• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 22/08/2021 - 07:50h

Querido Texto…

Por Marcos Ferreira

Bom dia, querido Texto. Ou boa tarde ou boa noite, a depender do momento em que você se faça presente ao longo destas páginas.

Aqui estamos, mais uma vez, neste encontro ameno e silencioso. E é sempre assim, você comigo e eu com você, sujeito às suas conveniências. Escrevo, porém, com o mesmo carinho, com renovada alegria e prazer. Exatamente, querido. Toda vez é uma grande satisfação colocar-me diante deste velho notebook, sentado a esta escrivaninha já bamba, e estabelecer contigo este diálogo. Jamais um solilóquio. Porque sei que da sua parte, com as suas particularidades, interagimos.

Como percebe, hoje amanheci coberto de lirismo. Sinto a alma leve. Estou de bem com a vida, aqui tomando o meu cafezinho escoteiro e ouvindo a passarada trinando na copa da mangueira, no quintal da residência aos fundos da minha. É uma beleza essa trilha sonora. Isso ocorre, sobretudo, cedinho.escrita, texto, escrever, diálogo,

Nessas ocasiões sequer aciono a playlist com oito horas de blues. Dou preferência à maviosa e diversa música dos cantores alados. Sei que isso não é novidade, recordo que falei sobre esses artistas outro dia. No entanto, como costumo dizer, não faz mal recordar o que faz bem. Ao menos a mim, que desafino até batendo palmas, a música propicia um lenitivo, um bem-estar indescritível.

Então, querido Texto, ouçamos mais o que nos têm a dizer os passarinhos. Quanta poesia existe em suas vozes polifônicas! É um privilégio poder ouvi-los, “mal rompe a manhã”, como no verso de Drummond. Quisera eu ter maior engenho, um tanto mais de poeticidade na escrita para homenageá-los.

Há ainda o farfalhar dos ramos da grande árvore, expostos ao sabor do vento. Isso, de repente, lembra-me “as folhas de coqueiro amareladas pelo tempo” aqui e acolá referidas pelo cronista Inácio Augusto de Almeida, visão de que usufrui deitado em sua cama, através da janela do quarto. Inácio, não nos enganemos, é um enfeitiçador de palavras. Possui o que contar e faz isso com qualidade.

— Canta, canta, passarinhos — murmuro aqui, como se eles fossem capazes de ouvir e de entender o que eu digo. Não é, Bilac?

Após um bocejo leonino, tomo mais um gole da rubiácea. Estalo os dedos, conserto os óculos no alto do nariz, e me aprumo na cadeira giratória. Penso em soltar o blues, porém o trinado do passaredo continua em alto e bom som. Gudãozinho, minha grácil e trêfega gatinha, aninha-se aos meus pés.

— Oi, Gudãozinho? — converso com ela, como de costume. Isso ocorre o dia todo. Ela ronrona, comprime os olhos azuis. Adora deitar-se sobre meus chinelos. Arranha de leve meu pé esquerdo, ameaça mordiscar-me o tornozelo. É brincalhona à beça. Mas só comigo. Quando recebo alguém, ela foge, vai se esconder no banheiro, atrás do vaso sanitário. Fica lá encolhida até a visita ir embora.

— Quer seu sachê? — aí ela arregala os olhos.

Permita-me uma digressão, ou um parêntese.

Imagine você, querido Texto, o estado em que Gudãozinho me apareceu. Certa manhã, quando abri o portão para colocar um saco de lixo na calçada, era dia de coleta, notei aquele vulto branco invadindo o quintal. “Um gato!”, concluí imediatamente. Larguei o saco e voltei para expulsar o suposto invasor.

Coisa nenhuma. Ao me inteirar da situação da felina, não tive coragem de jogá-la de volta na rua. Quando me aproximei, Gudãozinho correu para o fundo do muro. De tão fraca, entretanto, ela tropeçou nas próprias pernas e caiu. Não mais se ergueu, abdicou da fuga. Encontrava-se às vascas da morte. Era tão somente pele e ossos. Consegui uma xícara de ração com uma vizinha e dei à gata.

Estimei que tivesse uns três meses de idade. Comeu deitada, as patas dianteiras sob o colo. Não conseguia ficar de pé. Adotei Gudãozinho, que é felpuda e branquinha. Então apliquei essa corruptela à palavra algodão. Era abril. Daí para cá Gudãozinho dobrou de peso e, agora, esbanja saúde e boniteza.

