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terça-feira - 28/09/2021 - 15:30h
Desperdício

Governo Federal deixa vencer testes de Covid, remédios e vacinas

O Estado de São Paulo

A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), ligada ao Ministério da Saúde, deixou vencer milhares de kits para diagnóstico da covid-19 e dezenas de medicamentos e vacinas para outras doenças. O órgão foi notificado em duas ocasiões sobre a proximidade da data de validade de 32 tipos de insumos.

Ministério não se pronunciou sobre assunto delicado (Foto: arquivo)

Ministério não se pronunciou sobre assunto delicado (Foto: arquivo)

Mesmo assim, não agiu a tempo de distribuí-los. O resultado é que, agora, milhares de imunizantes, soros, diluentes e testes que custaram R$ 80,4 milhões não foram aproveitados a tempo e terão de ser incinerados.

O desperdício inclui, por exemplo, mais de 18 mil kits de testes de covid, considerados fundamentais pelos especialistas para monitorar e controlar a transmissão do vírus. Também estão na lista 44 mil vacinas meningocócicas (contra meningite) e 16 mil vacinas contra a gripe.

As informações constam de documentos internos da pasta obtidos pelo Estadão. O material estava armazenado no Centro de Distribuição que o Ministério possui em Guarulhos (SP). Planilha do Ministério da Saúde aponta que, para sete desses insumos, houve mais de uma notificação sobre o vencimento do prazo. A SVS foi alertada, em abril e em junho deste ano, sobre produtos que venceriam entre 8 de julho e 31 de agosto. Eles custaram R$ 2,6 milhões aos cofres públicos.

Lista

Na lista de itens que se perderam, estão kits para diagnóstico de covid, dengue, zika e chikungunya, vacinas contra gripe, pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e BCG, soros e diluentes.

Os testes para covid, dengue, zika e chikungunya são os itens mais caros perdidos pelo Ministério da Saúde. Por estes, a pasta pagou R$ 133 milhões. Deste total, R$ 77 milhões apenas pelos kits para detecção do novo coronavírus.

Na avaliação do presidente do  “perder doses de algo que é plenamente controlável” é consequência da “falta de planejamento do Ministério”. “Longe de ser um episódio, reflete toda a conduta da política pública do governo federal há pelo menos 2 anos”, disse ele, titular da pasta do Maranhão.

A reportagem questionou o Ministério da Saúde sobre os milhares de testes e medicamentos vencidos. A pasta, porém, não respondeu até as 10 horas desta terça-feira, 28.

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Categoria(s): Política / Saúde

Comentários

  1. Marcos Pinto. diz:

    Onde está o MPF (Ministério Público Federal) que não ajuizou a competente AÇÃO JUDICIAL DA OBRIGAÇÃO DE FAZER contra a omissão voluntariosa do Ministro da Saúde , tornando-o incurso em CRIME DE RESPONSABILIDADE pelos óbitos verificados pela não aplicação das vacinas que combateriam a incidência destas doenças elencadas na postagem. Omissão criminosa, tanto do Ministério da Saúde quanto do MPF. Pense num governo fascista e enojante !. ARGH !.

  2. João Claudio diz:

    O Boca de Cu cagou pela boca outra vez ao dizer ao mundo que o brasil é um país rico.

    Só nāo disse se a ‘riqueza’ é bala perdida, bunda de mulher, samba, pagode, forró, carnaval, corrupção, políticos picaretas, impunidade ou Gersons.

    É muita riqueza. Né não?

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