• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
sexta-feira - 21/09/2018 - 13:12h
Do contra

Antirrosalbismo ganha corpo numa campanha de “exclusão”

Mesmo assim, prefeita e grupo acreditam que a repetição do que "sempre deu certo" dará certo sempre

“(…) É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem”. Belchior, Como Nossos Pais.

Encorpa-se em Mossoró um espontâneo e crescente movimento que a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) com o carisma pessoal, militância, mídia amestrada e a máquina pública não está conseguindo refrear: o antirrosalbismo. A angústia aparece em seu rosto crispado e em palavras cada dia mais amargas e raivosas (veja vídeo ao final desta postagem).

É importante que fique sublinhado: esse fenômeno não é artificial, repentino ou circunstancial. Não é “coisa de adversário”, tão somente. A própria “mistura” ou “união” da família Rosado nas eleições de 2016 deixou patente essa agonia, que recrudesce nesse momento, dois anos depois.

São sinais que há muitos se formam para espelhar um diagnóstico que não tem como ser escamoteado: aproxima-se o fim de um ciclo.

Rosalba discursa no Sítio Cantópolis para um público com poucos jovens e repetindo retórica surrada (Foto: cedida)

Ao se amontoarem no mesmo palanque, após cerca de 30 anos de beligerância e acordos tácitos, os Rosados deram uma demonstração de fraqueza em vez de materializarem ampliação de força.

Antes, rachavam a cidade ao meio para ficarem com o todo. Hoje, são parte de uma porção em atrofia.

A vitória de Rosalba nas urnas em 2016, ao lado da prima, ex-deputada e ex-adversária Sandra Rosado (PSDB), representou uma tentativa de resistência e manutenção de um protagonismo que pode mudar de mãos, lado e tendência em breve.

Vexame

Ela e seu grupo talvez amarguem um vexame homérico em 2018. Todas as pesquisas já divulgadas e outras tantas de consumo interno apontam para um grande embaraço paroquial: a chapa ao governo encabeçada por Carlos Eduardo Alves (PDT), com seu filho Kadu Ciarlini (PP) a vice, está longe de ganhar o pleito “em casa”.

Caminha para perder para a petista Fátima Bezerra, que sequer tem palanque e apoios expressivos em Mossoró.

Porém é importante frisarmos, que o papel da “oposição” nesse cenário não compreende o sentido político-partidário da palavra, mas sua essência etimológica, derivada do latim. Temos uma onda de contrariedade e incompatibilidade catalisando a sociedade.

O governo parece paralisado, incapaz de funcionar com o minimo de eficiência e ninguém inspira um pingo de confiança. A própria conjuntura nacional dá sua parcela de contribuição a esse inferno astral.

Há uma massa cada dia mais indócil, questionadora e capaz de fazer sua própria revolução por segundos e bites, diante da tela de um smartphone/tablet/computador. Essa é a oposição que asfixia Rosalba e o rosalbismo. Sem sigla, sem rosto, sem líderes, inorgânica e avassaladora. Talvez, incontrolável. Capaz de votar contra, para deixar claro que não é a favor. Não por outra opção, mas para exclusão.

O perigo da oposição social

Em 11 de abril de 2017 antecipávamos esse quadro para 2018 e alertávamos a própria prefeita, ao postarmos a matéria O perigo da “oposição social” que ronda Rosalba Ciarlini. “O problema que ganha corpo de forma lenta, gradual e expressiva é a “oposição social”, muito mais letal do que a político-partidária. É a voz das ruas”, assinalamos.

Rosalba e cia. enfrentam em seu reduzido espaço geopolítico de influência (Mossoró), um ranço parecido com o espectro do antipetismo nacional. Guardam certas semelhanças, mas com algumas peculiaridades próprias.

