“A esperança deixa de ser felicidade quando acompanhada de impaciência.”
Esqueça, apague tudo que foi escrito de ontem para hoje (terça-feira, 21), sobre pré-candidatura do Psol à Prefeitura de Mossoró.
O professor da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), Ronaldo Garcia, não é mais pré-candidato a prefeito de Mossoró pela segunda vez consecutiva. Sua postulação está temporariamente suspensa.
A prioridade é a formação de uma nominata à Câmara Municipal de Mossoró, ao lado do Rede Sustentabilidade, legenda com a qual o Psol forma uma federação.
O anúncio foi feito à noite dessa segunda-feira (20), em comunicado por vídeo em redes sociais, pelo próprio Garcia, ao lado do presidente do Rede Sustentabilidade, João Gentil.
“Num segundo momento, se tiver necessidade, a gente vem discutir se vai ou não estar na majoritária”, disse o ex-pré-candidato, professor Ronaldo Garcia.
Então, tá.
Leia também: Psol vai de Ronaldo Garcia contra Allyson, Lawrence e Genivan
Leia também: Mossoró tem 5 pré-candidatos a prefeito; 6 concorreram em 2020
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O desvio construído em Lajes pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte e para retomada de tráfego na BR-304, liberado no fim da tarde passada, está assim (como mostra o vídeo feito à manhã desta terça-feira (21).
Trajeto de cerca de 700 metros funciona no sistema “siga e pare.”
Serviços ainda estão inconclusos, mas trecho permite circulação de carros de pequeno porte e caminhões/ônibus etc.
Obra foi necessária porque dia 31 de março uma ponte sobre a rodovia foi destruída por enxurrada.
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Pela movimentação até o momento na política mossoroense, a sucessão do prefeito Allyson Bezerra (UB) terá pelo menos cinco concorrentes, incluindo o próprio governante. Até 5 de agosto, data-limite para realizações das convenções, esse número poderá aumentar. Ou não.
Por enquanto, estão como pré-candidatos os seguintes nomes: Allyson Bezerra, ex-vereador Genivan Vale (PL), presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (PSDB), vereador Zé Peixeiro (Republicanos) e o professor Ronaldo Garcia (Psol).
Em 2020, a corrida eleitoral teve seis candidatos oficialmente à Prefeitura de Mossoró: Rosalba Ciarlini (PP), tentando a reeleição; Cláudia Regina (DEM), ex-prefeita que queria voltar à cadeira executiva; deputado estadual Allyson Bezerra (SDD); deputada estadual Isolda Dantas (PT), professor universitário Ronaldo Garcia (Psol) e Irmã Ceição (PTB). Deu Allyson Bezerra.
Veja resultado final de 2020
O êxito nas urnas de Allyson Bezerra, eleito deputado estadual em 2018, foi emblemático. Ele derrotou Rosalba Ciarlini (PP), que estava em seu quarto mandato como prefeita, além de ter sido senadora e governadora. Era considerada imbatível. Uma “prefeita reeleita.”
Ele empalmou 65.297 (47,52%) votos, contra 59.034 (42,96%) da prefeita.
O resultado final apontou maioria de 6.263 votos, ou seja, 4,56 pontos percentuais.
Fracasso
Os demais concorrentes tiveram votação pífia.
A terceira colocada, deputada estadual Isolda Dantas (PT), empilhou apenas 8.051 (5,86%) votos. Num confronto direto contra Allyson Bezerra, a maioria dele sobre ela chegou a 57.246 de maioria.
Já a ex-prefeita Cláudia Regina (DEM) não passou de míseros 4.046 (2,94%) votos.
Professor Ronaldo Garcia (Psol) somou 611 (0,44%) votos e Irmã Ceição (PTB) teve microscópicos 378 (0,28%) votos.
