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quinta-feira - 01/02/2018 - 08:40h
Fátima Bezerra

Uma campanha sem Lula e com a herança de Robinson Faria

Senadora "não tem o que perder", mas se disputar o governo do RN terá missões hercúleas à sua frente

Ainda nos primórdios de 2017, quando passou a tornar mais sério seu projeto pessoal de ser candidata a governador do RN, a senadora Fátima Bezerra (PT) logo justificava o porquê da pretensão àqueles que lhe apontavam senões.

A frase era simples:

– “Eu não tenho o que perder!”

Passados vários meses, ela segue com o mesmo mantra: “Eu não tenho o que perder!”

Com Lula fora da campanha, Fátima tem um problema a mais, mesmo "não tendo nada a perder" sendo candidata (Foto: Web)

Mas existem dois fatores em questão que podem ser acrescidos à análise da senadora e, de sua entourage. Um, absolutamente novo; outro, nem tanto.

Primeiro, como será uma campanha de Fátima Bezerra ao Governo do RN, sem ser “puxada” por uma candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva?

Segundo, como fazer uma campanha minimamente realista, diante de um quadro de insolvência do estado que é pior do que ela imagina há cerca de um ano?

Condenado em segundo grau à pena de mais de 12 anos de prisão, fora da disputa presidencial, Lula não se descapitalizará do carisma pessoal e não terá suprimida sua densa retórica populista, mas é pouco provável que seja locomotiva de campanha para Fátima Bezerra. Quem o substituir, seja lá quem for, nem de longe terá a mesma força simbológica dele para influir nas campanhas estaduais.

O RN convive com Robinson Faria (PSD) no governo. Em campanha, ele prometeu ser “o governador da segurança” e afirmava que “o problema do estado não era financeiro, mas de gestão”.

Fátima, em campanha, será “a governadora do servidor público”, por exemplo? Em sua visão, o que falta é mesmo gestão?

Lidar com mais de 100 mil servidores públicos (entre aposentados/pensionistas e gente da ativa) insatisfeitos, um déficit mensal de mais de R$ 100 milhões, violência desenfreada, precariedade na Saúde, falta de recursos para investimento e conviver com outros poderes e órgãos técnicos que não abrem mão de seus privilégios, aguardam o próximo governante.

Na prática, Fátima Bezerra não tem o que perder – totalmente – se for candidata e não vingar nas urnas, pois terá ainda quatro anos de mandato pela frente como senadora.

Em novembro de 2014, Dieese "desmentia" números e garantia que não havia crise alguma (Foto: O Jornal de Hoje)

Entretanto o êxito eleitoral poderá significar uma “vitória de Pirro”, com desdobramentos tão catastróficos que é difícil até imaginar o RN, ela e seu PT daqui a quatro anos.

No final da gestão Rosalba Ciarlini (DEM, hoje no PP), em novembro de 2014, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), entidade técnica ligada ao movimento sindical, apresentou um estudo que ‘provava’ que “não existia desequilíbrio fiscal” no estado.

Era invencionice da gestão da “Rosa”, afirmava o movimento sindical e o PT, em coro.

Segundo o supervisor técnico do Dieese, Melquisedec Moreira, era injustificável atrasos salariais e deficiência nos serviços do governo ao cidadão e suas obrigações com o funcionalismo. O Dieese mentia ou errou feio em seus cálculos?

Na oposição, o estilingue é sempre útil e letal. Ser vidraça é outra realidade.

Leia também: Dieese precisa voltar a mostrar que sobra dinheiro no Estado

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. José Augusto Barroso diz:

    Fátima terá um grande argumento se disputar com Robinson: “eu me arrependo de ter votado nele e quero consertar o que está errado.” Certamente será mais fácil confirmar e acreditar no que ela diz do que no que ele dirá, quando disser que irá resolver a “caca” que está fazendo….

  2. Francisco diz:

    João Cláudio, tem como comentar esta foto ? kkkkkkk…

  3. João Claudio diz:

    Ela vai repetir o mesmo bordão do rob:

    ‘Dinheiro tem. O que falta é gestão.

    Francisco, infelizmente não dá para comentar, porque não há conteúdo na foto. O que existe de fato na primeira foto do post, é a senadora ‘gopi’ elogiando o encantador de burros diante de sua tropa.

    Para não passar em branco, se você olhar atento para a senadora ‘gopi’ verá uma meleca solida de cor marrom pendurada nos pelos da sua narina direita. Logo após o discurso ela retirará a mesma e fará bolinha com os dedos enquanto ouve o discurso do encantador reciprocando o discurso dela.

    UM LUXO.

    Perceba, também, que a tropa olha atentamente para o encantador, como todos estivessem hipnotizados ou sob ordens expressas da cúpula da $eita. Estranho que nenhum deles usa tapa olhos.

  4. Marcos Pinto. diz:

    Para os recalcados e psicóticos eleitores do Bolsolixo um breve recado: Não existe nenhum sacripanta que tenha cacife para disputar o governo do estado sendo detentor da performance e dinamismo parlamentar da nobre Senadora potiguar.

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