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segunda-feira - 23/04/2012 - 20:11h
Reitoria da Ufersa

Oposição, com Ricardo e Carmelindo, propõe mudança

Como anunciamos hoje, em nossa primeira postagem do dia, o pensamento dos candidatos a reitor da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA) é uma abordagem que esta página passa a priorizar. As eleições serão no próximo dia 27.

O espaço para os três concorrentes é o mesmo. O propósito nuclear da iniciativa é o de ajudar no fomento ao debate sadio. Em nossa primeira entrevista, ouvimos o professor Ricardo Leite, ou seja, Ricardo Henrique de Lima Leite.

Ele possui graduação e mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1993 e 1995) e doutorado em Engenharia de Processos pelo Institut Nationale Polytécnique de Toulouse (1999). É Professor Adjunto III da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, membro Titular do Conselho Universitário da UFERSA (desde 2009), conselheiro do Conselho Regional de Química 15ª Região e foi, por duas vezes, Chefe do Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais (2008 a 2012).

Carmelindo (vice) e Ricardo: chapa na oposição

Atua como Coordenador do Laboratório de Engenharia de Processos no Centro Integrado de Inovação Tecnológica do Semi-árido da UFERSA e foi co-orientador de dissertações na Pós-Graduação em Química da UFRN. Atualmente, coordena o projeto “Tecnologia Química, Experimentação e Cidadania para o Semi-árido”, com financiamento do edital PROEXT 2010/MEC.

Vamos ao nosso bate-papo:

Blog do Carlos Santos – Professor, o que diferencia positivamente sua postulação à Reitoria da Ufersa, num comparativo com os outros dois competidores?

Ricardo Leite – Somos a única candidatura de oposição, responsável e propositiva, tendo em vista que nunca ocupamos cargos comissionados da gestão, além de há 4 anos estarmos firmes e vigilantes (no CONSUNI e CONSEPE) quanto aos equívocos cometidos pela gestão, devido à falta de planejamento e diálogo com os segmentos da Universidade. Acreditamos em uma Universidade voltada aos anseios e demandas do Semiárido, contribuindo incisivamente para o seu desenvolvimento através do incentivo à pesquisa e extensão, articuladas ao ensino de qualidade. Precisamos, também, construir uma humanização da Universidade, nas relações entre as categorias, entre os órgãos e os integrantes da comunidade acadêmica; torná-la um espaço de convivência e vivências.

Na nossa proposta apresentamos a implementação de uma gestão participativa, na qual criaremos instâncias de diálogos com os segmentos, como, por exemplo, a criação de comissão permanente de assistência estudantil, com a participação de pró-reitorias, lideranças das casas, DCE e CA’s para propiciar as discussões acerca da política estudantil universitária com os principais interessados. Nosso diferencial é que os demais candidatos tiveram oportunidade de mudar o atual panorama de fragilidades na UFERSA, todavia, nada fizeram, e hoje apresentam propostas similares as nossas, mas seus históricos como cargos de confiança da atual gestão fragilizam o seus discursos baseados na participação e transparência.

BCS – Nos últimos anos, a Ufersa experimentou considerável crescimento, como aconteceu com as demais universidades federais, fruto de pesado investimento da União. Mas a Ufersa tem testemunhado uma enorme evasão de alunos. Existem cursos deficitários, com reduzidíssimo número de acadêmicos e custo elevado. Será que não houve falha de planejamento, se privilegiando quantidade em vez de se trabalhar mais a necessidade de mercado?

Ricardo Leite – Correto. Os investimentos do Governo Federal foram para todas IFES, só que a maioria utilizou de forma eficiente os recursos, devido a um planejamento para execução da expansão universitária, fato que não aconteceu na Ufersa. Precisamos de planejamento e participação dos 3 segmentos neste processo a fim de melhor estruturar o Desenvolvimento Institucional e não apenas o crescimento sem sustentabilidade e com imensas fragilidades, como falta de professores e técnicos, livros e infraestrutura deficitária (prédios com instalações elétricas subdimensionadas, falta de água da vila acadêmica, entre outros).

Essa lógica do “criar para estruturar” fragiliza os cursos e a Universidade como um todo.  Por isto estamos com algumas propostas, como: Bibliotecas de qualidade (com ambientes agradáveis, estimulantes e adequados ao estudo, climatizadas, com acervo amplo e diversificado); Incentivo ao esporte e práticas recreativas (sala de musculação, organização de campeonatos, salão de jogos, ioga, hidroginástica etc.); Construção de residências nos campi avançados, melhorias na vila acadêmica (estabelecimento democrático e participativo das normas internas, salão de jogos, lavanderia, salas de leitura); Criação de estrutura para funcionamento dos Centros Acadêmicos; Centro de assistência médica, nutricional, odontológica, psicológica e social para atendimento ao aluno; Investir em instalações que articulem de forma interdisciplinar a prática dos diferentes cursos na prestação de serviços à comunidade; Restaurante Universitário de verdade e acessível aos discentes, com o compromisso da busca pela gratuidade para os residentes, como ocorre na UFRN e na maioria das IFES.