Números
Os números definitivos das eleições a prefeito em Mossoró mostraram grande percentual de abstenções, num comparativo com o pleito anterior em 2016. Foram 30.181 (17,15%) eleitores ausentes, enquanto que em 2016 atingiu 22.683 (13,59%) votantes.
Foram 7.498 eleitores que preferiram não votar esse ano, ou seja, 3,56 pontos percentuais a mais em se comparando com a disputa municipal anterior. Veja abaixo:
– Total – 145.751
– Válidos – 137.417 (94,28%)
– Brancos – 2.282 (1,57%)
– Nulos – 6.052 (4,15%)
– Abstenções – 30.181 (17,15%).
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A governadora Fátima Bezerra (PT) inaugurou nesta segunda-feira (20), a primeira das 12 unidades do Instituto Estadual de Educação Profissional, Tecnologia e Inovação (IERN), abrindo as portas da educação profissional pública, gratuita e de qualidade para milhares de jovens no Rio Grande do Norte. A unidade fica na Av. Capitão-Mor Gouveia, 9.688, Bom Pastor, Natal.
A construção dos institutos integra o Programa Nova Escola Potiguar (PNEP) e vem se somar a outras iniciativas para elevar a qualidade do ensino médio do RN, como a ampliação das matrículas em escolas de tempo integral.
No primeiro momento, o IERN Natal vai oferecer os cursos de Técnico em Redes de Computadores e Técnico em Química, totalizando 160 matrículas. Os cursos foram escolhidos pela própria comunidade em processo participativo, que incluiu plenárias e audiências públicas envolvendo estudantes, comunidade, lideranças locais e o setor produtivo.
“Este é um momento de celebração, de reconhecer o trabalho e o esforço de todos. Não tenho dúvida de que estamos fazendo história neste momento. Os IERNs vão tornar o Rio Grande do Norte referência do Nordeste e do Brasil na educação profissional. Este é meu sonho, o sonho da juventude de Natal. E nos inspiramos naquilo que o Brasil tem melhor, que é o modelo dos institutos federais.”, disse a governadora.
Fátima Bezerra lembrou que três outras escolas, atualmente em fase de conclusão, vão entrar em funcionamento em breve. São elas às de Campo Grande, no Médio Oeste; Jardim de Piranhas, no Seridó Ocidental; e Alexandria, na microrregião de Pau dos Ferros.
O novo instituto dispõe de estrutura robusta que inclui 12 salas de aula, biblioteca, laboratórios, auditório, refeitório, quadra esportiva e ambientes de convivência. O investimento total foi de R$ 12,6 milhões.
Nota do BCS – Usando a exclamação de um professor, dos tempos do meu curso de Direito: “Que maravilha!” Que se multipliquem, que se tornem uma realidade transformadora e revolucionária. Amém.
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O Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ADURN) convocou para esta terça-feira (21), às 9h, uma assembleia geral extraordinária para discutir a última proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo Federal. A categoria está em greve desde 22 de abril.
A assembleia vai acontecer de forma híbrida. Os professores poderão participar presencialmente no auditório Otto de Brito Guerra, localizado na reitoria do Campus Central da UFRN, e também remotamente, através do Zoom.
A primeira convocação será às 9h, conforme Edital de Convocação.
Na último dia 15 de maio, o Governo Federal informou que apresentou sua última proposta visando ao encerramento da greve.
A proposta atual prevê diferentes níveis de reajuste para a categoria. Os que ganham mais receberiam um aumento de 13,3% até 2026. Os que ganham menos, de 31%, até o fim do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
No entanto, nenhuma parte desse reajuste viria em 2024, o que desagrada os professores.
A reivindicação dos técnicos administrativos é de 37% de reajuste em três anos. O impacto dessa medida é de R$ 8 bilhões. Já o dos professores é de 22%, ainda sem impacto divulgado. Nos dois casos, com aumentos já em 2024.
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“Seu corpo ouve tudo que sua mente diz.”