Pesquisas dizem que a base antirrosalbista borbulha nas classes médias, avança entre emergentes e passou a germinar em cinturões de pobreza, como no antes intocável “Santontõe” (vício de linguagem para o bairro Santo Antônio), tido como o “Canteiro da Rosa” (veja AQUI em nota na última Coluna do Herzog desta página).

O grupo e seus seguidores envelheceram; as ideias e métodos dos seus líderes, mais ainda. Não conseguem fazer uma leitura eficiente desses novos tempos, teimam em não se adaptar e acreditam que a repetição do que “sempre deu certo” dará certo sempre. Pecado mortal. Não está dando mais certo. 

Paralelamente, pela primeira vez desde os anos 70, época do bipartidarismo consentido entre Arena x MDB, os Rosados enfrentam uma oposição partidária com o mínimo de organização, quadros e disposição de luta. Seus principais atores pegam o vácuo deixado pela banda de Sandra Rosado, depois que ela virou neorosalbista.

Como não se modernizaram, não se reciclaram, não se oxigenaram e não têm mais o poder de controlar quase tudo nesse espaço, do juiz ao gari, Rosalba e seu rosalbismo entram em parafuso.

“O novo sempre vem”, escreveu o compositor cearense Belchior.

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Categoria(s): Política / Reportagem Especial

Comentários

  1. João Silva diz:

    Não sou muito fã de reza, mas estou rezando todo santo dia e todo dia santo, para chegar o dia que o povo de Mossoró se livre definitivamente dessa família. Que eles sigam seus negócios adquiridos com o suor e lágrimas do povo mossoroense, e deixem de vez a cidade ser administrada por alguém que realmente queira o bem de todos os cidadãos mossoroenses e não apenas aos da sua família.

    • Francisco César. diz:

      Faço suas minhas palavras. E vou continuar rezando.

    • Paulo Carvalho diz:

      Além da reza, para mudar é preciso NOVAS IDEIAS. A mentalidade de dependência do estado permite que tiranos dominem qualquer local. Acorde e eles não terão mais como agir. Essas leituras são úteis:

      A Corrupção da Inteligência – Flávio Gordon

      Viagens Aos Confins do Comunismo – Theodore Dalrymple

      Tolos, Fraudes E Militantes – Roger Scruton

      O Fim Do Homem Soviético – Svetlana Aleksiévitch

  2. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Não é possível que Rosalba pense em uma votação expressiva em Mossoró.
    Forçou a candidatura do seu filho, sem nenhuma experiência política, numa chapa que já nasceu derrotada.
    Não entregou uniforme escolar em 2017 e nem em 2018.
    Material escolar nem um cotoco distribuiu.
    Merenda escolar o velho refresco feito com aromatizante de péssima qualidade e duas bolachas mofadas.
    Medicamentos faltando.
    Ruas esburacadas e quando manda fazer reparos no calçamento acontece apenas em parte da rua para que fotografias possam ser feitas a fim de mostrar que a obra foi realizada.
    Promessas não cumpridas se acumulando, como o das passarelas na BR-304.
    Aumento absurdo do IPTU.
    Comentário ficando longo, melhor parar por aqui.
    As urnas mostrarão à Rosalba que Mossoró é constituída de cidadãos livres.
    ///
    BOBAGEM GRANDE É FINGIR-SE DE ESPERTO.
    Inácio Augusto de Almeida

  3. Alcindo Junior diz:

    Pegando um gancho em: “O novo sempre vem”, como escreveu o compositor cearense Belchior.

    Podemos afirmar que a candidatura de LAWRENCE AMORIM está posta e sinaliza neste sentido. Jovem, com excelente aceitação popular faz uma campanha limpa e sem agressões gratuitas.

    É um candidato determinado, municipalista, contra o foro privilegiado e a favor de mandato compartilhado.

    Quando abriu mão de bater esteira no MDB para enfrentar uma campanha árdua pelo Solidariedade, fez opção pela mudança e isso parece ser o NOVO.

