Por José Nildo
O Rio Grande do Norte está na pauta do modo de produção, principalmente a nascente indústria têxtil do nosso Estado, a qual poderá regredir caso a fúria do mercado não contemple as garantias fundamentais aos trabalhadores, senão, vejamos:
Os capitalistas precursores não eram industriais pegavam sua matéria prima e distribuíam nas casas dos camponeses para elaborar e agregar valor a mercadoria e em seguida a recolhia para vender, que com o passar do tempo, não deu muito certo, pois não existia poder empregatício, controle, disciplina, vigilância e constantemente havia extravio do produto ou não entregavam ao tempo e a hora.
Com o passar do tempo, ante a necessidade de produzir cada vez mais, famílias inteiras são arregimentadas para se concentrar em um mesmo espaço com intuito de executarem as mesmas tarefas realizadas antes no ambiente familiar. Porém, agora, sob ordens do proprietário dos meios de produção, homens, mulheres e crianças submetidas a horas exaustivas e condições insalubres de trabalho sem qualquer proteção física, química, ergométrica ou até mesmo legal tornam frequentes rebeliões contra situações precárias de salário e condições de trabalho, saúde e segurança, dando origem ao direito do trabalho, a partir dessa reunião para produzir é que as contradições são geradas pelo próprio capitalista e, sendo assim, a interferência por parte do Estado.
Atualmente, reunir sem unir é a grande sacada, apesar de ser um modelo antigo, a prática parece ser uma saída para as contradições geradas pelo capitalista, que em posse da tecnologia poderá controlar a produção, vigiar, disciplinar a distância e dividir os trabalhadores em várias facções têxteis, a fim de que não se rebelem e mais ainda na “comodidade” dos seus lares.
No Brasil, facção têxtil é o nome dado às indústrias de confecções que fazem seus serviços exclusivamente para outras empresas de confecções instaladas em ambientes familiares.
O interior do Rio Grande do Norte se prepara para instalar 360 fábricas nesse modelo que prometem gerar 20 mil empregos diretos e produzirão 150 mil peças por dia, esse é o Pró-Sertão, programa do governo do Estado em parceria com o Sebrae, Fiern, Fecomercio e Banco do Nordeste. Esse tipo de facção não é novidade e remete a um sistema experimentado pelos Ingleses durante o século XVIII que não vingou devido à precarização no modo que submetia o trabalhador, o qual se baseava na subcontratação da produção.
No RN é o Seridó que possui destaque no modelo doméstico de produção a pesar do uso de equipamentos defasados; já o setor industrial, antes o grande empregador, vive momento de desemprego e até fuga de empresas, serviços precários e também, situações motivadas por reflexos da competitividade do mercado asiático e a carga tributária brasileira que somente têm agravado o setor.
Nesse sentido, será inevitável a transformação da indústria têxtil do RN em facções domésticas, porque se trata de política dirigida pelo governo do Estado… um setor que já empregou mais de 20 mil que se fragmentará em fabriquetas onde seja impossível o poder público ou os sindicatos fiscalizarem o cumprimento da legislação trabalhista.
A terceirização parece, cada vez mais, subverter os direitos sociais do trabalho e torná-los mercadorias a ponto de convencer o trabalhador que essa é a melhor alternativa para geração do emprego, renda e do desenvolvimento regional. Esse modelo medieval tem encontrado apoio de governos e de legisladores em terras brasileiras, algo sem precedentes com grande capacidade de diluir as conquistas trabalhistas, agravar as demandas por benefícios previdenciários, degradar Sindicato, Ministério do Trabalho e Emprego e a própria Justiça.
Enfim, é um debate necessário e urgente com a sociedade civil organizada, empresas e o governo, para que inclua o Rio Grande do Norte na agenda positiva progressista, onde a segurança jurídica seja garantida, o desenvolvimento econômico e social, sem a tomada de medidas precipitadas que anulem a dignidade da pessoa humana e o direito social do trabalho.
José Nildo é dirigente do PCdoB em Mossoró
É incrível a miopia quando não a hipocrisia destes comunistas-socialistas de momento, hora o que o pobre RN pode querer a mais, uma população mal instruída, mal qualificada, e consequentemente sem capacidade de receber incentivos dos grandes “capitalistas” para implantação de indústrias mais modernas, tecnológicas e humana, como as existentes nos EUA ou EUROPA, e de maneira nenhuma pode reclamar em ter esta “ULTIMA CHANCE”, porque digo ultima chance, pois esta fase em que estamos vivenciando é realmente a ultima, no que diz respeito a soluções para enfrentar a concorrência desumana da COMUNISTA-CAPITALISTA CHINA no setor têxtil mundial, lá os trabalhadores são explorados, jornadas de trabalho que ultrapassam às 12 horas diárias ininterruptas e quase sem dias de folga, sendo assim quem pode concorrer com esta faceta cruel do CAPITALISMO-COMUNISTA, hipocrisia nada alem de hipocrisia este idearia comunista, mais voltando ao tema, realmente terrível será o próximo passo que venha a tomar a nossa indústria têxtil para pode sua sobrevivência, que é a terceirização com os próprios chineses de nossas facções têxteis, ai sim será terrível para o pobre RN, pois nem esta pouca renda será possível oferecer.
