• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 24/05/2021 - 18:38h
Denúncia

Futebol do RN pode ter jogos com resultados manipulados

Bola, gramado, futebol,Do Blog Larissa Maciel

Em comunicado, a Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF) escreveu:

“Considerando as noticias que circulam nos sites e redes sociais da crônica esportiva local, sobre supostas irregularidades envolvendo resultados de partidas disputadas dentro do Campeonato Nota Potiguar 2021, onde são levantadas suspeitas sobre a lisura de tais partidas e, inclusive, dos próprios clubes e suas administrações:

Resolveu encaminhar, ao Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Norte (TJD/RN), NOTICIA DE FATO para que os acontecimentos supramencionados sejam rigorosamente apurados e elucidados por aquele Tribunal, para que não reste dúvidas quanto a correção dos resultados alcançados por cada um dos clubes disputantes. E caso tais fatos sejam confirmados, que aquela Corte Esportiva puna de forma exemplar os envolvidos nos casos.

Por fim, a FNF reforça que repudia qualquer tentativa de irregularidade, promovida por quem quer que seja, que possa manchar a imagem e a lisura dos campeonatos por ela promovidos, não admitindo, em hipótese alguma, qualquer tipo de ação que macule os resultados de suas competições”.

Nota do Blog Carlos Santos – O que eu já vi em mais de 40 anos indo a estádios de futebol no RN, como torcedor e cronista esportivo (comentarista), me leva a crer que tudo é possível. Já tivemos até gol de pênalti anulado, com árbitro atestando que a bola foi à linha de fundo.

Será que o assunto é levantado porque um dos times grandes pode ficar de fora de decisões do Estadual 2021 e competições nacionais em 2022?

Os supostos envolvidos beneficiariam algum time grande ou seria facilitação para avanço de algum pequeno, prejudicando um grande?

Nada mais posso adiantar, apesar da vontade.

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Categoria(s): Esporte
segunda-feira - 24/05/2021 - 17:22h
Pandemia

O que teremos pela frente e o tamanho de uma tragédia

Governantes brasileiros (responsáveis, claro) precisam pensar nos meses e anos seguintes com a pandemia.

Ela não vai embora agora; não será debelada tão cedo.

Questões sanitárias, econômicas, sociais etc. precisam de estudo/planejamento ou tragédia será bem maior.

O tempo urge e ruge!

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  • Art&C - PMM - 12 de Abril de 2024 - Arte Nova - Autismo
segunda-feira - 24/05/2021 - 14:22h
Jogo do poder

Razões políticas de duas CPI’s

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte sepultou a CPI da Arena das Dunas por conveniência política (veja AQUI e AQUI).

Pode instalar a CPI da Covid-19 pela mesma razão.

Difícil de acreditarmos em seriedade dessa gente.

Sugiro que abram as duas.

Ou vão continuar protegendo ladravazes da capital e interior?

Pelo visto, sim.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política
segunda-feira - 24/05/2021 - 12:28h
Luto

Ex-vereador Diassis Vieira morre em Mossoró

Diassis participou da "constituinte municipal" Foto: reprodução)

Diassis participou da “constituinte municipal” Foto: reprodução)

O ex-vereador mossoroense Francisco de Assis Vieira, “Diassis Vieira”, 69, morreu à manhã dessa segunda-feira (24) em Mossoró. Estava em sua casa no bairro Paredões, local em que sempre residiu.

As informações preliminares apontam que sofreu infarto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas não chegou em tempo de realizar qualquer tipo de procedimento à reanimação.

Há algum tempo tinha sofrido acidente de trânsito, mas tinha quadro de saúde razoável.

Era servidor público federal aposentado. Esteve lotado no Instituto Nacional de Previdência Social (INSS), agência local.

Diassis Vieira foi vereador integrante da chamada “constituinte municipal”, que em 1989 produziu a Lei Orgânica do Município (LOM).]

Em 2013, a Câmara Municipal de Mossoró homenageou os integrantes da legislatura (veja AQUI).

No fim de semana, outro vereador desse período veio a óbito: Júnior Escóssia (veja AQUI). Ele foi acometido de Covid-19 e morreu em consequência da doença.

Nota do Blog – Que descanse em paz o grande Diassis.

Sempre foi um homem de bem, cordial, ameno até no falar.

Na constituinte municipal, eu fui assessor de imprensa e acompanhei diretamente os trabalhos. O presidente do colegiado era vereador Tomaz Neto.

Daquela legislatura já faleceram 10 dos 21 integrantes: Francisco Bezerra de Maria (“Chico Dentista”), Mateus Justino, Francisco Borges, Davi Santana, Paulo Fernandes, Pedro Fernandes, Lupércio Luiz de Azevedo, Francisco Dantas da Rocha (“Chico da Prefeitura”) Júnior Escóssia e Diassis Vieira.

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Categoria(s): Gerais / Política
  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
segunda-feira - 24/05/2021 - 11:28h
Pressão

RN tem 85 pacientes com Covid-19 na fila de espera

Por Mirella Lopes (Do Saiba Mais)

Na manhã desta segunda (24), o Rio Grande do Norte está com 85 pacientes com covid-19 na fila de espera por um leito crítico (semi-intensivo e UTI), mas apenas 11 vagas disponíveis. São 74 pessoas em estado grave que não têm como ser internadas. Do total de 85 pacientes, 39 estão na região metropolitana de Natal, onde também estão todos os 11 leitos ainda disponíveis, e 46 pacientes estão no interior do estado, onde não há mais vagas para novas internações.Covid-19 no RN - média de pedido de internação - últimos quatro dias - 23-05-21 -

Dos 26 hospitais do estado com leitos críticos para pacientes com covid-19, 21 estão lotados. Na média geral, a taxa de ocupação dos leitos críticos em todo o Rio Grande do Norte é de 97%, chega a 100% no interior, tanto na região Oeste, quanto Seridó, e passa para 95% na região metropolitana de Natal.

Até o momento, 795 pessoas com covid-19 já morreram no estado sem conseguir uma vaga para internação.

Apesar da demanda elevada, a tendência é de alta por solicitações de novos leitos nos próximos dias, segundo as projeções do modelo Mosaic-UFRN, utilizado pelo Comitê Científico do Nordeste. Neste domingo (23), foram realizadas 124 solicitações, sendo 82 da região metropolitana da capital.

Pelo boletim mais recente também divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP/RN), o RN tinha 257.422 casos confirmados e 84.111 suspeitos de covid-19.