  4. Rocha Neto diz:

    E parece que as sementes de rosas em Mossoró, já não mais existem. As de espinhos começaram a germinar desde 2014, quando uma rosa chegou ao topo do poder e esqueceu de valorizar o chão que lhe deu vida. Mais uma vez se confirma o velho ditado. ..”tudo na vida tem um limite” . É muito amargo plantar rosas para colher espinhos. Mais e isto mesmo, coisas da vida. O tempo continua sendo o juiz que não faz o julgo incorreto, demora mais dá a sentença correta. O pior é que poucos o compreendem.

  5. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    O discurso da Rosa de Hiroshima (LARANJA DO SILENTE CAPITÃO DO MATO CARLUS AUGUSTUS ROSADO) não apenas se faz e se prestar de abissal e doentia contradição, mais ainda cheirando à corrupção e fedendo ao mofo do enojante e repugnante moralismo de ocasião.

    Quando a dita Rosa fala de suposto sectarismo do PT, cinicamente esquece que, foi exatamente a absoluta ausência do suposto sectarismo que levou o PT ser defenestrado/apeado do poder democraticamente eleito na figura da Presidenta Dilma Roussef, tendo esta, também por ser mulher, sido apeada do poder e de forma imoral no Status Estado Democrático de Direito pelas forças oligárquicas, da qual a dita Rosa fez, faz e sempre fará parte como a laranja ROSALBA CIARLINI juntamente com seus sequazes, asseclas, comissionados e bobos da corte mossoroense.

    Todavia, não se trata de nenhum novidade,posto que, diariamente desinformados e seduzidos pela proposta de diminuição do papel do Estado, deixando ao capital o papel de organizador e provedor da vida social, grupos dominantes locais, reiteradamente, tentam se recompor em novas estruturas oligárquicas, num esforço intenso para a construção de um projeto neoliberal brasileiro – plano para o qual o Estado forte engendrado na Constituição de 1988, garantidor de direitos sociais, não apenas era, como apesar dos golpes congressuais e das ditas emendas constitucionais, continua sendo mais que um obstáculo.

    A roda da história, não é tão rápida, definidora, imediatista e muito menos reluzente como a ignorância e a mediocridade vãs possam alardear, porém, ao fim e ao cabo do que o processo civilizatório possa encerrar, ela sempre nos traz respostas objetivas à questões tão relevantes, como a que está posta.

    Nesse contexto, advirta-se. Não há IMPÉRIO ETERNO, seja ele politico, de comunicação, de patrimonialismo cego e de monetização da vida das pessoas, por mais que a estas, seja reiteradamente negadas: Informação e Educação de qualidade…!!!

    Tenhamos paciência…PAZ + CIÊNCIA, é a tradução simbólica tradução que o porvir nos trará….!!!!

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  6. João Claudio - (sem número) diz:

    A foto e o fato.

    1 – Esses arranjos de cor rosa que as mulheres seguram em suas mãos, sugere que esse mundão de gente está prestigiando o chá de mijo do mais novo neto da prefeita. Os arranjos, de fato, seriam pirulitos de açúcar que foram distribuídos à titulo de ‘lembrancinhas’.

    2 – A idade da platéia sugere que o organizador do evento só permitiu a entrada de aposentados por idade. Ou, alunos do Funrural durante a colação de grau no Sitio Pau Branco.

    3 – Se repararem bem, verão, com todo o respeito, que o espirito do saudoso Milton Silveira se fez presente ao evento (encontre-o).

    4 – O cidadão vestindo camisa verde e amarela parece estar fotografando o modelito do cós da calça da prefeita.

    5 – Mário Bros também prestigiou o evento (encontre-o).

    6 – Sentado confortavelmente na primeira fila, Edvaldo da Elite Calçados parece estar assistindo o show de Nelson Gonçalves na antiga Pizzaria Hut.

    E aí, galerinha? Gostou? Não se esqueça de deixar um like e um joinha.

