Por Gutemberg Dias
Estava trabalhando num projeto da empresa e de repente me deu uma vontade de escrever sobre Mossoró. Já fazia muito tempo que não me debruçava sobre os teclados para analisar nossa cidade a partir do olhar empresarial. Obviamente vou dar umas pinceladas na política, já que também faz parte da minha vida e interfere diretamente no mundo empresarial.
Fui candidato a prefeito na eleição suplementar de Mossoró e durante o período batia na tecla que precisávamos rever o modelo econômico instalado em nossa cidade. O ciclo virtuoso do petróleo que desde a década de 1980 vem garantindo a pujança econômica local, principalmente, atrelado ao fornecimento de serviços e a geração de dividendos a partir de impostos pagos pelas petrolíferas, já não responde como antigamente e várias empresas estão fechando suas portas com a consequente dispensa de mão-de-obra, gerando no município um crescente processo de desemprego. 
Uma das minhas empresas tem atuação direta na área petrolífera e desde 2012 vem diminuindo sua relação comercial com esse setor. Assim como eu, outros empresários seguem na mesma cantilena, basta conversar com os membros da REDEPETRO-RN para se constatar esse sério problema econômico que influencia uma enorme cadeia produtiva e que desemboca na economia local, ou seja, no comercio que já sofre com a desaceleração do poder de compra da população.
Conversava com um amigo dentista que me falava da redução de atendimentos em sua clínica através de plano de saúde. Ele me disse que a maioria dos atendimentos através de planos eram oriundos de pessoas atreladas a empresas ligadas ao setor petrolífero. Com esse exemplo quero mostrar que o processo de desaceleração econômica do ciclo do petróleo está e, ainda, irá deixar o mercado local com sérias sequelas.
O que fazer para mudar esse rumo? São vários os caminhos a serem trilhados. O próprio setor privado fornecedor de bens e serviços a cadeia produtiva do petróleo começa a procurar seu rumo transferindo sua expertise para outras áreas de desenvolvimento como a energia eólica, fotovoltaica e setor mineral.
Mas, é importante ressaltar que apenas uma pequena parte desse empresariado terá as condições técnicas e comerciais de fazê-lo. Em uma outra vertente, fico analisando o poder público municipal que não se movimenta numa perspectiva de fomentar um novo modal econômico. Alternativas para serem estudadas temos de sobra, como o Turismo, a atração de empresas de base a partir da reordenação do distrito industrial, incentivar os Arranjos Produtivos do setor de mineração etc.
Porquê não estamos saindo do canto nesse processo? Simplesmente a falta de compromisso político administrativo com a cidade termina por relegar o macroplanejamento econômico do município a ações pontais de interesse localizado em detrimento do interesse coletivo. Somos um grande município do ponto de vista econômico quando nos comparamos com outros do mesmo porte, mas continuamos com a síndrome da pequenez administrativa.
Espero que o setor produtivo desse rico e ao mesmo tempo pobre município se integre numa corrente que possa alavancar uma discussão mais ampla sobre a retomada de investimentos na “Metrópole do Futuro”, bem como, consiga inserir nesse contexto a gestão municipal que para mim tem que ser o coordenador desse processo de retomada de crescimento.
Olhando para o horizonte acredito que temos condições de sairmos desse atoleiro que nos metemos. O impulso precisa ser dado pela gestão municipal que precisará planejar com critério o modelo da retomada de crescimento econômico do município.
Um caminho estaria na criação de um gabinete voltado ao crescimento do município que envolvesse as secretarias de planejamento, tributação, meio ambiente e desenvolvimento econômico, criando uma agenda comum para elas a partir de um planejamento estratégico com vistas a 2025.
Bem como, ter nessas secretarias as pessoas certas com visão desenvolvimentista e sistêmica do processo de retomada de crescimento de um município como o nosso.
Mossoró já passou por três ciclos econômicos fortes chegou a hora de fomentarmos o quarto e criar perspectivas para um quinto. O tempo é curto, mas com critério e qualidade podermos refazer nossa economia.
Gutemberg Dias é empresário e político
Um dia e nenhum comentário.
Este moço que surge como uma das maiores promessas políticas de Mossoró debruça-se sobre os graves problemas econômicos da nossa região, elabora um artigo da mais alta qualidade e ninguém sequer diz muito obrigado. Até parece que os frequentadores deste blog só se interessam por política.
Eu sempre digo que os políticos nunca nos enganaram. Eles são como são.
Nós é que temos que mudar. Temos que deixar de pensar pequeno, perder o complexo de vira latas que nos foi empurrado goela abaixo por este grupo que se apoderou de Mossoró há décadas.
Breve começará o processo de desqualificação do Gutemberg Dias.
Certamente começarão pela tentativa de cooptação, que será repudiada por este quase menino. Depois passarão para o trabalho de criação de uma imagem distorcida deste que é no momento a única esperança de renovação política em Mossoró e que lembra um vulcão prestes a explodir.
