• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 20/11/2017 - 05:22h
Olhar Político (2018)

Vários fatores pesam para frear votações expressivas

Disputa à Assembleia Legislativa em Mossoró pode ter grande fracionamento de votos no próximo ano

Mais de 37 mil eleitores votaram em branco e nulo para deputado estadual em Mossoró nas eleições passadas, em 2014.

Para ser mais preciso: 37.352 eleitores.

Foram 13.592 (9,54%) em branco e 23.760 (16,67%) nulos.

Houve contagem de 105.149 (73,79%) de votos válidos (dados a candidatos e à legenda), num total de 160.012 eleitores aptos a votarem.

As abstenções chegaram a 17.512 (10,49%). Ou seja, 54.864 votos que não foram computados.

O descrédito em relação à política, aos políticos e aos partidos, pode tornar esses números ainda mais corrosivos no próximo ano.

Deputado Estadual (Mais votados em Mossoró em 2014):

Larissa Rosado (PSB) – 24,35% (24.585)
Galeno Torquato (PSD) – 12,19% (12.306)
Leonardo Nogueira (DEM) – 9,02% (9.111)
Souza (PHS) – 3,98% (4.186)
Fernando Mineiro (PT) – 3,88% (3.914)
Getulio Rego (DEM) – 3,46% (3.496)
Adenubio Melo (PSC) – 3,44% (3.471)
Bispo Francisco de Assis (PSB) – 2,11% (2.130)
Kelps Lima (SD) – 2,09% (2.111)
Jacó Jácome (PMN) – 1,91% (1.929)
Brancos – 9,54% (13.592)
Nulos – 16,67% (23.760)
Válidos (Nominais e Legenda) – 73,79% (105.149)

Melhor não duvidar.

Em 2014, Mossoró não teve um único candidato nativo eleito ou reeleito à Assembleia Legislativa. Os dois nomes que tentaram voltar, caíram: Larissa Rosado-PSB (com 24.585 votos – 23,38%) e Leonardo Nogueira-DEM (9.111 – 8,66%).

Nessa mesma eleição, 209 candidatos a deputado estadual foram votados em Mossoró. De Larissa (campeã de votos) a 25 ‘concorrentes’ que obtiveram apenas “um voto”.

Os 24 eleitos à Assembleia Legislativa à ocasião foram votados em Mossoró, o que mostra a sua característica de município polo. Provavelmente isso vai se repetir em 2018.

Caixa 2 mais fraco e fim de polarização

Cedo para se afirmar que teremos uma reviravolta nesse diapasão.

Porém é pouco provável que exista “estouro de votação” de algum candidato, principalmente porque se forma um quadro de concorrentes locais e da região, que deve dividir bastante os votos locais.

As fortes restrições à propaganda, a maior vigilância quanto ao abuso do poder econômico e a falta de liquidez de potenciais financiadores (caixa 2, que vai continuar, claro) também pesarão para essa tendência.

O fim da polarização entre Rosado x Rosado, que vinha sendo engendrada pelos “Rosados divididos ” desde os anos 80, é outro fator a ser registrado. Estão quase todos no mesmo palanque e vivem desgaste comprometedor, além de convivência sob desconfiança mútua.

A atmosfera político-eleitoral da época, ou seja a conjuntura, dirá com maior clareza algo mais consistente sobre a corrida eleitoral à Assembleia Legislativa e demais disputas. É acompanharmos, com atenção, essa “nuvem” em movimento constante.

Veja amanhã a segunda postagem da série Política 2018.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política

Comentários

  1. João Claudio diz:

    Vários fatores sinalizam que milhões de eleitores vão estar longe das urnas, em especial as cabeças pensante.

    Eles ☛ ♞♘ são um caso à parte. Mesmo levando fumo todos os dias, eles fazem questão de ser os primeiro da fila.

    Se o tse exigir que o voto seja pago, eles vendem tudo, inclusive a família, para fazer valer direito dele, do cidadão, e do bem e$tar dos eleitos.

    Xô, pé de pote.

  2. naide maria rosado de souza diz:

    Divididos os votos locais, dificilmente Mossoró elegerá candidato a AL. Os candidatos mossoroense precisam entender que, embora município polo, Mossoró sozinha nao elege, com seus votos disputados por “estrangeiros”. Então, resta peregrinar pelos municípios vizinhos, quem quiser se eleger.

Faça um Comentário

*


Current day month ye@r *

Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2024. Todos os Direitos Reservados.