Bom, fechemos o parêntese, retomemos a pauta. Penso em você, querido Texto, a cada palavra inserida nesta crônica adocicada. Sim. Um pouco de doçura não faz mal. Vivemos tempos tão amargos, nefastos. Viu aquele bizarro desfile bélico em Brasília? Pois é. Que ridículo! Felizmente, sempre combativo, temos aqui um François Silvestre, que já entra dando uma voadora nesses fascistas.

Basta! Não quero (por higiene mental) discorrer acerca de política. Não pelo menos nesta crônica, que desejo oferecer exclusivamente a você, meu querido Texto. Que estas páginas, ao fim e ao cabo, adquiram algum brilho, exibam algo de belo, quem sabe como os lindos olhos azuis de Gudãozinho.

— Não é, Gudãozinho? — ela nem liga.

Repito, com alguma variação, o que falei ao meu editor Carlos Santos e à amiga Rozilene Ferreira da Costa: você, querido Texto, dignifica estas publicações dominicais. As pessoas (leitores) me vêm saudando, parabenizando por nossa parceria. Isso tem feito valer a pena cada minuto, cada hora que dedico a esta sadia relação; eu que passei longos quinze anos sem publicar em periódicos.

Portanto, querido Texto, tenho recebido muitos incentivos de leitores também queridos e gentis. Vem-me à lembrança a amiga Cristiane dos Reis, que domingo passado me brindou com este gratificante comentário: “Por favor, não ouse me deixar sem crônica no café da manhã. Já estou acostumada”.

Como posso não me inspirar com essas pessoas? Daí a pouco surge alguém do quilate de um João Bezerra de Castro, autor de Pegadinhas da Língua Portuguesa, rica obra publicada em três volumes, e declara isto:

“Com o texto ‘Hoje não tem crônica’ o autor esbanjou talento e nos encantou. Sem dúvida, é um craque do gênero crônica. Estou na fila aguardando o livro com todas as crônicas já publicadas porque, pela excelente qualidade, precisam ficar registradas na história da Literatura Brasileira”. Obrigado, João.

Nesse exato domingo, no espaço do leitor, Luiza Maria escreveu a certa altura: “Alguns clientes batiam na mesa para chamar minha atenção para poder pagar… eu estava totalmente enfeitiçada… e esse mesmo feitiço se repete toda vez que leio Marcos Ferreira. Continuo encantada!” Gratíssimo, Luiza.

Desculpe se, porventura, exibir tais vozes lhe parece cabotinismo. Não é cabotinismo, tão só orgulho. Orgulho de ser lido, entre outros, por um Odemirton Filho, um Marcos Rebouças, uma Vanda Jacinto, um Rocha Neto, uma Simone Martins, um Aluísio Barros, uma Rizeuda da Silva, um Jessé Alexandria, um Airton Cilon, um Marcos Aurélio, um Fabiano Souza, um Marconi Amorim.

Gente de lugares diversos. Daqui: Mário Gaudêncio, Francisco Nolasco, Zilene Medeiros, Elias Epaminondas, Vanda Maia, Misherlany Gouthier… De fora, uns mais longe, outros menos: Túlio Ratto (Natal); Clauder Arcanjo (Fortaleza), e Alcimar Jales (Rio). Sinto-me honrado com a leitura de todos.

— Esqueci-me de alguém, Gudãozinho?

Mirando meus olhos, ela balança a cabeça afirmativamente. Bom, fiquemos por aqui. Receba o meu abraço, querido Texto. Aproveito para erguer um brinde com café a este nosso antigo e prazeroso convívio. Tim-tim!

