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sexta-feira - 15/08/2014 - 09:50h
Mossoró

Campanha chega à metade e prefeito não tem nome a estadual

Chegamos à metade da campanha eleitoral deste ano e, até aqui, o prefeito mossoroense Francisco José Júnior (PSD) não se desvencilhou da teia em que ele mesmo se meteu. Sozinho.

Não conseguiu apresentar um candidato a deputado estadual do seu grupo político-familiar. Tentar – e muito -, ele tentou.

A viabilização eleitoral do pai e ex-deputado estadual Francisco José (PROS) estava “garantida”, com apoios em mais de 30 municípios, em questão de poucos dias. Mas o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no último dia 5, decretou sua inelegibilidade.

"Irmãozinho" voltou, mas não se viabilizou, apesar do esforço do prefeito e filho (Foto: reprodução)

A estimativa interna era de que teria pelo menos 25 mil votos em Mossoró e algo em torno de 22 a 25 mil em dezenas de outros municípios.

Sem saída legal e política, dentro da família, como opção para substituir o pai – nome leve e de bom apelo popular -, Francisco José Júnior perambula à cata de uma solução. Tenta um nome viável e honroso. Trabalho hercúleo.

No último dia 8, três dias após a decisão do TRE, em nota de sua assessoria, ele garantiu que no máximo até a segunda-feira (11), proclamaria sua escolha (veja AQUI). Estamos na sexta-feira (15) e nada. Lá se foi uma semana a mais.

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Está metido numa camisa-de-força em que se socou, como um dos grandes micos políticos do início de sua gestão. O tempo urge e ruge. Qualquer solução será mero remendo, que pode levá-lo a outro fiasco.

Nesse espaço de uma semana, as especulações apontaram para o deputado José Dias (PSD) e Galeno Torquato (PSD), ex-prefeito de São Miguel. Também esteve nesse rol, o vereador Jório Nogueira (PSD).

Nenhum deles à altura do perfil popular do “Irmãozinho” (apelido com que o pai é abordado e trata interlocutores) e sem qualquer identidade pessoal com o prefeito.

A demora no anúncio diz tudo: o prefeito “entrou num oito”, como define uma expressão popular.

Antes dessa fase, tinha um acordo com o esquema da ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) para apoiar seu marido, o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM). Racharam.

Racha “natural”

Francisco José Júnior cobrou Fafá e Leonardo. Ponderou que precisaria que apoiassem seu candidato a governador, o vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD). Fafá e Leonardo estavam “afinados” com o candidato desde a campanha eleitoral suplementar de Mossoró.

Mas com projeto de assumir controle do PMDB local e ser candidata a deputado federal, a ex-prefeita recuou do palanque de Robinson. Deixou-o falando sozinho. Acertou reforço à candidatura de Henrique Alves (PMDB), recebendo também garantias de que seria candidata preferencial do PMDB na região.

Sem entendimento entre o prefeito e o casal, “naturalmente” surgiu espaço para encaixe da candidatura de Francisco José, pai. Na verdade, o que era e sempre tinha sido a prioridade do filho.

Os dois lados mentiam um para o outro na campanha eleitoral suplementar.

O racha ocorreria adiante. Foi bem antes do que muitos imaginavam.

O prefeito sentiu a oportunidade para se livrar de ambos, justificando o lançamento do pai como candidato. Assim aconteceu.

Só não contava com o TRE. Tinha o TRE no meio do caminho.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Marc diz:

    prefeito se meteu em uma bananada sozinho,nao esta sabendo aproveitar a oportunidade rara que a vida o deu,cometendo trapalhadas dignas de amadorismo! se continuar assim que senhor lá,ex dono do estado vai da um nó tatico nele! Reage seu prefeito!!!!!!!

  2. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Ele não sabe ainda nem a quem apoiará para Governador e Senador.
    Esperem as divulgações das próximas pesquisas.
    //////
    QUANDO SERÃO JULGADOS OS RECURSOS DO SAL GROSSO?
    É PRECISO REVOGAR A LEI DA MORDOMIA DOS VEREADORES.

  3. FRANCISCO diz:

    Seria “a volta dos que não foram ?????”

  4. Antonio Augusto de Sousa diz:

    O filho passa com o pai, o mesmo constrangimento que Cládia Regina passou com suas duas principais apoiadoras (Fafá e Rosalba) na eleição suplementar três meses atrás.

    Três meses atrás, o “jogo” judicializado, beneficiou o prefeito decisivamente!.

    Agora, o colocou “num oito”.

    Na política, como na vida… “um dia é da caça, outro do caçador”!.

Trackbacks

  1. […] estadual Leonardo Nogueira (DEM) e naufragar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) – veja AQUI – com a candidatura do seu pai, o ex-deputado estadual Francisco José (PROS), o prefeito partiu […]

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