Estou em Natal e acompanho com relativa proximidade, a enxurrada de demissões no Diário de Natal/O Poti. Lastimável.
Fala-se num volume superior a 50 demissões. Gente com décadas de casa. De servidores administrativos a nomes de peso do metiêr jornalístico estão perdendo emprego.
Essas marcas célebres do condomínio Diários Associados, criado por Assis Chateubriand, há muito trabalham no vermelho. Experimentam vertiginosa queda em suas tiragens e na ocupação de espaços publicitários.
Estava escrito que o ocaso viria.
Quanto aos empregados demitidos, muitos possuem outros endereços de trabalho, alguns terão de encontrar novos rumos.
A imprensa vive uma revolução sem medidas, via Internet, sob a égide de novas tecnologias. A empregabilidade nos moldes convencionais está sendo revista.
Cá, aqui no meu cantinho, posso afirmar que dificuldade é uma excelente chance para renascer, inventar, se reinventar. Falo por experiência própria. Sobrevivo há mais de dez anos fora dos grandes selos de mídia do RN.
Tudo isso faz-me lembrar o lendário general Aníbal Barca, líder da cidade-estado de Cártago. Diante da adversidade da guerra contra Roma, não se abateu nos Alpes:
– Ou nós encontramos um caminho, ou abrimos um.
Força, pessoal. À luta!