• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
quinta-feira - 28/05/2009 - 11:42h

Miragens e realidade na pré-campanha de Rosalba Ciarlini

É uma faca de dois gumes a propagação que o grupo da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) faz, com considerável "naturalidade", sobre seu desempenho em termos de intenções de voto. É cedo para deitar em berço esplêndido.

As notícias e comentários que são espalhados criam realmente uma massa de entusiasmo, mas ao mesmo tempo geram delicado efeito entorpecente. Criam delírio perigoso para quem trabalha com vistas à Governadoria em 2010.

Os 48% de intenções de votos que "O Globo" divulgou ontem, mas antecipado há dias por Eliana Lima (Tribuna do  Norte), são uma ninharia. Sobretudo porque não chegam agregados de informações detalhadas e qualitativas, sobre o atual quadro.

Existem muitos mais interrogações do que afirmações na atualidade, em termos de sucessão estadual. Estamos em meio a uma luta sem fronteiras ou camisas. A própria elite política do RN tratou de desmanchar barricadas que colocavam um leque de simbologias separatistas no teatro de guerra.

O contendor de hoje pode ser o parceiro de amanhã. Todos pensam assim.

Não se trata de um avanço na política potiguar. É um imbróglio intencional. Todos estão preocupados com a própria sobrevivência. Inclusive o esquema de Rosalba. Daí o discurso uníssono de harmonia e fim do radicalismo. Não querem saber de bacurau e bicudo, verde e encarnado. O importante é somar.

É impossível se afirmar com segurança que Rosalba tem uma candidatura irreversível. Na prática a postulação é uma vontade com considerável valor agregado.

É importante salientar, que sequer existem adversários definidos. Surgem possíveis concorrentes. Entre eles, até quem possa "pular a cerca" e se transformar em seu vice.

Rosalba não tem ainda uma "cristalização de votos" capaz de tornar sua pretensão irremovível. Contudo trabalha com resultados crescentes, que podem lhe assegurar esse estágio um pouco mais adiante.

Cristalizar na linguagem política é um termo de fácil entendimento: significa "amarrar" um percentual de intenções de voto, a ponto de assegurar a quem o possui o fôlego mínimo para dar um salto à frente. E atingir esse patamar é o grande esforço desprendido pela senadora nessa fase.

Ela faz um périplo pelo estado, em todas as regiões, objetivando galvanizar apoio nas bases e de lideranças estratégicas. O passo seguinte é apresentar esse capital para aliados e eventuais "adesistas" ou neoseguidores. O cronograma vai se fechar à beira das convenções partidárias em junho do próximo ano.

Até lá, tudo pode acontecer. Mas por enquanto a senadora tem motivos para abrir um sorriso. A empolgação e passionalidade ficam com os que agem com outros sentidos e valores.

Quando os times estiverem definidos, a política de alianças fechada e os dados forem finalmente jogados na campanha, aí sim ficará mais fácil se avaliar o confronto. Ele passará a ser real.

No momento temos mais miragens do que realidade palpável à mão.

P.S: Volto ainda hoje com mais uma abordagens sobre o tema:

– O peso de Mossoró, Natal e regiões na corrida eleitoral;
– A influência do governo Fátima Rosado (DEM) na postulação da senadora;
– O quadro de forças no governismo;
– Passado recente mostra que menos de "50%" não é sobra confortável. 

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Ceiça Praxedes diz:

    Que bom Carlos que contamos com sua análise fria e lúcida. Cada vez mais vc justifica a visita diária e obrigatória ao seu espaço virtual. Obrigada.

  2. EVERTON TERIXEIRA. diz:

    Apostem as suas fichas.Como o embate de 2010 revela que um dos três candidatos à Senatoria “vai dançar” (Gari,Vilma e JA).Numa análise fria,isenta do emocionalismo político-partidário,depreende-se que o viés da derrota denota-se mais sobre o Pênsil dos nomes de GARI e JA,dado o fato de que D. Vilma tem uma estrutura da máquina “lubrificada”. A Equação dá um resultado aonde JA iria para a disputa consensual ao governo,deixando a tranquila reeleição de GARI numa chapa com Vilma para o senado. O JA ficaria à cavalheiro para “queimar” a pretensão de Rosalba Rosado,alicerçado no seu pífio e global/novelístico desempenho parlamentar (Ou seria pralamentar ?). Quem viver verá!

  3. Samara Dantas diz:

    Eu não acredito que a senadora de nada tenha essa vitória tão certa assim não. Vamos aguardar!

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