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quarta-feira - 02/09/2020 - 10:24h
Vice de Rosalba

‘Roda de bobo’ do rosalbismo segue girando, girando…

Agora, em 2020, de novo e mais uma vez, jogam com nomes, expectativas e promessas de poder

O ano era 1992 (há 28 anos). Período de disputa sucessória municipal em Mossoró. O empresário Manoel Barreto era nome “certo” para compor chapa no grupo rosalbista. Foi descartado com a promessa de que adiante teria sua vez, mesmo com pesquisas apontando sua alta aceitação e viabilidade eleitoral.

Foi-lhe garantido que seria nome a deputado estadual (o que nunca aconteceu). Que fosse paciente. Foram escolhidos o vice-prefeito Luiz Pinto (PFL) e João Batista Xavier (PCB), respectivamente a prefeito e vice, que perderam para a chapa Dix-huit Rosado (PDT)-Sandra Rosado (PMDB).

Porém, os exemplos de situações parecidas em que correligionários de peso foram iludidos com falsa valorização, não é isolado. São muitos. Conheça parte deles seguindo o ‘fio’ histórico abaixo.

Em 1998, o vereador rosalbista Vicente Rêgo (PFL) convivia com o compromisso de que seria candidato único do grupo à Assembleia Legislativa. Foi surpreendido com a candidatura da assistente social Ruth Ciarlini (PFL), irmã da prefeita Rosalba Ciarlini (PFL), com a mesma postulação. Ela foi eleita, claro; ele, obviamente que não.

Manoel Barreto apareceu em destaque em pesquisa, mas foi preterido; Vicente teve compromisso que não foi cumprido pelo casal Carlos Augusto-Rosalba Ciarlini e Cláudia Regina foi descartada no dia da convenção (Fotomontagem BCS)

Em 2004, o líder Carlos Augusto Rosado (PFL) açulou Cláudia Regina (PFL) e a ex-adversária Fafá Rosado (PFL) a uma falsa disputa interna para escolher quem seria a candidata a prefeito do grupo, em substituição à Rosalba Ciarlini.

O nome já estava ungido por ele desde sempre: Fafá. E Cláudia Regina terminou sendo vice-prefeita por cobrança do senador José Agripino (PFL), como prêmio-consolação.

Em 2008, a prefeita Fafá Rosado (PFL) chegou à convenção municipal como candidata natural à reeleição. Já a vice Cláudia Regina, necessariamente, não. Foi avisada em pleno dia do evento que seria substituída pela ex-deputada estadual Ruth Ciarlini (PFL), irmã da então senadora Rosalba.

Cláudia teve que se virar como candidata (eleita) a vereador, que já era seu “plano B” (secretamente), por pressentir bem antes que levaria ‘rasteira’.

O vale-tudo de 2012

Em 2012, a então governadora Rosalba Ciarlini impôs o nome da vice-prefeita Ruth como candidata a prefeito. A negociação envolveria a renúncia de Fafá Rosado para ser indicada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN).

“Prefeito de fato” e irmão de Fafá, seu chefe de Gabinete Gustavo Rosado vetou a manobra e impediu a ascensão de Ruth. Fafá continuou prefeita até o fim do mandato.

SEM SAÍDA CAPAZ DE VIABILIZAR UMA VITÓRIAS com a mana Ruth (que também era rejeitada em pesquisas) contra a deputada estadual Larissa Rosado (PSB), Rosalba bradou numa reunião familiar na Residência Oficial do Governo do Estado no bairro de Morro Branco, à Rua Ministro Raimundo de Brito, 1891:

– “Eu não vou entregar a prefeitura à Sandra (Sandra Rosado, PSB, mãe de Larissa)!”

No esquema de Larissa havia esperança de que o rosalbismo se juntasse em torno da candidatura dela, como troca pelo apoio que tinham dado sorrateiramente à campanha de Rosalba ao Senado (2006) e ao Governo do RN (2010). Mera ilusão.

A governadora passou a apostar todas as forças e estrutura do Estado na vereadora Cláudia Regina, mesmo sem a tolerar. O sentimento era mútuo, que se diga. O que havia de mais verdadeiro entre elas, era uma sincera hipocrisia. Assim mesmo, Cláudia venceu as eleições. Posteriormente foi cassada, justamente pelo uso despudorado dos meios públicos em sua campanha.

Chegou a vez de 2020…

Em 2016, pré-candidata à Prefeitura de Mossoró pela quarta vez, após passagem desastrosa pelo Governo do RN, Rosalba Ciarlini evitou outro parente na chapa. Ela e Carlos Augusto vetaram qualquer nome indicado pela ex-adversária, prima e neorosalbista Sandra Rosado. A ex-deputada queria Larissa ou o seu filho e vereador Lahyrinho Rosado (PSB) como vice.

Surpreendentemente, quem acabou aboletada na chapa foi a odontóloga Nayara Gadelha (PP) – veja AQUI, imposta pelo ex-deputado federal Betinho Rosado (PP), irmão de Carlos. Ela não aparecia nem numa lista de 100 pessoas cotadas à posição.

Agora, em 2020, o enredo vai se repetindo como sempre, da mesma forma de antes, como era esperado. O empresário e ex-adversário Jorge do Rosário (PL) ‘está certo’ há tempos como vice, mas não é exatamente algo 100% confirmado na chapa à reeleição de Rosalba (veja AQUI e AQUI).

A interminável ‘roda de bobo’ continua girando para só um pouco adiante ser sacramentada a escolha. O casal Carlos-Rosalba não muda nunca seu modus operandi.

São extremamente conservadores no script e absolutamente previsíveis. E, mesmo assim, sempre encontram quem tope participar dessa ciranda-cirandinha.

Com base em todo esse retrospecto, tudo poderá acontecer, inclusive o nome ‘certo’ de Jorge do Rosário ser mesmo o escolhido. Até isso!

Ufa!

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Categoria(s): Política / Reportagem Especial

Comentários

  1. Alvany José Barros diz:

    O texto é perfeito e conta todos os movimentos passados em detalhes.
    Fica muito claro que o casal Carlos/Rosalba não confia uma palha no grupo de sandra Rosado.
    No meio de tudo… Será que vamos assistir também a uma guerra particular de:
    Rosados x Rosados?

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