Naomi Judd
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Desvio feito pelo Dnit é aberto em Lajes
O desvio construído pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), em Lajes, finalmente está aberto ao trânsito.
Liberação ocorreu no fim da tarde desta segunda-feira (20).
Iniciada dia 3 de abril, a obra foi necessária porque uma ponte entre os kms 204 e 206, sobre a BR-304, foi destruída por enxurrada no dia 31 de março.
Com cerca de 700 metros e paralela à BR, essa via alternativa ainda está inacabada, mas foi liberada no sistema “pare e siga”, com sinalização improvisada.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) atua no disciplinamento do tráfego.
📽️Imagens de Waschington Fernandes.
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Carlos Augusto tem alta, mas segue em tratamento e aguarda exame
Notícias boas – em primeira mão – sobre o quadro de saúde do ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, 79, internado quarta-feira (15), no Hospital do Coração – em Natal. Vamos a elas:
Recebeu alta nesse domingo (19), às 10h, e se recupera em seu apartamento em Natal.
Sob os cuidados do hematologista Marcos Leão, de origem familiar mossoroense, Carlos Augusto duela contra processo anêmico avançado e chegou a receber o equivalente a quatro bolsas de sangue.
De hoje (segunda-feira, 20) até sexta-feira (24), o ex-parlamentar continuará tendo aplicação de composição à base de soro e sangue no mesmo hospital, como complemento da terapêutica à sua recuperação.
Paralelamente, aguardará biópsia de material retirado do seu intestino, para que seja dimensionado o problema que enfrenta. Porém, há avaliação preliminar de que resultado seja bem satisfatório.
Acompanhado de sua mulher, a ex-governadora e ex-prefeita mossoroense Rosalba Ciarlini (PP), Carlos Augusto deverá retornar a Mossoró na sexta-feira.
Colhemos informações com o economista e amigo do casal, Elviro Rebouças, além de outra fonte.
Nota do BCS – Coisa boa, xará. Fique bom logo e arribe de volta a Mossoró.
Saúde e paz.
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Psol vai de Ronaldo Garcia contra Allyson, Lawrence e Genivan
Por Vonúvio Praxedes (Blog Diário Político)
No sábado passado (18/05), houve uma demorada reunião da diretoria do Psol em Mossoró e ao final, os partidários decidiram aprovar a indicação do professor Ronaldo Garcia para mais uma vez disputar a Prefeitura de Mossoró. A pré-candidatura ainda vai ser debatida com a REDE Sustentabilidade que integra a Federação.
Professor Ronaldo é servidor da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA) e em 2020 concorreu pela primeira vez ao executivo mossoroense. Obteve 611 votos. A vice eera Yasmin Dias.
“Tivemos uma reunião muito boa depois da conversa que tivemos com a Federação PT, PC do B e PV e decidimos que não vamos para nenhuma Frente Ampla, tão ampla que possa abarcar Lawrence Amorim (PSDB), que até ontem estava na panela do prefeito contribuindo com o seu cozimento. Prefeito Alysson Bezerra (UB), Genivan Vale (PL) e Lawrence Amorim não são nomes para Mossoró, nós merecemos muito mais, precisamos ser elevado a pelo menos a categoria de cidades como Campina Grande, não apenas na festa junina, mas em todos outros aspectos que aqui deixa muito a desejar”, explica sobre a decisão do partido.
Em contato com este Diário Político Garcia afirmou que a pré-candidatura tem “um olhar especial para as periferias e zonas rurais, cuidado com a educação, saúde e a segurança pública no que for da ossada do município, visto isto, o PSOL Mossoró trás à tona a possibilidade de participar efetivamente da vida pública do município apresentando uma opção de esquerda aos mossoroenses.”
Nota do BCS – Vale lembrar que ainda tem o vereador Zé Peixeiro (Republicanos) como pré-candidato.
