O escritor mossoroense Marcos Ferreira resolveu cutucar o vespeiro – e não saiu correndo depois. Com a publicação do ‘romance-folhetim’ (como ele mesmo classifica) "Acerto de Contas", que chega à segunda parte na edição nº 44 da revista Papangu, Ferreira tece um retrato ácido e a conta-gotas da sociedade mossoroense, por meio de um narrador angustiado, “um poço até aqui de mágoas”.
A obra, ainda nos primeiros capítulos, nasce rodeada de polêmica.
Natural de Mossoró, Marcos Ferreira de Sousa, 37, é autodidata, ou o que os empolados chamariam de self-made man.
Trabalhou de sapateiro, na juventude, até envolver-se com o jornalismo, tendo atuado na imprensa local como revisor, copidesque, repórter e editor de cultura. Teve uma passagem também pela Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte.
Atualmente, trabalha com prestador de serviços, na revisão, organização e edição de livros, jornais e revistas literários em Mossoró. Ele vem chamando a atenção com sua produção em prosa e verso.
Participando de concursos literários, conquistou o primeiro lugar no Prêmio Literário Cidade de Manaus – 2006, com o livro A Hora Azul do Silêncio. A obra, inclusive, deve ser publicada pela editora da Universidade Federal do Amazonas, com prefácio do potiguar Vicente Serejo e orelhas do poeta amazonense Élson Farias, presidente da Academia de Letras de lá.
Conquistou também os concursos Professor Vingt-un Rosado (2001) e o do Sesc/RN em parceria com o jornal cultural . Em 2005, foi finalista do ‘Prêmio Sesc de Literatura’, com o livro de contos inédito "Grosso Calibre." Além de menções e seleções em diferentes prêmios no Estado e fora dele.
Em entrevista ao portal de notícias Nominuto, ouvido pelo jornalista Alex de Souza, Marcos mostra porque é um polemista inveterado, falando sobre política e cultura, especialmente, na "terra da liberdade."
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Muito oportuna a transcrição da entrevista do Marcos Ferreira, cujo talento literário engrandece Mossoró. Ao mesmo tempo, solidarizo-me com ele, que vem sendo ferozmente perseguido por delito de opinião, uma prática muito comum sob as ditaduras e os regimes discricionários.