Por François Silvestre
Honório de Medeiros me convoca. Informa que um grupo de estudiosos das coisas nossas daqui deste paquiderme raquítico pretende continuar uma obra de Câmara Cascudo, que traçou o perfil dos governadores do Rio Grande do Norte.
Parece que Cascudo foi até Rafael Fernandes.
Disse-me ele que recebera a incumbência de me convocar, e a mim foi delegada a tarefa de escrever sobre Cortez Pereira. Topei. Cortez foi meu professor, depois meu amigo. No meio dessa amizade, um período difícil de oposição minha ao seu governo.
Tempos escuros e crus.
Num episódio, na Casa do Estudante, eu contestei uma entrega que Dona Aída, primeira-dama, foi fazer no pardieiro da Praça Lins Caldas. O meu discurso naquele evento resultou na minha prisão, após o coronel ajudante de ordem do governo ter desligado o microfone.
Continuei com o som nu da minha voz. Esse evento me rendeu uma das minhas prisões e um processo na Auditoria Militar da Aeronáutica, em Recife.
Muitos pensaram e alguns ainda pensam que eu me tornara inimigo de Cortez. Nada disso. Se dependesse dele ou de Dona Aída eu não teria sido preso.
Ocorre que naquele período, governo do torturador Emílio Médici, governador de Estado não tinha força para prender nem prestígio para soltar. Essa frase, que eu disse na época, foi usada pelo próprio Cortez quando um repórter lhe perguntou, na TV Universitária, se ele havia colaborado com a repressão.
Disse ele:
– “Sei do que você está falando, mas o próprio reprimido me isentou daquela repressão”. E me citou.
Vou tentar fazer um painel minimalista do perfil de Cortez Pereira. Um daguerreótipo para tentar fotografá-lo. Tentarei, se conseguirei não posso assegurar.
François Silvestre é escritor
Em certa ocasião assisti uma palestra do Cortez Pereira; figuei impressionado e mudou minha ignóbil opinião sobre ele.
Grande figura e cultura de dar inveja.
Já iria cobrar a Carlos Santos sobre a presença de seus
escritos no nosso blog.
Aproveito o ensejo para cobrar as letras do professor
Honório de Medeiros.
Estamos no aguardo.
Odemirton, obrigado pela lembrança. E obrigado, Naide, pelo elogio. Estou às voltas com dois livros, fazendo o fechamento. E coordenando outro, uma coletânea. Mas eu volto, se Carlos Santos aumentar meu salário: ele continua sem querer me pagar mais que um cafezinho.
NOTA DO BLOG – Já reajustei o de Odemirton, François, Josivan e outros. Pergunte a eles que não me deixam mentir. O seu será no mesmo patamar, mas é preciso trabalhar.
Reajustou sim, Honório. Só que continua atrasado. Tanto o principal quanto o reajuste.
Prof. Honório de Medeiros fez a melhor das escolhas. Acertou legal! Governador Cortez Pereira terá um perfil fiel!
Em 1981, final dezembro de 80 ou janeiro de 81 primeiro contato; adega da ponte uma opinião idiota; março 1999 e talvéz março do início dos anos 2000; após palestra mudei de opinião.
Hoje sedimentou; não lhe apertei a mão ou fraterno abraço pedi. Peso na consciència que não posso mais reverte-lo.
São oportunidades assim que não as perco mais.
Pessoas sábias e inteligêntes eu vi e perdi; lamento muito, conivi com um sábio e de uma inteligèncial emocional incrível, escrevo isso pra esta pessoa que mora nos meus sentimento mas talvéz não saiba; sempre que tenho uma atitude séria a tomar; penso, imagino como ele agiria neste caso?
Uma abraço a todos e vc ” baraço” está incluido.
Uma boa noite de sono com sonhos suaves.
Nesse caso, meu caro Honório, acolho a sua justificativa e, claro,
fico à espera dos livros.
Em relação ao reajuste, realmente Carlos Santos concedeu, acima
da inflação, que se diga. Agora, é preciso produzir.
Forte Abraço.
Sou Aldo Araújo (Advogado aqui de Serra do Mel).
Ainda não tive o prazer de conhecer o autor do livro, mas, ficaria imensamente feliz se o mesmo pudesse visitar Serra do Mel para, ao menos, escrever algumas linhas a respeito desse Município; um dos mais prósperos economicamente na atualidade, graças à inteligência rara de Cortez Pereira.
Aqui, os moradores estão ganhando dinheiro advindo dos royalties pela “produção” de vento e de sol, há muito lembrado por Cortez, que à época, fazia alusão à “energia dos ventos”. Grandes parques eólicos foram implantados na cidade, trazendo esperança a quem jamais imaginara tamanha riqueza.