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Está em fase final, o inquérito que apura atentado à bala (veja AQUI) contra carro oficial descaracterizado, utilizado pelo comandante da Guarda Civil Municipal de Mossoró (GCM), Thiago Fernandes. O episódio aconteceu no dia 11 de outubro do ano passado, por volta de 3h, no bairro Sumaré. Veículo estava em frente à casa de Fernandes.
Em breve, o inquérito será remetido ao judiciário com os indiciamentos dos envolvidos. A apuração é conduzida pelo bacharel Dênis Carvalho, titular da 38ª Delegacia de Polícia Civil do RN (PCRN).
Tiros
No episódio, uma das balas disparadas transfixou o para-brisa do carro, à altura da cabeça/tórax da posição em que fica o motorista. Outras cinco balas foram direcionadas contra o vidro traseiro, uma no porta-malas e outra no para-choque traseiro. Perícia identificou cápsulas de pistola (s) 380 no local.
O carro oficial descaracterizado era um Gol branco e não teve nada roubado. No seu interior, também não havia ninguém.
Operação Fogo Amigo
Nas primeiras horas da manhã do dia 7 de novembro de 2023, pelo menos três integrantes da Guarda Civil Municipal (GCM) de Mossoró foram alcançados por mandados judiciais de busca e apreensão em suas residências, na Operação Fogo Amigo. Investigação – com apoio de forças integradas de Segurança Pública – os identificou como prováveis envolvidos no atentado (veja AQUI). Outras pessoas são investigadas.
Houve apreensão de carros, documentos diversos, munições e duas armas, uma delas de uso funcional.
Também por decisão da Justiça, os três suspeitos foram afastados preventivamente das funções públicas, além de sofrerem suspensão do porte de armamento, bem como o recolhimento de armas.
Veja também como foi a integração de forças para se chegar aos suspeitos (AQUI).
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Se não houver nenhuma surpresa, o vice de Lula Soares (Republicanos), pré-candidato a prefeito governista em Assú, sairá de nomes que pairam no imaginário popular, noticiário e conversas nos intramuros. Bom que fique claro: não são muitos. Até aqui, quatro.
Vamos a eles. Na verdade, a elas:
Beatriz Rodrigues (MDB) – vereadora, filha do ex-vereador Odelmo Rodrigues (ex-presidente do Legislativo por três vezes);
Meire Rêgo (PL), “Meirinha”, nora do pastor Alfredo Luiz de Melo, da Igreja Assembleia de Deus;
Kécia Maia (PSDB), diretora do Hospital Regional Doutor Nelson Inácio dos Santos;
Isabela Morais (PT), médica, filha de Inês Almeida, dirigente histórica do petismo local, nome muito ligado à governadora Fátima Bezerra (PT).
Corre por fora, Priscila Medeiros (MDB), ou “Priscila de Terceiro”, filha de Antônio Terceiro Felipe de Medeiros, antigo coordenador de campanhas do clã Soares, mas já falecido. A princípio, ela teve seu nome lançado à Câmara Municipal, dia 9 último. As vozes que correm em defesa dela, a vice, colidem com sua pré-campanha em andamento à vereança.
Faça suas apostas.
O grupo governista, comandado pelos irmãos prefeito Gustavo Soares (PSDB)-deputado estadual George Soares (PV), deixou claro que pressa não é o ingrediente colocado nessa discussão. Em poucas semanas haverá a escolha.
Uma coalizão de partidos formada por PT, PV, PCdoB, MDB, PSDB e Democracia Cristã deve amparar a chapa na corrida municipal, enfrentando a composição Dra. Vanessa Lopes (UB)-vice-prefeita dissidente Fabiele Bezerra (PP).
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O ABC finalmente deslanchou, sobrou em campo, na Série C do Brasileirão. Em jogo nesse domingo (19) pela Série C do Brasileirão, goleou o Ferroviário por 0 x 4. A partida foi no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza-CE.
