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domingo - 12/12/2021 - 11:24h

Melão chega à China ocupando vácuo no mercado asiático

Por Josivan Barbosa

A Agrícola Famosa colocou o seu primeiro carregamento de melão na China na primeira semana de dezembro. Os melões são da cultivar Dino (grupo inodorus) que são caracterizados por casca suave de cor branca, firme e doce. A parte externa da casca lembra um ovo de dinossauro, daí o nome Dino.

A Agrícola Famosa tem um mercado cativo na Europa e nos Estados Unidos, o que poderá facilitar o sucesso da comercialização naquele país asiático.

Produto já ocupa outros mercados internacionais (Foto: reprodução)

Produto já ocupa outros mercados internacionais (Foto: reprodução)

O melão Dino tem excelente vida útil pós-colheita o que favorece o envio por via marítima e é uma variedade que atende bem ao mercado chinês em termos de preço e qualidade organoléptica (sabor e doçura).

O melão brasileiro dispõe de uma janela de exportação para a Ásia de poucos meses (outubro até início de fevereiro). Dificilmente o produtor tentará produzir melão no Polo de Agricultura Irrigada RN – CE a partir de fevereiro, quando se inicia mais fortemente o período chuvoso, o que afeta a qualidade do produto.

A tendência é de que a Agrícola Famosa trabalhe com poucos volumes do melão Dino para a China, pois nesse primeiro momento, a empresa fará um estudo de mercado e precisa saber como será a receptividade do produto pelos chineses.

Dois aspectos contribuem para que a empresa trabalhe cuidadosamente o mercado da China para melão no momento: a continuidade da pandemia no Brasil e a dificuldade de contêineres para o transporte marítimo da fruta.

A Agrícola Famosa pretende oferecer melões de qualidade diferenciada para a China e não vai se precipitar com o aumento da quantidade.

As perspectivas do melão Dino oriundo da Agrícola Famosa são boas, ao ponto do importador ter afirmado que como o melão chega ao mercado Chinês num período de baixa produção nacional, o melão brasileiro preenche esse vácuo deixado pelo produtor chinês. Nesse período do ano, apenas a região de Hainan produz melão.

Poucos países tem autorização para exportar melão para a China. Até o momento, apenas Myanmar, Kirguistán, Uzbekistán e Brune possuem, oficialmente, essa vantagem competitiva. Estes países têm dificuldade em termos de transporte e de qualidade do produto, o que facilita para o melão brasileiro.

A variedade Dino tem flavor (sabor e aroma) diferenciado o que pode acelerar a aceitação do produto pelos chineses.

Melão Dino no mercado americano

A oferta de um melão considerado especial, a variedade Dino está conquistando o mercado americano. O melão Dino tem casca branca e manchas verdes.

As exportações dessa variedade para os EUA iniciaram-se em outubro e a expectativa é que continue até março, com um embarque semanal. O pico de envio de melão para os EUA ocorrerá de novembro a janeiro.

O melão Dino tem flavor (sabor e aroma) agradável e apresenta alto teor de sólidos solúveis (graus brix). Além disso, é um fruto que apresenta excelente potencial de vida útil pós-colheita em sistema de refrigeração, o que facilita o transporte por via marítima.

Segundo a Agrícola Famosa, a aceitação do produto no mercado americano é crescente. A cada dia o consumidor americano vai se familiarizando com o melão Dino.

Um dos aspectos que tem complicado a exportação de melão para os EUA é a logística em função dos altos preços do frente marítimo do Brasil para os EUA.

Na Estrada da raiz em Aracati tem uma arena

É muito comum fazermos comparações do desenvolvimento econômico e social do vizinho estado do Ceará com o nosso Rio Grande do Norte. Desta vez vamos exemplificar com um fato bem perto de nós.

No fim de semana anterior (sábado, 4), fomos participar de um amistoso de futebol de campo com a equipe do Santa Tereza de Aracati na periferia daquela cidade, em comemoração ao aniversário do clube.

Areninha em uma das localidades de Aracati é obra diferenciada do poder público (Foto: reprodução)

Areninha em uma das localidades de Aracati é obra diferenciada do poder público (Foto: reprodução)

O jogo aconteceu numas das diversas areninhas que têm na cidade. Nós já conhecíamos a areninha de Canoa Quebrada e essa fica dentro da própria comunidade praiana, afastada do centro, mas, que pelas características das residências, trata-se de um local habitado por trabalhadores. Não há sinais de que lá residem advogados, médicos nem engenheiros.

A areninha (campo em tamanho oficial para 11 atletas) tem gramado sintético, vestiário, arquibancada, iluminação de excelente qualidade, alambrado e acesso com segurança. O campo tem uma manutenção periódica e é muito bom para a prática do futebol. Constatamos isto numa partida de 70 minuto contra o time do Santa Tereza.

Como o título acima sugere, e por incrível que pareça, no domingo fomos participar pela primeira vez de uma partida de futebol no campo da Estrada da Raiz no bairro Santo Antônio da Terra de Santa Luzia. Pois bem, no Raizão, como poderia ser o nome se fosse uma areninha, as condições são muito diferentes.

Ao invés de grama sintética, pedregulhos em toda a extensão do campo, lama nas partes baixas, desnível e falta de proteção frontal e lateral para a bola. Além disso, quando a bola deixava o perímetro do campo, o atleta precisava pular feito um siri dentro do lixo para buscá-la. Em algumas situações levava-se de 2 a 3 min para a bolar retornar. Em algumas vezes a bola adentrava a via duplicada da Rio Branco e ia até próximo do posto de combustível que fica em frente ao campo de futebol.

Outro aspecto interessante foi que, em alguns lances, a bola representava um perigo para os pedestres que passavam ao lado do campo de futebol como também representava perigo para quebrar os vidros dos veículos estacionados. Bem diferente das areninhas de Aracati. Lá a proteção é total em todo o perímetro do estádio.

O leitor deve está se perguntando, porque em Aracati e na maioria dos municípios do Ceará foi possível construir centenas de areninhas e em Mossoró, com mais de 300 mil habitantes, não temos se quer uma areninha?

Esperamos que este exemplo sirva de reflexão e que possamos avançar no apoio ao esporte em Mossoró e no nosso Rio Grande do Norte.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Acorda Alysson.
    Um quadro com Josivan Barbosa não pode continuar sendo ignorado.

  2. Fernando diz:

    Ainda tem gente pedindo a volta da oligarquia. Vá entender!

  3. Fernando diz:

    70 anos de pedregulho.

  4. Magno diz:

    Ei, professor, e as sobras dos melões ficam com a gente, né? Os chinas comem o melhor e a gente a rebarba. Sempre será assim, professor. Parabéns por manter essa linha aí.

  5. Fabio Salviano diz:

    Aracati só veio ter obras com esse prefeito atual. Antes a cidade era vergonhosa, horrível, não tinha pavimentação de nada, arenas, praça, etc. Mudou da água para o vinho. Hoje tá uma cidade bonita, limpa, bem arrumada, com várias diversões, lazer e acima de tudo incomparavelmente mais segura que Mossoró!

  6. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Salve, Barcelos!

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