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domingo - 30/06/2019 - 09:12h

Energia solar poderá gerar arrecadação bilionária

Por Josivan Barbosa

A instalação de sistemas de geração de energia solar de pequeno porte, nos tetos de residências e edifícios, e de condomínios solares – lugares específicos para produção de energia solar disponível para consumidores interessados em utilizar a fonte – pode gerar uma arrecadação de R$ 25 bilhões para os governos federal e estaduais até 2027.

A estimativa faz parte de relatório produzido pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e que rebate cálculos feitos pelo Ministério da Economia que apontam que esse tipo de geração de energia solar resultaria em renúncia fiscal de R$ 11 bilhões, entre 2020 e 2035.Energia solar II

A diferença entre as duas contas, explica a vice-presidente de geração distribuída da Absolar, Bárbara Rubim, é que o levantamento do ministério considerou apenas a redução da arrecadação por meio de isenção de PIS, Cofins e ICMS, ainda que existam Estados que cobram ICMS sobre a energia produzida por essas usinas.

A conta da Absolar considera a arrecadação que será obtida a partir da geração de empregos na manutenção dos equipamentos, nos investimentos dos projetos e na liberação de renda dos consumidores que terão economia com projetos de geração distribuída e terão mais recursos para utilizar em outras atividades.

Estrada Pedra de Abelha

A Estrada Pedra de Abelha que beneficiará diretamente os moradores de Felipe Guerra, Apodi e Caraúbas terá grande impacto na atração de empresas de energia eólica a exemplo do que está acontecendo com as novas estradas construídas no vizinho município de Serra do Mel. Os três municípios possuem grandes áreas na Chapada do Apodi, região de ventos fortes e que pode ser um diferencial na instalação de sistemas eólicos. A nova estrada pode ser um fator decisivo para a instalação de empresas eólicas, pois como se verifica na Serra do Mel, há necessidade de acesso fácil para o transporte das turbinas e demais equipamentos.

Estrada Pedra de Abelha II

Outro aspecto importante e que justifica a construção da Estrada Pedra de Abelha é a existência nesses municípios de grandes áreas para a instalação de parques de energia solar. O preço baixo das terras de solos rasos, principalmente entre os municípios de Felipe Guerra e Governador Dix-Sept Rosado pode ser uma referência para atrair empresas do setor.

Estrada de Pedra de Abelha III

A referida estrada pode servir para facilitar o acesso de turistas do Médio Oeste do RN e do Alto Sertão da Paraíba e, ainda, da região serrana do RN às belezas naturais de Felipe Guerra como o parque de cachoeiras e o parque de cavernas, além dos olhos dágua do Sítio Brejo.

Outro setor que pode ser bastante beneficiado é da indústria do calcário, em função da riqueza dessa rocha nos três municípios beneficiados.

Estrada de Pedra de Abelha IV

Com a construção da estrada, a carcinicultura em Felipe Guerra e Apodi pode tomar as dimensões do que ocorreu no Vale do Jaguaribe, notadamente nos municípios de Jaguaruana, Russas, Quixeré, Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte. O Vale do Rio Apodi-Mossoró no trecho compreendido entre Apodi e Felipe Guerra tem uma várzea bastante larga e possui todas as características de solo adequadas para a instalação de viveiros de camarão e, também, viveiros para o cultivo de tilápia, tambaqui e outras espécies de peixes cultivadas em cativeiro.

Estrada de Pedra de Abelha V

A referida estrada também será vital para o escoamento da produção de arroz vermelho da várzea do Rio Apodi – Mossoró (principal região produtora de arroz vermelho do RN) e de milheto. O arroz vermelho tem como principal mercado a região de Campina Grande – PB e o milheto é vendido para o estado de Pernambuco.

RN tem jeito

O Rio Grande do Norte precisa oferecer condições diferenciadas para tentar atrair a francesa Vicat. O Brasil deverá se tornar um dos principais mercados mundiais da cimenteira francesa Vicat e será uma plataforma para a expansão do grupo na América Latina, onde há planos de aquisições. A empresa, terceira maior do setor na França, finalizou em janeiro a compra de 66% da Ciplan, do Distrito Federal, por € 290 milhões. O primeiro passo no Brasil será adaptar o processo de produção para reduzir progressivamente a utilização de combustíveis fósseis.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Alcimar de Almeida Silva diz:

    Excelente notícia de benefício não apenas para produtores e consumidores, como também para as finanças públicas estaduais…e municipais também. Porquanto será fato gerador de ISS nas obras de implantação e manutenção, assim como de taxas de licença de competência municipal.

  2. Q1Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Prof. Josivan em seu Artigo encanta a minha esperança no desenvolvimento pleno e utilização da energia solar e eólica. São meus quindins.

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