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domingo - 22/03/2020 - 22:04h

Uma lição para nós, os idiotas

Por François Silvestre

Estou vendo agora na Globo News, neste momento, um festival de estultice que supera a própria ignorância educacional do nosso povo. Todas as recomendações de elementar prevenção são truísmos desnecessários.

A jornalista, jovem e risonha, que fala mais do que o entrevistado, como o faz no programa da tarde, é uma doçura de bobagem. Entrevista um senhor e uma senhora.

Um senhor quase gordo, de óculos intelectuais, professa sobre cuidados. Todos os cuidados que todos tem ouvido diariamente. E diz: “Não passe a mão no rosto”.

É uma lição do carái.

A senhora, de blusa roxa, olhar brilhante, ensina: “fique em casa, leia um livro ou aproveite para escrever suas memórias”.

Pra quem ela está falando? Pra mim não é, que nem quero ler livro nenhum nem escrever minhas memórias de merda, nessa bosta de prisão sem delito.

Deve ser pros habitantes da Rocinha, do Santa Marta, do Caju, Providência, Meyer, o escambau.

O Rio virou espanto/ As pedras que cercam a cidade/ continuam
belas/ mas a cidade cercada por elas/ nem Tanto.

E essa gente patife da televisiva informação deveria pelo menos respeitar a (in) cultura da nossa gente. Porque eles são cúmplices da deseducação estabelecida.

François Silvestre é escritor

* Acompanhe o Blog Coluna da Palavra, de François Silvestre, clicando AQUI.

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. João Claudio - Mãos lavadas e enxaguada com água do poço. diz:

    Ouvir um noticiário na TV apresentado por um repórte carioca fazendo uso daquele ridículo e indigesto sotaque onde tudo termina em ‘Z’…puta que pariu!!! Dá vontade de ‘rebolá’ uma banda de tijolo no carái da TV.

    Bem que as emissoras poderiam proibir apresentadores e repórteres de ‘exibirem’ sotaques durante o trabalho. Seja sotaque de Estado A ou B. Da região norte, sul ou nordeste.

    O Rio de Janeiro é belo geograficamente. Porém, o seu povo transformou a cidade na maior favela do mundo, tornanda-a mais feia que uma briga de foice no escuro.

    Sem falar na….’Olha a bala perdida aí, geeeente…!

    – Vovô, o Senhor é muito é do carái.

    – O QUÊEEEE???? ONDE VOCÊ APRENDEU ISSO?

    – Ora, na sua TV.

    – QUE TV?

    – Ora, a do tijolo.

    – Ah, tá! Em assim sendo e já que tá dentro…deixe.

    – Vovô, cadê vovó Tónha?

    – Faz quase um mês que saiu daqui dizendo que ia ao dentista e nunca mais voltou.

    – Tá fazendo falta, vovô?

    – Era a minha pleura.

    – Já anunciou o seu desaparecimento?

    – No Fim da Linha, O Câmera e Passando na Hora.

    – Fique ‘queto’, vovô. Ela vai aparecer.

    – Pai Clô bate tambor todos os dias evocando Xangô Caô.
    John Clodô anuncia todos os dias em sua coluna social, e o Padre Quervêlo aposta 10 milhões de dólares que ela fugiu com o dentista.

    – Vamos aguardar.

    – Eu tomo um porre todos os dias. Aliás, eu não sei o que é ser sóbrio, desde o dia que ela partiu. Estou aproveitando para escrever o meu LIVRO DE MEMÓRIAS.

    – Uma lástima, ora pois. Inté, e um baraço, vovô.

    – Até, Joãozinho Claudinho (esse menino é o avô cagado e cuspido).

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