Tiro no para-brisa foi à altura de cabeça/tórax de eventual ocupante. Um recado (Foto: Fim da Linha)

O comandante da Guarda Civil Municipal de Mossoró (GCM), Thiago Fernandes, teve o carro oficial descaracterizado que utiliza, em serviço, crivado de balas. O caso ocorreu por volta de pouco mais de 3 horas desta quarta-feira (11), à porta de sua casa no bairro Sumaré.

Fernandes registrou Boletim de Ocorrência (BO) sobre o incidente na Polícia Civil do RN (PCRN). Segundo relatos seus, vizinhos o acordaram assustados com barulho dos tiros e após verem as marcas no carro. Ao sair para trabalhar em horário habitual, ele verificou as perfurações.

Uma das balas transfixou o para-brisa, à altura da cabeça/tórax da posição em que fica o motorista, num claro recado. É morte!

Outras cinco balas foram direcionadas contra o vidro traseiro, uma no porta-malas e outra no para-choque traseiro.

O carro oficial descaracterizado é um Gol branco e não teve nada roubado. No seu interior, também não estava ninguém. Thiago Fernandes evitou abri-lo ou mexer em qualquer componente da cena do crime, para preservar elementos à pericia.

A GCM vive momentos de tensão. À noite passada, terça-feira (10), no Diário Oficial de Mossoró (DOM), jornal virtual com os atos institucionais da municipalidade, houve publicação de abertura de três processos administrativos contra GCM’s.

Pela manhã do mesmo dia, o Sindicato dos Guardas Civis Municipais do Rio Grande do Norte (SINDGUARDAS/RN), guardas municipais, vereadores da oposição e o Sindicato dos Agentes de Trânsito e Transportes Públicos de Mossoró (SINDATRAN) e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) promoveram protesto no pátio interno da prefeitura (Palácio da Resistência) – veja AQUI. Em seguida, manifestantes fizeram passeata até a Câmara Municipal.

Parte detrás do carro sofreu sete tiros (Foto: Cedida ao BCS)

Investigações

Como procedimento padrão, a Polícia Civil não fala minimamente sobre o caminho que vai trilhar no inquérito e se existe suspeito (os). Contudo, ouvido pelo BCS, um policia civil disse que existem meios integrados que podem levar a investigação aos envolvidos direta e indiretamente no ataque criminoso.

Identificação de projéteis, câmeras de vigilância, depoimentos e sistema integrado de forças policiais devem facilitar resultado final de apuração.

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