Além disso, foram registradas 5.978 mortes provocadas pela doença. A Sesap também divulgou o registro de 131.945 casos de Síndrome Gripal Não Especificada e o acompanhamento de mais 100.795 casos.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
segunda-feira - 24/05/2021 - 10:20h
Mossoró

Um bom exemplo e maus exemplos em bares e restaurantes

Alcool-em-gelEstive sábado (22) no Bar da Galinha, “bairro” Itapetinga, precário aglomerado urbano-rural em Mossoró.

Em todas as mesas, álcool.

Todos que atendiam estavam com máscaras e outros cuidados também podíamos identificar, como menor número de mesas etc.

Na sexta-feira (21), num elegante restaurante da cidade, precisamos pedir álcool à nossa disposição.

Absurdo!

Bares repletos de gente sem máscara ou com máscara no queixo. Música ao vivo, burburinho. Pelo visto, a pandemia da Covid-19 foi vencida em Mossoró.

Não está fácil fazer essa gente cair na real, apesar de tantos cadáveres.

Fim de semana na cidade foi assim: brincando e desdenhando desse inimigo impiedoso: o coronavírus.

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Categoria(s): Economia / Opinião da Coluna do Herzog / Saúde
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segunda-feira - 24/05/2021 - 09:26h
Copa RN

ABC vence América e é líder; última rodada será tensa

Do Globo Esporte RN e Blog Carlos Santos

Ótima hora para assumir a liderança do segundo turno! O ABC venceu o América-RN no Clássico Rei e agora só depende das próprias forças para chegar à final da Copa RN 2021 (segundo turno do Estadual 2021).

De quebra, ainda complicou a vida do rival, que vai precisar vencer o Potiguar em Mossoró e torcer por um tropeço do Santa Cruz contra o Palmeira, ou ainda do próprio ABC contra o lanterna Assu.

O placar de 3 a 1 foi construído com gols de Alan Pedro, Wallyson e Levi para o Alvinegro; Wallace Pernambucano descontou para o Mecão. O clássico ainda teve confusão e duas expulsões no final. Saiba mais detalhes clicando AQUI.

Santa Cruz

No Estádio Barretão em Ceará-Mirim, o Santa Cruz conseguiu uma vitória nos minutos finais da partida, contra o time da casa, o Globo.

Placar de 3 x 2 que o deixa em condições de ir à final da Copa RN na última rodada, quando pegará o Palmeiras.

Copa RN 2021 (Tabela) ABC em primeiro lugar na sexta-rodada, Santa Cruz em segundo, Potiguar 3º e América em quarto - 23-05-21Potiguar

No sábado (22), o Potiguar voltou a fazer muitos gols e a levar também muitos, mas venceu o Palmeira por 4 x 3 jogando no Estádio Barretão contra o time de Goianinha (veja gols AQUI).

Assu e Força e Luz

Nessa segunda-feira (24), às 15h, o Força e Luz pega o Assu no Estádio Barretão. Os dois times estão fora da disputa pela Copa RN.

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segunda-feira - 24/05/2021 - 08:46h
Política

Disputa 2022 é tangida por indústria da especulação e da imaginação

Bola de Cristal,Indústrias da especulação e da imaginação fértil traçam os mais robustos roteiros, definem chapas e antecipam alianças para 2022 no RN.

Pelo visto, muita gente segue a cartilha de antigamente, sem perceber o estrago que o povo fez de 2014 para cá.

O choro deve continuar.

Anote, por favor!

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segunda-feira - 24/05/2021 - 04:00h
Segunda-feira, 24

Segunda dose de CoronaVac tem atendimento no Ginásio do Sesi

Segunda dose de CoronaVac a partir de 8 horas, dia 24 de Maio de 2021 no Ginásio do Sesi, MossoróA partir desta segunda-feira (24), todas as pessoas que estiverem com a imunização da Coronavac em atraso podem procurar o Ginásio do Serviço Social da Indústria (SESI), bairro 12 Anos, para recebimento da 2ª dose.

O horário de atendimento é entre 8 e 16 horas.

Cobrirá idosos e profissionais da Saúde com atraso na imunização.

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domingo - 23/05/2021 - 23:44h

Pensando bem…

“A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba.”

João Guimarães Rosa

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domingo - 23/05/2021 - 23:02h
Oeste

Decreto regional contra Covid-19 enfrenta resistências e polêmicas

O decreto com medidas restritivas, de caráter excepcional, regional e temporário para conter a disseminação do coronavírus (Covid-19) no âmbito da VI Regional de Saúde, está em pleno vigor. Vai até 6 de junho, englobando 37 municípios.

Porém, não falta polêmica.

Lídia pediu para sair (Foto: Página de Soraya Vieira)

Lídia pediu para sair (Foto: Página de Soraya Vieira)

Tudo foi acertado com prefeitos da região (veja AQUI), na quarta-feira (19), em reunião remota entre o Governo do Estado e prefeituras. Governadora Fátima Bezerra (PT), alguns auxiliares e prefeitos discutiram a questão e na sexta-feira (21) o decreto 30.596 foi publicado.

A decisão não tem a aclamação de todos os prefeitos. Existem focos de resistência e até discursos discrepantes nas redes sociais, após publicação.

No município de Encanto, no Alto Oeste, a secretária Municipal da Saúde, psicóloga Lídia Guedes, pediu exoneração do cargo (segundo noticia a repórter social Soraya Vieira, em suas plataformas virtuais). O prefeito Alberone Néri de Oliveira (DEM) resolveu se rebelar e descumprir decreto, com o que não concordou a exonerada.

O prefeito de Patu, Rivelino Câmara (MDB), gravou vídeo ontem (sábado, 22) mostrando que a posição foi tomada em comum acordo entre governo estadual e prefeitos. A sugestão de regionalização do decreto tinha sido do próprio Rivelino, presidente da Associação dos Municípios do Oeste Potiguar (AMOP), por entender que não adiantaria um município tomar medidas mais radicais e outros, não. O vírus parece sem controle na região.

Veja as principais medidas do decreto

Toque de recolher, com proibição de circulação de pessoas em todos os municípios da região, das 22h às 5h, de segunda a sábado, e em tempo integral nos domingos e feriados; proibição da venda de bebidas alcoólicas, em qualquer estabelecimento comercial, incluindo supermercados, mercados, padarias, feiras livres e demais estabelecimentos similares, bem como seu consumo em locais de acesso ao público, independentemente do horário, durante o período de vigência do decreto.

