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quinta-feira - 28/06/2012 - 10:11h
A eficiência possível

Se o patrimônio é público, é nosso! (Republicado)

No dia 6 de abril deste ano, às 11h57, este Blog publicou postagem com o título acima (Veja AQUI). Abaixo dele, um texto em defesa do patrimônio da coletividade e contra manobras ardilosas que visam desmanchar o serviço público, facilitando terceirizações muitas vezes criminosas, verdadeiros consórcios de larápios, sindicatos do crime.

Veja abaixo o teor do artigo, que parece atualíssimo:

Temos bolsões de excelência no serviço público e crescente melhoria em outros tantos. Mas em alguns outros, quase nada funciona. Por quê?

Entendo que a intervenção estatal pode dar respostas satisfatórias às demandas sociais. Basta ser cobrado, punir com rigor os maus servidores e incentivar quem queira ascender numa carreira baseada na qualificação, no interesse e em méritos, nunca no compadrio ou arranjo politiqueiro.

Na coisa pública, parece que a Saúde é ‘casa de mãe-joana’. Se não está satisfeito, peça para sair. Vaza! Inaceitável é maltratar o cidadão comum, que na prática lhe paga o salário.

No Hospital Materno-Infantil Maria Correia (Hospital da Mulher), em Mossoró, recentemente inaugurado, controlado por uma Oscip (organização civil que faz serviço público de forma terceirizada), tem médico e enfermeiro reclamando. Estão irascíveis porque são obrigados a trabalhar certinho. Não querem ser punidos por atrasos e outros desleixos.

Devem estranhar, porque no público muitos trabalham como bem entendem. Acham que não são empregados e que não possuem patrão. Se recebem uma punição, queixam-se ao chefe político e tudo é sanado em prejuízo à coisa pública.

Existe excelência no serviço público também sem Oscip, fundações, ONG´s etc. Polícia Federal, Advocacia Geral da União (AGU), Receita Federal, Previdência, Caixa Econômica (CEF), setor portuário e Correios (no passado) são exemplos de eficiência pública. A Petrobras é essa gigante transnacional que orgulha o Brasil, uma das maiores empresas do mundo, símbolo de eficiência.

O Banco Central virou paradigma, em meio à crise mundial no setor financeiro norte-americano e bancarrota europeia.

Onde há prioridade ao funcionamento técnico, os resultados têm aparecido. Onde a prioridade é politica, os resultados nós conhecemos.

As melhores universidades do país são públicas, vocês sabem? Vocês conhecem a excelência do Hospital Sara Kubistchek?

O público é viável.

O caminho do serviço público é a ‘meritocracia’, o planejamento estratégico, prêmio aos melhores e punição à escória. São alguns princípios da iniciativa privada que se fundem aos propósitos inequívocos do Estado do Bem-Estar Social, ou seja, o bem comum.

É-nos vendida a ideia de que tudo que é público é ruim, para que aceitemos a terceirização, ONGs, Oscips, fundações etc. como panaceias. Erro crasso que a propaganda dirigida espalha, tentando nos iludir com tal inverdade.

Há um monte de gente criticando o serviço público e uma multidão ainda maior querendo desembarcar nele. Que paradoxo, não? Risível.

Se o patrimônio é público, é nosso. Portanto, não permitamos que saqueadores, espertalhões e maus servidores destruam o que nos pertencem, facilitando a prosperidade de uns poucos.

O patrimônio público é nosso!

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog

Comentários

  1. Pedro Victor diz:

    O problema dos órgãos públicos a meu ver são os cargos indicados. Cargos que mudam de dono de acordo com o vereador/prefeito/governador/presidente, e possuem poder de tirar e colocar quem quiser, independente de sua competência (e com poucas exceções, quem ocupa o cargo não tem competência nenhuma).
    Cargos públicos concursados possuem em geral bom desempenho. Empresas públicas baseadas na meritocracia, como a Petrobrás por exemplo, possuem até desempenho acima da média (em torno de 50% do volume de ações da BOVESPA se deve apenas à Petrobrás).

  2. chagas diz:

    Carlos vc está certíssimo, se no particular a coisa funciona, por quê na pública não é igual?/ respondo: Os politiqueiros e a politicagem e os maus políticos não interessam uma boa gerência. SE em cada função colocasse um técnico especializado na sua area e cobrasse resultados, aí a coisa andava, mas com essa anarquia generalizada que aí está , tudo é detonado. É falta de gerente ,é carência de bons gestores, é não ter prioridade.

    • JUNIOR diz:

      CAROS COLEGAS

      O SERVIÇO PÚBLICO BRASILEIRO JÁ FOI MONTADO E DESMONTADO (PELOS POLÍTICOS) TANTAS VEZES QUE ME ADMIRA AINDA NÃO TER SIDO EXCLUÍDO DA CONSTITUIÇÃO E CRIADO UM BANCO DE SELEÇÃO DE CARGOS COMISSIONADOS. A VERDADE É QUE EM TODOS OS LUGARES EXISTEM PESSOAS BOAS E RUINS, MAS EXISTE QUASE UM TIPO DE ESTIGMA NO SERVIÇO PÚBLICO BRASILEIRO CAUSADO ESPECIALMENTE PELAS DESCONTINUIDADE DAS SUCESSIVAS ADMINISTRAÇÕES COMO É O CASO DAS” CENTRAIS DOS CIDADÃOS” QUE ESTÃO POUCO A POUCO SENDO FECHADAS (ADVINHA POR QUEM?). AFINAL QUANDO A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO (INDEPENDENTE DE POLÍTICOS) TENTA CRIAR INSTITUTOS PRÓPRIOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO NINGUÉM QUER SABER COMO É O CASO DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO INDIVIDUAL DO SERVIDOR DA SAÚDE – ADISS, ONDE SERVIDOR É AVALIADO NOS SEUS SERVIÇOS DE ACORDO COM AS CONDIÇÕES DE TRABALHO. ALÉM DE INICIATIVA PIONEIRA NO ESTADO E NA REGIÃO NORDESTE (SALVE ENGANO) MOSTRA O ESFORÇO DE RESPONSABILIZAÇÃO, MELHORIA E TRANSPARÊNCIA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE A TODA POPULAÇÃO DO ESTADO.

  3. Rjunior diz:

    Concordo com quase tudo o que disse Carlos Santos.Quanto à Petrobras, entretanto, a assertiva de que se trata de um exemplo de estatal que dá certo é, no governo petista, parcialmente verdadeira. O PT tem conseguido a proeza de de fazer uma empresa petrolífera apresentar prejuízos em seus últimos balanços. Pior, a Petrobras é, entre as grandes empresas do ramo no mundo, a que tem o valor mais baixo de suas ações.Enquanto outras gigantes como Chevron ou Exxon tem ações com valores na casa dos U$ 75, as ações da Petrobras estão há algum tempo no patamar de U$ 19,00. Um crime de lesa-pátria o que o PT vem fazendo com a Petrobras, a maior empresa do país.
    Obviamente a situação da empresa não inspira confiança nos investidores que vê em seus quadros e escalões mais importantes, políticos, e não funcionários de carreira, gente que entenda do negócio.Lamentável.

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