima Fátima Bezerra, Dedé acompanha o deputado federal Fernando Mineiro e a deputada estadual Divaneide Basílio.

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Categoria(s): Política
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sexta-feira - 03/05/2024 - 12:44h
Política com os cotovelos

Jeito açodado e impositivo dá prejuízo a senador

foto ilustrativa

foto ilustrativa

Açodado e impositivo, o senador Rogério Marinho (PL) ficou sem indicar um vice ou mesmo apresentar pré-candidatura do seu partido à Prefeitura de Natal (veja AQUI). E não para por aí.

O mesmo ocorreu em outros polos eleitorais importantes e em que teve apoio dos prefeitos à sua eleição, em 2022.

Em Caicó, o prefeito Dr. Tadeu (PSDB) não aceitou o jeito Rogério de fazer política e esquivou-se do senador.

Não foi diferente em Pau dos Ferros, com a prefeita Marianna Almeida (PSD).

Por Mossoró, o senador avisou ao prefeito Allyson Bezerra (UB) que indicaria o vice dele. Mais: definiu uma data para anúncio, a ser aceita pelo executivo, ou o PL teria candidatura própria.

Deu no que deu.

O prefeito não cedeu à pressão e o PL arranjou um pré-candidato às pressas, ex-vereador Genivan Vale, que tem dificuldades para decolar. Compreensível demais.

Política com os cotovelos não tem rendido bons frutos.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 03/05/2024 - 10:30h
Justo, justíssimo!

Um aniversário marcante para Paulinho da Honda

Paulinho da Honda: hora de comemorar muito Foto: rede social)

Paulinho da Honda: hora de comemorar muito (Foto: rede social)

Gente da melhor qualidade, com círculo de amizades numeroso e, sólido, o empresário Luiz Teotônio de Paula Neto, “Paulinho da Honda”, foi convencido a fazer festa de aniversário em 2024.

Daí, espera juntar uma parte significativa desses amigos e familiares.

Justo, justíssimo!

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Categoria(s): Gerais
  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
sexta-feira - 03/05/2024 - 09:22h
Sucessão natalense

A cartada de alto risco de Álvaro Dias

Joanna, Álvaro e Paulinho: campanha vai às ruas (Foto: Reprodução)

Joanna, Álvaro e Paulinho: campanha vai às ruas (Foto: Reprodução)

Depois de quase certo no apoio ao ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD), o prefeito Álvaro Dias (Republicanos) optou por uma cartada de alto risco. Vai com o deputado federal Paulinho Freire (UB) à sua sucessão, tendo a secretária municipal de Planejamento, Joanna Guerra, a vice (veja AQUI).

Álvaro Dias, o “Los Dias”, como Carlos Eduardo o trata, tem o dever de levar Paulinho Freire ao segundo turno, até por uma questão de sobrevivência política. Em seguidas pesquisas, Freire tem ficado atrás da deputada federal Natália Bonavides (PT), fixada na segunda posição.

Carlos Eduardo é sempre primeiro colocado com distância estelar dos adversários (veja AQUI), uma colocação perpétua na pré-campanha.

Importante assinalar, que com sua cota de influência pessoal e da máquina municipal, Los Dias não conseguiu içar Joanna Guerra, de fato quem ele queria na cabeça de chapa. Na pesquisa mais recente, a secretária esteve somando apenas 1,5 pontos percentuais à prefeitura.

Chegar ao segundo turno já será uma tarefa hercúlea e, atropelar Carlos Eduardo, mais ainda. Transferir votos não é como uma simples transfusão de sangue.

Por enquanto, o cenário segue francamente favorável ao ex-prefeito, mesmo com a inclinação do seu ex-vice-prefeito, Los Dias, em favor de Paulinho Freire.

E, se der Carlos x Paulinho no segundo turno, teremos o fator PT/esquerda na balança, certamente inclinada a somar com o ex-prefeito.

A cartada de Álvaro Dias é de alto risco.

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Categoria(s): Política
quinta-feira - 02/05/2024 - 23:54h

Pensando bem…

“Vença a si mesmo e terá vencido o seu maior adversário.”

Provérbio Japonês

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Categoria(s): Pensando bem...
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