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quinta-feira - 10/10/2019 - 07:20h
Duelo

Arenga interna no PSL é cheia de nuances e muito dinheiro

Após ampliar involuntariamente a crise com seu partido, o PSL, e apontar para uma possível saída, o presidente Jair Bolsonaro vacila. “Vários parlamentares discutiram ontem e hoje uma espécie de refundação do partido, um novo estatuto bem claro”, disse o presidente em entrevista a Claudio Dantas, do Antagonista.

“A gente está bem politicamente, pode fazer muitos prefeitos. Mas alguns da liderança ficam olhando para o próprio umbigo. O partido pega um pouco mais de R$ 8 milhões por mês. Nem todos os diretórios recebem isso, alguns espertalhões queimam a largada.”Bolsonaro acena com paz — “O que faço é uma reclamação do bem, todo partido tem problema.” Mas também ameaça sair à guerra. “Comigo fora da legenda, a tendência do PSL é murchar.” Bolsonaro quer controlar o partido, o presidente da legenda Luciano Bivar não deixa. O presidente da República tem o prestígio que ajudaria a eleger prefeitos e vereadores. Mas quem controla o dinheiro é Bivar.

O recuo do presidente

No jornal O Globo, é destacado que como a lei funciona hoje, deputados federais não podem se transferir do PSL. E, mesmo que o fizessem, os recursos do Fundo Partidário, distribuídos entre cada legenda de acordo com o número de deputados eleitos, fica com o partido. Bolsonaro iria para uma sigla nova, sobre a qual teria mais controle, mas abandonaria o dinheiro.

A criação de um partido do zero demoraria pelo menos um ano. Uma das possibilidades estudadas é a fusão de dois nanicos: o Patriota com ou o PHS ou o PMN. Assim, a Justiça Eleitoral considera que há um partido novo e permite a transferência. O terreno aí não é claro — há uma revisão desta lei pendente de análise do Supremo.

O julgamento teria de acontecer para que o presidente possa bater o martelo. E ainda fica a dúvida a respeito do dinheiro do fundo eleitoral, necessário para a campanha do ano que vem.

Muitos milhões

Bernardo Mello Franco em sua coluna no Globo, aponta que uma montanha de dinheiro adensa a briga intestina no PSL. Está em jogo uma bolada de R$ 737 milhões.

É esse o valor que o PSL deve receber do fundo partidário – dinheiro dos cofres públicos – até 2022!

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Amorim diz:

    Algum idiota falou aqui; “eleição: simples troca de quadrilha”

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