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quinta-feira - 24/07/2014 - 20:51h
Brasil e Israel

Relações exteriores e diplomacia em tempos de guerra

A diplomacia de Israel lembra Theodore Roosevelt, presidente dos EUA:

“Fale baixinho, mas com um porrete na mão”, disse o presidente, ainda no início do século XX.

Theodore, primo de outro presidente mais célebre, Franklin Delano Roosevelt, ajudou a construir a concepção de nação imperial dos EUA.

É dele a visão de que “A América Latina é o quintal dos EUA”. Servia para ofertar matéria-prima à fornalha industrial dos norte-americanos.

Cito Theodore, em face da celeuma em torno da posição do Estado de Israel, que emitiu comunicado tentando ridicularizar o Brasil e sua diplomacia, por defender entendimento pacífico e não a beligerância, no conflito entre israelenses e palestinos. Fomos tratados como “anão diplomático”.

Menos, menos.  Talvez o que Israel queira é um parceiro de porrete. Quem não concorda com ele, é anão.

Veja:

De acordo com o jornal “The Jerusalem Post”, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, chamou o Brasil de “anão diplomático”, ao comentar a decisão brasileira de chamar o embaixador para consultas por conta da escalada de violência na Faixa de Gaza. Nos últimos 16 dias, pelo menos 644 palestinos e 31 israelenses, entre estes 29 soldados, morreram na ofensiva de Israel contra o grupo islâmico Hamas.

O porta-voz, segundo a publicação, disse que a atitude do governo brasileiro é “uma demonstração lamentável de como o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático”.

Clique AQUI e acompanhe matéria mais completa.

Nota do Blog – Se o Estado de Israel não fosse um dos mais bem-armados do mundo, já teria sido varrido do mapa.

Mas é claro que seu propósito, em relação aos palestinos, é de fazê-los sumir.

São povos que se odeiam e se matam há milênios. Assim vão continuar.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. João Claudio diz:

    Em briga dos outros não se mete a colher. O governo petralha imaginou que iria abafar, mas que na realidade perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado. Alias, o governo que ai está, mesmo calado ainda está errado.

    A resposta do governo de Israel foi merecida e bem feita.

    Palmas.

  2. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Caro Jornalista Carlos Santos, como se infere do do “profundo, arguto e mavioso” texto da pena do Web-leitor João Cláudio, vivemos e vivenciamos um contexto de agudas e profundas contradições da era da comunicação disponibilizada em tempo real, pois, ao mesmo tempo que é oportunizado aos ditos cidadão brasileiros o direito à expressão e a dita livre manifestação democrática sobre variados assuntos, mas, o que se comprova é que grande parcela dessa desses cidadãos, nada, repise-se nada efetivamente tem a dizer.

    Temos um mundão de gente a utilizar as ditas redes sociais, muitas e muitas vezes da forma mais pobre, violenta e improdutiva que se possa imaginar, mais ainda temos um um mundão de gente absolutamente alfabetizada do ponto de vista virtual, porem de uma profunda ignorância política, assim como manifestante analfabeto em termos de história universal, quando não totalmente alheio e desconhecedor da história do seu próprio povo, pais e nação.

    Essa mesma gente, em grande parte tem na oportunidade de críticas a qualquer governo de plantão, uma espécie de catarse pessoal, diria um desabafo sem conhecimento das causas e efeitos das suas próprias proposições.

    No caso, despiciendo comentar da necessidade imperiosa – sob pena de nos colocarmos como símbolo do ridículo – de que se conheça um pouco da história dos povos, das relações históricas entre as nações e os povos desde priscas eras, diria até, conhecermos um mínimo que seja de geopolítica internacional para que possamos ao mesmo tempo nos interessar e emitir juízo de valor sobre assuntos que comportam tal magnitude.

    A esse respeito, peço Vênia para transcrever interessante, abalizado e lúcido artigo da pena do escritor e historiador uruguaio Eduardo Galeano, sobre esse, histórico e inesgotável conflito árabe/israelense, vejamos:

    Denúncias
    Galeano: Pouco a pouco, Israel está apagando a Palestina do mapa
    publicado em 22 de julho de 2014 às 16:10

