
Um dia após a derrota, Bolsonaro apareceu no Planalto, mas depois quase não foi visto no trabalho (Foto: Cristiano Mariz/O Globo)
Nunca antes na história desse país vi um presidente enclausurado, silente, desaparecido por tanto tempo. Nem mesmo Collor de Mello na iminência do impeachment em 1992.
O mais surpreendente ainda é o fato de que esse presidente é Jair Bolsonaro (PL), figura sempre loquaz, habituado a linguajar chulo, piadas de mau gosto e mestre das provocações. Uma figura sempre afeita ao choque, ao enfrentamento.
Desde as eleições, ele parece estar em estado de choque. Recuou, mergulhou. O “Capitão” afrouxou. Não comanda nada, não lidera coisa nenhuma. Está catatônico, fechado em si.
Botou a cara fora para um pronunciamento de pouquíssimos minutos e trancou-se novamente, dois dias após o pleito no segundo turno (veja AQUI). Depois, voltou ao seu luto.
Nem mesmo aquelas suas lives semanais manteve ativadas. Os gracejos, palavrões e recados ao seu público, no “cercadinho”, também foram cancelados.
O agravante é que assistimos o adversário, justamente quem ele queria banir de vez da política e da vida nacional, assumir seu lugar e seu papel, inclusive em agenda internacional. Lula da Silva (PT) já é o presidente?
Diante da vacância, parece que sim.
Como diria um velho locutor esportivo que nos deixou dia 31 de maio do ano passado, Januário de Oliveira: “cruel, muito cruel!”
Crudelíssimo.
Acompanhe o Canal BCS (Blog Carlos Santos) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.