Leia também: Região Oeste enfrenta onda de Covid-19 com alta contaminação.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
domingo - 23/05/2021 - 20:50h
Sem controle

Região Oeste enfrenta onda de Covid-19 com alta contaminação

Gilvana: outra vítima (Foto: Reprodução)

Gilvana: outra vítima (Foto: Reprodução)

Do Mossoró Hoje

O bombeiro Moésio Marinho comunica que Gilvana Marinho, 51, é mais uma vítima da covid19, em Apodi-RN.

Já está chegando a 8 dezenas de mortos por Covid-19 no município de Apodi, que têm 35 mil habitantes.

São 217 casos de morte por universo de 100 mil hab., revelando um quadro trágico liderado no RN por Severiano Melo, que registrou ate agora 409,8 mortes por universo de 100 mil hab, batendo inclusive Areia Branca, que teve 302,4 morte por 100 mil hab.

Apodi fica ao lado de Severiano Melo.

Outros municípios do Alto Oeste do Rio Grande do Norte que os gestores também se descuidaram e as consequências estão sendo trágicas são Encanto e Doutor Severiano, que são vizinhos.

O primeiro com índice de 266,1 mortes por 100 mil hab. e o segundo com 268,5 mortes por 100 mil hab.

O Alto Oeste do RN está cumprindo decreto do Governo do Estado e Prefeituras de “lei seca” e “toque de recolher” para reduzir os índices de transmissão do novo coronavírus entre as pessoas.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
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domingo - 23/05/2021 - 11:30h

As simples e boas coisas da vida

Por Odemirton Filho

Quase todos os dias pela manhã um pardal pousa na porta da cozinha de minha casa. Faz aquela “zoada”, típica dos pardais. Talvez seja o seu modo de cantar. Não sei.

Sei que o danado procura fazer um ninho entre as telhas, suja o piso da área, fica procurando algo, aqui e ali, para dar uma bicada. Depois, voa para as árvores do meu quintal ou da vizinhança para ficar ao lado de um bando de pardais. Ficam por lá, livres, leves e soltos.  simples-assimEnquanto tomo um café observando os pardais, fico a pensar na vida. Na nossa vaidade e a ambição sem limites. A correria para pagar as contas ocupa a maior parte do nosso tempo e de nossas energias.

E a vida vai passando, passando.

Alguns “morrem” de trabalhar para ter um carro luxuoso, uma casa confortável e dinheiro no banco, já outros lutam, diariamente, para ter o pão nosso de cada dia.

Quando podíamos andar por aí, sem medo desse maldito vírus, não fomos visitar um amigo ou um familiar, até mesmo aquele parente chato. Não fomos caminhar na praia, sentindo o mar lambendo os nossos pés. Não fomos ouvir música naquele barzinho ou dançar um “forrozim”.

É certo que cada um aproveita a vida como quer. E pode. Uns gostam de ficar no aconchego de sua casa. Outros, de viajar. Alguns preferem beber no bar da esquina com os amigos. De comer um cuscuz ou um pão com ovo. De tomar uma “lapada” de cana com uma buchada ou um limão.

Para quem ainda pode comprar carne, um churrasco com uma cervejinha gelada é bom demais. Depois, comer um pedaço de rapadura e tomar um gole d`água gelada. À tarde um pedaço de bolo com um café quentinho.  À noite eu gosto é de uma pizza ou de um “completo”.

Há quem goste de pedalar por aí. De caminhar ou praticar uma corridinha. De falar da vida alheia, sentado na calçada. De assistir a um jogo de futebol do time do coração. De vaquejada.

Como é bom namorar no balanço da rede, agarradinhos. Um cheiro no cangote, arrepia.

Bom mesmo, caro leitor, é aproveitar as simples e boas coisas da vida. Como diz uma linda canção de forró:

“Tá de manhã no curral, tomar um leite mais puro; cantar varrendo o muro do nosso quintal; colher tomate, cebola, banho de açude, almoçar; de noite um bom baião de dois pra que deixar pra depois se a gente pode se amar”.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
domingo - 23/05/2021 - 10:30h

Lênin – Quase um século de sua morte

Lênin, Vladimir LêninPor Honório de Medeiros

Estou pensando em Lênin, o genocida, cuja morte completa 97 anos.

Michiko Kakutani, prêmio Pulitzer de 1998, crítica literária do “The New York Times”, por mais de quarenta anos, em A Morte da Verdade (Notas Sobre a Mentira na Era Trump), conta que Steve Bannon, estrategista e conselheiro de Trump, certa vez descreveu a si mesmo como um “leninista”.

O mesmo Bannon, ainda segundo Kakutani, teria dito o seguinte:

– “Lênin queria destruir o Estado, e esse também é o meu objetivo. Quero acabar com tudo e destruir todo o establishment de hoje em dia.”

Lênin deve estar rindo muito em alguma das grelhas do inferno, apesar das dores. Ele é o patrono dessa maré de pós-verdade que se tornou praticamente hegemônica nos dias atuais, calcada no uso da retórica violenta, incendiária, em promessas simplórias e desconstrução da verdade, tudo potencializado pela internet.

O fundador da URSS explicou, certa vez, que sua retórica era calculada para provocar o ódio, a aversão e o desprezo, não para convencer, mas para desmobilizar o adversário, não para corrigir o erro do inimigo, mas para destruí-lo.

Quem quiser ler um pouco mais, está em “Report to the Fifth Congresso of the R.S.D.L.P. on the St. Petersburg Split of the Party Tribunal Ensuing Therefrom”, segundo Kakutani. Pois é.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 23/05/2021 - 09:32h

2022 no Brasil e no RN

Por Ney Lopes

Para 2022, formulam-se os mais variados cenários na turbulenta política brasileira e especialmente o RN. Sempre se repete o velho jargão de que ainda é cedo. Mas, para quem é do ramo, sabe que não é.

As 24 horas dos dias estão sendo usadas nas articulações de bastidores, hipóteses, estratégias, em todos os níveis.

Uma das situações mais urgentes é a do presidente Bolsonaro. Ele está sem partido, até hoje.

Businessman touching the screen in the office

Businessman touching the screen in the office

A hipótese mais viável de filiação do presidente era ao “Republicanos”, partido do bispo Macedo, da Igreja Universal. Entretanto, governo de Bolsonaro vê crescer a ameaça de perder o apoio da Igreja Universal do Reino de Deus.

A causa do desgaste entre evangélicos e o governo foi a alegada inação das autoridades brasileiras à ordem de deportação de 34 brasileiros do país africano.

A medida foi imposta depois que a instituição religiosa disse ter identificado comportamento impróprio de angolanos e afastado essas pessoas do comando da Igreja Universal do Reino de Deus, naquele país africano.

