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sábado - 27/10/2007 - 20:10h

Rosalba promete empenho por gasoduto do Seridó

A senadora Rosalba Ciarlini (DEM) disse hoje ao programa Pra Frente Seridó, na Rádio Rural AM (Caicó), que vai propor na próxima reunião da bancada federal a inclusão da construção do gasoduto Assu-Seridó como emenda coletiva ao Orçamento Geral da União de 2008.

“Estou assumindo o compromisso de lutar por um benefício essencial para o desenvolvimento da região Seridó e que amenizará o processo de desertificação da região. Vou levar o assunto à próxima reunião da bancada e pedir que o gasoduto seja uma emenda coletiva”, disse a senadora.  

Na terça-feira passada (23), a governadora Wilma de Faria se reuniu em Brasília com os deputados federais e senadores do Estado e propôs 16 emendas. Dessas, duas eram destinadas ao Seridó. Uma adutora ligando o Açude Boqueirão de Parelhas ao município de Carnaúba dos Dantas.

A outra era o canal de integração das bacias do Seridó. Os parlamentares escolheram 11 e as obras para o Seridó ficaram de fora. A região é marcada por graves problemas ambientais.

A extração de lenha da frágil vegetação de caatinga para a utilização como energia em fornos de cerâmicas, queijeiras, panificadoras e fábricas de doces é a causa do processo acelerado de desertificação que assola o Seridó.

Segundo dados da Agência de Desenvolvimento do Seridó – Adese, 24% do seu território está virando deserto. Cerca de 80 cerâmicas e mais de 300 queijeiras estão instaladas na região. 

A construção do gasoduto Assu-Seridó poderia transformar a região num pólo de desenvolvimento tecnológico e econômico, abastecendo 28 municípios seridoenses e cidades paraibanas próximas com 400 mil metros cúbicos diários de gás natural. Orçado em cerca de R$100 milhões, ele teria uma extensão total de 310 km. Partiria de um gasoduto já existente, o “Gasfor”, que leva gás de Guamaré até Fortaleza.

Em sua passagem pelo Vale do Assu seria feita uma conexão até o município de Jucurutu. De lá, duas ramificações levariam o gás para Caicó e Currais Novos. De Caicó, outro ramal seria construído para abastecer o pólo cerâmico de Parelhas.

A utilização do gás natural como fonte energética ajudaria a preservar o meio ambiente e provocaria uma diminuição nos custos, principalmente dos ceramistas.

As cerâmicas com fornos movidos à lenha registram desperdício de matéria-prima em até 50%. O emprego do gás facilitaria o controle da temperatura do forno, diminuindo o tempo de queima e elevando a qualidade do produto final.

* Do blog de Josenildo Carlos (AQUI)

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Comentários

  1. Alcimar Antônio de Souza diz:

    Caro jornalista, a construção do gasoduto Assu-Seridó, se realmente acontecer, será uma obra digna de aplausos (muitos aplausos) para quem tomar a iniciativa pela sua realização e para todos os que lhe apoiarem. Mas, enquanto o gasoduto não vem, uma medida simples pode ser tomada para que se evite o acelerado processo de desertificação da região do Seridó. Trata-se do reflorestamento da mata de caatinga. Melhor dizendo: para cada árvore que seja derrubada a fim de virar lenha para queimar nas indústrias, que outra seja plantada, fazendo-se um rodízio de áreas desmatadas e de outras que vão sendo arborizadas. Para isso, seria necessário primeiro vontade política e também da iniciativa privada; depois, uma profunda campanha educativa e de conscientização de todos, afinal, o empresário dono da queijeira ou das cerâmicas precisa entender que, se ele não plantar de volta, daqui há pouco não vai ter mais o que ele usar para fazer funcionar o seu empreendimento industrial. Até chegar o gasoduto, já seria uma grande medida para amenizar sobremaneira o problema da desertificação que grassa o Seridó.

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