"É um governo que lamentavelmente na sua trajetória mudou a rota. Deixou de lado um projeto de Brasil, por um projeto de poder, a ponto de fazer hoje uma coligação de 14 a 16 partidos em função de um horizonte de poder e não um horizonte de Brasil”.
Essa a visão do Frei Betto, ex-integrante do governo do presidente Lula (PT), sobre a gestão petista.
Em sua ótica, a principal distorção é quanto à política social, que fez do Bolsa Família "um manancial de votos".
– Melhor manter as famílias dependentes permanentemente do governo, que elas vão retribuir em votos. Daí se matou o Fome Zero e se valorizou o Bolsa Família – diz.
Nota do Blog – Veja abaixo no link dessa entrevista, na íntegra, a profundidade e lucidez das palavras de Frei Betto, um dos mais importantes intelectuais do Brasil contemporâneo.
Além de insuspeito na abordagem que faz, ele tem conhecimento de causa, pois participou diretamente do planejamento do Fome Zero.
Veja AQUI.
Carlos Santos,
sou leitor assíduo de seu blog e afirmo que estou surpreso e feliz com a notícia da “lucidez tardia” de Frei Betto. Ao ler esta matéria rememoro que nos idos de 2003, quando este mesmo Frei veio à Mossoró lançar o Fome Zero, escrevi uma crítica (vou procurar e te enviar) sobre este papel incosciente. Naquela época ele dizia que o Fome Zero tinha o período de 18 meses para cada beneficiado, afirmando que neste período o felizardo receberia terinamento para “aprender a pescar”. Ao escutar estas palavras ludibriosas, só não dei uma gargalhada porque minha genitora me ensinou bons modos de educação. Pois bem, até que enfim o Frei Betto “percebeu” as enrolações do governo do PT, com certo atraso, o que me deixa a dúvida se ele não “beliscava mais do bolo” ou realmente teve um surto de lucidez, como eu tive, ao desacreditar desta turma logo após a primeira eleição do presidente Lula e ver suas atitudes iguais aquelas que ele e sua turma abominava.