Diante desse imprevisto, o presidente tende a disputar a reeleição no PP, de Ciro Nogueira e Artur Lira.

A dúvida é sobre como ficará o partido no RN, com a chegada de Fábio e Robinson Faria.

Fala-se que Rosalba Ciarlini e Beto Rosado se aproximarão da governadora Fátima Bezerra.

Mas, certamente, dependerá dos “agrados”.

Bom lembrar, que em 2014, Rosalba votou em Fátima Bezerra, para o Senado.

A primeira “dor de cabeça” é como Bolsonaro e o PP resolverão as ambições, tanto de Fábio Faria, quanto do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Ambos planejam ingressar no PP para disputar a vaga ao Senado do Rio Grande do Norte em 2022.

Se Fábio não for chamado para ser o candidato a vice-presidente da república (como ele próprio propaga) haverá disputa entre os dois.

Entre as múltiplas variáveis, que poderão influir na montagem dos palanques no RN, está a posição a ser assumida pelo MDB.

O deputado Walter Alves apressou-se em lançar o seu pai para o senado. Mas, ao que comenta, é “para inglês ver”.

O que ele quer é ser vice-governador de Fátima Bezerra.

Essa pretensão do MDB estadual encontra lógica nos fatos políticos nacionais.

Com a maior bancada do Senado e uma das maiores da Câmara, o MDB virou o fiel da balança tanto para Bolsonaro, quanto para Lula, na composição de alianças na sucessão presidencial.

Para os analistas, o MDB caminha para apoiar Lula, embora desfrute das benesses do governo, através dos líderes senador Fernando Bezerra, líder no Senado e Eduardo Gomes, líder no Congresso.

Os caciques peemedebistas fizeram as contas. Têm votos na Executiva: Eduardo Braga, quatro votos; Renan Calheiros, quatro; Jader Barbalho três; Roberto Requião dois e Garibaldi Alves um voto.

Esse grupo, embora desminta, estaria já unido no apoio ao ex-presidente Lula.

Caso se confirme o prognóstico de alinhamento com o PT, a pretensão do deputado Walter Alves de ser o vice de Fátima torna-se possível.

Dessa forma, poderá ser indicado vice-governador; o pai deputado estadual (para presidir a Assembleia a partir de 2023) e Henrique deputado federal. Quanto a Henrique, não há nenhum impedimento legal e terá reais chances de eleger-se.

A posição tucana do PSDB-RN é incógnita e se circunscreve aos deputados estaduais e aos seus cativos colégios eleitorais, cuja influência em eleição majoritária é muito duvidosa.

O ex-senador José Agripino pela sua militância no passado terá inegável presença no processo eleitoral. Não pode ser subestimado.

Mas, ele se mantém calado. Dizem que aposta numa candidatura de Ciro Gomes à presidente, apoiada pelos Democratas. Em tal situação disputaria o senado.

Post scriptum – Como analisei várias hipóteses, esclareço que pela militância e experiência que adquiri na vida pública estadual, também tenho pretensões de ser candidato a Senador, em 2022.

Porém, conheço as limitações de não ter ainda o apoio de uma legenda, compatível com o que penso.

Não se pode ser candidato de si próprio.

Mas, se conseguir esse partido, disputarei a vaga do senado, cuja única promessa ao eleitor será o compromisso de “de ser como senador, o mesmo deputado que fui durante seis legislaturas”.

A principal meta será lutar pela volta do crédito educativo que criei em 1976, hoje limitado aos estudantes de Universidades particulares.

A minha ideia original concedia também ajuda mensal ao estudante de Universidade pública, em torno de dois salários, para manutenção, transporte, transporte, livros, pesquisa etc. Isso precisa voltar.

Um sonho? Talvez!

Mas, vou tentar torna-lo realidade.

Ney Lopes é jornalista, ex-deputado federal e advogado

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domingo - 23/05/2021 - 09:08h
Copa RN

Potiguar é líder em mais uma vitória com muitos gols

O Potiguar de Mossoró venceu e chegou à sua quarta vitória no returno do Campeonato Potiguar. Seu novo êxito foi nesse sábado (22) no Estádio Barretão em Ceará-Mirim, contra o Palmeira de Goianinha.

O alvirrubro de Mossoró fez 4 a 3, mesmo placar da partida anterior, quando passou pelo Força e Luz.

Com isso, assume a primeira posição na tabela de classificação com 12 pontos, deixando o América com 11 e o ABC com 10. Depende apenas de si para se classificar à final da Copa RN, denominação do segundo turno do Estadual 2021

O jogo

Wilson abriu o placar para o Potiguar. Aos 40, Alexandre Talento ampliou. Mas, antes do fim do primeiro tempo, Everaldo descontou.

Alexandre Talento fez o seu segundo gol e levou o Time Macha à vantagem de 3 x 1 no segundo tempo. Porém, Everaldo e Sylas empataram, numa reação firme do Palmeira.

Mikael fez o gol da vitória ao bater cruzado na área, fechando o placar, mesmo com pressão do Palmeira que chegou a botar bola no travessão a poucos minutos do fim do confronto.

Três jogos fecharão a sexta rodada do returno do Campeonato Potiguar. Em Ceará-Mirim, o Globo receberá o Santa Cruz no Barretão, às 15h deste domingo (23). Uma hora mais tarde, às 16h, ABC e América realizam clássico no Frasqueirão, em Natal.

Na segunda (24), às 15h, Força e Luz e Assu fecham a rodada também no Frasqueirão, em Natal.

Nota do Blog – É nítido o desequilíbrio do alvirrubro entre fundamentos defensivos e ataque. Levar três gols por partida e ser obrigado a fazer pelo menos quatro, é uma anomalia que pode e deve lhe custar caro.

A impressão é que o time disputa competição de “gol a gol”.

Se o treinador Luciano Quadros não fechar a “porteira”, deixará escapar a conquista da Copa RN e da competição. Pelo menos América, ABC e Globo estão num patamar superior nesse ponto.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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domingo - 23/05/2021 - 08:40h

Os subterrâneos de cada um

Por Marcelo Alves

André Gide (1869-1951) não foi bem um “escritor maldito” – para parodiar a expressão cunhada por Paul Verlaine (1844-1896), sobre os seus compatriotas Tristan Corbière (1845-1875), Arthur Rimbaud (1854-1891) e Stéphane Mallarmé (1842-1898), no ensaio “Les Poètes Maudits” (1884) –, já que fez muito sucesso em vida. Mas ele teve seus subterrâneos.o eu, o outro, paixão, amor,Gide nasceu em Paris numa família burguesa e protestante. Perdendo o pai na infância, ele foi educado puritanamente pelas mulheres da casa. Buscou refúgio na literatura. Começou seu diário/memórias aos quatorze anos. Cresce tímido, quase aterrorizado com público. Mas tem conhecenças decisivas, em oportunidades distintas, com Paul Valéry (1871-1945) e Oscar Wilde (1854-1900).