Jenison, Gabriel Santiago e Matheus Blade (2x) fizeram os gols do alvinegro natalense.
Com o resultado, o Ferroviário segue com um ponto e em 18º na competição, ainda sem vencer na competição. O ABC, por sua vez, chegou aos quatro pontos e é o 12º, tendo alcançado sua primeira vitória.
O Ferroviário volta a campo no próximo sábado (25), diante do Floresta, fora de casa, às 19h30. No mesmo dia, mas de 17h, o ABC visita o Confiança.
América
Em jogo equilibrado, mas em que demonstrou mas eficácia no ataque, o América venceu o Potiguar de Mossoró pela Série D do Brasileirão 2024, nesse domingo. O jogo foi na Arena das Dunas, em Natal.
Marcos Ytalo e Alan, ambos no segundo tempo, fizeram os gols americanos.
Com a vitória, o América está na vice-liderança do Grupo A3 da Série D, com sete pontos, cinco atrás do líder Treze. Já o time mossoroense o vice-lanterna, com três pontos, estando também a três pontos de distância do Santa Cruz-RN, primeiro time dentro do G-4.
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“A pior solidão é não estar confortável consigo mesmo.”
Mark Twain
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Do Blog Tárcio Araújo
Após uma divergência entre os donos das terras por onde passa o desvio privado em Lajes-RN, no Sertão Central, o acesso foi fechado por algumas horas na manhã deste Domingo (19). Impasse pegou os condutores de veículos de surpresa e causou enormes transtornos para quem precisa trafegar pela BR 304.
A rodovia foi interditada desde o dia 31 de março em razão da queda de uma ponte, devido enxurrada.
Segundo informações levantadas no local, um dos proprietários teria exigido que a cobrança do “pedágio” fosse feita também na porteira de sua propriedade (a que fica do sentido de Mossoró).
Após a divergência, a proprietária de uma das terras permitiu a reabertura da porteira, mas de forma momentânea até que se decida um acordo entre as partes, sobre o compartilhamento da cobrança pelo acesso.
Uma reunião acontece neste momento entre o filho da proprietária de uma das terras, vindo de Natal, para conversar com Armando Filho, dono da propriedade por onde ocorre a cobrança do pedágio.
O trecho todo tem cerca de 2.700 km, entre uma parte da BR e a outra.
Por enquanto, o desvio privado está reaberto. Estamos tentando contato com os proprietários e logo mais traremos novas atualizações.
*Imagens de Washington Fernandes.
Nota do BCS – Em função da ausência do Estado, naquilo que lhe compete, é esperarmos uma negociação conciliadora entre as partes. Ô RN Sem Sorte!
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Por José Nicodemos de Souza
Jaime Hipólito Dantas; dá tristeza andar tão esquecido o contista mais rematado que nunca existiu em Mossoró. No mais, crítico literário de altos méritos, pelo que é possível dizê-lo, sem dúvida nenhuma, à altura dos maiores, do Rio Grande do Norte e de fora.
Seu livro de contos “O Aprendiz de Camelô” ficou mesmo na primeira edição, se Mossoró pudesse dar-se ao luxo de relegar ao esquecimento o valor mais alto da sua literatura de ficção, se o leitor se der ao trabalho de examinar-lhe os contos como estrutura artística.
Quer do ponto de vista da estrutura interna, quer da estrutura externa, são os contos de Jaime Hipólito, em cada grupo temático, legítimas obras de arte literária, que não têm inveja às melhores do gênero, não só produzidas por estas bandas. Direi, sem medo de errar, trata-se do literato mais perfeito e rematado que Mossoró ainda produziu, opinião que era também do nosso inigualável estilista Dorian Jorge Freire, correspondente à possibilidade dos mais elevados conceitos sobre o contista de Mossoró.