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica

Comentários

  1. Amorim diz:

    Bom dia Caro Marcos Ferreira.
    Havia pensado em falar sobre minha Vó Lindú. Mas ao ler crônica no Nosse Editor, resolvir escrever com o tema Confissão de Alienado. Fiz, tomou -me quase uma hora, mas apertei alguma coisa, pois escrevo de “bate pronto” e perdeu-se no limbo.
    Esse tal Alienado, era eu mesmo.
    Bom.
    Prologo.
    Peçoo ao Caro Editor do “Nosso Blog” mais uma vez a anuência para postar tal escrito. E por falar em nosso blog me veio a lembrança de Santa, figura querida do Açu Antigo.
    Pois bem, certo dia estava Santa num sítio, por traz da gameleira fazendo “as coisas” quendo um conhecido os viu e disse: Santa! O que é isso?? De imediato ela levantou-se e vociferou! É meu primo; tenho todo direito. E continunou.
    Pois bem é “Nosso Blog” tenho todo direto. Kkkk
    Glosa de minha Vó.
    Mote: Tomara já me Formar
    Prá Comprar um Radiolla. (Fortaleza, setembro de 1969)
    Glosa.
    Como é doce recordar
    O que um menino dizia
    Já pensando em cirurgia
    Tomara já me formar
    Deu sérios tratos à “bola”
    Deixou o tempo passar
    E a vida continuar…..
    Hoje o “menino” é Doutor
    O seu tílulo já conquistou
    Prá comprar uma radiolola.
    Está conforme?
    Lindú
    9 anos depois,
    Reminiscências de uma jovem Avó de 18 anos ( inverta os números) comparando a mocidade!
    Açu, 09-07-978.
    Escrevi, com lágrimas nos olhos, pois esta missiva recebida em ” mãos” está em um quadro.
    Caro Marcos, entre outras admirações, além de esperar aos domingos as suas crônicas, que elogios seria redundância, velo que você agradece a quem os leu e comentou.
    Em tempo, sei que não é o meu forte a escrita, mas continuarei fazendo. Um dia melhor Apenas tenho cuidado com palavras do nosso vernáculo.
    Um abraçaço.
    Vanda, lembranças ao primo Jacinto.

    • Amorim diz:

      NR. Vejo
      Peço

    • VANDA MARIA JACINTO diz:

      Olá Primo!
      Serão dadas!

      Abraços

    • Marcos Ferreira diz:

      Caro Amorim,
      Mais uma vez, obrigado por sua leitura e participação neste espaço.
      Forte abraço e uma ótima semana para você.
      Marcos Ferreira.
      P.S.: Sugiro que comece a enviar essas suas histórias diretamente para o Carlos Santos, ao invés de publicá-las aqui, no espaço reservado à opinião acerca das crônicas em tela. Porque, pelo que vemos, você tem muitas coisas interessantes para contar e merece maior destaque.

  2. Mário Gaudêncio diz:

    Querido Marcos,

    Seus lindos textos de domingo, me ajuda ser uma pessoa cada vez melhor.

    Grande abraço.

    • Marcos Ferreira diz:

      Prezado amigo Mário Gaudêncio,
      Bom dia…
      Fico extremamente feliz em saber que estes meus escritos dominicais lhe tem proporcionado coisas boas. Para mim, meu caro, isso é muito gratificante. Forte abraço e até domingo.
      Marcos Ferreira.

  3. Alcimar Jales diz:

    Bom dia, meu irmãozinho Marcos Ferreira.
    Mais uma vez me deparo com essa belalissima crônica. Que já fez parte do meu café da manhã,
    Que vem como um cereja para da o toque final no bolo sobre a messa.
    Um bom domingo meu velho e bom amigo.
    Me desculpa se tem alguns erros pois, não sou muito bom como vc nas palavras, mas, é do fundo do coração!!!!

    • Marcos Ferreira diz:

      Querido amigo Alcimar Jales,
      Bom dia…
      Grato, mais uma vez, por sua leitura e presença neste espaço. É sempre uma honra contar com sua atenção e palavras de estímulo. Mesmo de tão longe, você aí na Cidade Maravilhosa, eu aqui nos confins de Mossoró, receba o meu abraço de carinho e admiração.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  4. Aluísio Barros de Oliveira diz:

    Um café escoteiro! Lá se vem a infância inteira no rastro poético da crônica de M. Ferreira. Sol?! Pode subir. Bom domingo.

    • Marcos Ferreira diz:

      Querido amigo e poeta Aluísio Barros,
      Bom dia…
      Estou sentindo falta, já faz um tempo, de qualquer dia sentarmos para tomarmos um bom cafezinho escoteiro. Espero que esse dia esteja próximo. Será uma grande satisfação reencontrá-lo fora deste espaço internético, de corpo presente. Até breve, então.
      Forte abraço,
      Marcos Ferreira.

