Do Canal Meio e outras fontes
Neste feriado do Dia do Trabalho, em ato organizado pelas centrais sindicais em São Paulo-SP, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pedido de votos explícito ao pré-candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL), o que é proibido pela legislação eleitoral em período de pré-campanha. “Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições,” pregou Lula.
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A gravação estava hospedada no YouTube do CanalGov, mas foi deletada. A mesma transmissão, porém, segue disponível no perfil pessoal de Lula no YouTube.
Punição
Segundo Vânia Aieta, coordenadora-geral da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, o presidente pode ser multado com valores que variam de R$ 5 mil a R$ 25 mil. “O presidente pede votos. Boulos não pediu, mas o presidente pede, e o Boulos é beneficiário do pedido, pois estavam no palanque. Pode ser considerado propaganda antecipada sujeita a multa”, disse.
Adversários como o MDB, partido do prefeito Ricardo Nunes, Marina Helena (Novo) e Kim Kataguiri (União Brasil) anunciaram a intenção de recorrer à Justiça contra o presidente e o pré-candidato do PSOL. Durante o discurso, Lula referiu-se a Boulos como candidato, embora o período oficial de convenções e registros de candidatura só se inicie em julho.
Sob a ótica, o ato também foi considerado esvaziado em termos de público. Durante seu pronunciamento, o presidente se queixou e considerou que tinha sido falha da organização, o motivo do acanhado público.
A Presidência da República e a campanha de Boulos ainda não se pronunciaram sobre o assunto.