Seu conto “A Tragédia do Negro Jesus”, em que tematiza uma época marcada pelas lutas sindicais, pode-se considerar uma pequena obra-prima, pela possibilidade de linguagens, urdidas com os traços do elemento humano, que caracterizam, decerto, a verdadeira obra de arte literária, atenta a criação literária como interpretação da vida pelo prisma da arte. É bem para dizer que Jaime Hipólito , sobre ser um ficcionista de largo faro humano, era também um teórico da literatura, fartamente lido nos mestres de mestres.
Assim é que coisa é muito para lamentar a inversão de valores que ora se vê em nossa cidade, atingindo em cheio esse vulto patrimonial da cultura mossoroense, que vem ser Jaime Hipólito Dantas. No último, em data, vestibular da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, sirva de exemplo, em que se pretendeu incluir um autor da cidade na lista dos autores literários indicados, desprezou-se Jaime Hipólito ou, seria melhor dizer, humilharam-no, preferindo às suas letras um valor menor, menorzinho.
Desculpem-me a maneira franca de encarar as coisas. Não é de admitir uma cidade que tem tradição em matéria de letras literárias, hoje com quatro instituições de educação superior, e coisa e tal, venha trocar ouro de lei por cobre. Desvirtuando-se do seu passado e do seu presente no que diz à referência intelectual.
Urge reabilitar, para esta geração nova, estudiosa, a obra e o nome de Jaime Hipólito Dantas, com Dorian Jorge Freire, as legítimas referências literárias da Mossoró.
Somos uma cidade com pretensão a capital brasileira da cultura.
José Nicodemos de Souza foi professor, vereador em Areia Branca, escritor, jornalista, poeta, cronista e contista com atuação em jornais de Mossoró como O Mossoroense, Gazeta do Oeste e De Fato, falecido nesse sábado (18) – veja AQUI.
*Crônica originalmente publicada no Jornal de Fato de 20 de dezembro de 2006, republicada por nós em sua homenagem.
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Por Marcelo Alves
Andei prometendo – e promessa deve ser cumprida – escrever aqui sobre a Cecil Court, ruela de pedestres londrina que é completamente tomada de pequeninas lojas de antiguidades e colecionáveis, livrarias e sebos especializados em primeiras edições, raridades, mapas, gravuras, ilustrações e em temas tão variados como línguas, automóveis, música, numismática, teologia, magia e por aí vai. Essa “ruela cultural”, no miolo turístico da capital do Reino Unido, liga a Charing Cross Road à St. Martin’s Lane, na direção de Covent Garden. Facílimo de achá-la.
Com uma história que retroage ao século XVII, a Cecil Court sempre esteve de alguma forma relacionada às artes. Dizem que o pequeno Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), quando em Londres por volta de 1764-1765, morou lá. Quer mais? Já a primeira livraria parece ter se estabelecido por ali antes da chegada desse morador ilustre, ainda no comecinho do século XVIII, com proprietários de origem francesa.
É claro que a Cecil Court teve suas idas e vindas do ponto de vista arquitetônico. Foi quase reconstruída no tempo de Robert Gascoyne-Cecil (1830-1903), o 3º Marquês de Salisbury e primeiro-ministro do Reino Unido por três vezes (1185-1886, 1886-1892 e 1895-1902). Uma reforma para melhor, como era de praxe à época, com a remoção dos edifícios antigos, substituídos por prédios e lojas melhor construídas, sanitariamente adequadas e de proporções mais atraentes.
Se essa reforma urbanística deu a forma “definitiva” à Cecil Court, depois dela a ligação dessa ruela com as artes não parou de crescer. Já na virada do século XIX para o XX, a Cecil Court esteve fortemente relacionada ao nascimento da indústria cinematográfica britânica. Fornecedores de equipamentos técnicos, produtores e distribuidores estabeleceram-se em seus prédios. Esses “cineastas” pioneiros, alguns dos principais nomes de então, eram os seus “locais”. A ruela era o “coração dessa recém-nascida indústria”, dizem os historiadores.
