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sábado - 18/11/2023 - 21:32h
Estado

Sinsp denuncia que centenas de professores estão fora da sala de aula

Presidente do Sinsp, Janeayre Souto, teve reunião com controladora Luciana Daltro para fazer a denúncia (foto: Divulgação/Sinsp)

Presidente do Sinsp, Janeayre Souto, teve reunião com controladora Luciana Daltro para fazer a denúncia (foto: Divulgação/Sinsp)

Do Tribuna do Norte

A quantidade de professores cedidos e cumprindo funções administrativas está sendo alvo de questionamento no Governo do Rio Grande do Norte. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado (SINSP), o Governo contratou quase 2,8 mil professores temporários a mais que em 2019, mesmo com a redução no número de estudantes em sala de aula.

Além disso, o sindicato acusa o Governo de aumentar em quase dez vezes o número de trabalhadores da educação em funções administrativas. A distorção chega a patamares injustificáveis.

De acordo com dados atribuídos ao SIOPE/FNDE e encaminhados pelo Sinsp à Controladoria-Geral do Estado (CGE), em janeiro de 2019, o Estado tinha 847 professores temporários contratados. Em outubro de 2022, próximo ao fim do primeiro mandato da governadora Fátima Bezerra (PT), o número saltou para 3.638.

Ao todo, segundo o Sinsp, foram 2.791 professores temporários a mais, com dados do último balanço publicado pelo governo na transparência do FUNDEB.

Menos alunos, mais temporários 

Desses números, o Sinsp apontou que 1.510 estavam trabalhando na parte administrativa, na Secretaria de Estado da Educação e Cultura (SEEC), cumprindo funções diferentes das quais estão previstas para os cargos que foram contratados, sem estarem nas salas de aula. Em janeiro de 2019, eram 121 que estavam nessa situação.

Além do aumento no número de profissionais, o sindicato também mostrou falta de justificativa para a atitude já que ocorreu uma redução do número de alunos em sala de aula. De acordo com o mais recente Censo Escolar e dados do Inep, em 2019 havia 216.206 estudantes matriculados na rede estadual, contra 208.844 em 2022. Uma redução de 7.362 matrículas.

O sindicato também afirmou que apenas no Núcleo de Cerimonial e Eventos da Secretaria de Estado da Educação e Cultura há sete professores “em desvio de função”, com nove vínculos ativos. Dois desses professores, ainda segundo o sindicato, levaram seus dois vínculos ativos para esse mesmo setor.

O Sinsp apresentou à Controladoria o exemplo de dois professores que, juntos, têm salário mensal de R$ 25 mil, com dois vínculos cada um. Um deles tem remuneração de cerca de R$ 13 mil, outro professor com R$ 12 mil. O que mais surpreendeu, de acordo com o Sinsp, foi o acúmulo de carga horária de 70h semanais, com dois vínculos cada de 40h + 30h, para cada um dos professores.

O Governo do Estado ainda não se manifestou sobre a denúncia levada a termo pela presidente do Sinsp, Janeayre Souto.

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Categoria(s): Administração Pública / Educação / Gerais

Comentários

  1. Miguel alves diz:

    Essa história de professor fora da sala de aula, isso existe desde que eu mim entendo de gente, e mais do aquela posição de defecar, todos os governantes fazem isso, são os arrumados da administração pública do Brasil

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