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sábado - 19/01/2019 - 23:00h
Rio de Janeiro

Morre o músico Marcelo Yuka

Yuka estava internado desde o último dia 2 (Foto: divulgação)

Do G1

O músico e compositor Marcelo Yuka, um dos fundadores da banda O Rappa, morreu no fim da noite de sexta-feira (18), aos 53 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo Hospital Quinta D’or na madrugada deste sábado (19).

Yuka estava internado em estado grave com um quadro de infecção generalizada. O músico sofreu um acidente vascular-cerebral (AVC) no dia 2 de janeiro. No meio do ano passado, ele já havia tido outro AVC.

Em 2000, Yuka ficou paraplégico ao ser atingido por nove tiros durante um assalto a uma mulher na Tijuca, na Zona Norte do Rio.

Nascido no Rio de Janeiro em 1965, Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santa Ana, o Marcelo Yuka, foi um dos fundadores da banda O Rappa. No grupo, era o baterista e principal compositor até sua saída, em 2001.

Com a banda, chegou ao sucesso com o segundo disco, “Rappa Mundi”, em 1996. Em 2000, foi atingido por tiros ao tentar impedir um assalto e ficou paraplégico.

Yuka escreveu letras sobre temas como violência urbana, racismo e desigualdades sociais. “Minha alma (a paz que eu não quero)”, “Me deixa” e “Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”, por exemplo, foram escritas por ele.

Saiba mais clicando AQUI.

Veja repercussão do fato AQUI.

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Categoria(s): Cultura / Gerais

Comentários

  1. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Uma perda irreparável. Yuka deixa uma história de coragem e grande talento.

  2. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Um raro poeta e artista, que em vida jamais se vergou aos encantos da ganância, do individualismo, da artificialidade e da seletividade medíocre no mundo fonográfico nacional sob o comando das gravadoras multinacionais, aqui estacionadas desde sempre.

    O título que comporta o noma da RAPPA, tem a ver, exatamente com o conhecido modus operandi da polícia tupiniquim, quando semanalmente realizar o chamada RAPA nas feiras de camelôs das cidades brasileiras, no mais das vezes, exigindo propinas e (ou) confiscando mercadorias e (ou) os poucos pertences que os excluídos buscam vender e negociar para sobreviver ao desemprego e penúria cotidiana.

    O desfazimento do RAPPA original, deu-se exatamente na razão entre a maioria que buscava sonhos, aplausos e a busca pelo sucesso à qualquer preço, em contraponto à visão de Marcelo Yuka que desejava construir uma carreira juntamente com o grupo RAPPA,. com características coletivas, fecundas e duradouras Junto às futuras gerações.

    Que a semente plantada por Marcelo YUKA, seja efetivamente fecunda e libertadora juntos às novas gerações, especialmente aos excluídos das periferias das grande e pequenas cidades do nosso fascinante e contraditório Brasilzão…!!!

    Para quem não conhece e, por vezes, musicalmente, só se abastece do insosso, modorrento e medíocre sertanejo, aí vai uma das letras mais impactantes a Letras de Marcelo Yuka, um pouco à lá foucaultiano, vejamos:

    Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)
    O Rappa

    A minha alma tá armada e apontada
    Para cara do sossego!
    (Sêgo! Sêgo! Sêgo! Sêgo!)
    Pois paz sem voz, paz sem voz
    Não é paz, é medo!
    (Medo! Medo! Medo! Medo!)

    Às vezes eu falo com a vida
    Às vezes é ela quem diz
    Qual a paz que eu não quero conservar
    Pra tentar ser feliz?

    Às vezes eu falo com a vida
    Às vezes é ela quem diz
    Qual a paz que eu não quero conservar
    Pra tentar ser feliz?

    A minha alma tá armada e apontada
    Para a cara do sossego!
    (Sêgo! Sêgo! Sêgo! Sêgo!)
    Pois paz sem, paz sem voz
    Não é paz é medo
    (Medo! Medo! Medo! Medo!)

    Às vezes eu falo com a vida
    Às vezes é ela quem diz
    Qual a paz que eu não quero conservar
    Pra tentar ser feliz?

    Às vezes eu falo com a vida
    Às vezes é ela quem diz
    Qual a paz que eu não quero conservar
    Pra tentar ser feliz?

    As grades do condomínio
    São pra trazer proteção
    Mas também trazem a dúvida
    Se é você que tá nessa prisão

    Me abrace e me dê um beijo
    Faça um filho comigo
    Mas não me deixe sentar na poltrona
    No dia de domingo (domingo!)

    Procurando novas drogas de aluguel
    Neste vídeo coagido
    É pela paz que eu não quero seguir admitindo

    Às vezes eu falo com a vida
    Às vezes é ela quem diz
    Qual a paz que eu não quero conservar
    Pra tentar ser feliz?

    Às vezes eu falo com a vida
    Às vezes é ela quem diz
    Qual a paz que eu não quero conservar
    Pra tentar ser feliz?

    As grades do condomínio
    São pra trazer proteção
    Mas também trazem a dúvida
    Se é você que tá nessa prisão

    Me abrace e me dê um beijo
    Faça um filho comigo
    Mas não me deixe sentar na poltrona
    No dia de domingo (domingo!)

    Procurando novas drogas de aluguel
    Neste vídeo coagido
    É pela paz que eu não quero seguir admitindo
    Procurando novas drogas de aluguel
    Neste vídeo coagido
    É pela paz que eu não quero seguir admitindo

    Me abrace e me dê um beijo
    Faça um filho comigo
    Mas não me deixa sentar na poltrona
    No dia de domingo! (domingo!)

    Procurando novas drogas de aluguel
    Neste vídeo coagido
    É pela paz que eu não quero seguir admitido
    Procurando novas drogas de aluguel
    Neste vídeo coagido
    É pela paz que eu não quero seguir admitindo

    É pela paz que eu não quero seguir
    É pela paz que eu não quero seguir
    É pela paz que eu não quero seguir admitido
    É pela paz que eu não quero seguir
    É pela paz que eu não quero seguir
    É pela paz que eu não quero seguir admitido.

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

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