Foi também por essa época que editoras e livrarias começaram a chegar em grande número à Cecil Court, ainda dividindo espaço com o povo do cinema. Esse boom se deu antes da 1ª Guerra Mundial, certamente. Eram sobretudo comércios de livros especializados, como ainda hoje o são. E foram só crescendo. Ocupando os dois lados da ruela, embora nem todas as lojas sejam livrarias tecnicamente falando. Temos também comércios de outras “curiosidades” ligadas ao que ainda chamamos de cultura.
De toda sorte, para esta crônica, o mais importante é ressaltar a sensação que tive ao voltar à Cecil Court na minha recente viagem em família: ela está quase como eu a deixei. Plena de comércios de livros e assemelhados. Eis uma lista deles extraída da página da Internet criada para a querida ruela dos livros (www.cecilcourt.co.uk): Alice Through The Looking Glass, Art Deco Gallery London, Bryars & Bryars, Coin Heritage, Colin Narbeth & Son Ltd, Daniel Bexfield Antiques, Darnley Fine Art, Goldsboro Books, London Medal Company, Marchpane, Mark Sullivan Antiques & Decoratives, November Books, Panter & Hall, Serhat Ahmet, Stephen Wheeler Medals, Storey’s Ltd, Sworders Fine Art Auctioneers, Tenderbooks, Tindley And Everett, Travis & Emery Music Bookshop e Watkins Books. Pelos nomes, embora em inglês, já dá para saber do que cuidam. Claro, não dá para visitar todos em uma só agradável tarde londrina.
Flanei em Cecil Court com a minha família, como fazia outrora sozinho, de mãos dadas apenas com a saudade de casa. Tiramos fotos. Xeretei algumas vitrines e lojas. O pequeno João a pé, à frente, animado deveras. E, aqui, para finalizar, apenas repito as palavras do grande Graham Greene (1904-1991): “Obrigado, Deus! Cecil Court continua Cecil Court…”
Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL
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Por Bruno Ernesto
Há instantes que, aparentemente, são insignificantes. Porém, inexplicavelmente, ficam gravados em nossa memória e nos acompanham pelo resto da vida.
Uns vêm em formato de déjà-vu, outros reaparecem do fundo de nossa memória ao sentirmos um determinado cheiro, sabor, chegar num lugar ou escutar uma música.
É o que chamam de memórias afetivas, algo bem distinto da nostalgia.
Há também aquela sensação esquisita de que não temos bem certeza se sonhamos o mesmo sonho outras vezes.
Eu mesmo já cheguei a anotar um determinado sonho que parece se repetir há anos, para ter certeza que sonhei a mesma coisa. Se bem que faz alguns meses que esse déjà-vu dos sonhos não me ocorre.
Um desses momentos que guardo na memória, foi uma pescaria numa espécie de lagoa formada nas proximidades do rio Mossoró, onde havia uma pequena ponte no meio daquela mata onde passavam os trilhos da ferrovia que ligava Mossoró a Souza, na Paraíba.
Essa lagoa não tinha ligação direta com o rio, mas estava na várzea entre o grande Alto de São Manoel e o Alto da Conceição e era repleta de peixes, e que, após, não sei como, eu e alguns amigos termos descoberto sua existência, fomos lá pescar num final de semana bem cedo, num comboio de bicicletas BMX.
Para não perder a viagem, também levamos as nossas baladeiras e os bornais de pano repletos de pedras. Passarinhos, calangos e qualquer ser vivente que entrasse em nossa mira, viraria caça.
Por volta das sete horas da manhã, nos reunimos na casa do meu amigo Lawrence Davi, que era uma espécie de ponto de encontro dos meus amigos, e após a turma toda se fazer presente, tomamos bastante água e fomos organizando a saída para aquela que seria mais uma aventura de um grupo de uns cinco ou seis crianças que sumiam no meio do mundo com as bicicletas, para o desespero de nossos pais.