    Galeano: Pouca Palestina resta. Pouco a pouco, Israel está apagando-a do mapa
    Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem sequer respirar sem autorização. Têm perdido a sua pátria e as suas terras.
    por Eduardo Galeano (*), em Esquerda.Net , Carta Maior
    Para justificar-se, o terrorismo de Estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe álibis. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo os seus autores quer acabar com os terroristas, conseguirá multiplicá-los.
    Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem sequer respirar sem autorização. Têm perdido a sua pátria, as suas terras, a sua água, a sua liberdade, tudo. Nem sequer têm direito a eleger os seus governantes. Quando votam em quem não devem votar, são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se numa ratoeira sem saída, desde que o Hamas ganhou legitimamente as eleições em 2006. Algo parecido tinha ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador.
    Banhados em sangue, os habitantes de El Salvador expiaram a sua má conduta e desde então viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem. São filhos da impotência os rockets caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desleixada pontaria sobre as terras que tinham sido palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à orla da loucura suicida, é a mãe das ameaças que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está a negar, desde há muitos anos, o direito à existência da Palestina. Já pouca Palestina resta. Pouco a pouco, Israel está a apagá-la do mapa.
    Os colonos invadem, e, depois deles, os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam o despojo, em legítima defesa. Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma das suas guerras defensivas, Israel engoliu outro pedaço da Palestina, e os almoços continuam. O repasto justifica-se pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico que geram os palestinos à espreita. Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, o que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, o que escarnece das leis internacionais, e é também o único país que tem legalizado a tortura de prisioneiros.
    Quem lhe presenteou o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está a executar a matança em Gaza? O governo espanhol não pôde bombardear impunemente o País Basco para acabar com a ETA, nem o governo britânico pôde arrasar Irlanda para liquidar a IRA. Talvez a tragédia do Holocausto implique uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde vem da potência ‘manda chuva’ que tem em Israel o mais incondicional dos seus vassalos? O exército israelense, o mais moderno e sofisticado do mundo, sabe quem mata. Não mata por erro. Mata por horror. As vítimas civis chamam-se danos colaterais, segundo o dicionário de outras guerras imperiais.
    Em Gaza, de cada dez danos colaterais, três são meninos. E somam milhares os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está a ensaiar com êxito nesta operação de limpeza étnica. E como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. Por cada cem palestinos mortos, um israelita. Gente perigosa, adverte o outro bombardeamento, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos convidam a achar que uma vida israelense vale tanto como cem vidas palestinianas. E esses meios também nos convidam a achar que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi a que aniquilou Hiroshima e Nagasaki.
    A chamada comunidade internacional, existe? É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos assumem quando fazem teatro? Ante a tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial destaca-se uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade. Ante a tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E como sempre, os países europeus esfregam as mãos.
    A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama uma ou outra lágrima enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caça aos judeus foi sempre um costume europeu, mas desde há meio século essa dívida histórica está a ser cobrada dos palestinos, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antissemitas. Eles estão a pagar, em sangue, na pele, uma conta alheia.
    (*) Artigo publicado no Sin Permiso.
    Tradução de Mariana Carneiro para o Esquerda.net.

    UM baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  3. naide maria rosado de souza diz:

    Um país sem diplomacia, ou seja, um “anão diplomático” é nação surda e muda.
    A relação entre os países, de mais variados costumes, precisa ser equilibrada. Há nações que não nutrem simpatia por outras e, mesmo assim, se toleram e praticam atividades comerciais de relevada importância. É questão de sobrevivência econômica. Damos graças a essa dependência de produto por produto pois ela cuida de acalmar ânimos.
    A humanidade precisa de paz. A paz depende da convivência pacífica entre os países. A guerra é uma afronta ao homem, ser humano. Pois não é possível que se mande homens sãos para uma trincheira, para que não voltem ou voltem mutilados. Onde repousa o discernimento, o juízo humano? A sua inteligência?
    Diz Israel, diante da manifestação do Brasil, que, em recente operação militar em Gaza, desaprovou o excesso
    israelense, que nosso país deu “suporte ao terrorismo.” No mesmo segmento chama-nos de irrelevantes.
    Ora, muita história para um país “irrelevante”. Se o fosse, chamar seu embaixador para uma conversa não teria tumultuado tanto. Seria um ato despercebido, diante de nossa irrelevância.
    Por outro lado, os palestinos estão parabenizando nossa Presidente. Essa guerra tem a idade do mundo. Sempre esperei o surgimento da inteligência fantástica, do homem de bondade extraordinária, daquele que ao falar, todos se curvassem, que terminasse com esse conflito. Não veio, mas persiste a minha fé em Deus.
    Seguinte: vamos aguardar os Bons Ofícios ou a melhor solução para o estremecimento. Não tenho motivos para desacreditar em nosso Corpo Diplomático. Lastimo, sim, a ausência de Rui Barbosa, nem que fosse para ouvir-lhes os conselhos, nossa “Águia de Haia.”
    ” A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é o maior elemento de estabilidade.”
    Rui Barbosa

  4. Everton diz:

    Duas coisas: Israel é uma potência militar porque sempre teve apoio e ajuda tecnológica militar dos Estados Unidos. Israel está mostrando que a melhor defesa é o ataque.