  5. Odemirton Filho diz:

    Meu caro Marcos Ferreira. Os seus textos dominicais são repletos de lirismo. Aquecem nossa alma. Os domingos ficam mais leves. Nós é que agradecemos a sua presença neste espaço. Torna-o maior.
    Até domingo! Fique bem.
    Abraços!

    • Marcos Ferreira diz:

      Querido Odemirton Filho,
      Bom dia…
      Você, desde sempre, com sua escrita não menos leve e lírica, tem-me sido uma grande inspiração nesta gratificante aventura de escrever crônicas dominicais para o Canal BCS (Blog Carlos Santos). Grato, portanto, por sua leitura e carinho.
      Cordialmente,
      Marcos Ferreira.

  6. Marcos Aurélio de Aquino diz:

    Bom dia meu querido, tim-tim. Que delícia, mais uma bela crônica matinal, sempre reservando textos confortantes e brilhantese, apesar das asperesas da vida, nem sempre tão amena. Muito obrigado pela leveza e pela “viagem dominical”.

    • Marcos Ferreira diz:

      Prezado amigo Marcos Aurélio,
      Bom dia…
      Muitíssimo obrigado por sua leitura, carinho e palavras tão motivadoras. Espero continuar apresentando neste espaço textos que façam valer a pena a atenção e tempo dedicados a estes meus escritos.
      Forte abraço e até domingo.
      Marcos Ferreira.

  7. Jessé de Andrade Alexandria diz:

    Querido Marcos, texto sensível, alado. Você conversa com o texto, e o texto conversa consigo mesmo. O efeito alcançado é de quase autorretrato. Lírica selfie. A homenagem feita aos leitores é bonita e sincera. Não que você necessite sobremaneira de leitores, estes precisam muito mais de você. Antonio Machado disse algo parecido no seu Retrato: “Nada vos devo, deveis-me por quanto tenho escrito…” E não é dívida paga em mercadoria-dinheiro; a paga é feita com a leitura atenta, com o diálogo também sincero. Mas se o escritor necessita do leitor de algum modo, que seja de um leitor viajante (não basta ser o leitor traça ou aquele em sua torre de marfim), imaginado por Alberto Manguel. Talvez esse leitor viajante valha a pena. Numa crônica, há sempre uma maneira de fazer carinho na realidade, por mais que a extraviemos.

    • Marcos Ferreira diz:

      Querido amigo Jessé de Andrade Alexandria,
      Você é um escafandrista literário, um hábil dissecador destas minhas colaborações dominicais para o Canal BCS (Blog Carlos Santos). É uma grande honra, um privilégio, contar com um leitor com tamanha acuidade e sensibilidade como você. Cada depoimento seu aqui exposto representa para mim uma especial, particular consagração. Muitíssimo grato, portanto, por sua leitura, inteligência e carinho. Forte abraço e até domingo.
      Marcos Ferreira.

  8. Rocha Neto diz:

    Acho que no terceiro parágrafo da sua crônica em tela, aonde você expôs o seu estado de espírito e vida se encontra tudo que o ser humano deseja para navegar por este nosso vale de lágrimas denominado de mundo, pois quisera Deus que todos os seus filhos contassem com um cotidiano certo de receber os goles de café da manhã, almoço e jantar; talvez o nosso mundo fosse mais diferente, principalmente o nosso Brasil velho de guerra, aonde atualmente 14.000.000 de irmãos em Cristo, nenhuma das refeições citadas têm como certeza ao alvorecer de cada novo dia, isto sen mencionar outras mazelas que atormentam nossas almas.
    Fico feliz porque você no lar doce lar aonde juntamente com Natália e Gudãozinho estão vivendo com saúde e paz, reina o sonho de momentos alvissareiro para o amanhã que a cada ciclo de 24 hs se renova, e este sonho com certeza virá pois quando nossas almas se encontram em estágio de brilho e luz, só o que é bom nos acontece! E é isto que vocês merecem. Hoje não irei me alongar no meu humilde comentário inerente a mais uma crônica de sua autoria, a qual só merece ser lida e analisada por pessoas de bons sentimentos e desejos.
    No mais, até amanhã ao raiar do dia através de minhas humildes mais verdadeiras mensagens de BOM DIA com saude e paz. Inté lá.