Frequenta os círculos literários parisienses. Viaja ao estrangeiro, o que viria a ser uma constante em sua vida, objeto de aventuras e escritos. É um escritor de renome antes da virada para o século XX. Embora homossexual, casa com a prima Madeleine Rondeaux (1867-1938). Em 1909, funda e dirige a badalada Nouvelle Revue Française – NRF, que, pelas mãos de Gaston Gallimard (1881-1975), vem dar na célebre Éditions Gallimard.

Foi comunista. Rompe com o PCF após retornar da União Soviética. Seus livros, vários traduzidos para o português, são muitíssimos: “Os Frutos da Terra” (1897), “Os subterrâneos do Vaticano” (1914), “A Sinfonia Pastoral” (1919), “Corydon” (1924), “Os Moedeiros Falsos” (1925), “De Volta da URSS” (1936) e por aí vai. Os meus preferidos são “Os Moedeiros Falsos” e “Os subterrâneos do Vaticano”, que considero obras-primas. Intelectual multifacetado, ele arrebata o Nobel em 1947.

André Gide foi o guru (para usar do termo em moda) de uma nova estirpe de intelectuais e de leitores. Entretanto, para fazer “nascer” essa nova geração, ele teve de romper com um mundo de tradições já moribundas, inclusive o seu próprio mundo, cômodo e seguro na infância, mas, sendo ele cristão, casado e homossexual, preconceituoso e doloroso na vida adulta.

Na busca da própria razão de existir, Gide ousou “destruir para ser”, falando em prol dos direitos dos homossexuais e enfrentando as consequências na sociedade de então. E foi politicamente engajado. Como registra o meu “Français: littérature & méthodes” (Éditions Nathan, 1995), de Christophe Desaintghislain et al., “cada obra de André Gide se distingue da precedente por um estilo e um tom novos, e se desvia da concepção tradicional do romance. A publicação de Os Moedeiros Falsos, em 1925, marca o clímax dessa empreitada. A partir daí, o engajamento político é a principal preocupação de André Gide. Ele denuncia alternadamente o colonialismo, o fascismo e o comunismo, impondo-se pouco a pouco como o mentor de uma geração. A carreira de escritor é coroada em 1947 pelo prêmio Nobel de literatura. Gide se dedica doravante às suas memórias. Ele morre em 1951 de um edema pulmonar”.

Talvez seja no meu preferido “Os subterrâneos do Vaticano” que Gide leva essa destruição/renascimento às últimas consequências. O romance, intencionalmente caótico, possui muitas intrigas e personagens. Há discussões e tensão entre o ultracatolicismo e o pensamento liberal. Há um grupo terrorista. E se diz até que o Papa foi sequestrado e está encarcerado nos subterrâneos do Vaticano. A obra de Gide foi bater no “Index Librorum Prohibitorum” da Santa Sé. Há quem desgoste do seu gênio. “C’est une question de mentalité”, eu diria.

Já finalizando, para os interessados em direito, lembro que Lafcadio, protagonista da trama de “Os subterrâneos do Vaticano”, comete um crime sem motivo, um homicídio, para, na sua crença mística do “ato gratuito”, provar a existência dessa espécie de conduta/delito. Mas será que esse tal “crime sem motivo” existe mesmo?

Os entendidos recomendam: “Follow the money”. Os franceses diriam: “Cherchez la femme”. Talvez nenhuma dessas recomendações faça sentido para o outrora comunista e abertamente homossexual André Gide. Será que temos apenas mais uma das ironias perturbadoras do escritor?

Ao cabo, Lafcadio cai em profundo remorso. Isso não surpreende. A liberdade e a loucura – ideológicas ou não – têm consequências. Cobram preço. Seja na sátira de Gide ou na vida real.

Marcelo Alves é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 23/05/2021 - 08:00h

O “Poste Geral da República” e a Síndrome de Bartleby

Procurador-Geral da República, Dr. Augusto Aras - foto do UOL arquivoPor Marcos Araújo

O escritor americano Herman Melville (1819-1891), autor de Moby Dick, sua obra mais famosa, é também autor de Bartleby, o escrevente, um conto pouco conhecido. Nesse conto, o melancólico Bartleby trabalha em um escritório de advocacia em Wall Street, como escrevente, inicialmente ativo, sendo tomado depois por uma paralisia encantatória que o impede de fazer quaisquer serviços. Cada dia mais circunspecto e sem apetência para a execução das tarefas designadas pelo patrão, às determinações respondia sempre: “Eu preferia não fazer!” (I would prefer not to).

Esta pulsão negativa, o desinteresse, o não fazer nada, recebeu o diagnóstico no meio literário como a “Síndrome de Bartleby”, por parêmia ao escrevente preguiçoso. No conto, Bartleby vive sempre na penumbra, inapetente ao cargo e relutante ao cumprimento do seu ofício. Seu rosto fletia uma permanente tristeza. No original está registrado: “Ainda posso ver-lhe as feições – sua fragilidade asseada, sua miséria apresentável, sua ruina insondável! Era Bartleby.” (“I can see that figure now – pallidly neat, pitiably respectable, incurably forlorn! It was Bartleby.” ).

O escrevente, para passar despercebida a sua inatividade, se postava atrás de um biombo,. Ele chega a dizer “I would prefer to be left alone here” (Eu preferiria que me deixassem sozinho aqui, sendo que este “aqui” era atrás do biombo). De tão amorfo e sem motivação, Bartleby era um morto-vivo. O personagem parecia traduzir nas feições a célebre frase do escritor Albert Camus: “os homens morrem e não são felizes”.

Pois bem. Transpondo os umbrais da mítica literária, o personagem de Melville pode ser comparado atualmente com o nosso Procurador-Geral da República, Dr. Augusto Aras. Tem ele demonstrado uma letárgica inapetência para o desiderato do seu cargo e desidiosa omissão no cumprimento das atribuições funcionais instituídas pela Constituição Federal, simbolicamente o seu “patrão”, especialmente quando se trata de apurar os crimes cometidos por integrantes do governo ou apoiadores de Bolsonaro. Adestra-se à cômoda posição da não-investigação.