A nós cabe ficarmos atentos e não aceitar o jogo imundo dos que querem se perpetuar no poder.
Ao Gutemberg digo que não desista. Mossoró precisa muito da sua inteligência.
E saiba, Gutemberg, nada podre se mantém por muito tempo.
A política mossorense apodreceu. Prova disto são os alinhamentos políticos feitos em 2012, os de agora e os que serão feito em 2016, que em tudo lembrarão os de 2012, como se politicamente Mossoró fosse um carrossel.
Insista, persista e não desista. Deus ajuda aos bem intencionados.
/////
QUANDO ACONTECERÃO OS JULGAMENTOS DOS RECURSOS DO SAL GROSSO?
É PRECISO REVOGAR A LEI DA MORDOMIA DOS VEREADORES. EM 2008 UM TAC ACABOU COM ESTA IMORALIDADE.
É PRECISO AFASTAR OS CORRUPTOS DA POLÍTICA.
Há pouco tempo empresários do setor turístico se reuniram com a nossa governadora e sugeriram que o governo subsidiasse uma parte do combustível de avião como forma de baratear o preço das passagens áreas e consequentemente fomentar o turismo, assim como faz o governo do Ceará. Resposta da governadora: o estado não pode aumentar os gastos. É assim que os políticos desse estado pensam. Nenhuma visão de investento e de desenvolvimento do estado. Só querem mamar e levar os parentes junto. O caso da Petrobras em Mossoró foi o maior caso de irresponsabilidade e descomprometimento com a sua terra. Deixaram de investir no desenvolvimento do município pra fazerem obras eleitoreiras e se manterem no poder. Tragédia anunciada há muito.
Agradeço o espaço no blog ao jornalista Carlos Santos e, também, as palavras de incentivo do Inácio Augusto webleitor assíduo desse espaço democrático, reafirmando a convicção que podemos ter uma cidade com desenvolvimento socioeconômico sustentável.
.
CARO GUTEMBER DIAS
Obrigado por ter lido o comentário deste WEBLEITOR
. Se algum dia se interessar em ler algum dos oitos livros que já publiquei basta ir até a Biblioteca NEY PONTES.
Você poderá ler ESTÓRIAS MARANHENSES, onde faço críticas sociais e políticas utilizando-me da figura de um bicheiro, que por ter tempo livre e ser dotado de uma grande capacidade de observação, vai alinhando o comportamento social da cidade em que vive.
Poderá ler DEDÉ, UM BURGUÊS DA FESTIVA, onde em textos curtos e alegres eu caricaturo os carreiristas travestidos de esquerdistas. Um livro para ler quando estiver com disposição para dar gargalhadas de fazer inveja ao Zé Ruela.
Mas se preferir uma leitura mais séria apanhe TEMPOS MEUS e terá oportunidade de conhecer o quanto sofre a nossa gente pela falta de oportunidades e, principalmente, pela sensação de impotência que se apodera daqueles que presenciando injustiças nada podem fazer.
Com o saudoso Professor Antônio Girão Barroso, FACULDADE DE DIREITO DA UFC,e membro da ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS, lancei em parceria o livro DOIS TEMPOS. Um livro que dispensa comentários.
Se o caro amigo desejar uma leitura leve poderá se deliciar com VERSO E PROSA, livro que teve a participação do poeta goiano EMANOEL TORRES JARDIM. Contos curtos e alegres por mim escritos e poesias do goiano que certamente conduzirão você e qualquer leitor a uma profunda reflexão.
Depois publiquei ENQUANTO O SOL NÃO SE LEVANTA. Livro onde eu me aventuro na poesia e completo com contos e crônicas. Recomendo enfaticamente a leitura deste livro.
Em seguida, enveredei pelo romance. E publiquei dois livros.
LIBERDADE TRANCADA, o relato de um homem que tenta ser honesto neste país que Luís Gonzaga numa de suas músicas disse que vai, vai, vai; mas que não disse para onde. O final é chocante e pode fazer com que você fique com os olhos marejados.
MARANHÃO, que se passa em três tempos, já que o LOPES, o Bom Boêmio, tem o dom de se deslocar no tempo. E assim levo o leitor ao Maranhão do século XVII até os dias de hoje, passando por todos os movimentos revolucionários acontecidos naquela terra mágica e cheia de tantos encantos, mas que por culpa do domínio de uma oligarquia vive mergulhada na miséria e no atraso.
Porém, Caro Gutemberg, não me limitei apenas à literatura. Como jornalista, registro profissional 303 – DRT-CE, exerci as funções de Editor de Esportes e Diretor de Rádio.
Caso queira me conhecer um pouco mais, faça como o Cinquentinha, que por diversas vezes já esteve aqui em casa, quando nos demoramos em longos e hilários papos.
Um abraço deste WEBLEITOR que acredita no seu futuro político.
Inácio Augusto de Almeida
91397139