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terça-feira - 29/01/2013 - 07:55h
Poder e Justiça

Exemplo do passado que serve para o presente

Garibaldi Filho (PMDB), hoje senador da República licenciado (no exercício do Ministério da Previdência), se esparrama numa cadeira no alpendre de uma casa em Muriú (Ceará-mirim), ao lado de alguns amigos. Conversa amena, como convém ao cenário paradisíaco.

Logo, entre os circunstantes, há quem sugira tragar um cigarro para extraviar mais ainda o tempo. Um rápido consenso leva Garibaldi e outros dois amigos para os fundos da casa, onde começam a fumar tranquilamente.

Entre os interlocutores, o médico Zeca Passos.

De repente, Garibaldi muda o rumo do bate-papo:

– Zeca, eu lhe devo desculpas!

O próprio médico e outro amigo ficam circunspectos, com cenho fechado. Aguardam o desfecho do pronunciamento.

Garibaldi conta que causara embaraços para Zeca Passos – ao convocá-lo para a Secretaria de Saúde – em seu governo. Esses problemas aborreciam-no, pois sabia da dedicação e comportamento decente do médico, que passara a ter vida atribulada no cargo.

O episódio é puxado para o presente, para mostrar como a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) pode e deve ter o mesmo comportamento de Garibaldi, em relação a seus secretários Obery Júnior (Planejamento) e Alber da Nóbrega (Administração e Recursos Humanos), que tiveram prisão decretada pela Justiça ontem, por não cumprimento de ordens judiciais.

Fica o exemplo.

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Categoria(s): Administração Pública / Política

Comentários

  1. Fatima diz:

    Alber e Obery, são pessoas de nossa convivencia, sabemos da integridade e ética dos dois. O governo arma uma arapuca e os coloca como isca. O governo deve sim, se descupar, pelo egoismo e falta de respeito não só com os dois, mas com todo o povo que acreditou e confiou ser representado pela governadora Rosalba Ciarlini.

  2. FERNANDO FF diz:

    Zeca sabia onde dava cada passo,os dois são subservientes.Ao rei tudo, inclusive a desonra

  3. Tales diz:

    Tô com o Fernando FF.
    A alegação de integridade e ética passou ao largo da conduta dos secretários – chegando mesmo a ser um contrassenso – vez que esses representam, em suas esferas, o próprio Poder Executivo.
    Ora, se supomos que o “homem comum” tem ciência das consequências relativas ao descumprimento de ordem judicial, com maior razão presumimos que os secretários sabiam das implicações legais.
    Assim, se eles discordavam do descumprimento à ordem judicial válida e eficaz, certamente a ÉTICA e INTEGRIDADE os conduziria aos seus respectivos pedidos de afastamentos dos cargos.
    Se, por outro lado, concordavam com o descumprimento da ordem judicial, os valores da ÉTICA e INTEGRIDADE os guiaria, por óbvio, à submissão ao decreto prisional.
    O rabo ainda não balança o cachorro e sob o prisma do Estado Democrático de Direito, positivamente, ÉTICA e INTEGRIDADE não estavam presentes nas condutas dos secretários no caso.

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