    • Marcos Ferreira diz:

      Querido amigo Rocha Neto,
      Bom dia…
      Sua avaliação da minha crônica (com sensível análise da situação demasiado triste em que tantas pessoas se encontram a esta hora, privadas do essencial, do pão de cada dia) demonstra a pessoa sensível, o ser humano fraterno e de bom coração que você é. Cada vez mais aumenta a minha admiração por você. Suas mensagens matutinas, que me chegam invariavelmente pelo WhatsApp, espelham seu carinho e amor ao próximo. Grato, mais uma vez, por sua leitura e depoimento. Forte abraço e até domingo.
      Marcos Ferreira.

  9. VANDA MARIA JACINTO diz:

    Olá Marcos, boa tarde!

    Um delícia amanhecer aos domingos, certos de ler o seu pensar…
    O lirismo de hoje, chegou como bálsamo em minha alma! Aproveitando o ensejo, agradeço o carinho com que se dirige a cada um de nós, leitores, mas, como disse um deles, nós é que agradecemos o presente que você nos oferta! Parabéns!

    • Marcos Ferreira diz:

      Amiga poetisa Vanda Jacinto,
      Bom dia…
      É sempre uma grande alegria revisitar este espaço destinado à opinião dos leitores e encontrar suas tão sensíveis e gratificantes palavras. Isto é uma recompensa, algo que só me inspira e motiva cada vez mais. Não posso deixar de ser grato a você e aos demais leitores, que me tem honrado com seu tempo e mensagens de estímulo.
      Forte abraço e até domingo.
      Marcos Ferreira.

  10. João Bezerra de Castro diz:

    Alguém já disse: “A gente se acostuma”.
    Se a frase não é bem essa, é coisa parecida, como sentenciou o inesquecível Belchior.
    Quando recebi de Francisco Nolasco, poeta mossoroense de grande valor, a primeira crônica do escritor Marcos Ferreira, comecei a me acostumar com a leitura, a qual se tornou alimento e hábito saudável.
    Voltei a tomar café, prática que havia excluído de minha rotina.
    Também passei a enxergar além do muro, oportunidade que tive de observar a frondosa mangueira plantada em frente de minha casa e a refletir sobre o comportamento dos passarinhos que nela repousam.
    Obrigado, Marcos Ferreira, pela citação de meu nome em sua bela crônica QUERIDO TEXTO!
    Senti-me honrado!

    • Marcos Ferreira diz:

      Prezado João Bezerra de Castro,
      Boa tarde…
      Tenho muito a agradecer ao nosso amigo e poeta Francisco Nolasco, versejador de grande competência e sensibilidade, um ser humano admirável, pela boa ação de nos ter propiciado esse vínculo literário. Vínculo este que espero resultar num ensejo em que possamos nos conhecer pessoalmente. Como você disse que retomou o hábito de tomar um cafezinho, quem sabe possamos sentar qualquer dia com o poeta Nolasco para um dedo de prosa regado pela rubiácea. Será uma alegria e grande prazer. Grato, mais uma vez, por sua leitura e opinião sobre estas minhas crônicas dominicais. Forte abraço e até breve.
      Marcos Ferreira.

  11. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Caro Marcos Ferreira, boa tarde!

    A propósito do QUERIDO TEXTO..que beleza de texto com inigualável tecitura, na qual, evidências fartas evidências do valor da natureza em suas crônicas e no seu mais íntimo poetar.

    Marcos, intimidades a parte, se você têm seu gudãozinho…eu tenho meu Botafogo…

    Explico, Botafogo é um gatinho que crio acerca de 02 anos , após sua mãe grávida ter “inadvertidamente” adentrado em meu ESCRITÓRIO…

    Botafogo…ora Botafogo por que o GATINHO… adotado GATINHO…todo pretinho com uma manchinha BRANCA…que mais parece uma estrela solitária..no Peito….!!!

    Coincidências a parte…o meu Botafogo age igualmente seu gudãozinho quando algum cliente, porventura chega e a encontra nos primevos afagos a seu suposto “dono”

    Marcos, nessa teia de textos , contextos e da importância da natureza das pessoas e da própria e circundante natureza em nossas vidas, apraz uma manifesta CERTEZA…

    Além…da natureza manifesta na inteligência dos animais e plantas que muitas vezes não conseguimos captar em nossa egocentricidade, efetivamente, somos e devemos reconhecer a importância do ser gregário..existentes em todos nós…!