    Ah, se inscreva no canal KKKKKKKKKKKKKK

  7. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Lembro, perfeitamente, da escolha do “Nome da Rosa”, fenômeno quase épico em minha querida cidade.
    Rosalba tem uma força própria, adquiriu tônus independentemente do nome Rosado. Não consigo imaginá-la derrotada, sem antes dar uma demonstração inequívoca de combate. Vai lutar! Pode, num arranco, surpreender e dar impulso a números.
    Afinal, uma Rosa é uma Rosa e “esperança não desbota”. Soldado bom não bebe água, crio.
    Aos que estão desapontados com sua administração, lembro que o país esperneia para não sucumbir, que ainda há trabalho pela frente e será apresentado.
    Comungo a ideia do benefício da família ao RN. Já houve brecha e foi muito mal aproveitada.
    O nome Rosado prosseguirá, chegam os novos.
    Rosalba, nesse instante, está na batalha.
    Não obstante, deixo bem clara a minha simpatia por nomes alheios à família. Venham e vençam. Se forem bons, estou junto porque “simpatia é quase amor.”

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Como diria o filósofo Chaves…”isso, isso, isso!” Abração

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      “Vai lutar! Pode, num arranco, surpreender e dar impulso a números.”
      Isto é possível.
      Para que isto aconteça é necessário ter pulso para fazer mudanças no secretariado.
      Mossoró não suporta mais tanta incompetência dos escolhidos por Rosalba para administrar setores vitais como Educação, Saúde etc.
      A criação do cargo de Ombudsman é necessário. Só que não pode nomear para este cargo um bajulador que apenas irá filtrar as queixas, reclamações e apresentar apenas os elogios à prefeita.
      Creio que Rosalba já leu o O PRÍNCIPE de Maquiavel. Digo de Maquiavel para que ninguém confunda com o O PEQUENO PRÍNCIPE de Saint-Exupéry.
      Tudo está nas mãos da Rosalba.
      ////
      QUASE SEMPRE AS PESSOAS SÓ PERGUNTAM AQUILO QUE PENSAM JÁ SABER.
      Inácio Augusto de Almeida

  8. Rui Nascimento diz:

    As redes sociais chegaram para destruir a velha política e estabelecer uma nova era. Ou essa corja de inúteis, que se acostumaram durante décadas a subjugar a massa-gente se adaptam a essa realidade irreversível, ou serão engolidos por ela.
    Simples assim!

  9. João Paulo diz:

    Os Rosado conseguiam ter dois mandatos à Câmara Federal. Em 2014, Beto Rosado conseguiu o único mandato da família a nível federal, e o conseguiu com dificuldade. Lembro-me que em 2006, Sandra foi eleita nas últimas, como se diz, enquanto Betinho Rosado não foi eleito. Em 2014, a família não conseguiu mandato à Assembleia Legislativa. Larissa Rosado, ficou na suplência, e cerca de 75% dos seus votos saíram somente de Mossoró. Um indicativo de que a oligarquia não consegue capilaridade eleitoral nem ao menos nos municípios vizinhos. Mossoró é uma cidade que apesar do segundo maior colégio eleitoral do estado, concentra menos de 10% dos eleitores, o que dificulta que os Rosado dependam somente da cidade para eleger seus candidatos. Enquanto Natal concentra quase 25% do eleitorado, e é uma cidade com influencia em sua zona metropolitana, Mossoró é uma cidade que não consegue exercer influencia nos seus municípios vizinhos. Os Rosado nunca conseguiram ampliar sua força política aos municípios adjacentes. A família sempre sonhou ter em mãos a região Oeste que concentra o polo de Mossoró, mas nunca conseguiu tal feito. Neste 2018, é visível que Betinho E Larissa Rosado terão votações difíceis na urbe, vide a enxurrada de candidatos que adentram na cidade. A oligarquia não mais mantém a cidade nas mãos. Os Rosado se confundem com Mossoró, e vice-versa. A incompetência administrativa e política do clã, espelha a atual situação de Mossoró, que enfrenta grave crise econômica. O que parece, é que nesse momento que o clã enfrenta cansaço para manter sua força no município, Mossoró igualmente entra em crise. A situação angustiante do município, parece de algum modo espelhar a agonia da oligarquia. 2020 está aí, com nomes oposicionistas no tabuleiro. O clã se manterá, apesar de desgastado, é aguardar se a oposição que surgirá talvez já em 2020, terá condições de ocupar o espaço de poder da família, e trazer crescimento econômico e melhora social para a população.

