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quinta-feira - 20/10/2016 - 12:50h
Reengenharia política

‘Consórcio’ Alves-Maia-Rosado planifica poder para 2018

Articulações envolvem grupos tradicionais e acertos passaram por eleições em Natal e Mossoró

Nos intramuros da política, é possível se ouvir sussurradamente que o senador Garibaldi Filho (PMDB) não concorrerá à reeleição ao Senado em 2016. Recuará para se acomodar politicamente em Natal mesmo.

Saúde em jogo, além de projeto de reengenharia política do clã Alves, está à mesa.

Seu primo Henrique Alves (PMDB), por mais de 40 anos ocupante de assento na Câmara Federal, poderá ser substituto como candidato ao Senado. Está sem mandato, desde que perdeu eleições ao Governo do Estado em 2014. Garibaldi pode apostar num recuo aos primórdios: a Assembleia Legislativa – seu ‘lar’ no início político nos anos 70.

Garibaldi e Rosalba em Brasília (ontem): reengenharia feita esquadrinhando a política do RN (Foto: cedida)

Walter Alves (PMDB), filho do senador, seria mantido como candidato à reeleição à Câmara Federal em 2018, sem a concorrência de Henrique na mesma faixa de eleitor, algo já profundamente desgastado.

Um Alves a menos na chapa proporcional, serve para descongestionar a disputa nessa costura política que também envolve o rosalbismo-Rosado em Mossoró e o grupo do senador José Agripino (DEM).

Na mesma formatação “tática” está o prefeito reeleito de Natal – Carlos Eduardo Alves (PDT), além do grupo da ex-deputada federal e vereadora eleita de Mossoró Sandra Rosado (PSB).

Essa costura política em andamento não começou agora, que fique claro. O “primeiro turno” do arranjo ou rearranjo político passou pelas eleições municipais de Natal e Mossoró, postas em sincronismo pelos Alves, Maia e os Rosado.

Marcelo Queiroz

O próprio Blog assinalou essa tessitura há alguns meses, através de postagens elucidativas (veja AQUI). Na montagem da chapa à sucessão municipal de Natal, o então presidente licenciado da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (FECOMÈRCIO/RN), Marcelo Queiroz (PMDB), estava “definido” para ser vice de Carlos Eduardo Alves. Era o preferido do prefeito.

Queiroz: descartado em nome da reengenharia (Foto: arquivo)

Nos intramuros da negociação, Queiroz perdeu vez para o deputado estadual Álvaro Dias (PMDB), que tem sua base eleitoral assentada de verdade na região Seridó e não Natal. O acerto que escanteou Marcelo, nasceu da necessidade de se puxar a deputada estadual suplente Larissa Rosado (PSB) para a Assembleia Legislativa, com a inserção de Álvaro ou o também deputado Hermano Morais (PMDB) na chapa governista natalense.

O senador José Agripino interveio e Carlos Eduardo acabou cedendo à pressão, aceitando Álvaro Dias. O reflexo em Mossoró permitiu que o rosalbismo freasse o ímpeto de Sandra Rosado em impor o nome do vereador e seu filho, Lahyrinho Rosado (PSB), como vice à Prefeitura, da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP).

Na hora de negociar a adesão de Sandra e seu grupo à candidatura de Rosalba, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado – marido da ex-governadora – deixou claro: “o seu problema já está resolvido em Natal”. A ex-deputada federal entendeu a mensagem e flexibilizou as negociações, para também ter condições de ser eleita a vereador num “chapão” (veja AQUI) que foi montado à Câmara Municipal com PP, PMDB, PDT e PSB.

Sobrevivência

Todo esse delicado quebra-cabeça passou por um entendimento para unir os grupos de Carlos Augusto e Sandra, após quase 30 anos de litígio (veja AQUI). Mais do que afinidade, em jogo está a necessidade de sobrevivência dos Rosado, Maia e Alves, que se descapitalizaram nos últimos anos com a ascensão de nomes como Wilma de Faria (PTdoB) e o atual governador Robinson Faria (PSD).