O professor de Direito Constitucional da USP, Conrado Hubner Mendes, em artigo recente no jornal Folha de São Paulo, chamou Augusto Aras de “Poste Geral da República” e “servo do presidente”, por ter “engavetado investigações criminais contra Damares por agressão a governadores; contra o Ministro Heleno por ameaça ao STF; contra a Deputada Carla Zambelli por tráfico de influência; contra Eduardo Bolsonaro por subversão da ordem política ao sugerir golpe”. Por isso, integraria “o bando servil”.

No ano passado, Augusto Aras pediu o arquivamento de investigações contra o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Também a seu pedido, o Ministro Dias Toffoli do STF mandou arquivar três inquéritos abertos com base no acordo de delação premiada fechado pela Polícia Federal com o ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Os inquéritos, que tramitavam em sigilo no Supremo, tinham como alvos ministros do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Contas da União. Na decisão mais recente, no início deste mês, Aras não quis investigar o pagamento de dinheiro para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, por Fabrício Queiroz, pivô do esquema de rachadinhas no gabinete do senador Flávio Bolsonaro.

Assim como Bartleby, Augusto Aras tem adotado o mantra: “Eu preferia não fazer!” (I would prefer not to). Há quem enxergue nessa ergofobia o seu desejo de ser indicado pelo presidente Bolsonaro ao cargo de Ministro do Supremo Federal, ou, minimamente, a sua recondução ao cargo de Procurador-Geral, em mais um mandato de dois anos.

A omissão do PGR provoca uma falha grave no sistema acusatório brasileiro. Nesta última semana, pensa-se que dado o fato de Aras sempre pedir o arquivamento de investigações, o Ministro Alexandre de Moraes não comunicou à Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a operação contra o Ministro Ricardo Salles. A opção de deixar Aras de fora do assunto, deixou exposta certa desconfiança sobre a atuação do PGR.

Volta-se à Bartleby…O filósofo Gilles Deleuze fez uma releitura da obra de Melville. Para ele, o advogado que contrata o escrevente Bartleby tenciona colocar-lhe numa posição de devedor permanente, por saber que ele não tinha referencias objetivas para o cargo.

No dizer do filósofo, “Pode-se supor que a contratação de Bartleby foi uma espécie de pacto, como se o advogado, depois de sua promoção, tivesse decidido converter esse personagem, sem referências objetivas, num homem de confiança que lhe deveria tudo. Quer fazer dele o seu homem.” É bem possível que o Presidente Bolsonaro ao nomear Augusto Aras fora da lista tríplice, ou, ao lhe sinalizar com a possibilidade de sua indicação como ministro do STF, queira lhe converter à condição diminuta de “homem de confiança que lhe deveria tudo.”

O final do conto de Melville traz a narrativa de que Bartleby fora demitido e, sem dinheiro, é preso pelo não pagamento do aluguel. Em visita à prisão, o ex-patrão do escrevente dá dinheiro ao cozinheiro (“cara-da-boia”) para que este prepare comida diferenciada para o preso. Quando o jantar é oferecido a Bartleby, a resposta é dura e direta: “Prefiro não jantar hoje” (I prefer not dine today).

Alguns dias depois o narrador-patrão volta a visitar Bartleby e o encontra morto ao pé do muro, de inanição. Por comparação à realidade, se for intenção do Presidente servir-se da fidelidade funcional de Aras em troca de uma nomeação para o STF, convém a ele, como prova de sua grandeza pessoal e em defesa da instituição que hoje representa, dar a mesma resposta de Bartleby: “Prefiro não jantar hoje!”.

Melhor morrer de inanição, do que de vergonha.

Marcos Araújo é advogado e professor

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Categoria(s): Artigo
  • Art&C 25 anos - Institucional - 19-12-2023
domingo - 23/05/2021 - 07:16h

Correio sentimental

Por Marcos Ferreira

Minha relação com os Correios é antiga e romântica. Desde o tempo em que me correspondia, por meio de cartinhas manuscritas e perfumosas, com uma antiga namorada de colégio. Ela residiu aqui durante apenas um ano. Morava em casa de uma tia materna, no entanto era oriunda do sertão potiguar. Isto há mais de trinta janeiros. Não entrarei em detalhes, ainda menos revelarei o nome da moça, visto que hoje tal pessoa se encontra muito bem casada com outra mulher, igualmente respeitável e feliz. O amor está acima das convenções e dos preceitos.

Naquela época, portanto, quando eu avistava um carteiro na minha rua, com sua bicicleta amarela e bolsa de lona contendo toda sorte de correspondências, meu coração logo disparava. “Será que ele traz algo para mim?”, eu me perguntava esperançoso, pois escrevia e recebia cartas frequentemente.Marcos Ferreira - crônica Correio Sentimental, 23-05-21 - livrosOs tempos mudaram sobremaneira. Eu também estou mudado. Em alguns pontos, para melhor; noutros, prefiro nem aquilatar. A comunicação no modelo impresso, física, voou do papel para os suportes digitais, eletrônicos. Até as velhas ligações telefônicas, antes um charme e um luxo, após as tecnologias de que dispomos atualmente, estão divididas, rifadas entre aplicativos como o WhatsApp e Messenger, que oferecem tanto chamadas de voz quanto de vídeo. É tanta novidade, e num ritmo tão acelerado, que minha cabeça démodé não assimila.

Na medida do possível, com frequência bem menor e conteúdo lacônico, continuei escrevendo algumas missivas, não mais perfumosas nem manuscritas como aquelas. Correspondi-me, sobretudo, com pessoas do universo literário, a exemplo dos escritores Vicente Serejo, Franklin Jorge e Ivo Barroso. Este último, numa de nossas correspondências extraviadas no meu antigo correio eletrônico, livrou-me de publicar, após sua aguda leitura, um soneto decassílabo com uma sílaba a menos. Barroso me apontou o descuido e o poema “Ausência”, homenagem póstuma a meu pai, integra o livro A Hora Azul do Silêncio sem erro métrico.

Embora de longe em longe, os Correios ainda me trazem coisas bacanas. Como os cinco livros que recebi do final de dezembro do ano passado para cá, oferecidos por seus respectivos autores com gentis dedicatórias. Estou em falta com essas pessoas, posto que demorei meses até me debruçar sobre tais produções, acusar o recebimento e tecer algum comentário acerca das obras.

Então, como se alguém houvesse perguntado, faço aqui uma prestação de contas no tocante ao que fiz ou deixei de fazer de dezembro até agora. Especialmente devido a problemas de doença (não de saúde, lógico, visto que saúde é o oposto de enfermidades) e vários périplos por consultórios médicos e clínicas de exames laboratoriais. Sim, a minha agenda tornou-se uma bagunça.

