Muito chefe, nenhum índio.

Esse é o retrato limpo e seco da equipe de servidores do Teatro Municipal Dix-huit Rosado em Mossoró.

A revelação tinha sido antecipada há pouco mais de uma semana em palestra na sede do Sindicato dos Comerciários, pelo promotor Eduardo Medeiros, da 11a Promotoria do Patrimônio Público na cidade. Ele falava do seu trabalho na promotoria, fiscalizando prefeitura, câmara e Uern, por exemplo.

O Jornal Página Certa detalha as palavras de Eduardo em reportagem encimada pelo título "Tribo de caciques", em sua recente edição. Numa relação de 20 pessoas que atuam no teatro, todas detêm cargos comissionados. Todas.

O resultado dessa "prioridade", é que grupos teatrais que ensaiam no local enfrentam "contenção de despesas" com ordem para que a central de condicionador de ar seja desligada. A queixa, sussurrada, é geral. Mas ninguém grita temendo banimento do local e perseguição dos "donos" do equipamento municipal.   

Em primeira mão, este Blog revelou na última sexta (veja AQUI) os números oficiais, fornecidos pela Prefeitura mossoroense ao Ministério Público, quanto ao seu quadro funcional. Há uma relação de praticamente um servidor estável para outro sem concurso/comissionado na prefeitura.

A distorção no teatro reitera que a crise financeira vivida pela gestão da prefeita Fafá Rosado (DEM), não é resultado de queda de arrecadação do erário e, sim, gerenciamento temeário.