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domingo - 13/10/2019 - 06:24h

Empresa amplia negócios de energia no Nordeste

Por Josivan Barbosa

O Governo Rio Grande do Norte precisa atentar para os novos investimentos do grupo Iberdrola (controlador da Neoenergia) em energia eólica. Com os projetos em andamento, a Neoenergia vai triplicar a geração de energia eólica no Brasil. Atualmente, possui 520 MW de capacidade, distribuídas em 17 parques, e tem mais de 1.000 MW em fase de construção, para acrescentar mais 27 parques ao que já está em operação.

Energia eólica é um dos investimentos da empresa que está instalada no Rio Grande doNorte (Foto: Canindé Soares)

Presente no Brasil desde 1997, a Iberdrola anunciou um aumento dos investimentos no país no início de 2019. A previsão de R$ 20 bilhões em cinco anos subiu para um intervalo entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões.

A Neoenergia deu a largada na construção do projeto Chafariz, na Paraíba, composto por 15 parques eólicos e que vai totalizar 471 megawatts (MW). A empresa já havia aprovado a construção da totalidade do complexo eólico de Oitis, com dez parques localizados no Piauí e na Bahia, um projeto de R$ 1,9 bilhão.

Cessão onerosa

O Estado do Rio Grande do Norte precisa explicar para a população o tamanho do prejuízo com a nova regra da distribuição dos recursos da cessão onerosa. Com a mudança de critério na distribuição dos recursos que incluiu ao critério do FPE a Lei Kandir, alguns Estados do Nordeste perderão muitos recursos. Pelo novo critério, São Paulo terá um ganho de R$ 618 milhões em relação à regra que considerava apenas o FPE. Pela regra 100% FPE, São Paulo só ganharia R$ 90,5 milhões e agora levará um total R$ 708,54 milhões do bolo. Representativo na Câmara dos Deputados, Pernambuco, ainda segundo o levantamento, será o mais prejudicado, recebendo R$ 191,7 milhões a menos em relação ao critério anterior. A Bahia também perde com o critério da Lei Kandir, mas continuará entre os que receberão as maiores fatias de receitas. A nova proposta trouxe perda de R$ 1,7 bilhão para os nove Estados do Nordeste, sendo R$ 160 milhões apenas para o Piauí

Juros do financiamento habitacional

A Caixa cortou em até 1 ponto percentual as taxas de juros dos empréstimos habitacionais com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), cujos saldos devedores são corrigidos de acordo com a variação da TR. Nas linhas mais baratas, a taxa efetiva ficou em 7,5% ao ano acima da TR e nas mais caras, em 9,5% ao ano. Com o corte o custo do financiamento mais barato entre os corrigidos pela TR fica próximo dos empréstimos mais competitivos oferecidos por instituições privadas.

Novo Pronatec

O Ministério da Economia prepara uma mudança brusca na capacitação do trabalhador. A política terá como base um sistema inovador de remuneração pelo qual o governo só faz desembolsos aos prestadores de serviço, como universidade e centros de ensino técnico, por indicadores de empregabilidade – e não pela quantidade de horas-aula executadas.

O primeiro edital da nova política de qualificação será lançado, ainda como uma iniciativa-piloto, provavelmente no dia 24 ou 25 de outubro. A chamada terá abrangência nacional e orçamento previsto de R$ 3,2 milhões.

No novo programa ganhará quem oferecer o menor preço a partir da remuneração máxima de R$ 16 por horas-aula/aluno. No entanto, o desembolso da União será feito apenas se os trabalhadores contemplados pelos cursos tiverem uma taxa média de recolocação no mercado de trabalho superior à daqueles que não forem selecionados.

Selic

O mercado de juros futuros projeta queda de 0,91 ponto percentual da Selic – hoje em 5,50% anuais – até o fim do ano, o que levaria a taxa a quase 4,50%. Esse cenário também ganha força entre economistas de grandes instituições financeiras, sendo que alguns veem chance até de ainda mais cortes à frente. Nem o movimento de depreciação do câmbio parece ser obstáculo para o afrouxamento monetário.

Melão

Em função de problemas climáticos na Espanha, os produtores de melão do Polo de Agricultura Irrigada RN-CE podem ampliar em cerca de 20% as exportações de melão para a Europa que tem como principais compradores Países Baixos, Reino Unido e a própria Espanha. As nossas exportações iniciaram-se em setembro e se estenderão até janeiro.

Outro fator favorável para o produtor na atual safra tem sido o câmbio. A expectativa do produtor era trabalhar com um dólar valendo R$ 3,50 e já passou a casa dos R$ 4,00. Isto já gera um lucro diferenciado de cerca de 15%.

Os produtores de melão ainda trabalham com a expectativa de exportar o melão para a China, que terá como desafio a logística de exportação. O tempo de transporte marítimo é estimado em 34 dias para que o produto chegue ao continente asiático.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Os juros do financiamento habitacional podem até cair, mas o mutuário não sente esta diminuição dos juros.
    Eu fiz um contrato habitacional com a CEF com prestações DECRESCENTES e as prestações são efetivamente CRESCENTES.
    Reclameis e recebi um e-amil assinado pelo gerente da agência Cororonel Gurgel, Julierme Torres, afirmando que existia uma INCONSISTÊNCIA na minha planilha. Solicitei uma planilha sem INCONSISTÊNCIA, isto em Nov/DEZ de 18, e até hoje nem planilha sem INCONSISTÊNCIA e muito menos resposta ao meu e-mail.
    Esta queda dos juros não chegará aos mutuários.
    Hoje é fácil imaginar como o Geddel conseguiu encher aquelas malas com dinheiro.
    Hoje é fácil saber porque o Senador Álvaro Dias todos os dias clama por uma CPI na CEF.
    Hoje só não é fácil entender o porquê dos gerentes da CEF serem os mesmo que foram nomeados nos governos Temer, Dilma e Lula. Por que o novo governo não troca os gerentes da CEF?
    Por que o governo Bolsonaro em medo de trocar estes gerentes?
    Se a CPI pedida pelo Senador Álvaro Dias um dia for instalada…

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      TUDO QUE ESTÁ NO COMENTÁRIO ACIMA JÁ FOI INFORMADO AO ‘FALE COM O PRESIDENTE’.
      Sei que o resultado de toda esta minha luta será ZERO. Eu e milhões de outros mutuários continuaremos a ter planilhas com INCONSISTÊNCIA.
      No Brasil se alguma coisa mudou foi para pior.
      Basta ver o quanto a corrupção está se agigantando em todas as cidades brasileiras.
      Basta ver o quanto a IMPUNIDADE, via penas brandas, cresce de forma assombrosa.
      Na França de Luís XVI o povo se cansou e fez o que fez.

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