    Por fim, não obstante o urbanismo que vos cerca…que os animais de quatro patas, mais e mais lhes traga tranquilidade, sabedoria e inspiração…no texto do próximo DOMINGO.

    Um baraco
    FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO
    OAB/RN. 7318

    • Amorim diz:

      Caro Fransueldo, entendo o que vc diz. Um baraço. Tenho respeito por vc; mas veja o siguinificado do “baraço”.
      Um fraterno abraçaço.

    • Marcos Ferreira diz:

      Prezado Fransueldo Vieira de Araújo,
      Boa tarde…
      É muito bom saber da sua sensibilidade e ligação com esses adoráveis seres de quatro patas, especialmente os bichanos, pelos quais tenho um fraco enorme. Já fiquei aqui imaginando a lindeza que deve ser o seu gatinho Botafogo, pretinho e com uma estrelinha branca solitária no peito. Minha gatinha Gudãozinho, que encontrei nas precárias condições citadas na crônica, hoje é meu xodó nesta minha solidão doméstica, um charme, um encantamento que me faz um bem indescritível. Ofertemos, portanto, mais amor aos animais e à Natureza como um todo. Forte abraço e até domingo.
      Marcos Ferreira.

  12. Cristiane dos Reis Braga diz:

    Meu amigo, que delícia. Hoje seu texto me encontrou com lua alta e radiante. Veio como uma brisa fresca a elevar minh’alma. Um carinho em Gudãozinho.

    • Marcos Ferreira diz:

      Querida amiga Cristiane dos Reis,
      Muito boa tarde…
      Não é de hoje que você é uma grande incentivadora da minha escrita, pelo que lhe sou enormemente grato. Então, minha Pequena Notável, só me sinto recompensado e cada dia mais motivado a produzir quando você me diz que gostou de algo que publiquei neste blogue do amigo Carlos Santos. Até domingo e um grande beijo para você e Israel.
      Marcos Ferreira.

  13. Simone Martins diz:

    Querido Marcos Ferreira,
    Linda, suave e doce crônica, repleta de lirismo onde você personifica o seu próprio rebento ao desejar-lhe bom-dia e ao registrá-lo com a inicial maiúscula. Agradeço a homenagem aos leitores onde o meu nome é citado, mas concordo com um deles quando afirma que nós, leitores, carecemos dos seus textos dominicais, por isso só leio seus apaixonantes textos na calada da noite, quando mergulho dentro de mim mesma na minha necessária introspecção!
    Obrigada, Marcos, por nós proporcionar esses momentos de deleite!

    • Marcos Ferreira diz:

      Querida amiga Simone Martins,
      Boa tarde…
      Obrigado por sua sensível e certeira avaliação da minha crônica “Querido Texto…”. Eu mesmo não saberia escrever melhor a respeito. Em poucas linhas, com agudeza e sensibilidade, você sintetizou tudo de forma admirável. Muitíssimo grato, mais uma vez, por sua leitura e presença neste espaço. Forte abraço e até domingo.
      Marcos Ferreira.

  14. Francisco Nolasco diz:

    Bom dia , boa tarde , boa noites…
    Bons fluidos, poeta!
    Crônica cheia de vidas, com miados, gorjeios e desfiles de amigos.
    Uma crônica realmente, QUERIDA !

    • Marcos Ferreira diz:

      Querido amigo Francisco Nolasco,
      Boa tarde…
      Adorei sua síntese: “Crônica cheia de vidas, com miados, gorjeios e desfiles de amigos”. Não precisa dizer mais nada, você disse tudo. Quero aqui, com a cumplicidade do João Bezerra de Castro, lhe fazer uma provocação, no bom sentido: está na hora (passando da hora) do amigo nos brindar com um novo livro de poemas. Pense nessa ideia 51, se me entende. E creio que me entende. Por falar no João Bezerra, ele disse, aqui nos comentários, que retomou o hábito de tomar um cafezinho. Aproveitemos esse acontecimento, portanto, e marquemos um encontro com ele para um dedo de prosa e outro de poesia, regado a um bom cafezinho. Estou às ordens. Forte abraço e até domingo.
      Marcos Ferreira.