    • Carlos Santos diz:

      NOTA DO BLOG – Por aí, João. Por volta de 2004 ou 2005 escrevi longo material analítico no extinto Jornal Página Certa, projetando essa realidade, apontando com números que o capital eleitoral estava definhando, alertando para a necessidade de se reciclar.

      Fui mal-interpretado, andaram se queixando à direção do semanário etc. De lá para cá o texto tem se tornado um oráculo.

      Abraços

      • João Paulo diz:

        Usei num sentido metafórico a crise econômico-financeira e social que assola Mossoró, e a crise política que atinge os Rosado. Há fatores nacionais juntamente com aqueles ligados ao investimento dos setores que sustentam a economia e arrecadação tributária do município na dificuldade fiscal da cidade. De todo modo, não deixa de ser curioso que num momento que a cidade está com delicada situação social, os Rosado enfrentam um esgotamento do seu poder de mando na urbe. Os Rosado nunca foram uma elite a nível dos Alves e Maia. Juntamente com os Faria, os Rosado podem ser considerados uma elite de segundo escalão no estado. A oligarquia por ter o controle de Mossoró, sempre serviu numa composição de chapas eleitorais mais na condição de vice. Hoje é Kadu como vice de Carlos Eduardo, como em 2002 Laíre foi vice de Fernando Freire, e Carlos Augusto vice de Fernando Bezerra, bem como a própria Rosalba tendo sendo vice de Lavoisier em 1994. Rosalba Ciarlini em 2006 venceu para o Senado Federal depois de um hiato de quase 50 anos sem o clã ocupar uma vaga senatorial. E a família voltou em 2010, com Rosalba, ao comando da máquina administrativa estadual depois de 6 décadas longe da cadeira governamental. Os fatos políticos comprovam que a oligarquia nunca foi uma elite de peso na política do estado, sempre serviu como uma espécie de penduricalho aos Alves e Maia, especialmente a partir do fim da década de 70 e inicio da de 80, muito por conta de ter em suas mãos a manutenção do segundo maior colégio eleitoral do estado. Guiados por uma estratégia oligárquica que não se renovou ao longo do tempo, o clã enfrenta repulsa de maior parcela do eleitorado, por não mais conseguir governar a Mossoró de hoje com os mesmos métodos de sempre que envelheceram ao longo do tempo. Na tese de doutoramento da professora da UERN, Andrea Maria Linhares da Costa, consta uma referencia de uma fala proferida ou por Vingt-un Rosado ou por Dix-Huit Rosado, não lembro ao certo qual dos dois, que relata que ao contrário do que muitos pensam, os Rosado, apesar de terem a ânsia e o sonho de influenciar politicamente os municípios da região Oeste, nunca conseguiram tal feito política.

  10. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Sim, João Cláudio. O novo terá condições para ocupar o espaço da família Rosado, trará “crescimento econômico e melhora social para a população.” Aplaudirei. Que venha, mas venha!