A um só tempo, não bastassem os compromissos e imprevistos aludidos, encarei uma maratona (a custo de cafeína e pestanas queimadas) contra o relógio e o calendário ao acelerar a conclusão ou apenas a revisão de livros inéditos que possuo nos gêneros conto, romance e poesia. Sob pseudônimos, preparei os originais e os enviei, através do correio físico e postagens on-line, a certames literários além-fronteiras norte-rio-grandenses e mesmo para fora do país. O resultado? Cabelo e barba crescidos, casa malcuidada, ficando as leituras no ora-veja.

Assim, com a licença do prezado leitor e da distinta leitora, ilustro esta crônica de brilho emprestado com os autores e livros que os Correios me trouxeram. Vamos pela ordem de chegada. O primeiro título recebido foi O Verniz dos Mestres, conjunto de pequenos ensaios sobre a vida e obra de Marcel Proust, ícone da literatura francesa.

O Verniz dos Mestres (editora Feedback) é fruto da apurada e admirável inteligência do escritor e jornalista potiguar Franklin Jorge, visto pelo premiado crítico e ensaísta gaúcho André Seffrin como “um escritor para escritores”. O que mais posso dizer após depoimento tão consagrador? Nadica! Proponho apenas que leiamos Franklin Jorge, cuja produção é tão eclética quanto valiosa.

Dias depois, em voo direto de Brasília para esta Macondo tupiniquim, amerissou nas águas pluviais da minha rua, neste subúrbio onde sou figurinha fácil na rota batida dos carteiros, o Hidroavião (poemas, editora Patuá) do carioca Alberto Bresciani, radicado na capital federal. Bresciani (que me perdoe pela indiscrição) é ministro do Superior Tribunal do Trabalho (TST). Informação esta que não consta nos dados biográficos inseridos no livro que tenho em mãos.

Trata-se de poeta consumado, autor de uma poética com alta voltagem semântica e prosaica. Do seu Hidroavião, pesco o poema “Corrente”, um dos exemplos de como Bresciani confere às palavras significância além das acepções dos dicionários, sem, contudo, descambar para a linguagem indecifrável do intelectualismo: “Uma espuma, o ar,/ letra, uma folha/ descem pela escultura/ do rosto perdido/ (árido, metálico,/ dentro ainda)./ Contra o sol,/ não há luz./ Apenas um risco/ de água e sal/ no dorso/ da mão/ — o rosto de quartzo/ cumpre seu destino”.

De Recife, numa atmosfera de “escuridão e rutilância”, chega-me este formidável Ressurreição: 101 sonetos de amor (editora Nova Fronteira). Nesta obra invulgar, sem prejuízo da poeticidade em favor da forma nem da fôrma, vê-se toda a mestria e madureza de um poeta arrojado e bem-sucedido neste globo da morte que é a gaiola dos catorze versos da modalidade soneto.

É trabalho de ourives, projeto destemido e bem-acabado do poeta pernambucano Carlos Newton Júnior, ensaísta, crítico literário e professor da Universidade Federal de Pernambuco. Para mim, que tenho um fraco por esta que é a mais desafiadora das formas fixas da poesia, Carlos Newton Júnior é poeta superlativo, dos maiores da nossa literatura. Há pessoas de grande relevo que concordam comigo. Como Ariano Suassuna:

“Carlos Newton Júnior demonstra o poeta que é pela simples escolha das epígrafes de seu grande livro. […] Mas nenhuma delas teria o significado que tem se os poemas criados por Carlos Newton Júnior não tivessem a mesma altura. Enquanto os lia, eu ia recordando que Camões fundia numa impressionante unidade de contrastes a tradição erudita e culta dos sonetos às redondilhas que herdara do romanceiro popular português. Carlos Newton Júnior faz coisa parecida. Em Canudos encontram-se alguns sonetos que são dos mais belos que já li em língua portuguesa.” Este depoimento de Ariano Suassuna foi publicado na Folha de S.Paulo.

Do interior do Ceará, precisamente de Limoeiro do Norte, a poetisa e contista paraibana Graciele de Lima, doutoranda em Letras pela Universidade Federal da Paraíba, enviou-me dois livros de sua autoria: Toda Mística é de Si (poemas, editora Ideia) e o volume de contos intitulado Alguns (sob o pseudônimo Maria Callado, editora Queima-Bucha).

Graciele, que tive a grata oportunidade de conhecer na época em que eu editava o caderno de cultura Universo, do Jornal O Mossoroense, é uma escritora talentosa e versátil, cujos dons e méritos artísticos extrapolam as letras, abrangendo a música na condição de cantora e compositora.

Na sua contística quanto no verso, Graciele de Lima se mostra autêntica, depurada, sem engodos, brilharecos nem tiques intelectualoides, dona da sua voz e linguagem, especialmente na prosa de ficção.

Agora, minhas senhoras e meus senhores, careço fechar a bodega e largar este expediente escorregadio de resenhista literário, no qual sou impostor. Isto, por absoluta incompetência e desconforto, não me agrada. Sem demérito para aqueles que possuem afinidade e estofo intelectual para esse exercício de abnegação. Não é meu forte. Se, porventura, possuo algum. Não abusemos, pois, da paciência do leitor, cujo pavio é curto. Alguns, aliás, sequer têm pavio.

Enfim, me sinto muito grato e honrado pelos livros que me foram gentilmente remetidos. Como em “O livro e a América”, de Castro Alves, eu digo: “Oh! Bendito o que semeia/ Livros… livros à mão cheia…” Mas fiquemos por aqui. Alguém tocou a campainha. Quem sabe seja o carteiro.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 23/05/2021 - 04:34h

Aprenda a montar orçamento pessoal e organizar suas finanças

Por Gabriela Cardoso (Fala criativa)

Segundo estudo realizado pelo Instituto Locomotiva em parceria com a Xpeed, 51% dos brasileiros se dizem insatisfeitos com sua situação financeira atual e 58% declaram que a falta de dinheiro impede a realização de coisas que consideram importantes para si.

Larissa Brioso, educadora financeira da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, explica que a falta de educação financeira é um agravante que distancia os brasileiros da organização do orçamento. Ainda de acordo com a pesquisa, poupar dinheiro é uma preocupação de 88% dos brasileiros, sendo que nem sempre isso se reflete em atitudes práticas.desorganização contábil, finanças, economia, papel, papelada,Para mudar essa realidade e promover a organização financeira, Larissa Brioso indica a criação de um orçamento pessoal. “Dessa forma, você toma o controle do seu dinheiro, o que vai te permitir ter mais controle sobre seus ganhos e gastos, não passar aperto financeiro e ainda será possível se planejar para realizar planos com mais segurança e tranquilidade”, explica.

