O ex-deputado federal Roberto Jefferson atirou em policiais federais que foram cumprir o mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no começo da tarde deste domingo (23), na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela PF e pelo advogado de Jefferson, Luiz Gustavo Cunha.
Jefferson cumpria prisão domiciliar, determinada no inquérito sobre uma organização criminosa que atenta contra o Estado Democrático de Direito.
Ele descumpriu várias medidas da prisão domiciliar, como passar orientações a dirigentes do PTB, receber visitas, conceder entrevista e compartilhar fake news que atingem a honra e a segurança do STF e seus ministros, como ao ofender a ministra Cármem Lúcia.
Por causa de todos estes descumprimentos, Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar e determinou sua volta à prisão.
Marcas de tiros
Neste domingo (23), a Polícia Federal foi cumprir a ordem de prisão e foi atacada por Roberto Jefferson com granada e fuzil. Defesa do ex-parlamentar minimizou, falando em “bomba de efeito moral”. Dois agentes foram feridos.
Uma policial foi alvejada de raspão na cabeça e perna, e um delegado com estilhaços na cabeça, apurou o UOL. Pelo menos 20 tiros foram disparados por ele. Uma viatura ficou com marcas de vários tiros.
Jair Bolsonaro repudiou as ofensas a Cármem Lúcia e a ação armada, mas criticou o inquérito do STF e determinou a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao local. A presença do ministro foi um pedido do próprio Roberto Jefferson, informa o colunista Valdo Cruz.
Apoiadores de Jair Bolsonaro também foram para a porta da casa de Roberto Jefferson e hostilizaram a imprensa que está no local. Um repórter cinematográfico foi agredido.
No dia anterior, em vídeo, Jefferson – que é alidado do presidente Jair Bolsonaro – comparou a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), a “prostitutas arrombada e vagabundas”.
Aparecer armado e fazendo provocações, a propósito, consta do currículo dele. Em 2021 apareceu com pistolas em punho soltando provocações contra embaixador chinês (veja AQUI), numa live em redes sociais. Em outro vídeo ao vivo, esbravejou com duas pistolas em cartucheiras presas ao corpo (veja AQUI).
Para cientista político Marcelo Suano, que foi ouvido hoje pela Jovem Pan de São Paulo,
“Jefferson está indicando que talvez estejamos na hora de ir pra desobediência civil”,
Já agora à noite, Roberto Jefferson aceitou entregar armas, convencido pelo Padre Kelmon (PTB), que foi candidato a presidente da República este ano. O ex-deputado federal aguardava chegada em sua casa do ministro da Justiça. Acabou sendo preso sem oferecer mais resistência.
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Com informações do G1, UOL, Canal BCS e outras fontes.
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