Henrique e Agripino: está favorável (Foto: Câmara Federal)

Passado o susto e contabilizada as perdas, eles montam um consórcio político de olho em 2018. Esquadrinham o cenário político para acomodar peças de cada um dos seus consorciados, fechando a porta a novas surpresas. Por enquanto e até aqui, tudo está bem encaminhado, principalmente com a continuada esqualidez da gestão Robinson Faria e o esvaziamento do poder de fogo de Wilma e outros atores fora da tríade Alves-Maia-Rosado.

Para 2018, dando tudo certo e “combinado” com o povo, Henrique e José Agripino concorrem às duas vagas ao Senado da República e a chapa à Câmara Federal fica desobstruída à reeleição de Walter, Beto Rosado (PP) e Felipe Maia (DEM). Larissa terá meios a novo mandato de deputada estadual e Carlos Eduardo Alves será o nome de todos ao Governo do Estado.

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Categoria(s): Reportagem Especial

Comentários

  1. João Claudio diz:

    Viiiiixi!!!! Quer dizer então que a ”traíra” já pode sentir as dores de um futuro pé na bunda a ser dado pela Rosa? Antes mesmo do inicio do primeiro diálogo pós eleição municipal? E ele não tá sabendo de nada? Viiiiiixi!!!

    Peraí! Já começam a ensaiar a rasteira que vão dar na ”traíra”? Homi, Silveirinha ainda não morreu. Contem com ele para fazer parte dessa festa, homi. Ele vai A-DO-RAR. A primeira dama então. Viiiiiiiiiiixi!!! Além da rasteira, um ”coice” cheio de lagrimas. Viiiiiiixi!!!

    Eu faço questão de assistir a queda ”de camarote” e aos berros:

    – Chupa que é uuuuuuuuuuuuuuuuuuva, ”traíra” ingrata.

  2. fernando diz:

    Começaram a fazer o inventário da capitania hereditária. Se depender de Mossoró, tá tudo ok,se depender de natal, talvez só falta combinar com o resto dos indios da tribo potiguar.

  3. Marcos Pinto. diz:

    Só que esquecem que essa mesma engenharia política foi urdida nos bastidores de 2012 e deu com os burros n´água. Imagine agora, onde os pobres COITADOS que recebiam auxílio-doença e aposentados que recebiam há 20 anos e tiveram seus benefícios cortados por obra e graça do PMDB e DEM/PSDB e o partido da Rosa de Hiroshima mossoroense, com que cara eles irão pedir votos em 2018 ?.

  4. Raniele Costa diz:

    Carlos ,eu não quero acreditar nesta história mas parece que você têm toda razão, você parece até que ler a mente dos líderes dessa sofrida tribo Potiguar, os fatos nos levam a crer que isso tudo é verdade.

  5. Potyguar diz:

    Isto tudo que acabei de ler chega a dar nojo: eles se organizando entre eles e o povo que se vire.
    Espero que os contribuintes/cidadãos/eleitores estejam atentos a esses “arrumadinhos” porque já cansou esse esquema de capitanias hereditárias que vem sugando o pobre Rio Grande do Norte há décadas.

  6. Samuel Costa diz:

    Só complementando, porém pra “baldiar” mais ainda. Já combinaram isso com o povo?

  7. Marcos Pinto. diz:

    O Carlus Eduardus estará envidando pelos mesmos escabrosos e condenáveis e pútridos conchavos de bastidores engendrados pela mente ciclotímica dos Alves e Maia, objetivando conduzir/ eleger o Henrique Copa do Mundo ao governo do estado . O resultado foi uma pífia maioria do Henrique no primeiro turno, seguida de retumbante e ruidosa derrota no segundo turno. O povo mandou o recado negativando tal acordo espúrio, em que esse mesmo povo não aceitou ser usado como massa de manobra para efetivar alinhamento de interesses escusos e particulares de detestáveis oligarquias político-familiares.

  8. ZE diz:

    Estão esquecendo que quem elege Governador é Natal e a Grande Natal,aqui a coisa é diferente,vide Henrique em 2014,com toda Cacicada,falavam que ganharia no primeiro turno,tome pau!!!!!!!

  9. M. D. R. diz:

    Concordo com SAMUEL COSTA, em gênero, número e grau. Só que o POVO é quem decide!!!..

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