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quarta-feira - 12/03/2008 - 11:30h

Cooperativa médica no Tarcísio Maia gera luta política ruidosa


A crise no atendimento de urgência no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró, foi minimizada nos últimos dias. Há pouco mais de um mês em seu comando, o odontólogo Marcelo Duarte teve "carta branca" para acertar contratos com cooperativas médicas.

Durante o carnaval deste ano, o Tarcísio Maia chegou ao clímax da crise. Não havia ortopedista, pediatra e traumatologistas.

Numa operação emergencial, a Prefeitura de Mossoró conseguiu convênio para transportar casos mais graves para Russas (CE), a mais de 120 km da cidade, além de Fortaleza (CE) – a 250km, e Natal – a 274km. Entretanto, não chegou a emitir comunicado à população sobre a medida.

A saída do diretor-médico Eliezer Laurindo e demais dirigentes do hospital, em meio ao embate político entre PT e a governadora Wilma de Faria (PSB), abriu caminho às mudanças. Rapidamente houve abertura de diálogo para fechamento de contrato com a cooperativa "Coopmed". 

O PT é terminantemente contra esse tipo de negociação diferenciada. Na ótica do partido, há distorção quanto à função precípua do Estado em garantir saúde ao cidadão. Ao mesmo tempo, interpreta que as cooperativas fazem uma pressão para estrangulamento do serviço público, de modo a negociar contratos à parte, em valores acima de outras categoria da saúde.

ADELMARO

Permanecendo no comando da Secretaria Estadual de Saúde, o petista Adelmaro Cavalcanti foi de encontro às recomendações partidárias e decisões internas, quanto à política de saúde pública. Aposta em solução das necessidades, mesmo que pela via de contratos com cooperativas.

Recentemente, ele chegou a afirmar que se responsabilizaria diretamente por qualquer deslize legal, haja vista o propósito basilar de servir às necessidades da população. Foi mais do que claro.

Nos dias 25 e 26 do mês passado, o promotor da 11a Promotoria do Patrimônio Público, Eduardo Medeiros, fez "blitz" no hospital, em horários distintos. Com uma equipe de auxiliares e aparato técnico, colheu depoimentos e verificou "in loco" escalas de plantões e funcionamento do Tarcísio Maia.

A ação civil pública instaurada, conforme o Diário Oficial de hoje, quarta (12), é reflexo do que foi apurado inicialmente nessas visitas e levantamento de outras informações.

 

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Categoria(s): Gilson Cardoso

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