Boa vontade, nada além de boa vontade, é o que esta fazendo empresários da nossa terra em prover emprego e renda da maneira que ainda o povo do RN pode dar conta, atitudes como a do empresário Flavio Rocha do grupo Riachuelo além de benéfica é mais do que necessária, para pode dar sustento a um povo que foi relegado à própria sorte, que viu o investimento em suas necessidades muito mais urgentes serem trocadas por festim de copa do mundo onde o único beneficiado vai ser a FIFA e os grandes conglomerados empresárias e de mídia, e quem proveu isto, o LULA o messias dos hipócritas socialistas e comunistas, há homem do meu nojo, sim ele trocou o investimento em educação, saúde e segurança, só pra resumir, em estádios de futebol, verdadeiros e BILIONÁRIOS ELEFANTES BRANCOS, mais os nobres comunistas-socialistas não conseguem ver além de suas pobríssimas ideologias, orgulho é o que levam estes hipócritas a não aceitar a verdade.
A FIFA ATÉ EXIGIU PARA QUE FOSSE MUDADO ITENS DE NOSSA CONSTITUIÇÃO PARA GARANTIR O BILIONÁRIO LUCRO DA FESTA DO FUTEBOL, BANCADO COM DINHEIRO DO POBRE CONTRIBUINTE BRASILEIRO E PROMOVIDO PELO MESSIAS COMUNISTA-SOCIALISTA LULA, mais os nobres comunistas-socialistas não conseguem ver isso, estão os mesmos embriagados em seu orgulho e em suas vans filosofias INUTEIS, do contrário acontece com os empresários norteriograndensses os mesmos em nada exigiram ou pediram para mudar a legislação para viabilizar suas empreitadas empresariais, iram cumpri lá, a lei, em sua totalidade ao promover esta parceria com o povo do RN.
Realmente não da para entender essa gente que se diz comunista-socialista.
Caro Carlos André, caso permita, desejo encorporar parte do seu texto ao artigo por atender o chamamento ao debate, porém com ressalvas as suas cóleras subjetivistas…queremos o melhor em um país que nada tem de socialista, mas que é solidário e rico em bons exemplos… atentos as questões sociais não retrocederemos jamais… um forte abraço!
Em questões objetivas que não atendem vossas convicções vcs tratam como subjetivas, muito esperto. Para mim não passa de hipocrisia?
Quanto ao que vc nomina de cólera, assumo sim, não sou fingido quanto ao que sinto ou ao que penso, mais tem o porque, pois a hipocrisia de arautos e messias fajutos a muito me indigna tanto quanto os corruptos e ladrões da nação, são irmãos siameses que só encontram terreno fértil em nações de povo pouco instruído como o nosso Brasil.
O messias de vcs, o LULA, fez tudo ao contrario do que pregava antes de ser presidente, e a isto vcs ignoram, não será isto hipocrisia?
E tenho todo direito de me indignar pois votei naquele dissimulado duas vezes, e ele me enganou!
QUAL É O NOME QUE OS COMUNISTAS-SOCIALISTAS DÃO A UMA PESSOA QUE REALIZA ATOS TOTALMENTE CONTRÁRIO AO QUE PROMETEU E PREGOU ANTES DE FAZE-LO?
PARA A MINHA FORMAÇÃO ISTO É PURA HIPOCRISIA, ATITUDE DE ENGANO, ATO DIGNO DE LADRÕES E CORRUPTOS.
MAIS VCS COMUNISTAS-SOCIALISTAS NÃO ADMITEM ISTO!
SE É DIFÍCIL ADMITIR ISSO, EU NÃO TENHO CULPA, MAIS PELO MENOS NÃO USE A PORTA DA TANGENTE, POIS ISSO NÃO É HONROSO PARA NINGUEM!
Carlos Santos, gostaria de parabenizar o texto do José Nildo que chama ao debate toda a sociedade no tocante a precarização do emprego. Entendo claramente o que foi exposto e independente de bandeiras partidárias, tenho a convicção que o povo do Rio Grande do Norte precisa debater ao extremo mudanças que podem afetar o modo de trabalho e os direitos conquistados. Sinceramente entendo o artigo como uma forma de debater o que está em pauta e num momento oportuno, ou seja, quando o projeto está em fase formatação.
Quanto ao comentário do Carlos André, por sinal, bem estruturado do ponto de vista da articulação das ideias, apenas lamento que veja os membros de partidos como o PCdoB como hipócritas. Haja vista que a história e, também, os documentos produzidos ao longo dos 91 anos de existência pelo próprio partido, mostrarem exatamente o contrário. Mas, o direito a expressão é um ponto que nós comunistas consideramos de extrema importância na luta de ideias por isso achamos salutar que haja divergências de pensamento para que possa ocorrer o crescimento crítico da sociedade.
Mais uma vez deixo meus parabéns ao texto produzido pelo José Nildo e, também, a você por abrir esse espaço virtual ao debate salutar.
Nobre André, certamente, não me sinto culpado por sua decepção que talvez seja a mesma de tantos outros no campo político, porém há necessidade do debate, sobretudo, quanto os interesses dos trabalhadores e da economia potiguar…nada pessoal como pretende sua intervenção, mas sim de interesse de todos.abs.
Nobre André, certamente, não me sinto culpado por sua decepção que talvez seja a mesma de tantos outros no campo político, porém há necessidade do debate, sobretudo, quanto os interesses dos trabalhadores e da economia potiguar… nada pessoal como pretende sua intervenção, mas sim de interesse de todos. Abs.