  15. Amorim diz:

    Caro Fransueldo, entendo o que vc diz. Um baraço. Tenho respeito por vc; mas veja o siguinificado do “baraço”.
    Um fraterno abraçaço.

  16. ROZILENE FERREIRA DA COSTA diz:

    Boa tarde para todos!

    Querido e nobre amigo Marcos Ferreira

    É um privilégio e uma grande honra ser lembrado por você. Eu me sinto feliz e acho que você sempre nos surpreenderá. Essa é uma característica peculiar do Marcos escritor. Espero poder viver ainda alguns anos, para poder ter acesso às crônicas que você nos apresenta aos domingos. Perdoe-me porque ontem fiquei comprometida com umas atividades e não pude fazer um comentário sobre o Querido Texto. Mas, creio que não é tarde e mais uma vez temos uma riqueza literária, por meio da sua palavra, para nos livrar de tantas notícias ásperas que nos cercam. Parabéns. Nossos aplausos e sinceros agradecimentos. Um abraço.

    • Marcos Ferreira diz:

      Querida amiga Rozilene Ferreira da Costa,
      Boa tarde…
      Eu, sim, é que tenho que agradecer a você e aos demais amigos leitores pelo carinho, atenção e mensagens que tanto me tem motivado e inspirado. Com você, especialmente, a minha dívida de gratidão é bem maior. Isto devido àquele maravilhoso texto que você escreveu para a primeira orelha do meu livro de poemas “A Hora Azul do Silêncio”, cuja segunda edição foi lançada em 2016. Um presente imensurável. Muitíssimo grato, mais uma vez. Forte abraço e até domingo.
      Marcos Ferreira.

  17. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Caro Amorim..Boa noite/ madrugada!

    No. caso do significado, se não me falha a memória…significa LUZ!
    Claro…escrito com “ç” ..que muitas vezes esqueço..
    Entendo perfeitamente sua preocupação, ocorre que o baraço que, nasceu de um erro de digitação, quando quiz digitar abraço, e, inadvertidamente saiu baraço….

    Que no caso, pra mim passou significar no contexto dos comentários, simplesmente um abração, um abraço forte do um grande abraço com a liga de aço…

    Esse fato, inclusive me faz lembrar do nome de um grande chargista, dramaturgo, escritor, tradutor e fino senhor das artes e da inteligência irônica conhecido nacionalmente com MILLÔR FERNANDES…

    ESSE NOME MILLÔR FERNANDES, NA VERDADE,NASCEU DE EQUIVOCO DO TABELIÃO, QUANDO O PAU DE MILLÔR FOI REGISTRA-LO, AO INVÉS DE ESCREVER MILTON…ESQUECEU DE CORTAR O “T” E O “N” FICOU COM CARA DE ” R”

    DAI….NASCEU DE ERRO DO TABELIÃO UM RARO E FAMOSO NOME E DEFINITIVAMENTE FICOU MILLÔR FERNANDES..!

    Então…mais uma vez…Um baraço Caro Amorim.
    FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO.
    OAB/RN. 7318

    • Amorim diz:

      Se me permite uma “tréplica”, entendo perfeitamente vosso contexto. Mas vossa definição é para abraçaço. Já baraço significa laço de forca, corda com que enforcavam os condenados.
      Meusnhecimentos do nosso vernáculo é pouco; sou apenas curioso. Escrevo de enxerido!
      Um abraçaço com estima e consideração.

  18. Airton Cilon diz:

    O texto é uma conversa amigável entre o “EU” escritor e seu sentimento de amor e gratidão depositado nas palavras que os unem. E neste contexto amigável, é natural que essa próspera convivência renda muitas crónicas no decorrer da vida cotidiana. Grande abraço querido poeta escritor!

    • Marcos Ferreira diz:

      Querido poeta Airton Cilon,
      Muito boa tarde…
      Você, a exemplo de outros amigos leitores aqui nos comentários, não falhou na sua sensível avaliação de minha crônica. Faço minhas as suas palavras. É sempre uma honra e alegria contar com a sua leitura e presença neste espaço. Forte abraço e até domingo.
      Marcos Ferreira.

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