Um movimento articulado interna e externamente, no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), encurrá-la dois de seus diretores. Motivo? Hipotética competência.

O diretor-geral e médico Eliezer Laurindo e o diretor administrativo Valmir Alves estão sitiados. A mobilização de alguns setores quer a saída de ambos.

Claro que não se presta uma medicina exemplar no HRTM, mas pobre dos mossoroenses e cercanias, não fossem sua estrutura e boa parte de sua equipe. Como hospital de referência, o Tarcísio Maia é sobrecarregado e maltratado historicamente. Sempre houve a intenção de asfixiá-lo para atender aspirações de grupos "filantrópicos" e políticos.

Entretanto o pior nesse momento, é o duelo entre o presente que quer mudanças e o passado de conspirações, privilégios, descompromisso e leniência.

Em Mossoró, muitos são punidos por suas qualidades, em vez de eventuais defeitos. Numa inversão de valores, o errado vira certo e o certo passa a ser execrado. Faz parte de uma sociedade sem identidade, tangida por mitos laboratoriais e regida por um mandonismo fossilizado.

O embate no HRTM, em certos momentos, quase termina em ocorrência policial. Por enquanto, é fácil perceber que "as razões do lobo" insistem em fazer do HRTM a casa-de-mãe-joana, patrocinando vícios que se institucionalizaram.

Lobo é assim: para tudo que alimenta sua sanha há uma justificativa, uma razão predatória e própria, indiferente a tudo e a todos em sua volta.