No momento que saímos da casa, tocava a música “Meia-lua inteira,” de autoria de Antônio Freitas e Carlinhos Brown, e interpretada por Caetano Veloso.
Naquele instante, olhei para meus amigos em suas bicicletas, numa conversa descontraída; uns sorrindo, outros empinando a bicicleta, e tudo parecia estar em câmera lenta para eu poder gravar para sempre na memória aquele instante, o que de fato ocorreu.
Não demoramos para chegar à lagoa e de cima da ponte, pescamos a manhã inteira até a moleira não aguentar mais o sol, e no momento de irmos embora, resolvemos tomar um bom banho nessa lagoa e, claro, passamos a pular da ponte.
Jamais voltamos lá. Fomos apenas aquela vez.
Tempos depois, já adulto, me atentei para o significado daquela música e me surpreendi.
O título da música remete a um movimento da capoeira e ela se refere à identidade cultural e à liberdade do capoeirista desaparecendo na mata, sempre em movimento, e que não se deixa ser contido, tal qual fazíamos quando saíamos em nossas aventuras naquela época, o que é muito difícil de ser feito pelas as crianças de hoje.
Infelizmente, a realidade é outra.
Entretanto, basta escutar essa música que lembro daquele dia e dos meus amigos de aventura, como se acabasse de ter ido lá com eles. Foi surreal.
Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor
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Por Odemirton Filho
O poeta Mario Quintana disse certa vez que “o café é a bebida da amizade, o companheiro das reflexões solitárias, o refúgio dos pensamentos inquietos.” Sim, é bom saborear um café para começar o dia; um gole de café nos faz despertar para a labuta diária. E, como bem disse o poeta, é o companheiro das reflexões solitárias. Às vezes, ao tomar um café, refletimos sobre o nosso eu, muitas vezes tão repleto de dúvidas e angústias.
Entretanto, degustar um café ao lado de boas companhias faz toda diferença. Assim é com a confraria do café, lá na casa do nosso dileto escritor, Marcos Ferreira. Ele nos recebe de braços abertos, com um sorrisão estampado no rosto. Já tive o prazer de fazer parte dessa reunião de pessoas do bem, juntamente com Rocha Neto, do excelente restaurante Prato de Ouro. É um momento para dar boas risadas, sem o formalismo de alguns ambientes cheios de frescuras.
Por lá, aparecem pessoas dos mais variados estratos sociais, e o melhor é que não há hierarquia entre os convivas, todos ficam à vontade. É um espaço plural, no qual as conversas são leves, sem o radicalismo que tem dividido o país nos últimos tempos.
O fato é que sempre gostei de visitar Cafés. Há mais de dez anos, semanalmente, vou tomar um cafezinho em Duarte´s Café, de propriedade de Dona Toinha e Rafael Arcanjo, professor aposentado da Uern. Já conversei com muita gente boa no local. Aliás, foi onde conheci o advogado e escritor Bruno Ernesto, colaborador deste Blog.
Vez ou outra, acompanhado da minha mulher, visitamos alguns Cafés da cidade, já conhecemos quase todos. Alguns ambientes são mais requintados, outros, simples. Não importa, o que vale é o calor da companhia, além do café, claro.
Durante os quinze anos que lecionei na Universidade Potiguar, no intervalo das aulas, convivia com professores de vários cursos e, ao tomarmos um café, trocávamos experiências, era um momento aprazível. No Fórum da Comarca de Areia Branca, onde trabalho há quase dezenove anos, sempre tem a pausa para o cafezinho, ocasião para ficar atualizado das fofocas.
Pois é, da próxima vez que for à casa de Marcos Ferreira, na confraria do café, levarei umas saborosas bolachas da padaria de Sinval e, entre um gole e outro, vamos colocar a prosa em dia. Mesmo porque, segundo Quintana, “o café é a poesia dos encontros, o elo que une pessoas e histórias.”
Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos