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quarta-feira - 21/02/2018 - 19:28h
TRF5

Processo sobre condenação de Sandra Rosado não é julgado

Vereadora foi sentenciada a 9 anos e 2 meses de prisão pela Justiça Federal em Mossoró, em 2017

A princípio, não há definição de data para julgamento de apelação à sentença que determinou prisão por 9 anos e dois meses da vereadora e ex-deputada federal mossoroense Sandra Rosado (PSB). Ela foi condenada pelo juiz federal Orlan Donato Rocha da 8ª Vara da Justiça Federal de Mossoró, no dia 10 de maio do ano passado, por apropriação indevida de recursos da União.

Além de Sandra Rosado, mais quatro pessoas foram condenadas em primeira instância (8ª Vara Federal, em Mossoró). Outras cinco foram inocentadas, no processo sob o número 0000878-38.2015.4.05.8401.

Juiz Leonardo Coutinho: processo em mãos (Foto: JFCE)

O processo estava na pauta da sessão dessa terça-feira (20), às 13h30, da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), com sede em Recife-PE. Mas o juiz federal Leonardo Augusto Nunes Coutinho pediu vista (solicitação feita para examinar melhor determinado processo), o que levou a questão a sair da análise e votação.

Substituição na Quarta Turma

A Quarta Turma da TRF5 é formada por três titulares: desembargador-presidente Rubens Canuto, desembargador Edilson Nobre Pereira Júnior  (de origem potiguar) e o desembargador Lázaro Guimarães (decano da corte; conheça AQUI).

Mas no dia 27 de setembro do ano passado, Lázaro Guimarães teve aprovada sua convocação para integrar provisoriamente a 4ª Turma e a 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília.

Relator do processo em que Sandra Rosado figura como protagonista, o desembargador acabou substituído pelo juiz federal cearense auxiliar da Vice-Presidência do TRF5, Leonardo Augusto Nunes Coutinho.

Sandra: no TRF5 (Foto: Carlos Costa)

Pelo Regimento Interno do TRF5, o desembargador que pediu vista tem dez dias ou até à próxima sessão da Quarta Turma para devolver processo à votação. A próxima sessão será dia 27 (a próxima terça-feira).

O caso

Na sentença do juiz Orlan Donato, a partir de denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o magistrado destaca que houve um “conluio para apropriar-se indevidamente de recursos repassados pela União (Convênio nº 1782/2003-FNS – SIAFI nº 495578) para APAMIM – Associação de Assistência e Proteção à Maternidade de Mossoró, no valor de R$ 719.779,00”. Estes recursos foram repassados em cinco parcelas de R$ 143.955,80.

Em suas considerações, o juiz Orlan Donato deixou claro que “tal desvio foi perpetrado mediante sofisticado esquema que envolveu fraudes em licitações, montagem de prestação de contas e utilização de interpostas pessoas para efetuação de saques e da movimentação do dinheiro público”.

Leia tambémSandra Rosado tem condenação a 9 anos e dois meses de prisão;

Leia tambémVereadora Sandra Rosado garante ser inocente.

O MPF formalizou a denúncia no dia 17 de dezembro de 2015.

Os recursos de que tratam a investigação, seriam destinados à Associação de Assistência e Proteção à Maternidade de Mossoró (APAMIM). A instituição filantrópica está em intervenção federal desde setembro de 2014. Na época dos fatos narrados (a partir de 2004) era comandada pelo grupo político-familiar da então deputada federal Sandra Rosado.

P.S – 14h08 (22-02-14) – Em contato telefônico com o Blog, o advogado Marcos Lanuce, que defende os interesses da vereadora Sandra Rosado, ponderou que o processo em relevo na postagem “ainda não está pronto para julgamento”. Reiterou ainda a convicção de que a decisão em primeiro grau seja revista pelo TRF5.

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público / Política

Comentários

  1. Raimundo nonato sobrinho diz:

    Em resumo. A réu tem chances de sair dessa ilesa?

  2. ROBERTÃO diz:

    a pressa é só com o de LULA,a ré não é candidata a presidente,então pode sossegar.

  3. João Claudio - Eleito pelos PTrslhas como 'O Cientista Político do Século'. Um luxo. diz:

    Ela não representa uma ameaça ao pais. O Lula, sim.

    Cito como uma das ameaças (ditas por ele), amordaçar a imprensa.

    Ao amordaçar a imprensa, ele amordaça este blog.

    P.S- Não defendo a vereadora.

    • ROBERTÃO diz:

      depende o que você chama de ameaça ao país,ameaça como? a vereadora e ex-deputada assim como outros membros do PMDB,verdadeiro partido dela,que pra fugir da vergonha virou MDB é produto do sistema político que se apossou do estado Brasileiro desde o fim da monarquia,oligarquias meu,oligarquias familiares corruptas até a medula,concordo com amigo que em 13 anos de PT esse sistema poderia ter sido mudado,mas,mas,alguns membros do PT começaram a gostar do poder e se iludiram em achar que faziam parte Banda,você diz que não defende a vereadora,defende sim,você defende,quem você não defende por que não faz parte do seu circuito social é o periférico vulnerável jogado as traças por essa elite suja que tem ódio e nojo a pobre,puta,gays e negro miserável,você pode não defender ela especificamente,mas defende o que ela representa,que é o sistema que cuspiu LULA e DILMA pra fora,eles eram indigestos a escória,pra você defender a ex-deputada não precisa fazer parte de seu grupo político,basta ter ódio e asco a maior liderança popular do país,ele é Santo? certamente que não,mas é líder! negar isso é ter miopia política.um abraço,saúde,paz e liberdade. É só!

  4. João Claudio diz:

    Um abraço, saúde e paz em dobro pra você.

    Quanto à liberdade, deseje-a ao seu líder. Ele vai precisar.

    P.S – Eu não tenho, nunca tive e espero nunca ter/depender de um líder.

    Amém três vezes.

    Amém!

    Amém!

    Amém!

    • João Claudio diz:

      Mais: eu nunca votei na deputada, hoje vereadora, e não tenho nenhum motivo para defende-la, até porque eu não sou o seu advogado, não a conheço e ela não me conhece.

      Portanto, defender o desconhecido não faz parte de mim, mesmo que o desconhecido ou a desconhecida estejam corretos ou não.

      Cada um deve tentar resolver por si, assim como eu tenho resolvido os meus sem ajuda de ninguém, sem o auxílio de puxa sacos.

      O ódio que sinto de quem rouba, de ladrão. Seja ele um pé de chinelo, ex presidente da república ou líder de uma seita.

  5. Elves Alves diz:

    Fica a cada dia mais difícil confiar no Judiciário (não confundir com justiça, que é coisa) brasileiro. Que temos exceções à regra não se discute, mas o fato é que nossas instituições são como um todo lamentáveis. No Brasil a cidadania é linchada durante todo o tempo.

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