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sexta-feira - 10/05/2019 - 20:30h
Opinião

A mulher de César

Por François Silvestre

A Magistratura carrega a maldição da mulher de César. Não basta ser honesta, precisa demonstrar a honestidade. Em tudo. Aqui não se trata de honestidade no alcance financeiro. Não. Honestidade jurídica, mesmo.

Basta um juiz expor-se a qualquer tropeço nos princípios para alguém querer jogar farpas na Magistratura. Até com ex-juízes.

Veja o caso de um ex-juiz que virou governador – Wilson José Witzel (PSC). No Rio de janeiro. Não só defende o uso de armas ostensivamente como autoriza seu uso para tiroteios em público.

Ampliou a seu talante o instituto da legítima defesa prescrito no Código Penal. E não o fez a favor do indivíduo contra os excessos do Estado. Pelo contrário, autorizou o Estado a matar.

Criou a Pena de Morte putativa, invertendo a legítima defesa putativa do Código, quando alguém reage imaginando uma agressão fatal e iminente.

Outro ex-juiz, agora Ministro do Executivo, submete-se a vexames todo dia.

Contrário ao uso abusivo de armas de fogo, silencia numa cumplicidade típica de político profissional. Pra negar ser leitor do Guru de Bolsonaro, justificou ser sua obra muito “densa”. E ponha densa nisso.

Sobre as peripécias do filho do Presidente com Fabrício Queiroz, exatamente no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), declarou “eles já explicaram tudo”. Explicaram a quem?

Nem o MP conseguiu ouvi-los.

O mesmo Coaf que ele quer “sob” seu comando.

Acho que nesse caso ele distingue “sob” de “sobre”. Até aonde vai seu apreço e quanto ele topa pagar, em decepções, no aguardo por uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF)?

Trocou a Magistratura pela Política, lugar onde ser honesto também é obrigação, mas dispensa a ostentação de honestidade da mulher de César.

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Excelente, François Silvestre. Salve!

  2. João Claudio diz:

    Tirou daqui. Cesar levou mais chifre do que pano de toureiro.

    Cornélia Cinila dava para o assistente do palácio, Pompéia Sula fazia ‘coisinha’ escondido com o seu treinador de biga e Caipúrnia Pisônia, a mais quenga de todas, trepava com as mãos na cabeça para não perder o juízo.

    – Trepava com quem? Com quem? Com queeeeeem????

    – Com Paulus Robertus, piloto da TAM.

    – Ah, tá!

    – Dizem que Maria Boa teve um caso com César. O ‘descaso’ se deu porque César, contrariando Maria Boa, desfilou na comissão de frente do bloco ‘As Quengas de Natal’ durante os 4 dias do carnaval de 1970. De fio dental, diga-se de passagem.

    – Quer dizer que César…

    – Baitolão da cabeça aos pés. Fazia parte da família ‘Machadus’, cujos membros não podiam ver um pau em pé. Das 6 da noite às 6 da manhã, César se transformava em mágico, cujo truque mais aplaudido era fazer sumir aquilo que os jovens bonitos carregavam entre as pernas.

    – Aff!

    – Isso mesmo. Ele dizia ‘Aff!’ quando era apresentado a um gladiador tipo saradão.

    – Jeeeeeeesus…! Quem vê cara não vê bunda.

    – E nem o que ele costumava esconder dentro dela.

    – Nã! Tô beje.

    – Pois diiiiga, como você é desatualizado. Vai ver que você nunca desconfiou que Dom Pedro queimava a rosca com Alfredo Miguel, ex timoneiro de uma das caravelas de Cabral. Desconfiava?

    – Noooooooooossa…..! Nem imaginava.

    – Pois é. Se FS não toca no assunto, hein?

    – Obrigado pela aula, João Claudio.

    – Não há de quê. A propósito, você sabia que Áurea só fez aquela lei porque um Negão chamado ‘Kid Bengala Preta’…!

    – João, eu vou pegar as crianças no colégio. Depois você me conta essa.

    – (povin desatualizado esse de hoje em dia, né não?)

    • François Silvestre diz:

      Tonha, num se aperrei se desconfiar do gemido no banheiro. O JC tá tocando uma pensando no Moro.

      • João Claudio diz:

        Revoltadérrima e fumando numa quenga, Tónha diz:

        – FS, quer frescar fresque, mas num fique frescando não.

        Meu Mô ‘jamé’ vai deixar de bater coxas comigo no nosso ‘Salão dos Grandes Atos’, para pensar em xerife interior de um banheiro.

        Quanto ao gemido, quem geme aqui em sou eu.

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