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quarta-feira - 09/09/2020 - 11:48h
Escrevemos em 2019

“Efeito Peixoto” pode tornar muito possível vitória de Rosalba

Em 2012, candidato à reeleição à Prefeitura Municipal do Ceará-Mirim (região da Grande Natal), o delegado da Polícia Civil Antônio Peixoto (PR) conseguiu uma vitória vista como surpreendente por muita gente acostumada à análise política. Porém uma avaliação mais acurada  do quadro sucessório, logo ensejaria ilação de que seria plenamente possível sua vitória.

Apesar de desgaste, como Rosalba, Peixoto foi reeleito graças a fracionamento e soberba da oposição (Fotomontagem BCS)

Apesar de muito mal avaliado politico-administrativamente, Peixoto obteve a reeleição principalmente pelo fracionamento da oposição, quando quatro candidatos consideravam “favas contadas” a vitória pessoal sobre o prefeito, devido sua encorpada rejeição.

Com apenas 31,96% dos votos, o delegado levou a melhor sobre a ex-prefeita Edinólia Melo (MDB), com 30,13%; Júlio César Câmara (PSD), com 23,52%; Doutor Marcílio (PP) tendo empalmado 13,29%, além de  Dedé Luz (PSL) que juntou 1,1% dos votos válidos.

Reprovação

Essa situação do delegado Antônio Peixoto poderá se reproduzir em Mossoró, no próximo ano, quando a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) será candidata à reeleição.

Ela vive um dos piores momentos de sua história política, só superada por sua desastrosa passagem pelo governo estadual (2011-2014), quando reprovação popular a tornou a governante com pior julgamento da opinião pública do Brasil à ocasião, dezembro de 2013, segundo o Ibope (veja AQUI).

Em pesquisa divulgada à semana passada pelo Blog do Barreto, realizada pelo Instituto Seta do Natal, Rosalba apareceu com reprovação administrativa de 48,5% e aprovação de 33,8% (veja AQUI).

Na corrida pré-eleitoral, há outra preocupação para ela e seu grupo encastelados no Palácio da Resistência: pelo menos três a quatro nomes na oposição apareceram com vigor instantâneo à disputa (veja AQUI). Somados, ultrapassam com folga suas intenções de votos.

Segundo turno

Em duas simulações, Rosalba pontuou em primeiro lugar com apenas 24,8% e 26%. Já o novato deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade) cravou segunda posição com 17,5% e 18,3%.

Atrás deles surgiram Jorge do Rosário (PR) com 12,8% numa estimulada e Tião Couto (PR) noutra, com 16,5%.

A deputada estadual estreante Isolda Dantas (PT) totalizou 10,8% 11,3%, respectivamente, nas duas avaliações, ficando em quarto lugar no geral.

Na Estimulada com Rosalba, Allyson, Jorge e Isolda, por exemplo, a soma dos três oposicionista chega a 41,1% contra 24,8% da atual prefeita, uma maioria percentual de 16,3% sobre a governante.

Na outra Estimulada com Rosalba, Allyson, Tião e Isolda, esse trio da oposição cumulativamente chega a 46,1%, enquanto que a prefeita esbarra em 26%. Maioria da oposição de 20,1%.

Como Mossoró não tem segundo turno (só possível em municípios com eleitorado a partir de 200 mil pessoas), a projeção de pelo menos duas ou três chapas “competitivas” no bloco oposicionista, certamente será um alívio para Rosalba. Com a estrutura da municipalidade e sua conhecida obstinação em campanha, a prefeita pode tornar possível a difícil reeleição.

Por isso que sua pré-campanha começou em duas frentes: trabalha a cizânia e a desconstrução de imagem de potenciais adversários na oposição (principalmente com uso do rádio e redes sociais) e procura vender imagem de vigor e superação de seu governo. O jogo é bruto.

* Texto originalmente publicado no dia 23 de abril de 2019, ou seja, há quase um ano e cinco meses.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Wendell Stewart da Costa Silva diz:

    Isso mesmo, seu texto está excelente, mostra a real situação de Mossoró, ela será reeleita por causa da desunião e da falta de articulação dessa oposição, infelizmente.

  2. Carlos diz:

    Oposição burra vai dar de presente novamente a reeleição da que está prefeita. Infelizmente !!!!

  3. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Caro WENDELL STEWART, respeitosamente discordo da sua análise.

    À meu ver, a dita oposição que existe em mossoró, representa e espelha ipssis literis, a média de racionalidade e capacidade política do cidadão da Terra que dizem combateu Lampião.

    Adite-se,um leitor que em sua mairoria “pensam” com o estomago, haja vista só votarem com olhos, ouvidos e narizes voltados pra os interesses individuais e não coletivos como deveria ser.

    Essa temerosa e suicida lógica no estuário do processo dito democrático e eleitoral, demanda que o pleito é decidido por aqueles, que, de há muito, não só detém o monopólio da maquina da prefeitura com seus enraizamentos fisiológicos, bem como sua capacidade de comprar votos, antes, durante e depois do período dito eleitoral.

    A real perspectiva de que em havendo a dita união da oposição, o leitor médio seguiria àqueles que estivesse representando essa união, trata-se de um equivoco e ledo engado, vez que a cultura política da grande maioria, primeiro não está inserta em nenhum grupo ideológico e (ou) partidários, e, segundo, majoritariamente tem o condão do exercício do voto personalíssimo.

    Melhor traduzindo, eu voto em fulano por que ele gente boa, por que é bonito e (ou) bonita, por que é simpático, porque não Apoiou Bolsonaro, por que não apoiou o LULA, PRO QUE É EVANGÉLICO, POR QUE É CATÓLICO, NÃO VOTO EM CICRANO, POR QUE NÃO ACREDITA EM DEUS…ETC ETC E COISA E TAL.

    EM resumo, é o reflexo direito de quem ,em sua esmagadora maioria embora não saiba por que, diz ser contra corrupção em seus dia-a-dia pratica pequenos atos de corrupção já que não detém conhecimento e poder pra poder praticar grandes atos de corrupção, ao mesmo tempo diz ter nojo da políica, porém, a exercita diariamente e da pior forma possível.

    Em fim, caro Wendell Stewart, respeito sua opinião, porém, paira numa análise simplista, meio que, igualzinho àquele torcedor que assistindo o jogo pela televisão e vendo o centroavante perder gols, febrilmente afirma sem pestanejar que faria todos.

    O fato é que, quem se ache em condições e queria realmente exercitar a tese da análise proposta e, porventura, posta em pratica pelo Douto Wendeel Stewart, vá se preparando pra o próximo período eleitoral, pois, em tese, tudo parece extremamente simples, bata todos se unirem.

    Bom não esquecermos que toda união no campo da política política partidária/ideológica, tem seu preço, tanto do ponto de vista coletivo quanto individual, sem esquecermos que os políticos, possuem além dois seus supostos ideais, também, seus interesses próprios e individuais…!!!

    Um baraço
    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RRN. 7318.

  4. MARIADOSOCORROMENEZESALVES diz:

    É tudo querendo ser estrela, pobres de mavé mavé mavé.

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