  5. Moisés Araújo diz:

    Israel é um condado americano. Bancos do mundo todo, inclusive do Brasil, financiaram a instalação e o desenvolvimento do Estado de Israel desde o início, porque apesar de não morarem lá, têm interesse cultural na sua existência. Eles estão em Wall Street, em Higienoplis, na City de Londres. O Brasil, finalmente, toma uma posição decente, que deixou de tomar em outras oportunidades. Israel teme que este gesto abra a porteira para outros países que não se manifestaram ainda, mas são tendentes a ter posição semelhante a do Brasil. Israel já perdeu a guerra, aos olhos do mundo. Ainda que extermine os palestinos, terão que passar o resto da sua existência pedindo desculpas ao mundo, assim como o faz a Alemanha até hoje em virtude do holocausto. Acreditasse mesmo que o Brasil é um anão diplomático, Israel sequer teria respondido à nota da chancelaria brasileira. Israel esperneia, tá no papel dela. Estranho mesmo é ter que testemunhar as manifestações de vitalatice, como a do João Claudio no comentário acima, que confunde a Nação Brasileira, representada pelo Itamaraty, com o Governo Brasileiro. O comportamento diplomático do Brasil está em perfeita harmonia com o que combinamos através da Constituição Federal de 1988. Quando tudo vira papo furado eleitoral, o debate fica pobre.

  6. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Porta-voz de Israel volta a alfinetar o Brasil e diz que desproporcional é 7 a 1 – InfoMoney
    Veja mais em: //www.infomoney.com.br/mercados/noticia/3477742/porta-voz-israel-volta-alfinetar-brasil-diz-que-desproporcional
    //////
    Este país que só existe graças a firme determinação de OSVALDO ARANHA, hoje nos trata desta maneira.
    Não fosse OSVALDO ARANHA estar presidindo a histórica II Assembléia Geral da ONU que votou o Plano daquela Organização para a partição da Palestina em 1947, que culminou na criação do Estado de Israel e até hoje os judeus perambulavam mundo afora.
    Mais respeito para com o Brasil é o que exigimos de um país que tanto nos deve.
    MAIS RESPEITO!
    ////
    OS ALUNOS NÃO BEBEM ÁGUA FILTRADA NAS ESCOLAS DE MOSSORÓ.
    UM PÃO COM UM GOLE DE CAFÉ PARA OS ALUNOS QUE CHEGAM FAMINTOS ÀS ESCOLAS MUNICIPAIS.

  7. FRANCY GRANJEIRO diz:

    É complicado a históoria daquele povo.Terra do sem ninguém.Será que Jesus andou mesmo por aquelas terras amaldiçoadas? Aquele presidente NETANYAHU aquilo é um seguidor de HITLER e ISRAEL, UM ESTADO GENOCIDA financiado pelos EUA.Quem ja se viu isso morte de mais de 700 palestinos até agora, contra menos de 40 ou 50 entre os israelenses! Esse monstro ta matando mulheres e crianças as custas dos EUA ALEMANHA……………..
    Esse tal de Netanyahu é Besta do Apocalipse, o Anticristo ou qualquer coisa parecida ou pior??? Um demônio…e a parlamentar/deputada judia de Israel a tal de Ayelet essa que é um montro afirma que as forças armadas de seu país deveriam matar todas mães palestinas, para que parem de gerar novas serpentes, que até causou polêmica e crise diplomática internacional…VIVA A PALESTINA…VIVA A PELESTINA
    BRASIL ARTICULOU NOTA DO MERCOSUL CONTRA ISRAEL E MANDOU O EMBAIXADOR DE ISRAEL PROS QUINTOS DO INFERNOS.

  8. Antonio Augusto de Sousa diz:

    Não sei quem é mais inimigo do povo palestino: Se Israel, que secularmente divide com eles o mesmo território, ou, os radicais do hamas, que faz dos civis palestinos “escudos” para as bombas israelenses.

    O real é que desde 1948, quando o estado israelense foi criado, que esses povos se matam em guerras idiotas(pra mim toda guerra é idiota). O que é peculiar em todas elas: sempre são iniciadas pelos árabes.

    Na de 1973, na mais “famosa” delas, a do Yom Kipur (dia sagrado dos judeus), o Egito e a Síria atacaram de surpresa, destruindo um terço da força aérea israelense em terra. Quando tudo parecia perdido, (se dizia à época, que Israel já pensava em usar seus arsenais atômicos, na tentativa de reverter o quadro), convencionalmente, Israel começou a reverter o quadro, derrotando de uma vez só, egípcios, sírios, jordanienses e iraquianos.

    Me lembro bem de Moshe Daian, comandante israelense das forças em terra, dizendo aboletado num tanque, subindo às colinas de Golan: “Agora, eles (os sírios), vão saber que, a distãncia de Damasco/Telaviv é a mesma Telaviv/Damasco”.

    Israel já devolveu em acordos de paz, à Península do Sinai, à faixa de Gaza, e a Cisjordânia. A primeira aos egípcios, e as duas últimas, formaram à nação palestina.

    Acho, imparcialmente falando, mais radicalismo, por parte dos loucos do hamás e hezbollah, do que dos israelenses.

    Acho que Dilma, agiu intempestivamente, ao se meter no problema.

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