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quinta-feira - 21/11/2019 - 08:52h
Justiça Federal

Dois ex-prefeitos são condenados por desvio milionário

O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação dos ex-prefeitos de São Miguel/RN Galeno Torquato (PSD) – atualmente deputado estadual – e Dario Vieira por improbidade administrativa na gestão de recursos de saúde repassados pela União ao Município.

Dario e Galeno: Apamim (Foto: Web)

De acordo com a decisão da 12ª Vara da Justiça Federal no RN (Subseção Judiciária de Pau dos Ferros), Galeno Torquato manteve o pagamento à Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de São Miguel (APAMIM) – mesmo após o fechamento da maternidade administrada por ela, em 2009.

Os serviços foram transferidos irregularmente ao hospital público municipal, sem comprovação de sua continuidade.

Dario Vieira manteve os repasses durante sua gestão, até meados de 2014.

Na Ação de Improbidade Administrativa (AIA), o MPF destaca que o então prefeito Galeno Torquato passou a controlar a Apami entre outubro e novembro de 2009, com a nomeação da mãe, namorada e irmã de criação, entre outros aliados políticos, para a diretoria da associação. Com o fechamento para reforma da Maternidade Dom Eliseu Mendes, administrada pela Apami, o então prefeito firmou acordo ilegal para suposta prestação dos serviços no Hospital Municipal Áurea Maia de Figueiredo.

Mais de um milhão

No período, foram repassados mais de R$ 1,15 milhão de recursos federais.

Para o MPF, o acordo gerou somente a transferência de alguns funcionários para o hospital, com o objetivo de encobrir a ausência de atividade da associação privada. O próprio deputado assinou, como médico, várias Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs), com o objetivo de justificar os repasses.

Também foram condenadas Maria de Lourdes Torquato – mãe do deputado – e Márcia Cristina Vidal, que assumiram cargos na Secretaria Municipal de Saúde e na Apami, além de Roberto Wagner Pereira, que foi secretário municipal de Administração, Finanças, Planejamento e Orçamento.

A sentença determina o pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público e suspensão dos direitos políticos por cinco anos. Os réus ainda podem recorrer da decisão.

A AIA tramita na Justiça Federal sob o número 0800496-66.2016.4.05.8404.

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Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público / Política

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    “Os réus podem recorrer da decisão”.
    Podem?
    Então o deputado comece a trabalhar a sua candidatura a prefeito.
    O gosto da rapadura ele já conhece.
    E mais não vou escrever porque poderei ser processado e condenado por calúnia, injúria e difamação.
    E pagar danos morais.
    Ou não foi assim que já aconteceu?
    Quem manda eu clamar por justiça sem ter dinheiro para pagar bons advogados?

  2. as João Claudio diz:

    São mais de 55.000 políticos ‘atuando’ em 5.570 município.

    Se gritar – PEGA LADRÃO – só ficam parados os cegos e os usuários de muletas.

    Eita paizin reêra pra ter ladrão. Figa djabo.

  3. Q1naide maria rosado de souza diz:

    Que tristeza! Não bastasse os problemas oriundos da condição climática, vem o homem e espolia ainda mais nossa terra amada.

  4. Q1naide maria rosado de souza diz:

    Que tristeza! Não bastassem os problemas oriundos da condição climática, vem o homem e espolia ainda mais nossa terra amada.

  5. Victor diz:

    O Deputado do Ex-prefeito Silveira, sempre bom lembrar.

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