Para começar a se organizar e montar um planejamento, Larissa dá as dicas:

Registre e calcule todos os seus rendimentos

O primeiro passo da organização financeira é entender qual sua renda, para então analisar se seus hábitos estão ou não de acordo com a mesma. Para alcançar um equilíbrio, é necessário gastar menos do que ganha. Diante disso, é correto afirmar que são as receitas, ou seja, o quanto você ganha, que definem o seu poder de consumo.

Por isso, seus gastos deverão estar de acordo com esta realidade. E quais valores entram na lista de receitas? Salário, prêmios em dinheiro, presentes em dinheiro, rendimentos com aluguel, rendimentos de aplicações financeiras, entre outros. Nesse sentido, é fundamental registrar qualquer receita que tenha recebido, seja ela fixa ou até mesmo uma renda extra. Registre numa planilha, num caderno, ou em aplicativos, como o próprio Mobills .

Analise melhor o seu contracheque

Você sabe como funciona o seu recebimento de salário? Se você ainda não possui plena consciência a respeito disso, é importante analisar melhor o seu contracheque. Nele, é indicado, inicialmente, o seu salário bruto. Assim, se a sua remuneração é de R$ 5 mil, por exemplo, isso não significa que esse é o dinheiro que entrará efetivamente na sua conta.

É importante analisar os descontos, que podem ser contribuição sindical, convênio médico, INSS, alimentação, dentre outros. Para montar o orçamento é necessário considerar o salário líquido, aquele já considerando os descontos. Isso porque de nada adianta montar um planejamento baseado em uma quantia que não é real.

Veja com calma cada um de seus gastos

Nessa etapa, é o momento de listar cada uma de suas despesas fixas e variáveis. Primeiramente, você deve registrar seus gastos fixos, aqueles que não costumam variar em um curto período de tempo. Nessa categoria, devemos enquadrar aluguéis, prestação do carro, academia, entre outros.

Feito isso, é importante refletir bastante a respeito de gastos semivariáveis, que são aqueles que variam, mas em baixo-nível de um mês para o outro (alimentação, conta de luz, telefone e água). Essas despesas, apesar de parecerem controláveis, podem pesar bastante no orçamento, pois normalmente estamos esperando um valor, e por algum descuido, esses valores podem ultrapassar o esperado.

Finalmente, mapeie suas despesas variáveis, os gastos que não necessariamente são comuns todos os meses, como roupas, calçados, presentes, viagens, por exemplo. Tente analisar também suas despesas e procurar por gastos “invisíveis”, como pequenas despesas no dia a dia que consomem o seu dinheiro sem que você perceba (planos de assinatura, delivery muitas vezes na semana e plataformas de streaming).

Defina um gasto mensal por categoria

Após avaliar suas rendas e despesas, é hora de definir um gasto mensal por categoria. Nesse sentido, é importante lembrar de separar uma quantia para investir e poupar. Portanto, crie categorias e defina quanto você pode gastar por semana e mês em cada uma delas. Dentre essas categorias, podemos citar:

• Alimentação;

• Lazer;

• Educação;

• Moradia;

• Vestimentas, e várias outras.

É claro que tudo dependerá da sua realidade e quem definirá quais categorias existirão no seu orçamento, é você.

Confronte os valores orçados

Após criar o seu orçamento, é necessário registrar os valores, tanto de sua renda como despesas e comparar o quanto você previu que gastaria e quanto de fato gastou. Isso ajuda a entender quaisquer diferenças entre o valor estimado e o real. No entanto, não se preocupe se sua realidade não for exatamente como você planejou.

Afinal, um orçamento é uma estratégia que deve ser modificada quando preciso e que ajudará a perceber imediatamente quando seus hábitos estiverem saindo dos eixos. Ao comparar quanto se gasta, com o valor recebido, você saberá exatamente qual a sua situação financeira e como melhorá-la.

Acompanhe seu orçamento e corte gastos

Na última etapa do orçamento, você deve acompanhar constantemente tudo o que vem sendo feito e conforme sua situação estiver fugindo do planejado, é essencial traçar planos de ação.

Assim, cortar gastos ou buscar novas opções de rendas alternativas, são boas formas de manter a sua realidade alinhada com o seu orçamento financeiro.

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sábado - 22/05/2021 - 23:58h

Pensando bem…

“O homem livre é aquele que não receia ir até ao fim da sua razão”.

Jules Renard

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sábado - 22/05/2021 - 21:32h
Turismo

Governo e setor privado negociam voos fretados Lisboa/Natal

Reunião aconteceu nesse sábado em Touros (Foto: Analice Lima)

Reunião aconteceu nesse sábado em Touros (Foto: Analice Lima)

A governadora Fátima Bezerra (PT) e o vice-governador Antenor Roberto (PCdoB), acompanhados da secretária estadual de Turismo, Aninha Costa, e do presidente da Emprotur, Bruno Reis, discutiram  com empresários do setor a viabilidade de voo fretado entre Lisboa/Natal.  O encontro ocorreu neste sábado (22), durante visita ao Vila Galé, no município de Touros, a convite do presidente da Rede Vila Galé Hotel, Jorge Rebelo de Almeida.

“A articulação entre as secretarias da Agricultura, Economia e Turismo demonstra que o Governo do Estado está unido e engajado na captação de voos que trarão um retorno significativo para a nosso desenvolvimento e também um importante incremento de passageiros internacionais, considerando que Portugal é nosso principal emissor de turistas na Europa”, destacou a governadora.

Voo semanal

Ela também esteve acompanhada do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), Jaime Calado, e do secretário de Estado adjunto da Agricultura, Marcelo Júnior.

As tratativas  já vinham ocorrendo entre a Setur/RN, a Emprotur e o Grupo Vila Galé, maior empreendimento hoteleiro no estado, com o objetivo é encontrar formas de viabilizar a captação de voo semanal,  fretado entre Lisboa/Natal, a fim de exportar e importar produtos ao mesmo tempo em que movimenta o turismo no estado. Também participaram da discussão, realizada de forma híbrida com participações presenciais e virtuais, representantes da companhia aérea Euro Atlantic e da operadora portuguesa de viagens Sonhando.

Também participaram do encontro, o prefeito do município de Touros, Pedro Filho, e o diretor de operações do grupo Vila Galé no Brasil, José Antônio Bastos.

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Categoria(s): Economia / Política
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