BCS – O atual reitor Josivan Barbosa virou quase uma ‘perigosa’ unanimidade na Ufersa, mas claro que sua gestão não é infalível nem o paroxismo da administração pública. O que o senhor pretende reforçar e o que entende como reprovável na era Josivan Barbosa?

Ricardo Leite – Não temos nada contra a pessoa do reitor, mas sim, não concordamos com o modo de gestão centralizado e não planejado posto em prática pela atual gestão longo destes anos. Por isto, um grupo de docentes, discentes e técnicos nos procurou para a construção de uma candidatura que trouxesse o contraditório e uma opção de oposição responsável e propositiva que tivesse como marca a proposta de implementação de uma gestão democrática, na qual a comunidade ufersiana possa participar dos processos decisórios da gestão, bem como tenham conhecimento de todos os atos da administração. Não é à toa que temos dentre nossas propostas a criação de um Portal da Transparência (como ocorre na UnB) para dar transparência, confiança e legitimidade a todos os atos da administração, seja a distribuição de recursos para as unidades administrativas, como também a distribuição de gratificações no organograma da instituição.

Recordamos que a universidade é o espaço da pluralidade de concepções e respeito às esta diversidade de ideias, isto é, o espaço das contradições e debate propositivo.

BCS – O senhor é candidato de oposição, da situação ou veleja em faixa própria. Quais seus rótulos na sucessão da Ufersa?

Ricardo Leite – Como já afirmamos, somos oposição responsável e propositiva, a qual questionamos práticas prejudiciais ao Desenvolvimento Institucional e apoiamos ações positivas de benefício à coletividade. Todavia, temos outra proposta de estilo de gestão, participativa e dialógica. A Ufersa cresceu de forma desordenada e sem planejamento, isto é fato, tanto que é evidenciado pelas três candidaturas presentes.

Queremos construir o desenvolvimento da UFERSA com ações pautadas no planejamento participativo e transparência junto aos 3 segmentos da universidade. Além de propostas que possam contribuir para permanência de docentes, discentes e técnicos na instituição, evitando a elevada evasão, acarretada pela fragilidade nas políticas internas e infraestrutura vigentes.

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Categoria(s): Educação / Gerais

Comentários

  1. Geraldo Júnior diz:

    É ADMISSÍVEL QUE HAJA OPOSIÇÃO, SEJA EM QUALQUER ESFERA ÂMBITO POLÍTICO. NA UFERSA NÃO DEVERIA SER DIFERENTE E POR ISSO NÃO É. MAS, MESMO QUE EU FIZESSE OPOSIÇÃO À GESTÃO DE JOSIVAN, JAMAIS NEGARIA SEU ESFORÇO JUNTO A SUA EQUIPE. O QUE EU GOSTARIA DE SOLICITAR A QUALQUER UM QUE SEJA O ELEITO E ASSUMA A PRÓXIMA GESTÃO, QUE HONRE O QUE ESTÁ SENDO DITO E PROMETIDO EM CAMPANHA. PARA QUE EU CONTINUE GOSTANDO DA UFERSA.
    O QUE EU DESEJO É QUE PELO MENOS CONSIGA FAZER O QUE JOSIVAN FEZ.
    JOSÉ GERALDO FILHO
    PROFESSOR DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO
    ALUNO DO CURSO DE MATEMÁTICA EAD/UAB/UFERSA
    POLÍTICO GRADUADO, ESPECIALIZADO, MESTRADO E DOUTORADO PELA OPORTUNIDADE QUE DEUS ME DEU DE SER CRÍTICO COM AUTORIDADE.

  2. João Maria diz:

    Gostaria de saber qual o motivo da não publicação do meu comentário.

  3. daniel valença diz:

    No governo Lula foram criadas mais de 10 novas Universidades Federais. Em todas elas, os discentes tiveram a oportunidade de ter acesso a uma Universidade – com ensino, pesquisa e extensão, assistência estudantil e formação técnica e para cidadania, conforme nos coloca a LDB -, exceto a UFERSA. R$ 2,5 milhões de reais para assistência estudantil e um Restaurante Universitário que custa 11,47 R$ o quilo. Taxa de evasão superior à de conclusão. É essa a mentira que tentam passar diuturnamente para os externos à comunidade acadêmica da UFERSA. Houve expansão e é fundamental a democratização da educação superior, mas é mentira dizer que nossos discentes têm acesso às mesmas oportunidades que os de outras IFES.

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