  11. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    João Paulo.
    Como Rosado, quero mais é ser povo. Segundo escalão, bom lugar, também. Terceiro, ótimo.
    Confirmo a paixão de Dix-huit Rosado por Mossoró. Era a sua Grécia. Confirmo o amor e patriotismo de Dix-huit Rosado pelo Brasil. Embrenhou-se em nossas terras mais longínquas levando a eletrificação rural, a luz e a esperança aos irmãos do norte e onde houvesse escuridão.
    Embora apaixonado por Mossoró, soube conduzir-se como estadista de visão ampla e conhecimento ímpar, capaz de serenar água de rio que quisesse transbordar e prejudicar.
    Feliz, obcecado por Mossoró, vivia por e para esse amor que carregava no peito. Fez tudo o que pôde por sua terra, até seus últimos dias.
    Dos 21 Rosados , outros também se destacaram com fervor.
    Não importa a classificação de oligarquia inferior. Mede-se o homem por seu trabalho, conquistas, pelo que realizou.
    Os anos passam, as marcas ficam.
    Trago, com orgulho e sem modéstia, a honra de ser filha de meu pai porquê, por mais que procure, não encontro alguém como ele nem em oligarquias, nem em lugar nenhum. A fôrma de Dix-huit Rosado não se repetiu.
    Elite? posição não desejada e sem finalidade para quem atinge estrelas.
    Aliás, pertencer a elites não enobrece ninguém.

    • João Paulo diz:

      Entendo que como membro da família haja um lado emotivo no tocante a analise que fiz sobre os Rosado. Como disse, é análise. Não há depreciação nos meus comentários a oligarquia. Os Rosado são uma elite política conforme enquadrada nos estudos políticos que tratam sobre isso. Há todo um estudo acadêmico-científico que pode ser feito sobre o clã. De minha parte apenas fiz comentários alicerçados em meu pouco conhecimento que detenho enquanto um mero estudante de graduação. Elite de segundo escalão, refiro-me, como está bem explicito nos comentários, sobre poder de influência política no cenário estadual. E Dix-huit citei numa passagem de uma fala dele, que nem pode ser dele e sim de Vingt-un, que consta na tese da professora da UERN, Andrea, porque ela estudou a trajetória do PFL (hoje Dem) no doutorado, e consta referencia a fala sobre a não liderança dos Rosado na região Oeste, porque muitos pensavam que a oligarquia tinha domínio sobre os municípios da região. É lamentável que pessoas não tenham o discernimento de compreender a diferença de uma analise de uma depreciação pessoal, que em momento algum fiz.

  12. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    João Paulo.
    Entendi, sim, o seu texto.
    Posicionei-me diante da irrelevância de castas políticas, oligarquias.
    Quis dizer que graus de importância ou predominância em cenários me parecem arcaicos. Quero o registro de suas obras, lutas, sobre o que deixaram , construíram por um povo.Daí o meu comentário. A importância de nomes por seus feitos. A história contemporânea está modificada.
    Elejo a simplicidade como maneira de viver. Aplaudo o meu pai com todas as minhas forças. Ainda não me critiquei por isso e sou, com certeza, minha pior julgadora. Acho difícil isso acontecer.
    Talvez pelos valores políticos atuais tão contaminados, a figura dele ressalte em meus olhos de filha de modo retumbante, contemplando, acima de tudo, o seu comportamento franciscano.
    Queira-me bem. Sou da paz.

  13. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    João Paulo.
    Preciso lhe dizer, para você tentar me entender com visão maior do que as dos textos, que fui Inventariante no espólio de meu pai. Percorri sua estrada. Vi o que aquele amor imenso dele por Mossoró não me deixara apreciar em vida. Já confessei que tive ciúmes da cidade, muitas vezes. Por exemplo, na minha formatura ele foi, mas o rio Mossoró apresentou problema grave. Nem pôde me abraçar. Da plateia, em mímica, sinalizou que me amava e demonstrou orgulho. Finalizada a cerimônia, já havia ido embora.
    Analisando o quadro político e econômico nacional de nosso país em dias que nos acompanham, cheio de raposas, sinto mais a falta dele. Muito mais.

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